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A Justiça do  Rio de Janeiro aceitou denúncia do Ministério Público estadual contra o ex-secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, que virou réu por obstrução do Judiciário. A decisão é do juiz Bruno Monteiro Rulière, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça, que determinou também que Turnowski não exerça qualquer função pública e até mesmo acesse lugares vinculados à Polícia Civil.

Turnowski é acusado de atrapalhar investigações sobre uma organização criminosa que agia na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio, e exigia propinas de lojistas.

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De acordo com o Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, o esquema era comandado pelo delegado Maurício Demétrio Alves, ex-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial, que atualmente está à disposição da Justiça, com prisão preventiva decretada.

Turnowski foi preso no dia 9 de setembro deste ano, em casa e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele tinha se afastado do cargo para concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Rio, o que não se concretizou.

No dia 29 de setembro, uma decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão preventiva de Turnowski. Para o ministro, a prisão preventiva não tinha fundamentação que apontasse, especificamente, a atuação de Turnowski na organização criminosa.

Já o juiz Bruno Rulière considerou, em sua decisão, que, mesmo afastado da Polícia Civil, Turnowski ainda influencia as condutas adotadas pela alta cúpula da instituição. “O recebimento de informações sigilosas lhe permitiu inviabilizar parcialmente o cumprimento de ordem judicial de busca e apreensão, desfazendo-se de prova extremamente relevante, o dispositivo telefônico por ele utilizado”, destacou Rulière.

O juiz determinou ainda aplicação de medida de proibição de contato, por qualquer via, de Allan Turnowski com qualquer autoridade que exerça alto cargo na administração da Polícia Civil. De acordo com Rulière, tal providência se justifica porque existem indícios de que “a posição de poder e prestígio de que desfruta o denunciado dentro de sua corporação pode ser utilizada, de alguma forma, para interferir negativamente na regular instrução do processo”.

Pela decisão, Turnowski é obrigado a manter endereço residencial atualizado nos autos do processo e não pode manter contato com os demais denunciados e testemunhas. O descumprimento de qualquer das medidas impostas poderá resultar na expedição de decreto prisional, advertiu o juiz.

Defesa

A defesa do ex-secretário diz que a "inócua denúncia apresentada em seu desfavor foi recebida meses atrás, se estranhando que esse tema seja agora requentado". Em nota, assinada  pelos advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine, chama a decisão de arbitrária e diz que já existe habeas corpus e outros recursos - ainda não julgados - visando o reconhecimento de sua nulidade absoluta, "seja pelos abusos cometidos, incompetência e ou a absoluta falta de justa causa para sua continuidade". 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou em Brasília neste sábado (1°) que pegou as gravações de seu condomínio para evitar possíveis adulterações.

O Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, voltou a frequentar o noticiário após a Rede Globo divulgar que um dos acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco esteve no local e afirmou na portaria que iria visitar a casa de Bolsonaro horas antes do crime, em 14 de março de 2018. A informação consta no processo que apura a morte da vereadora.

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No dia da visita de Élcio de Queiroz ao condomínio, Bolsonaro, que então era deputado federal, estava em Brasília, conforme mostram registros da Câmara dos Deputados. 

No dia seguinte à divulgação, o Ministério Público do Rio de Janeiro convocou coletiva de imprensa e afirmou que o porteiro mentiu. O vereador Carlos Bolsonaro também se manifestou e publicou vídeo das gravações do interfone da portaria do Condomínio Vivendas da Barra que mostram que, na verdade, o acusado Élcio visitou outro suspeito do crime, Ronnie Lessa.

"Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é minha", disse Bolsonaro, segundo o site G1.

Da Sputnik Brasil

O empresário Joesley Batista foi novamente preso por suspeita de ter praticado obstrução de justiça. A informação é da Polícia Federal de Belo Horizonte, responsável pelas investigações de um esquema de corrupção que envolveria a Câmara dos Deputados, o Ministério da Agricultura e a JBS, grupo do qual Joesley é um dos donos. O Tribunal Regional Federal (TRF1) da 1º Região, que expediu os mandados, classificou como provisória a prisão de Joesley.

A mesma acusação atinge os ex-executivos do grupo Ricardo Saud, que já esteve detido, e Demilton Antonio de Castro, ambos delatores na Lava Jato. Joesley está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo e já prestou depoimento no dia de hoje.

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Segundo a PF, o grupo teria prejudicado a instrução criminal, ao tentar "desviar a linha de apuração adequada ao correto esclarecimentos dos fatos." “Eles omitiram informações de que as empresas teriam ocultado e destruído parte do material probatório. Há inclusive indícios de que foram destruídas provas no gabinete de um lobista. Outras provas foram escondidas. Ao omitir essas informações, eles prejudicaram a qualidade da colaboração”, afirmou em entrevista coletiva o delegado Mário Veloso.

A defesa do empresário contesta a prisão, promete recorrer e afirma que ele cumpre rigorosamente o acordo de colaboração - sob exame do Supremo Tribunal Federal (STF) desde setembro de 2017, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a anulação, por fraude, da delação premiada dos irmãos Batista. De acordo com a PF, o grupo empresarial teria manipulado atos, normatizações e licenciamentos do Ministério da Agricultura, à custa de pagamentos de propinas a funcionários do alto escalão do ministério. Foi preso ainda, em regime temporário, o ex-ministro da Agricultura (2013-2014) e o atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira (MDB). O sucessor dele no ministério até o início de 2015, Neri Geller (PP), hoje deputado federal eleito pelo Mato Grosso, também foi detido.

Conforme a PF, o esquema ilícito garantiu "a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado". Os atos de ofício praticados pelos servidores federais referem-se à regulamentação da exportação de despojos, proibição do uso da ivermectina de longa duração (vermífugo); e federalização das inspeções de frigoríficos.

Teria havido também, por parte do grupo de Joesley, o financiamento ilegal de campanha de Eduardo Cunha (MDB-RJ), alvo de mais um mandado de prisão, para a Presidência da Câmara dos Deputados, em 2014. Ele teria sido beneficiário de R$ 30 milhões, em troca do atendimento dos interesses corporativos. Desse total, R$ 15 milhões teriam como suposto destino a bancada mineira do MDB, após a lavagem do dinheiro por escritórios de advocacia.

A Operação Capitu foi montada com base na delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, identificado como parceiro de Cunha e operador do MDB. Segundo a PF, os alvos de investigação deverão ser indiciados pelos crimes de constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros.

Outros mandados de prisão temporária expedidos foram contra o deputado estadual João Lúcio Magalhães Bifano (MDB), Marcelo Pires Pinheiro e Fernando Manuel Pires Pinheiro, Ildeu da Cunha Pereira; Mateus de Moura Lima Gomes; Mauro Luiz Rodrigues de Souza Araújo; José Francisco Franco da Silva Oliveira; Cláudio Soares Donato; Odo Adão Filho; Waldir Rocha Pena; Walter Santana Arantes; Joesley Mendonça Batista; Rodrigo José Pereira Leite Figueiredo; Ricardo Saud; Demilton Antonio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveira.

Além de 19 mandados de prisão, o TRF1 ainda autorizou 63 mandados de busca e apreensão. Cerca de 310 policiais federais participaram da operação nos estados de Minas Gerais, São Paulo, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, da Paraíba e no Distrito Federal.

Depois de mais de seis horas de busca, os agentes da Polícia Federal (PF) deixaram, por volta das 13h, os gabinetes do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que é o presidente nacional do partido. Ambos são investigados pela Operação Lava Jato e suspeitos de obstruir o trabalho da Justiça. Os policiais chegaram cedo ao Congresso Nacional para cumprir mandado de busca e apreensão de material.

A demora na busca ocorreu porque os agentes copiaram todo o conteúdo dos computadores dos gabinetes, em vez de levar os equipamentos, como costuma ser feito em outras buscas. A operação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo a PGR, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (24).

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Além das diligências em Brasília, a PF fez buscas em endereços no Recife, em Teresina e em Boa Vista, com o objetivo de colher provas sobre uma suposta tentativa de obstrução da Justiça por parte dos investigados, informou, em nota, a procuradoria.

Ainda de acordo com a PGR, o inquérito no qual foram autorizadas as diligências foi instaurado para apurar a suspeita de que os investigados tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor parlamentar. A nota da PGR não cita nomes, mas faz referência direta às buscas realizadas hoje no Congresso Nacional.

Além da investigação sobre obstrução de Justiça, os parlamentares Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte são alvo, juntos, de um inquérito derivado da Lava Jato sobre a existência daquilo que seria uma organização criminosa no âmbito do PP, envolvendo ainda outros políticos do partido.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), que defende Ciro Nogueira, disse que ainda busca detalhes sobre o mandado e que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário para esclarecer os fatos. O deputado Eduardo da Fonte também disse que está à disposição da Justiça.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) afirmou, nesta terça-feira (24), que está à disposição da Justiça para esclarecer a acusação de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. O fato motivou o cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete dele na Câmara dos Deputados, em Brasília, e no apartamento em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife

Procurado pelo LeiaJá para se posicionar sobre a investida da Polícia Federal, Eduardo da Fonte foi sucinto na sua defesa. "Estou à disposição da Justiça sempre. Confiamos nela e em Deus", observou o parlamentar. 

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De acordo com as investigações, o deputado pernambucano e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que também é alvo da operação, são suspeitos de tentar comprar o silêncio de um ex-assessor de Ciro que estaria colaborando com a apuração do envolvimento dos líderes progressistas com a Lava Jato. A testemunha, inclusive, teria sido ameaçada de morte. 

A Polícia Federal informou ter cumprido oito mandados de busca e apreensão tendo como alvo principal os dois parlamentares e o ex-deputado Márcio Junqueira. A ação deflagrada em conjunto com a Procuradoria Geral da República foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). 

A Medida Provisória (MP) 782/2017, que atualizou a organização administrativa do Poder Executivo, foi aprovada pelo Senado e segue para a sanção do presidente Michel Temer (PMDB). O texto, que recebeu duras críticas dos parlamentares, dá status de ministério à Secretaria-Geral da Presidência da República, hoje ocupada por Moreira Franco (PMDB), e cria o Ministério dos Direitos Humanos. 

Como sofreu alterações no Congresso, a medida será enviada para sanção presidencial na forma do PLV 30/2017, cujo relator foi o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). O projeto de lei de conversão inclui a Secretaria Especial da Aquicultura e da Pesca dentre os órgãos que integram a Presidência da República. A secretaria, por enquanto, é vinculada ao Ministério da Agricultura. Para o relator, as mudanças promovidas dão “uma nova concepção de gestão para a administração pública federal” e aperfeiçoa a estrutura do Poder Executivo.

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Moreira Franco

Os senadores que se opuseram à aprovação lembraram que, desde que editada, em 31 de maio, a MP 782/2017 tem dividido opiniões. A medida confere status de ministro a Moreira Franco, atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência e um dos investigados pela Operação Lava Jato — a mudança assegura a ele direito a foro privilegiado. Outra medida provisória sobre o assunto (MP 768/2017) foi revogada pelo governo em 31 de maio, dois dias antes do fim do prazo de vigência.

Alegando inconstitucionalidade, três partidos políticos (PT, PSOL e Rede) e o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra a MP 782. Segundo os autores, a matéria fere dispositivo constitucional que proíbe a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou tenha perdido a vigência por vencimento de prazo. A ação ainda não foi julgada pelo Supremo.

Moreira Franco é citado na denúncia do ex-PGR Rodrigo Janot, que envolve também o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles são acusados de participar de um suposto esquema de corrupção. O Palácio do Planalto nega as acusações.

O novo status de ministro a Moreira Franco foi criticado por diversos senadores, entre eles Lindbergh Farias (PT-RJ), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Reguffe (sem partido-DF), Kátia Abreu (PMDB-TO), Alvaro Dias (Pode-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), entre outros. 

Renan Calheiros afirmou que a MP 782 é “uma medida provisória que assegura foro especial para o secretário-geral da Presidência da República”. "Nas circunstâncias em que nós temos um senador afastado e preso na sua casa todas as noites, nós vamos correr aqui para garantir um foro para um ministro do outro Poder? Ou seja, fazendo o que nós recusamos fazer ontem com um senador da República? Nós não podíamos deliberar sobre a questão do mandato, para que se respeitasse a Constituição, mas esta Casa pode votar atropeladamente uma medida provisória para garantir o foro especial ao senhor Moreira Franco. Isso é o fim!", disparou.

Alvaro Dias disse que a edição de uma MP apenas para dar status de ministro a uma pessoa configura “ausência de escrúpulos”, além de ser “um escárnio” com a população.

"É mais uma ação do governo que afronta a inteligência nacional. Não é uma reforma administrativa, é a criação de um instrumento para proteger um amigo do presidente da República. Que tempos estamos vivendo, tempo do escárnio, do acinte, de uma desavergonhada ação de um governo antiético. Essa Casa não pode subscrever uma ação dessa natureza. É nosso dever votar contra essa medida provisória da vergonha", declarou.

Em contrapartida, o líder em exercício do governo no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) defendeu a aprovação da medida provisória e negou que a MP tivesse o objetivo de proteger Moreira Franco. O senador salientou que o próprio STF já deu parecer favorável à nomeação ao não reconhecer a acusação de desvio de finalidade.

Ministérios

O texto aprovado dispõe sobre a organização básica dos órgãos da Presidência e dos ministérios. Além da Secretaria-Geral e da Secretaria da Pesca, também integram a Presidência da República a Casa Civil, a Secretaria de Governo, o Gabinete Pessoal do Presidente e o Gabinete de Segurança Institucional.

São dez os órgãos de assessoramento imediato do presidente, entre eles o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a Câmara de Comércio Exterior, a Advogacia-Geral da União e o Conselho Nacional de Política Energética. Já os órgãos de consulta do presidente são dois: o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. O texto aprovado elenca as competências, atribuições e estrutura básica de cada um desses órgãos e conselhos.

Em seguida, enumeram-se os 22 ministérios, suas competências, estrutura básica (órgãos e secretarias) e atribuições: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cidades; Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Cultura; Defesa; Desenvolvimento Social; Direitos Humanos; Educação; Esporte; Fazenda; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; Integração Nacional; Justiça e Segurança Pública; Meio Ambiente; Minas e Energia; Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Trabalho; Transportes, Portos e Aviação Civil; Turismo; Relações Exteriores; Transparência e Controladoria-Geral da União; Saúde.

O art. 22 do PLV elenca os membros do Executivo que têm status de Ministro de Estado e, por conseguinte, foro especial por prerrogativa de função, também conhecido como foro privilegiado: todos os titulares dos ministérios; os chefes da Casa Civil, da Secretaria de Governo, do Gabinete de Segurança Institucional e da Secretaria-Geral, além do Advogado-Geral da União e do presidente do Banco Central.

O texto que segue para sanção também faz algumas alterações na lei do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a cargo da própria Secretaria-Geral da Presidência.

*Com as Agências Senado e Câmara  

Um levantamento feito pelo Datafolha aponta que a maioria dos entrevistados defende a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (2) pelo jornal Folha de São Paulo. De acordo com os dados, 54% dos que responderam ao instituto avaliam que os fatos revelados pela Lava Jato são suficientes para embasar a prisão do ex-presidente.

Lula, inclusive, já foi condenado pela primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em contrapartida, dos inquiridos pelo Datafolha, 40% afirmaram que não veem motivos para a detenção do petista e 5% não opinaram.

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Já sobre a segunda denúncia contra Michel Temer por obstrução de justiça e organização criminosa, que aguarda a análise da Câmara dos Deputados, 89% dos entrevistados disseram que os parlamentares devem autorizar sim o andamento do processo. O pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) deve ser votado neste mês pela Casa. Neste caso, apenas 7% dos que responderam ao Datafolha se colocaram contrários à medida e 4% não opinaram.

O instituto ouviu 2.772 pessoas em 194 cidades do país, nos dias 27 e 28 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Diante da nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) que está em análise na Câmara dos Deputados, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) questionou, em entrevista ao LeiaJá, os fundamentos que foram usados como base para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ela, se a deposição era para combater a corrupção, Temer não deveria estar mais no comando do país. O peemedebista agora é acusado de obstrução de justiça e organização criminosa. 

“Quem olha para trás e observa que uma presidenta foi afastada por crime de responsabilidade com a acusação de pedaladas fiscais, quando se compara isso [com as denúncias contra Temer] fica chocante. Agora a denúncia é da própria Procuradoria [Geral da República], não veio de outra instituição não. Baseadas em provas cabais. Isso só revela que o impeachment de Dilma nunca teve o combate a corrupção como base, foi só pretexto. Se fosse para combater a corrupção Temer não poderia estar na Presidência”. declarou. 

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Sob a ótica da parlamentar, que também é presidente nacional do PCdoB - partido que defendeu ferrenhamente a ex-presidente na época no processo de impeachment, o que se vê hoje no país é um “retrato da ruptura democrática”, com a instabilidade entre as instituições e o desmonte do Estado. Para a deputada pernambucana, a segunda denúncia contra o presidente deve ser arquivada pela Câmara e a saída para a atual crise só será efetuada com as eleições de 2018. 

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Reforma política

A deputada acredita que a semana será de intensas articulações no Congresso Nacional para a aprovação da reforma política. O assunto que segundo ela deve ter um maior esforço é a criação do fundo público para o financiamento de campanhas. Para Luciana, a solução é a redução dos custos de campanha.

“Precisa se reduzir os custos de campanha, são inaceitáveis. Temos que criar mecanismos, já se tentou várias alternativas, mas o dinheiro de propaganda de TV e alguns outros custos permanecem muito altos. Criar um sistema de campanha eleitoral que reduza custos”, ressaltou. “Que se faça um convencimento de ideias, do corpo a corpo, em que se prevaleça as ideias. Nas últimas campanhas o que pesa é quem é mais marketeiro”, acrescentou. 

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