Tópicos | Nigéria

Desistir do próprio casamento no altar está longe de acontecer apenas em filmes e novelas. Na Nigéria, uma mulher identificada como Roseline, de 32 anos, disse "não" na hora mais aguardada e saiu correndo da igreja. 

De acordo com a revista People da África do Sul, isto aconteceu porque a noiva viu seu ex-namorado entre os convidados na cerimônia. No passado, o homem viajara e nunca mais havia retornado para a ex-companheira. Roseline o esperou por anos. Somente depois de muito tempo, resolveu aceitar o pedido de Julius, de 41 anos, mas ainda amava seu ex. 

##RECOMENDA##

Testemunhas afirmam que, após a fuga da noiva, seu noivo ainda tentou alcançá-la, mas ela foi irredutível. A cerimônia foi encerrada.

        

 

 

Com três gols de Victor Moses, atacante do Chelsea, a Nigéria venceu a Argélia por 3 a 1, neste sábado, em casa, em duelo pela segunda rodada do Grupo B das Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. Bentaleb descontou para os visitantes.

O resultado deixou os anfitriões em uma posição tranquila na chave - estão em primeiro lugar com seis pontos. A Argélia está na lanterna com apenas um. Camarões, que empatou por 1 a 1 com Zâmbia, aparece em segundo lugar com dois pontos conquistados. A Zâmbia está em penúltimo também com um.

##RECOMENDA##

Pelo Grupo D, a África do Sul se manteve colada na liderança ao vencer Senegal por 2 a 1, em casa. Hlatshwayo e Serero marcaram os gols da vitória. Ndoye descontou. Os anfitriões estão na segunda colocação com os mesmos quatro pontos da líder Burkina Faso, mas pior saldo de gols (2 a 1).

Burkina Faso está na ponta graças a uma vitória sobre Cabo Verde por 2 a 0, fora de casa. Diawara e Nakoulma marcaram para os visitantes. Senegal é o terceiro colocado, com três, e Cabo Verde está na lanterna sem pontuar.

No Grupo C, a Costa do Marfim ficou no empate sem gols com Marrocos, fora de casa. O resultado manteve o time visitante na ponta da chave com quatro pontos. Os marroquinos estão em segundo lugar com dois pontos, empatado com Gabão, que também ficou no 0 a 0 com Mali, seleção que está na lanterna com um.

Em jogo único do Grupo E, Uganda venceu o Congo por 1 a 0, em casa. Neste domingo, Egito e Gana se enfrentam no encerramento da segunda rodada. Uganda é a atual primeira colocada com quatro pontos, contra três do Egito. Gana tem um e o Congo ainda não pontuou.

O Exército da Nigéria informou neste sábado (5) que resgatou uma das garotas de Chibok sequestradas por extremistas do grupo islâmico Boko Haram há mais de dois anos. A jovem foi encontrada durante uma operação na floresta.

O porta-voz do Exército, coronel Sani Kukasheka Usman, disse que a garota foi encontrada com um bebê, filho dela com um extremista. Este foi o primeiro resgate dos militares nigerianos de uma das garotas capturadas pelo grupo.

##RECOMENDA##

No mês passado, o governo da Nigéria conseguiu a libertação de 21 garotas de Chibok na primeira libertação desse tipo negociada com o Boko Haram. Outra garota escapou do cativeiro em maio.

Foram sequestradas 276 garotas de uma escola na cidade de Chibok, no nordeste da Nigéria, em abril de 2014. Dezenas delas logo escaparam, mas muitas seguem desaparecidas. Autoridades se comprometeram a buscar a libertação das quase 200 que seguem em cativeiro. Fonte: Associated Press.

Duas explosões de mulheres-bomba suspeitas de pertencerem a grupo radical Boko Haram mataram nove pessoas e feriram 24 na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, na manhã deste sábado (29).

A primeira explosão ocorreu por volta das 7h, quando suicidas tentavam entrar num campo de refugiados que mantém mais de 16 mil pessoas a salvo do grupo Boko Haram, contou o lutador Dan Batta. Os militares disseram que havia apenas uma agressora. "A suspeita feminina de bombardeio suicídio correu em direção a um grupo de homens e mulheres na entrada, enquanto eles estavam saindo do acampamento, matando cinco homens e ferindo 11 mulheres", disse em comunicado o coronel Mustapha Anka.

##RECOMENDA##

A segunda explosão aconteceu meia hora depois, a cerca de um quilômetro de distância, quando um táxi transportando dois passageiros explodiu em frente a um posto de gasolina, disse Anka. A mulher-bomba estava dirigindo o táxi e seguindo um caminhão-tanque "com o único objetivo de conseguir entrar para causar dano máximo e mortes". Em ambos os ataques, as terroristas foram impedidas de entrar, o que, preveniu de um número maior de vítimas, disse Anka.

Nove corpos, incluindo os das duas suicidas, foram recuperados e as 24 pessoas feridas nas explosões foram levadas para hospitais próximos, disse o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Emergências, Sani Datta.

O Boko Haram intensificou os ataques depois de uma pausa que durou meses, causada por uma disputa pela liderança da organização afiliada ao grupo Estado Islâmico. A insurgência, criada na Nigéria, já matou mais de 20 mil pessoas e se espalhou através das fronteiras do país, forçando cerca de 2,6 milhões de pessoas a deixar suas casas. Fonte: Associated Press

Após mais de dois anos, 21 meninas, estudantes de Chibok, sequestradas pelo Boko Karam, braço do Estado Islâmico, foram libertadas em negociações, de acordo com informações do governo da Nigéria.

Cerca de 197 meninas permanecem em cativeiro, apesar de não se saber ao certo quantas possam ter morrido.

##RECOMENDA##

As estudantes libertadas, um fato inédito que foi resultado de ações do governo nigeriano, estão sob custódia do Departamento de Serviços Estaduais do país, a agência secreta de inteligência da Nigéria, de acordo com o porta-voz do presidente, Garba Shehu.

Ele afirmou que a liberdade das meninas foi negociada entre o governo e o grupo extremista Boko Haram, em conversas mediadas pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o governo suíço. De acordo com Shehu, as negociações irão continuar para que ocorra a soltura de mais estudantes.

"Nós estamos extremamente agradecidos", declarou o movimento Tragam Nossas Garotas de Volta, no Facebook. O grupo, que faz campanha dentro da Nigéria e na comunidade internacional para a libertação das estudantes afirmou que está à espera da divulgação dos nomes das meninas. Fonte: Associated Press.

Até 75 mil crianças irão morrer ao longo do próximo ano em condições de subnutrição geradas pelo Boko Haram na Nigéria caso doadores não respondam rapidamente, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O número é bem superior aos mais de 20 mil mortos no levante de sete anos do grupo islâmico no país africano.

A gravidade dos níveis de desnutrição e o grande número de crianças que podem morrer tornam a crise humanitária no nordeste da Nigéria talvez a pior do mundo, segundo Arjan de Wagt, diretor do Unicef para nutrição na Nigéria. Ele disse que já há crianças morrendo, mas os doadores não respondem.

##RECOMENDA##

A maior parte das crianças severamente desnutridas morre de doenças secundárias, como diarreia e infecções respiratórias, disse de Wagt à agência Associated Press. "Mas, com fome, você na verdade morre de fome" e isso é o que está acontecendo, afirmou ele.

A desnutrição grave é encontrada em 20%, 30% e até 50% das crianças em algumas áreas da região, disse a autoridade do Unicef. "Globalmente, você simplesmente não vê isso. É preciso voltar a lugares como a Somália de cinco anos atrás para ver esses níveis", afirmou de Wagt. Quase 260 mil pessoas morreram na Somália entre 2010 e 2012 por causa da forte seca, agravada pela guerra. Ao mesmo tempo, a Organização das Nações Unidas disse que é necessário enviar ajuda com mais rapidez.

Nesta quinta-feira, o Unicef dobrou o montante em seu apelo para a Nigéria e disse que são necessários US$ 115 milhões para salvar crianças "cujas vidas estão literalmente por um fio". A agência diz que até agora só foram levantados US$ 24 milhões.

A falta de dinheiro significa que cerca de 750 mil pessoas que vivem em áreas onde há acesso não poderão ser ajudadas neste ano, disse a porta-voz Doune Porter. A maior parte das estimadas 2,6 milhões de pessoas que fugiram da insurgência do Boko Haram são pequenos agricultores que não conseguem plantar há dois anos ou mais.

Das 4 milhões de pessoas com necessidade extrema de alimento, cerca de 2,2 milhões estão em áreas onde o Boko Haram opera ou em áreas há pouco liberadas que ainda são de acesso perigoso por rodovias, diz o Unicef. Entre elas, 65 mil vivem em condição de fome. A crise atingiu "níveis catastróficos" para as pessoas que buscavam refúgio em cidades controladas pelos militares, mas estão "totalmente dependentes da ajuda externa que não chega a elas", afirmou na quarta-feira o grupo Médicos Sem Fronteiras. Fonte: Associated Press.

O grupo militante Vingadores do Delta do Níger, disse hoje que realizou um ataque contra um oleoduto para exportação de petróleo da unidade nigeriana da Royal Dutch Shell na região do Delta do Níger, no sul do país. Um comunicado divulgado no website do grupo diz que os militantes "encerram as atividades de produção de petróleo na linha Bonny 48 polegadas".

Desde o começo do ano, o grupo militante atacou várias instalações de petróleo e gás na região do Delta do Níger, que é rica em matérias-primas. A produção de petróleo da Nigéria chega a 700 mil barris por dia, de acordo com a petroleira estatal, Nigerian National Petroleum Corp.

##RECOMENDA##

Na sequência de vários apelos por parte do governo, os Vingadores declararam um cessar-fogo em agosto e encerraram os ataques nas instalações de petróleo. O último ataque foi o primeiro desde o cessar-fogo.

Os Vingadores e outros grupos militantes dizem que estão lutando por uma divisão justa das riquezas do petróleo para o povo empobrecido do Delta do Níger. O comunicado dos Vingadores desta sábado diz que o grupo ainda é a favor do diálogo e das negociações. Fonte: Dow Jones Newswires.

O exército da Nigéria afirmou hoje que seus ataques aéreos mataram vários comandantes do Boko Haram e "feriu fatalmente" o líder do grupo, Abubakr Shekau, enquanto o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, chegava na nação mais populosa da África para reuniões sobre estratégia antiterrorismo.

Autoridades militares disseram que um ataque aéreo "espetacular e sem precedentes" atingiu a posição dos militantes enquanto eles rezavam na floresta de Sambisa, a principal base para uma insurgência jihadista que deixou mais de 20 mil mortos e um milhão de desabrigados. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

A seleção da Nigéria de futebol masculino derrotou Honduras por 3-2, neste sábado no Mineirão, e garantiu a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Sadiq Umar, com dois gols (34 e 56 minutos), e Aminu Umar (49), foram os responsáveis por deixar a equipe africana em grande vantagem no placar. Anthony Lozano (71) e Marcelo Pereira (86) diminuíram para Honduras.

##RECOMENDA##

Com a vitória e a medalha de bronze, as 'Águias Verdes' somam mais um pódio em Jogos Olímpicos, depois do ouro em Atlanta-1996 e a prata em Pequim-2008.

A disputa pela medalha de ouro nos Jogos Rio-2016 acontecerá ainda neste sábado no Maracanã entre Brasil e Alemanha.

A seleção de basquete masculino do Brasil fez a sua parte e venceu nesta segunda-feira (15) a Nigéria por 86-69, pela quinta e última rodada do Grupo B dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Agora, para avançar às quartas de final, a equipe depende de uma vitória da Argentina sobre a Espanha, que jogam nesta segunda-feira às 19h00.

Depois de estrear com derrota para a Lituânia, vencer a Espanha e sofrer novas derrotas para Croácia e Argentina, o Brasil entrou na Arena Carioca 1 com a obrigação da vitória para continuar sonhando com uma vaga às quartas de final dos Jogos Olímpicos. Se a Argentina vencer a Espanha, o Brasil avança como o quarto colocado da chave e enfrentará a poderosa equipe dos Estados Unidos nas quartas de final.

##RECOMENDA##

Em um primeiro quarto nervoso, com os jogadores visivelmente tensos com a partida decisiva, o Brasil cometeu erros, incluindo duas violações do tempo de posse de bola, e permitiu que a Nigéria comandasse o placar, que chegou a marcar 13-8, mas no final do período, com o apoio da torcida, a seleção perdia por apenas um ponto, 16-15.

No segundo quarto, após várias mudanças no time realizadas pelo técnico Rubén Magnano, o Brasil conseguiu botar os nervos no lugar e obteve a virada. Benite, que saiu do banco, terminou o primeiro tempo como cestinha da equipe, ao lado de Rafael Hettsheimer, com 10 pontos cada. Assim, o Brasil foi para o intervalo com vantagem de 42-31 no placar.

- Nenê rouba a cena -

Do lado nigeriano, um time que abusa do arremessos da linha de três pontos e que surpreendeu ao vencer a Croácia na penúltima rodada, o principal nome da etapa inicial foi Ben Uzoh, com oito pontos. No terceiro quarto, a Nigéria tentou pressionar e chegou a diminuir a diferença no placar, graças a Alade Aminu, mas o Brasil conseguiu manter a vantagem, com direito a uma incomum cesta de três pontos de Nenê, até o minuto final, quando a seleção voltou a cometer erros.

O último período da partida começou com vantagem brasileira de 59-52, mas nos primeiros minutos do quarto parecia que a seleção voltaria a demonstrar sua dificuldade os finais de partida. Depois de uma cesta de três pontos de Josh Akognon, a Nigéria encostou no placar, 61-57.

Nenê estava no banco e a torcida gritou seu nome. Magnano atendeu o pedido e o pivô do Houston Rockets da NBA voltou à quadra. Os minutos seguintes foram marcados por uma série de erros dos dois lados, até que aos três minutos e meio do período Nenê sofreu falta, converteu os dois lances livres e no lance seguinte evitou uma cesta nigeriana com um toco.

Marcelinho Huertas também acertou dois lances livres, depois recuperou uma bola perdida e partiu para bandeja: a 4 minutos e 56 segundos do fim do jogo o Brasil voltava a ter 10 pontos de vantagem, 67-57.

Depois de um pedido de tempo da Nigéria, Nenê roubou uma bola, fez a cesta e voltou a ter o nome gritado pela torcida. O pivô mostrou que estava em um grande dia, com novas roubadas de bola e assistências nos últimos minutos, o que levou o Brasil a abrir 16 pontos de vantagem.

Nenê terminou como o cestinha, com 19 pontos, além de quatro rebotes e três assistências. Nos segundos finais, o Brasil administrou a vantagem para concretizar a vitória por 86-69.

Autoridades da Nigéria determinaram que militares suspendam ataques contra militantes que têm danificado a infraestrutura petrolífera do país e desejam negociar com os rebeldes. A informação foi divulgada pelo governador do Estado do Delta, Ifeanyi Okowa.

A decisão foi tomada após uma reunião com autoridades militares, governadores estaduais e o ministro do Petróleo, Ibe Kachikwu. Segundo o governador, o ministro pediu que o grupo Vingadores do Delta do Níger entregue suas armas e aceite dialogar. Kachikwu afirmou que os militares continuarão a fazer patrulhas na área, no sul do país, mas interromperão outras operações. Líderes comunitários têm criticado a campanha militar no Delta do Níger e acusam soldados de atacar civis inocentes. Milhares de pessoas fugiram dos distúrbios.

##RECOMENDA##

A suspensão dos ataques ocorre dias após um novo grupo, autointitulado Força Conjunta de Liberação do Delta do Níger, ameaçar ataques contra o governo e os escritórios da companhia petrolífera em Abuja e Lagos, capital comercial do país, para destruir a infraestrutura "construída com o dinheiro do nosso petróleo e gás".

Na semana passada, o presidente Muhammadu Buhari cancelou uma visita à região, após os Vingadores do Delta do Níger ameaçarem assassiná-lo. Buhari, que está em Londres para tratar uma infecção no ouvido, lançaria uma operação de limpeza no sul, adiada há décadas. A poluição que prejudica a agricultura e a pesca destruiu o meio de subsistência para centenas de milhares de pessoas, na empobrecida região que responde por 80% da receita do governo.

Os ataques nos últimos meses acabaram com anos de relativa paz no Delta do Níger e cortaram pela metade a produção de petróleo nigeriana, para a casa de 1 milhão de barris por dia, além de fechar alguns dos maiores terminais de exportação de petróleo do país. A Nigéria, nesse quadro, perdeu para Angola o posto de maior produtora de petróleo da África.

Os militantes desejam uma parcela maior da riqueza petrolífera para o Delta do Níger ou ameaçam trabalhar pela secessão do país. Eles também criticam o fato de que o governo recuou de um programa de anistia de 2009, que pagava 30 mil militantes para tomar conta das instalações petrolíferas que eles antes atacavam. Fonte: Associated Press.

Os militares da Nigéria informaram que foi localizada uma segunda estudante de Chibok, em meio a um confronto em uma floresta com extremistas islâmicos. Um líder comunitário, porém, disse que a garota não estava na lista das 218 estudantes desaparecidas em 2014 em um sequestro do Boko Haram.

O Exército diz que liberou 97 mulheres e crianças e matou 35 extremistas na noite de quinta-feira. Uma das jovens libertadas seria uma garota identificada como a número 157 na lista de 218 garotas capturadas de uma escola em Chibok.

##RECOMENDA##

O líder comunitário Pogu Bitrus, porém, diz que a garota que ficou com o número 157 na lista tem um nome diferente. A lista traz outros dois nomes que compartilham o sobrenome divulgado pelos militares. Bitrus disse que a garota resgatada poderia estar visitando suas irmãs na escola no momento do sequestro.

A primeira adolescente de Chibok reencontrada escapou na terça-feira e tinha um bebê de quatro meses. Fonte: Associated Press.

O número de crianças envolvidas em ataques suicidas na região do lago Chade, área de atuação do grupo islamita nigeriano Boko Haram, multiplicou por 10 em 2015, de acordo com estimativas divulgadas pelo Unicef.

De quatro crianças utilizadas em ataques suicidas em 2014, o número chegou a 44 um ano depois, segundo o Unicef, que reúne dados da Nigéria, Camarões, Chade e Níger, os países de atuação do grupo que jurou fidelidade ao grupo Estado Islâmico (EI).

Mais de 75% dos menores nestes ataques são meninas, de acordo com o Unicef. O relatório tem o título "Beyond Chibok" ("Além de Chibok"), em referencia à localidade da Nigéria onde o Boko Haram sequestrou 276 meninas há dois anos.

"É necessário ser claro: estas crianças são vítimas, não autores", afirma Manuel Fontaine, diretor regional do Unicef para os países do oeste e centro da África. "Enganar as crianças e forçá-las a cometer atos mortais é um dos aspectos mais horríveis da violência na Nigéria e nos países vizinhos", completa.

Desde janeiro de 2014, o extremo norte de Camarões, cenário recorrente dos ataques do Boko Haram, é o local com o maior número de atentados suicidas com crianças (21), seguido por Nigéria (17) e Chade (2).

Este fenômeno "cria uma atmosfera de medo e de suspeita que tem consequências devastadoras" para as crianças, sobretudo as que foram libertadas depois de viver em cativeiro de grupos armados, indica o Unicef.

Estas crianças, assim como as nascidas em casamentos forçados ou em consequência de estupros, "enfrentam a estigmatização e a discriminação" em seus vilarejos e nos campos de deslocados.

O Boko Haram, que nos últimos meses sofreu várias derrotas para os exércitos da região, que os expulsaram de quase todas as localidades que haviam conquistado na Nigéria. Como resposta, o grupo multiplicou os atentados suicidas utilizando mulheres e crianças para aterrorizar a população.

"A face da pureza"

Os perfis das crianças "suicidas" variam muito, segundo o Unicef, e em alguns casos têm apenas oito anos. Alguns foram sequestrados, como as meninas de Chibok, ou são crianças que ficaram sozinhas após o caos provocado por um ataque do Boko Haram.

"São presas fáceis por sua vulnerabilidade", explica à AFP Laurent Duvillier, diretor de comunicação regional do Unicef. Quase 1,3 milhão de crianças fora deslocadas pelo conflito, número que era de 800.000 há apenas um ano. Os ataques suicidas em mesquitas, mercados e restaurantes são uma maneira do Boko Haram recorrer a uma "técnica muito perversa". "Quem vai desconfiar de uma criança? São a face da pureza", afirma Duvillier.

Khadija, uma camaronesa de 17 anos, passou quase um ano em cativeiro e foi obrigada a casar com um combatente do Boko Haram, do qual teve um filho. Quando conseguiu escapar e chegar a um campo de deslocados, encontrou a hostilidade das demais mulheres, que se negavam a compartilhar a água com ela.

"Algumas me pegavam e afastavam. Diziam: 'Você é uma mulher do Boko Haram, não venha conosco", recorda. A adolescente foi sequestrada quando seguia para uma visita a sua mãe em Banki, na Nigéria. O Boko Haram, que já provocou 2.000 mortes com sua insurreição, afirmou em um vídeo divulgado no dia 1 de abril que está disposto a seguir com a luta armada.

Forças de segurança da Nigéria prenderam o líder da organização extremista Ansaru, uma dissidência do Boko Haram, afirmou hoje o Ministério da Defesa.

Khalid Al-Barnawi teria sido capturado na cidade de Lokoja, no sul da Nigéria, na sexta-feira. Caso confirmada, a captura será a mais importante em seis anos de conflito no país. Os Estados Unidos oferecem US$ 5 milhões pela captura de Al-Barnawi, que supostamente planejou o sequestro de um engenheiro britânico e um italiano em 2011. Ambos foram mortos durante uma tentativa frustrada de resgate em 2012.

##RECOMENDA##

De acordo com o general de brigada Rabe Abubakar, porta-voz do ministério da Defesa, a prisão do líder terrorista é "um enorme avanço na luta contra o terrorismo". Sua presença em uma cidade há mais de mil quilômetros do principal fronte de batalha eleva as suspeitas de que militantes islâmicos se infiltraram entre os pastores muçulmanos de Fulani, que nos últimos tempos têm entrado em choque contra fazendeiros cristãos na região central do país.

A Ansaru é aliada à Al-Qaeda no Magreb, e conhecida por sequestrar estrangeiros em busca de recompensa. Fonte: Associated Press.

Em sua casa de paredes em tons pastéis no bairro de Campos, coração de Lagos, Yewande Oyediran é uma das últimas pessoas a preservar a cultura brasileira trazida por ex-escravos há mais de um século.

Afundada em uma grande poltrona, a octogenário evoca seu bisavô, João Esan da Rocha, natural do estado de Osun, no sudoeste da Nigéria, capturado em 1850 e levado para a América do Sul como um escravo, tendo sido libertado anos mais tarde.

##RECOMENDA##

Foi assim que o "frejon" (conhecido como feijão de coco no Brasil), um prato feito a partir de grãos de feijão e leite de coco, degustado principalmente durante a Semana Santa, se tornou um prato muito popular em sua família e nas casas de muitos outros da etnia yoruba, no sul da Nigéria.

"Eu não espero a Sexta-feira Santa para comer frejon, eu cozinho e como ao longo de todo o ano", afirma.

Mas esta cultura está se perdendo. Poucas pessoas ainda falam o português em Lagos, e os edifícios da época, que ainda guardam o requinte das fachadas sob a pintura descascada, estão em ruínas.

Uma casa de 1895, nas cores rosa e bege e com janelas ornadas com grades de ferro forjado, ainda está de pé, bem como a catedral católica, não muito longe. Mas a mesquita de Shitta, construída em 1892 no mesmo bairro e inspirada nas igrejas coloridas da Bahia, foi destruída.

Apenas o carnaval anual de Lagos, muito colorido, e alguns nomes de família, tais como Cardoso, Almeida, da Costa, da Silva ou Gonçalves, existem para lembrar os laços históricos entre a Nigéria e o Brasil.

40 casas ainda de pé

Também é possível constatar alguma influência afro-brasileira nas construções da cidade costeira de Badagry, cerca de sessenta quilômetros de Lagos, de onde partiram milhares de escravos nigerianos para Salvador.

A partir de 1850, os escravos libertos, convertidos ao catolicismo em sua maioria, começaram a voltar para a Nigéria, trazendo com eles novas crenças e novas influências culturais e arquitetônicas.

Entre os ex-escravos, muitos tornaram-se políticos e empresários ricos, que queriam mostrar seu novo status social. Desta forma, construíram edifícios impressionantes.

O avô da sra. Oyediran foi o primeiro milionário da Nigéria, segundo a lenda.

Lagos passou por uma verdadeira metamorfose ao longo das décadas para se tornar a cidade mais populosa da África, com cerca de 20 milhões de habitantes, e seu patrimônio arquitetônico tem sido negligenciado.

As "fracas" tentativas de preservação da herança afro-brasileira têm "sido dificultadas pela falta de recursos e corrupção", afirma um funcionário do ministério do Turismo, que pediu anonimato.

"Os filhos dos proprietários destes edifícios não ajudam. Muitos deles não têm ideia do valor histórico dos edifícios em que vivem", acrescentou.

Guia turístico, Abiola Kosoko lamenta que a maioria dos edifícios antigos afro-brasileiros foram demolidos para dar lugar a grandes edifícios sem charme, mas mais rentáveis.

"Há algumas décadas, contávamos com cerca de 900 destes edifícios na ilha de Lagos, (nos subúrbios de) Epe, Badagry e Ikorodu. Menos de 40 ainda estão de pé hoje", disse ele.

"Mesmo o carnaval, que atraía muitos turistas estrangeiros, perdeu o seu esplendor", especialmente por causa das gangues locais, que semeiam a confusão, lamenta Dayo Medeiros, cujos ancestrais foram escravos no Brasil.

Uma das casas de estilo afro-brasileiro desabou recentemente no subúrbio de Lagos, explica Kosoko, que é bisneto de um antigo rei de Lagos e que escreveu um livro sobre a história da cidade.

"Ninguém tentou preservá-lo. Eles deixaram a construção de um andar, uma jóia arquitetônica, desintegrar-se", lamenta.

Duas mulheres-bomba atacaram um campo de refugiados no noroeste da Nigéria nesta quarta-feira (10), matando ao menos 56 pessoas e deixando ao menos outras 78 feridas, disseram autoridades locais.

Uma terceira mulher-bomba foi presa pela polícia. Segundo as autoridades, ela deu informações sobre outros ataques planejados para o mesmo campo de refugiados. A segurança no local, onde moram cerca de 50 mil pessoas, foi reforçada.

##RECOMENDA##

O acampamento é formado por famílias que fogem da selvageria do grupo extremista Boko Haram. Um trabalhador de saúde disse que 51 corpos foram enterrados em Dikwa, a 85 quilômetros de Maiduguri.

A insurgência do Boko Haram, que já dura 6 anos, matou ao menos 20 mil pessoas, e fez 2,5 milhões de refugiados. Muitos destes deixaram o país em direção a nações vizinhas.

Nesta quarta-feira, um ataque na região norte de Camarões deixou fez outras dez vítimas e feriu ao menos 40 pessoas na fronteira entre os dois países. Segundo o governador da província, Midjiyawa Bakari, o ataque foi levado a cabo por dois homens-bomba. Incidentes parecidos acontecem também nos vizinhos Chade e Níger.

Cento e uma pessoas morreram de febre de Lassa na Nigéria desde o registro de um surto no país, anunciou o Centro Nacional de Controle de Enfermidades neste sábado.

As mortes provocadas por este vírus hemorrágico aconteceram na capital, Abuja, em Lagos e em outros 14 estados, acrescentou a fonte.

Segundo dados de 3 de fevereiro, foram registrados 175 casos de febre de Lassa no país, com um total de 101 vítimas fatais.

O primeiro caso suspeito desta nova epidemia foi registrado no estado de Bauchi, norte da Nigéria, em novembro.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Enfermidades dos Estados Unidos, são registrados entre 100 mil e 300 mil casos de febre de Lassa por ano no África Ocidental, dos quais 5 mil fatais.

Moradores disseram que vários ataques com bombas em oleodutos da Agip causaram o vazamento de milhares de barris de petróleo, o que poluiu águas e terras no Estado de Bayelsa, no sul da Nigéria.

Pescadores dizem que o petróleo atinge a região há dois dias, sem nenhum controle. Um porta-voz da controladora italiana da Agip, a ENI, disse que 16 mil barris de petróleo ao dia foram perdidos e que a companhia começou nesta segunda-feira a retomar a produção.

##RECOMENDA##

O líder comunitário Eke-Spiff Erempagamo afirmou que o derramamento de petróleo é "o maior em anos" na região do governo local de Brass. Moradores disseram que o vazamento foi causado por explosões ocorridas na quinta-feira e na sexta-feira, por militantes que desejam uma fatia maior da receita com petróleo.

O governo já informou que ataques similares ocorridos na semana passada custavam US$ 2,4 milhões ao dia à Nigéria. Fonte: Associated Press.

O Ministério da Saúde da Nigéria começou a alertar nesta sexta-feira seus cidadãos, especialmente as mulheres grávidas, a não viajarem para a América Latina por causa do surto de zika vírus.

O ministro da Saúde, Isaac Adewole Folorunso, pediu também para que autoridades da aérea da saúde examinem todas as pessoas que estão chegando ao país em busca de sinais do vírus.

##RECOMENDA##

Além disso, Folorunso pediu para que todas as pessoas comuniquem as autoridades de saúde caso tenham febres inexplicáveis por mais de 48 horas, principalmente as que retornaram da América Latina nos últimos dias. Fonte: Associated Press.

Da Agência Lusa

Pelo menos 30 pessoas morreram hoje (28) na cidade nigeriana de Madagali, no estado de Adamawa, em um duplo atentado cometido por duas mulheres-bomba em um mercado local, segundo informações de voluntários civis que apoiam o Exército na luta contra o grupo terrorista Boko Haram.

##RECOMENDA##

O mercado em que as duas mulheres, que levavam os explosivos presos aos corpos, cometeram o atentado fica próximo de uma rodoviária e é muito frequentado.

Embora o Exército tenha confirmado a ocorrência, ainda não há confirmação sobre o número exato de mortos.

O ataque ocorreu após pelo menos 35 pessoas terem sido assassinadas entre ontem (27) e hoje em vários atentados na cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno, e localizada, tal como Madagali, no Nordeste do país, região de população muçulmana e epicentro da atividade do Boko Haram.

Em agosto do ano passado, a presença do Boko Haram - que pretende estabelecer um Estado islâmico independente no país mais populoso da África - em Madagali provocou um êxodo de residentes para Yola, capital do estado.

O governo nigeriano informou há dias sobre os avanços na luta contra o grupo fundamentalista islâmico, afirmando que destruiu boa parte da sua capacidade militar e recuperou territórios importantes que haviam sido tomados pelos terroristas.

O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, que determinara o dia 31 de dezembro como prazo para exterminar o Boko Haram, declarou que o governo havia "tecnicamente" derrotado o grupo, mas os recentes atentados mostram que os militantes continuam capazes de causar uma carnificina em massa.

Segundo autoridades nigerianas, o grupo, que tem atacado objetivos considerados fáceis (mercados, rodoviárias e locais de grande concentração de civis), matou cerca de 12 mil pessoas nos últimos cinco anos, 3 mil só em 2014.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando