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Um subcomitê do Senado da França rechaçou nesta quarta-feira um projeto de lei defendido pelo governo que tornará crime a negação do genocídio dos armênios em 1915 pela Turquia otomana, ao declarar que existe a possibilidade de que essa lei, se aprovada, seja inconstitucional. A Comissão de Leis do Senado rechaçou o projeto com 23 votos contrários, nove favoráveis e oito abstenções. A Comissão argumentou que se esse projeto virar lei poderá ferir a liberdade de expressão. Foi a primeira derrota para o governo e o partido conservador União para um Movimento Popular (UMP), do presidente Nicolas Sarkozy, que defende a criminalização da negação do genocídio dos armênios.

Em dezembro, a Assembléia Nacional, a câmara baixa do Parlamento francês, transformou em lei o projeto que criminaliza a negação do genocídio dos armênios pela Turquia. Mesmo após o comitê ter rechaçado o projeto, ele será debatido no Senado na próxima segunda-feira e existe a chance de que seja votado e aprovado. A oposição socialista, no passado, aprovou a criminalização da negação do genocídio dos armênios.

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A aprovação pela Assembleia enfureceu a Turquia, que nega que tenha ocorrido um genocídio dos armênios durante o final do período otomano em 1915. A Turquia afirma que as vítimas civis armênias foram mortas durante a I Guerra Mundial (1914-1918) e que os números foram inflados. A Turquia também argumenta que milhares de civis turcos foram mortos nas brutais guerras que aconteceram na Anatólia e no Oriente Médio, durante e logo após a I Guerra Mundial.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou a França de "genocídio" contra os argelinos durante a Guerra da Argélia, que aconteceu de meados dos anos 1950 até 1961. Segundo a Turquia, a França matou milhares de argelinos, até que foi forçada a dar a independência à Argélia.

Historiadores dizem que as perseguições aos armênios em 1915, que incluíram deportações e marchas forçadas de civis armênios da Anatólia para a Síria e o Iraque, deixaram pelo menos 1,5 milhão de pessoas mortas e configuraram o primeiro genocídio do século 20 . Até hoje a Turquia e a Armênia não possuem relações diplomáticas normais por causa da questão. A França tem uma população de cerca de 500 mil pessoas de origem armênia, descendentes de sobreviventes do genocídio.

A França reconheceu formalmente o genocídio dos armênios em 2001, mas não prevê penalidades para quem negá-lo. O projeto de lei, se aprovado, estabelece pena de até um ano de prisão e uma multa de £ 45 mil (US$ 59 mil) para quem negar ou "minimizar" as mortes dos armênios. A lei equipara o genocídio sofrido pelos armênios ao Holocausto, ou genocídio sofrido pelos judeus europeus nas mãos do nazi-fascismo entre 1939 e 1945.

As informações são da Associated Press.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou nesta quarta-feira um pacote de  £ 430 milhões (US$ 550 milhões) para reduzir o desemprego no país, uma medida criticada como oportunismo eleitoral pela oposição, uma vez que foi tomada apenas três meses antes das eleições presidenciais.

Com a taxa de desemprego alcançando 10% da força de trabalho e o recente rebaixamento da nota de crédito da França pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, o candidato socialista François Hollande desfere duras críticas a Sarkozy, ao dizer que a crise financeira reflete a estratégia econômica fracassada do mandatário. Nesta quarta-feira, os marítimos franceses fizeram uma paralisação de advertência, suspendendo a linha de barcos entre Marselha e a Córsega. Segundo informações da imprensa francesa, também ocorreram manifestações em Paris e outras cidades contra uma reunião de Sarkozy, os empresários e os sindicalistas. As manifestações tiveram na mira justamente os planos de Sarkozy.

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Segundo informações do jornal Le Monde, um protesto organizado pela central sindical Confederação Geral do Trabalho (CGT) reuniu sete mil pessoas na praça Saint-Augustin. A polícia disse que o número de manifestantes foi menor, de 1,7 mil pessoas. Também ocorreram protestos de vulto em Lyon e Bordeaux, segundo o Le Monde.

Sarkozy, que está em segundo lugar e atrás de Hollande nas pesquisas de intenção de voto, rebate as críticas ao dizer que a crise é europeia e não apenas francesa. Mas ao anunciar hoje o pacote contra o desemprego, disse que os franceses que sofrem com o problema precisam de socorro imediato. Para essa finalidade, ele se reuniu mais cedo com empresários e sindicalistas para montar o pacote. Ainda não está claro se ele conseguirá lançar o plano antes das eleições, que terá primeiro turno em abril e segundo turno em maio.

As informações são da Associated Press.

Uma nova pesquisa indica que o conservador presidente da França, Nicolas Sarkozy, está ganhando terreno sobre o concorrente do Partido Socialista, François Hollande, na corrida pela eleição presidencial no país neste ano. Publicada pelo Journal du Dimanche, a pesquisa mostra que Sarkozy ainda perderia caso a votação fosse hoje, mas com 46% contra 54% de Hollande - em comparação com 43% e 57%, respectivamente, como indicado na pesquisa de novembro.

Sarkozy ainda não anunciou se vai concorrer à reeleição, mas a maioria dos observadores políticos acredita que sim. As pesquisas mais recentes mostram que ele estaria qualificado para a final de 6 de maio, depois da primeira rodada de votação, em 22 de abril.

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A agência IFOP realizou a pesquisa entre 4 e 6 de janeiro, questionando 1.163 participantes pré-selecionados que foram considerados representativos de um grupo de eleitores franceses. A margem de erro da pesquisa é de cerca de 3 pontos porcentuais. As informações são da Associated Press.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, virou pai pela quarta vez nesta quarta-feira, após sua esposa Carla Bruni-Sarkozy dar à luz uma menina, informou o canal de televisão BFM da França. O nascimento da criança ocorre no momento em que Sarkozy está em Frankfurt, onde precisou ir para uma reunião de emergência com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e com outros funcionários europeus que tentam montar um grande plano para enfrentar a prolongada crise da dívida europeia.

A televisão francesa tentou entrevistar Sarkozy na Alemanha sobre o nascimento da sua filha, mas ele não fez comentários. Um porta-voz de Sarkozy também não quis comentar o nascimento da bebê.

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Durante várias semanas, jornalistas franceses acamparam na frente da clínica no oeste de Paris, esperando que Carla Bruni-Sarkozy desse a luz.

As informações são da Dow Jones.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ouviu da presidente Dilma Rousseff - desta vez pessoalmente - que a compra de caças para Força Aérea Brasileira continua suspensa. No encontro hoje à tarde, em Nova York, Sarkozy voltou ao assunto, tão caro ao governo francês, mas a resposta que recebeu é que o negócio pode voltar a ser tratado em 2012, se - sendo essa uma enorme condicional - a crise econômica mundial não se revelar tão grave como parece.

Dilma explicou ao colega francês as restrições orçamentárias enfrentadas pelo Brasil nesse momento para garantir o pagamento das contas em um momento de instabilidade internacional. Mas lembrou a Sarkozy que a cooperação em defesa entre os dois países não se resume a compra dos caças. "A presidente explicou que por constrangimentos orçamentários os investimentos foram postergados e lembrou a crise mundial", explicou o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota.

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O negócio entre os dois países, de US$ 1 bilhão, estava praticamente fechado ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, Sarkozy compareceu às cerimônias do sete de setembro, em Brasília, em uma quase comemoração de um negócio dado como certo. No entanto, com a eleição no ano seguinte e a pressão dos militares, que preferiam outro modelo - o Gripen Saab, da Suécia - a compra foi mais uma vez adiada. No final do ano passado, Lula passou oficialmente a decisão a Dilma.

Já no início de seu governo a presidente mandou suspender a decisão. Disse que queria analisar melhor todas as propostas - que além do Saab e do Rafale francês incluem o Super Hornet F-18 americano, fabricado pela Boeing. A notícia, divulgada por todos os jornais franceses, pegou Sarkozy de surpresa e desagradou profundamente os franceses. Em seguida, o agravamento da crise econômica suspendeu de vez a compra, pelo menos até 2012, e, provavelmente agora, indefinidamente.

O adiamento da compra, mais uma vez, atiçou os outros competidores, especialmente os americanos da Boeing. Há cerca de um mês, o CEO da Boeing Defesa, Dennis Muilenburg, passou uma semana no Brasil em diversas conversas com funcionários do governo. A empresa chegou a colocar um simular do Super Hornet no saguão do Congresso Nacional e participar de audiências públicas sobre os caças.

Em um momento de crise econômica, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a encomenda brasileira ajudaria a movimentar o capital da empresa ganhadora. Dilma, no entanto, deixou claro que, mesmo a compra sendo necessária para a área militar, não é, nesse momento, prioridade para seu governo.

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