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No quinto dia do julgamento da pastora, cantora e ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, de 61 anos, no fórum de Niterói (Região Metropolitana do Rio), nesta sexta-feira, 11, as sete últimas testemunhas de defesa da ré acusaram o pastor Anderson do Carmo (marido e de cujo assassinato a pastora está sendo acusada) de praticar assédio e abuso sexual contra filhas e netas afetivas, além de outras condutas reprováveis.

Duas netas de Flordelis, filhas biológicas de Simone dos Santos Oliveira e André Luiz de Oliveira, que também são réus nesse mesmo processo - Lorrayne dos Santos Oliveira e Rafaela dos Santos Oliveira - prestaram os depoimentos mais fortes contra a vítima.

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Rafaela contou que, em uma noite durante um período de férias em 2018 ou 2019, estava deitada no quarto que dividia com a mãe e outros quatro familiares. Foi quando alguém entrou, sentou-se em seu colchão, aos seus pés, e começou a passar as mãos pelo seu corpo. As outras pessoas estavam no quarto. Aparentemente dormiam.

"Senti uma mão subindo pela coxa e não conseguia reagir. Quando abri o olho vi o Niel (apelido do pastor Anderson) de blusa regata branca sentado", narrou a testemunha. "Ele subiu a mão pelas minhas coxas e introduziu o dedo, eu fechei a perna e virei para a parede."

Segundo Rafaela, quando ela girou o corpo, a cama de madeira fez barulho. Sua mãe despertou e identificou o pastor, que se assustou e se levantou. Anderson foi embora.

"Era época de férias, e eu não tinha aula no dia seguinte, então fiquei em casa, mas passei o dia fugindo da minha mãe, para não conversar sobre o que tinha acontecido. Quando ela perguntou se tinha acontecido algo na noite anterior, eu disse que não tinha acontecido nada", concluiu.

A irmã dela, Lorrayne, afirmou não ter sido vítima de abuso semelhante. Mas acusou o pastor de tentar leva-la a um motel, com o pretexto de almoçarem, em uma tarde em que estavam a caminho da igreja. Ela se recusou e não houve desdobramentos, segundo contou aos jurados. Lorrayne narrou outras supostas condutas reprováveis do pastor. Disse já ter sido alvo de tentativa de agressão por ele. Flordelis teria interrompido essa briga.

Lorrayne foi questionada pelo MP sobre a razão de não ter relatado os supostos abusos de Anderson à Polícia Civil, durante o interrogatório. Disse que, até a morte do pastor, não considerava a conduta do pastor abusiva. Ela afirmou ter tomado consciência de que se tratava de abusos pela advogada Janira Rocha. Ela assumiu como uma das advogadas de defesa de Flordelis após o crime.

Para o advogado Ângelo Máximo, assistente de acusação, a afirmação de Lorrayne de que a conduta do pastor só foi considerada inadequada depois de sua morte contradiz a suposta tese da defesa de que o comportamento abusivo dele teria sido causa do crime. "Essa tese foi derrubada pela afirmação da Lorrayne", afirmou Máximo ao fim do depoimento.

O advogado Rodrigo Faucz, um dos advogados de defesa, afirmou que "ficou bem clara a conduta de predador sexual do pastor". "Não há nenhuma prova concreta de que os réus cometeram o homicídio", afirmou

O julgamento recomeça às 10h deste sábado, com a oitiva dos cinco réus - Flordelis, Simone, André, Marzy Teixeira da Silva (outra filha afetiva de Flordelis) e Rayane dos Santos Oliveira, neta de Flordelis. Depois haverá debates entre a defesa e a acusação, e o julgamento pode terminar no domingo.

Durante a investigação da Polícia Civil, Lorrayne foi acusada por um mototaxista de ter jogado três celulares no mar. Os aparelhos seriam de Anderson, de Flordelis e de Flávio, filho do casal já condenado por disparar os tiros que mataram o pastor. Interrogada pelo Ministério Público, Lorrayne admitiu ter ido até a praia de Piratininga, em Niterói, com o motorista, mas negou ter dispensado qualquer celular. O telefone de Anderson desapareceu. Nunca foi localizado pela polícia.

Pedro Bial recebeu na última quarta-feira (27), durante o Conversa com Bial o filho e a neta de Elza Soares que se emocionaram ao reviver momentos marcantes da vida da cantora. Caso você não lembre, a artista acabou morrendo em janeiro deste ano e a família fez questão de falar sobre o documentário do Globoplay: Elza & Mané - Amor em Linhas Tortas.

Durante o bate-papo, eles fizeram questão de falar sobre a narrativa contada há anos a respeito da história do casal de que Elza Soares teria até destruído a carreira de Mané Garrincha, com quem foi casada há 17 anos.

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"Já tinha lido Estrela Solitária, a biografia do Ruy Castro, e ele foi o primeiro a falar que o que se falou de Elza e Garrincha até aqui, é equivocado. E se ele durou o que durou, foi por causa da Elza. Depois de ler eu fui ao musical dela, em 2018, que é maravilhoso e comentei com a minha vó que estava apaixonada pela história da Elza e a reação foi: Ela acabou com a carreira do Garrincha!. E essa narrativa é real, está na cabeça das pessoas. Ela foi uma das primeiras artistas canceladas, né. Por que ela é culpada por destruir a carreira de um jogador de futebol?", comentou Caroline, neta da cantora.

O filho da artista, Carlinhos, tinha cerca de 14 anos de idade quando sua mãe começou a namorar o atleta e ele falou durante o Conversa com Bial das lembranças do padrasto e qual foi a sua reação ao ser apresentado a ele.

"Nós morávamos na Urca, e num sábado, entrou em casa o Mané e tinham mais duas outras pessoas com ele. E ele disse, Olha, eu vim pra cá pra tomar conta de vocês, aí a Elza falou: Esse é o homem que eu vou casar, o meu amor. Foi um susto, né? Ele veio com aquela glória toda de 1962, da Copa do Chile, ele foi um monstro e foi um choque ver ele na minha frente dizendo que ia ser meu padrasto", disse.

Já Vanessa que é neta de Elza relembrou que a avó ao ser convidada para fazer o documentário falou de alguns assuntos que não costumava falar, como por exemplo, a morte de seu único filho com Mané Garrincha, o Juninho que tinha nove anos de idade e morreu afogado em um acidente de carro.

"A Elza, no início, tomou um susto, porque ela ia ter que entrar em assuntos que ela não falava. O empresário perguntou, você quer escolher quem vai falar? Ela disse, não, a minha versão todo mundo já conhece, agora vamos ouvir a versão das pessoas. Vi minha vó entrando em assuntos que pra mim foram muito chocantes. Ela vendo uma imagem do Juninho, quando a Mocidade estava escolhendo o samba-enredo [que homenageou a cantora em 2020], e em um vídeo ele aparece. E ela olhou e falou: meu filho!. E foi a primeira vez que vi ela chorando por causa dele", frisou.

Acusado de estuprar as netas de 7 e 8 anos, o capitão reformado da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP), Antônio Mariano Corrêa, de 95 anos, foi demitido da corporação no dia 30 de dezembro de 2020. Ele foi condenado em setembro de 2019 e chegou a ser preso pelos crimes cometidos em 2013.

No ano dos abusos, as meninas passaram uma semana das férias na chácara dos avós paternos, enquanto os pais estavam em viagem. Cerca de um mês depois, as crianças viram uma reportagem sobre a prisão de um estuprador e a mãe perguntou se elas já haviam passado por algum tipo de situação parecida. A mais nova olhou para a mais velha e disse: 'vamos contar para a mamãe', indica a Promotoria.

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Em uma avaliação psicossocial foram detectados comportamentos como ansiedade, insegurança e medo nas irmãs, o que representam sinais de abuso sexual. A mãe chegou a apontar outro suposto estupro do capitão, há cerca de quatro anos, contra a filha de uma secretária que trabalhava para a família e morava perto da chácara.

 A funcionária teria ameaçado prestar queixa e Corrêa teria rebatido: "conta, quem vai acreditar em você? Eu sou capitão da PM", relatou a nora, que chegou a levar a funcionária para a delegacia. No entanto, ela desistiu da denúncia e disse que daria outra chance ao homem "pois ele havia parado de beber".

A defesa de Corrêa tentou anular o processo ao alegar que não existiam provas suficientes. Em seguida, disse que as provas apresentadas eram falsas. Em juízo, disse que teria sido o 'diabo' que colocou isso na cabeça das netas e que "as crianças de hoje não admitem serem repreendidas". Como defesa, os advogados apontam que o PM é evangélico e que tem 'muito temor a Deus'.

Em setembro de 2019, o capitão ficou recluso durante dois meses no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Na ocasião, ele afirmou que tinha doenças como, déficit auditivo bilateral, arritmia cardíaca, pressão alta, diabetes, Alzheimer, esclerose e incontinência fecal e urinária, e uma cirurgia recente no coração, que teriam sido afetadas dentro da prisão.

Em novembro do mesmo ano, o juiz Luiz Alberto Moro Cavalcante, do Tribunal de Justiça Militar, indicou a possibilidade de Corrêa cumprir 17 anos em prisão domiciliar, sem nenhum contato com as netas, filhos e nora.

Pela patente, o capitão tinha direito de receber a aposentadoria de R$ 14.500 em rendimentos brutos, indica o portal da transparência do governo paulista. Com a perda do posto, ele receberá o valor de um funcionário público do estado, informa o portal IG.

Uma mulher e suas duas netas foram vítimas de um crime bárbaro no Paquistão. Elas foram linchadas e assassinadas por uma multidão depois da publicação de uma susposta mensagem desrespeitosa no Facebook.

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As vítimas eram integrantes da comunidade Ahmad e ficaram na mira do grupo depois que uma foto onde aparecem mulheres com pouca roupa e em lugar sagrado teria sido postada na rede social. A imagem foi supostamente publicada por um homem da mesma religião que o trio.

A foto foi considerada pelos grupo parquistanês como um ato de blasfêmia. Confira outros detalhes no vídeo:

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