Tópicos | Mirella Sena

Edvan Luiz da Silva, acusado de matar a fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo,   foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado, sendo 24 anos pelo homicídio e seis anos pelo estupro da vítima. O julgamento teve início na manhã desta segunda-feira (5), na 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, localizada no Fórum Thomaz de Aquino, localizado, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife.

O Conselho de Sentença considerou Edvan Luiz culpado pelo homicídio qualificado, tendo como qualificadoras: feminicídio, emprego de meio cruel, recurso que tornou impossível a defesa da vítima e crime cometido para assegurar ocultação/impunidade de outro crime; e também pelo estupro de Tassia Mirella de Sena Araújo. O juiz que presidiu o Júri foi Pedro Odilon de Alencar.

##RECOMENDA##

No início do Júri, foram sorteados sete jurados, entre 25 pessoas, para compor o Conselho de Sentença, que foi formado por quatro mulheres e três homens. Para o julgamento, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) arrolou quatro testemunhas. Não foram arroladas testemunhas de defesa. 

Depois, houve a exibição de vídeos com as audiências gravadas na fase de instrução do processo. Foram exibidos depoimentos com três testemunhas também arroladas pelo MP.  Após a oitiva das testemunhas, houve o interrogatório do réu Edvan Luiz da Silva. O acusado respondeu perguntas do juiz, de representantes do MPPE, da defesa do réu e de jurados.

Os advogados de Edvan expuseram a tese de defesa. A argumentação foi construída na tese do direito de ampla defesa do réu, garantida pela Constituição Federal. Alegou já haver uma condenação prévia da sociedade a Edvan Luiz da Silva e também questionou resultados de laudos periciais. Após o debate, o juiz Pedro Odilon de Alencar leu os quesitos que foram analisados pelos jurados. Por fim, o Conselho de Sentença se reuniu para deliberar sobre o réu.

O comerciante Edvan Luiz da Silva, 32, será levado a júri popular pela acusação do assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo. A pronúncia foi feita pelo juiz da 3ª Vara do Júri da Capital, Odilon de Alencar Luz, na última quinta-feira (29), nove dias após o interrogatório do réu em audiência de instrução. Ainda não há uma data marcada para o julgamento. Em seus depoimentos, ele negou ter cometido o crime. 

Edvan será julgado pelas práticas de estupro e homicídio quadruplamente qualificado. Ele é acusado de assassinar Mirella Sena em abril deste ano, dentro do flat que a vítima morava, no bairro de Boa Viagem. No dia do crime, vizinhos disseram que, por volta das 7h, ouviram vários gritos e acionaram o funcionário do prédio, que chamou a polícia.

##RECOMENDA##

O corpo dela foi encontrado na sala do imóvel sem roupas e com ferimento à faca no pescoço, além de cortes nas mãos. O apartamento 1206 estava completamente revirado, e durante as investigações, os peritos encontraram manchas de sangue na porta do 1208, onde Edvan Luiz morava com a esposa e era vizinho da vítima. A polícia chegou a bater no apartamento do acusado, mas ele não respondeu. 

A 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital recebeu a denúncia do Ministério Público de Pernambuco no último dia 25 de setembro. O texto se baseia no emprego de meio cruel, ocultação, traição, emboscada e meio que dificulte a defesa da vítima, além do feminicídio.

Responsável pela acusação, a promotora de Justiça Christiana Ramalho, se posicionou favorável à manutenção da prisão preventiva do comerciante. Para ela, a medida garante a aplicação da lei penal.

Edvan está preso desde o dia do assassinato no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. O júri popular deverá ser realizado no Fórum Thomaz de Aquino, onde também aconteceram as duas audiências de instrução. O réu deverá ser julgado por sete jurados. 

LeiaJá também

--> Mulher é encontrada morta em prédio na Zona Sul do Recife

--> Vizinho suspeito de matar mulher em Boa Viagem é preso

--> Assassinato de jovem em Boa Viagem teve motivação sexual

--> Caso Mirella: 'O machismo bateu na porta dela' 

--> Justiça decreta prisão de suspeito de matar Mirella 

--> "É irrefutável. Foi ele", diz delegado do caso Mirella

Um projeto de lei em análise na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instituiu o dia 5 de abril, data em que a fisioterapeuta Mirella Sena foi estuprada e assassinada na Zona Sul do Recife, como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A proposta foi apresentada pela deputada Simone Santana (PSB) nessa quarta-feira (2). 

“Precisamos falar sobre o feminicídio, porque este é o primeiro passo para enfrentá-lo. Não basta o reforço policial, mas também medidas preventivas, como a rede de empoderamento feminino e de proteção à mulher vítima de violência, mantida pela Secretaria Estadual da Mulher”, apontou a parlamentar. Ela também é autora de um requerimento para que a Polícia Civil sinalize os crimes de feminicídio nos registros de ocorrência, para facilitar posteriores estatísticas. 

##RECOMENDA##

A data, segundo Simone, foi escolhida porque o crime chocou a sociedade. De acordo com as investigações, na manhã do dia 5 de abril Mirella Sena, de 28 anos, foi surpreendida pelo vizinho, Edvan Luiz da Silva, de 32, em seu flat em Boa Viagem. Lá ela teria sido estuprada e morta, após, inclusive, enfrentar o acusado em luta corporal. Edvan Luiz está preso e responde pelo caso

Ao justificar a iniciativa para combater crimes como o que vitimou a fisioterapeuta, a deputada estadual também apontou o risco de invisibilidade da violência contra mulheres pobres. Como exemplo, a deputada citou o caso da camareira Eliane Maria da Costa, que foi estuprada e assassinada no Engenho Tabatinga, em Ipojuca, dois dias antes da morte de Mirella. 

“O crime não teve repercussão na época e, depois de quatro meses, não houve avanços aparentes na investigação. São muitas as “Elianes” em nossa realidade, e por isso precisamos ampliar a voz das mulheres vítimas de violência”, ressaltou Simone Santana.

Corroborando os argumentos da parlamentar, a deputada Teresa Leitão (PT) comentou que na última terça-feira (1º), uma representante de uma ONG, que esteve nas galerias da Alepe, e foi impedida, pelos policiais legislativos, de abrir uma faixa com a frase: “Não é crime passional, é feminicídio”. “Foi um fato desagradável. Faço um apelo à Mesa Diretora para que manifestações como essas não sejam interditadas outras vezes”, declarou Teresa.

Na manhã da última quarta-feira (21), Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, passou por audiência de instrução após acusação de ter matado a fisioterapeuta Mirella Sena, de 28 anos. Por volta das 8h ele chegou ao local e pouco tempo depois foi dado início ao procedimento. Ao final, às 16h, a defesa solicitou detalhamento dos laudos que fundamentaram o inquérito.

Segundo Joseane Bernardo, prima da vítima, “ao final, o promotor pronunciou algumas palavras e a defesa fez a solicitação desses laudos detalhados. Ele não foi interrogado e nem ficou na mesma sala das testemunhas. Minha tia não quis se deparar com ele”. Ao todo, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), foram ouvidas 13 testemunhas convocadas pelo Ministério Público de Pernambuco MPPE, dentre elas, dois familiares de Mirella; um amigo da jovem; dois policiais civis; o gerente do prédio; o porteiro do prédio; dois moradores do prédio; a namorada de um dos moradores; e três pessoas que conheciam ou tiveram proximidade com o acusado. A defesa de Edvan não convocou testemunhas.

##RECOMENDA##

Durante uma entrevista exclusiva ao Jornal do Commercio, o preso questionou as investigações. "Perícias são falhas, perícias erram. (...) Eu não estou aqui para culpar ou direcionar culpa para ninguém sobre isso. Eu só vou dizer uma coisa: eu não fiz isso". 

Conforme o TJPE, o pedido da defesa foi acatado pelo juiz Pedro Odilon. A partir de então, a perícia tem 30 dias para fornecer esse material. Após a análise desses laudos feita pela defesa, ocorre o interrogatório do réu. “O magistrado também decidirá se há necessidade de ouvida de peritos. Após interrogatório, o MPPE tem cinco dias para alegações finais. Na sequência, a defesa tem cinco dias também. Quando os autos voltarem ao Juízo, o juiz Pedro Odilon decide pela pronúncia ou impronúncia do acusado. Ou seja, se vai a júri popular, ou não. Cabe recurso”.

LeiaJá também

--> Justiça decreta prisão de suspeito de matar Mirella

--> Caso Mirella: 'O machismo bateu na porta dela'

--> Caso Mirella: familiares protestam em frente ao fórum

--> "É irrefutável. Foi ele", diz delegado do caso Mirella

[@#galeria#@]

Na manhã desta quarta-feira (21), o Fórum Thomaz de Aquino, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, receberá a audiência de instrução e julgamento de Edvan Luiz da Silva, de 32 anos. Ele é acusado de violentar e matar a fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, de 28 anos. O juiz é Pedro Odilon de Alencar.

##RECOMENDA##

Um protesto foi organizado no Facebook e contou com familiares e amigos da vítima com cartaz e camisas pedindo por justiça. Lorena Santos, amiga da fisioterapeuta, falou sobre a sensação da violência que vitimou Mirella. "A gente vê, escuta, sabe de casos, mas todo sentimento muda quando é perto. Você não consegue mensurar", explicou.

Enedino Seabra é primo Alice Seabra, assassinada pelo padrasto em 2015, e também participou do ato para pedir justiça. "Estou aqui para prestar solidariedade à família dela. Para que esses assassinos irem à júri popular. Faz dois anos da morte de Alice e até agora nada. Ele está preso, mas até quando?", diz.

Parte dos parentes de Mirella conseguiu entrar para assistir a audiência. Ao todo, foram arroladas 13 testemunhas de acusação, incluindo os pais da vítima e uma amiga. Não há testemunhas de defesa, mas o advogado poderá apontar durante a audiência que deve ser iniciada às 8h30. 

Edvan chegou ao Fórum por volta das 8h10. Depois das audiências de instrução, o Ministério Público tem dez dias para fazer as alegações finais e definir se ele irá à júri popular.

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Mulher é encontrada morta em prédio na Zona Sul do Recife

--> Vizinho suspeito de matar mulher em Boa Viagem é preso

--> Assassinato de jovem em Boa Viagem teve motivação sexual

--> Caso Mirella: 'O machismo bateu na porta dela' 

--> Justiça decreta prisão de suspeito de matar Mirella

--> "É irrefutável. Foi ele", diz delegado do caso Mirella

--> Acusado de matar Mirella está isolado contra agressões

--> Mendonça filho é chamado de ausente em ato por Mirella

--> Em ato emocionante, vida de Mirella é lembrada

--> Polícia indicia Edvan Luiz pela morte de Mirella

--> Acusado de matar Mirella pode ter assassinado outra mulher

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando