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O ministro George Hilton (PRB) encerrou, nesta terça-feira, a passagem do PCdoB pelo Ministério do Esporte com a saída do secretário-executivo Ricardo Leyser. A exoneração do homem forte da pasta foi publicada nesta terça pelo Diário Oficial da União, em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff.

Leyser era o braço do governo dentro do Ministério do Esporte desde que a pasta foi assumida pelo PRB na reforma ministerial do início do segundo mandato de Dilma após 12 anos nas mãos do PCdoB. O antigo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi para a Ciência e Tecnologia, e depois para a Defesa, levando com ele o então secretário-executivo Luis Fernandes.

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O posto ficou com Leyser, que até então era secretário de esporte de alto rendimento e comandava a preparação esportiva do Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio. Inicialmente ele acertou a contratação de Ricardo Trade, ex-CEO da Copa, que ficou poucos dias no alto rendimento antes de assumir como CEO da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Sem Trade, Hilton entregou a secretaria para Carlos Geraldo, presidente do PRB de Pernambuco e ex-presidente da Record News. A secretaria de Educação, Lazer e Inclusão Social, antes sob o comando de Carlos Geraldo, foi herdada por Evandro Grela, ex-deputado distrital pelo PRB-DF.

A outra secretaria de primeiro escalão, a de Futebol e Defesa dos Direitos dos Torcedores, foi entregue a outro membro do PRB, Rogerio Hamam, restando com Leyser a única cadeira ainda ligada ao governo e não atrelada ao PRB.

Leyser começou a trabalhar com os governos do PT ainda na gestão Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2003, quando coordenou a Fórmula 1. Desde então, estava no Ministério do Esporte, tendo comandado a preparação para os Jogos Pan-Americanos e, depois, para a Olimpíada.

O agora ex-secretário foi procurado pela Agência Estado na manhã desta terça-feira, mas não respondeu aos telefonemas. No mês passado ele visitou a redação do Grupo Estado e afirmou que gostaria de deixar o governo após os Jogos Olímpicos. Até lá, tinha uma missão a cumprir.

Um dia depois de o ministro do Esporte, George Hilton, retornar ao Brasil após cinco dias em Toronto, nesta terça-feira foi a vez do secretário-executivo da pasta, Ricardo Leyser, chegar ao Canadá para acompanhar os Jogos Pan-Americanos. Ele ficará na cidade por uma semana e, neste período, pretende acompanhar aspectos da organização do evento visando à Olimpíada do próximo ano, além de acompanhar in loco o desempenho de atletas brasileiros.

"Nós temos duas frentes de ação. A primeira tem a ver com a organização dos Jogos do Rio-2016. O ministério está no Programa de Observadores, acompanhando toda a operação dos Jogos - e não só o ministério do Esporte, mas também o Itamaraty, Ministério da Defesa e da Justiça. Já há uma mobilização grande do governo para a Olimpíada e aqueles que não conhecem a operação dos Jogos estão vindo para o Pan-Americano", declarou Leyser à reportagem.

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"Não é uma grande delegação - a nossa para Londres, por exemplo, foi maior - porque a gente já tem alguma experiência, mas aquelas pessoas do governo que foram se agregando nos últimos momentos, nos últimos dois anos, estão aqui em Toronto conhecendo. Inclusive uma parte da nossa equipe que fez a Copa do Mundo de 2014, mas não tinha experiência em eventos multidesportivos", explicou o secretário-executivo.

A participação dos atletas brasileiros em Toronto também está no radar do ministério. "O outro lado é o do nosso desempenho esportivo. A maior parte dos esportes tem o financiamento do governo federal, do Ministério do Esporte, de investimentos de estatais ou da lei de incentivo, então a gente está aqui acompanhando alguns resultados."

Nos 12 meses que antecedem aos Jogos do Rio, os atletas brasileiros receberão do governo federal o mesmo valor a que tinham direito há quatro anos. O ministério do Esporte abre nesta terça-feira as inscrições para o Bolsa Atleta oferecendo os mesmos valores de 2011. São mais de quatro anos sem reajustes nos benefícios. No ano passado, 6.703 atletas foram contemplados apenas nas modalidades olímpicas e paralímpicas.

O último reajuste no valor das bolsas aconteceu em 20 de setembro de 2010, determinado por medida provisória assinada pelo presidente Lula. Na ocasião, o benefício pago para atletas que haviam participado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos imediatamente anteriores (no caso, em Pequim, em 2008) passou de R$ 2,5 mil para R$ 3,1 mil. Foi o único reajuste desde a criação do programa, em 2004.

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Desde setembro de 2010, o País registrou inflação de 35,75%, de acordo com medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Caso o governo federal tivesse optado por usar o IPCA para reajustar o valor das bolsas anualmente, sempre em setembro, o benefício às categorias olímpicas e paralímpicas hoje seria de R$ 3.950.

O governo foi questionado e respondeu apenas que o Bolsa Atleta tem a finalidade de garantir "condições mínimas para que (os atletas) se dediquem a treinamentos e competições" e que "os valores por categoria são definidos por lei".

INSCRIÇÕES - Neste ano, os atletas têm até 31 de maio para realizar a inscrição online e mais uma semana de prazo para enviar os documentos comprobatórios. O governo promete publicar a lista de contemplados em 22 de julho, um atraso de 20 dias na comparação com os prazos do ano passado.

Como as bolsas são referentes aos resultados esportivos de 2014, o governo tem até o dia 31 de dezembro para quitar as 12 parcelas referentes a cada atleta. O ministério costuma fazer apenas quatro depósitos em conta, entre agosto e dezembro. No ano passado, atrasou a última parcela de parte dos esportistas. Na ocasião, alegou que o sistema de informática foi prejudicado por um temporal que caiu sobre Brasília em dezembro.

Além da categoria Olímpico/Paralímpico, o Bolsa Atleta premia medalhistas das categorias Internacional (R$ 1.850), Nacional (R$ 925), Estudantil e Base (R$ 370), apenas em modalidades que constam no programa dos Jogos Olímpicos ou Paralímpicos. No segundo semestre, um novo edital será aberto para medalhistas de eventos internacionais das demais modalidades reconhecidas pelo ministério.

Principal ginásio poliesportivo pernambucano, o Geraldo Magalhães, mais conhecido como Geraldão, vem passando por uma reforma de requalificação e modernização desde 2013. Com uma estrutura cheia de irregularidades e muitos problemas, o complexo estava desde 2002 sem receber nenhum evento esportivo oficial. Naquela ocasião foi sede da fase final da Liga Mundial de Vôlei Masculino. O local ficou abandonado por vários anos até o mandato do prefeito Geraldo Júlio, onde foi tomada a iniciativa de reformar o ginásio, mas o que parecia ser o final do problema ganhou um novo capítulo em agosto do ano passado, quando por problemas no projeto a obra foi parada, mas mesmo assim a prefeitura do Recife manteve a promessa de reinaugurá-lo em agosto de 2015. 

Porém, os ajustes no projeto demoram mais do que o esperado para serem corrigidos e a obra só pôde ser retomada no início de maio deste ano. E agora com um orçamento previsto R$ 45 milhões, a verba terá o repasse de cerca de R$20 milhões do governo federal e os outros R$ 25 milhões divididos entre prefeitura e governo estadual. Para fiscalizar a retomada das obras, o Secretário de Esportes de Alto Rendimento (Snear), Carlos Geraldo esteve nesta segunda-feira (11) no complexo. O representante do Ministério do Esporte, que é natural de Pernambuco, sabe da importância da reabertura do local para toda a atividade esportiva do estado e nacional. “O Geraldão é um monumento da nossa cidade, e nos tínhamos que retomar as obras, entregar de volta o Geraldão para a nossa população. O Geraldão não pode ficar parado como estava e nós conversamos bastante com o ministro lá em Brasília e ele deu o sinal verde e nós começamos a fazer o trabalho”, comentou para a reportagem do LeiaJá.

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Segundo Carlos Geraldo, o novo prazo para a conclusão da obra será até dezembro deste ano e ele acredita que dentro um período de 10 a 15 dias os trabalhos já estarão em plena execução no local. “Pelo que eu percebia aqui a obra está em torno de 42% a 50%, eu acredito que com os recursos que serão disponibilizados era o que faltava. A conclusão vai ser rápida, a parte de estrutura da coberta já está pronta, só falta agora forrar ela, colocando as telhas. Assim que nós forrarmos a obra vai acelerar porque não vamos depender muito do tempo, se chover não paramos a obra e isso vai facilitar bastante”, ressalta o secretário.

Outro que estava presente na visita ao Geraldão foi o Secretário de esportes da prefeitura George Braga, ele comentou sobre as principais mudanças pelo qual o complexo irá passar. “O ginásio vai sofrer mudanças muito importantes. O primeiro é que ele vai se tornar um ginásio completamente acessível, ele vai ter acessibilidade total para os deficientes, com rampas de acesso, patamares para cadeirantes poderem assistir. Teremos cadeiras em todo ambiente do ginásio, serão dez mil lugares, com cadeiras marcadas. Vamos climatizar o ginásio, isso é uma novidade que não estava prevista no projeto original, ele vai ter nova estrutura de alojamento e vestiário, serão vestiários completamente novos e alojamento para cerca de 160 atletas e vamos dotar ele de camarotes e espaço de recepção”, pontuou. 

Além das novidades que o Geraldão irá apresentar, George ainda lembra que a estrutura do local está sendo completamente recuperada por ser tratar de um ginásio que foi construído a cerca de quatro décadas e que precisava de manutenção. “Além de tudo teremos a recuperação estrutural, é uma estrutura que já tem 40 anos e precisava de recuperação, vamos ter a nova coberta, diferente da anterior que era mais frágil. Será um ginásio praticamente novo, mas com a cara do querido Geraldão”, concluiu.

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O Ministério do Esporte informou nesta terça-feira (31), que o secretário Nacional do Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Trade, será desligado do cargo, devido a sua nova função. Ele assumirá a CEO da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) sob a responsabilidade de coordenar o processo de reestruturação da entidade. O ex-secretário conta com total apoio do ministro de Estado do Esporte, George Hilton.

O novo secretário de Alto Rendimento será Carlos Geraldo, presidente do PRB de Pernambuco. Carlos era o principal nome do PRB abaixo de George Hilton dentro do ministério, uma vez que estava à frente da secretaria de Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) desde fevereiro deste ano. Para o cargo na Snelis, assume Evandro Garla, ex-deputado distrital.

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Durou exatos três meses a gestão técnica do PRB à frente do ministério do Esporte. Nesta quarta-feira, o segundo principal cargo abaixo do ministro George Hilton (PRB-MG) será assumido por um dirigente partidário não apenas ligado ao partido, mas que também era ligado à TV Record e, consequentemente, à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Trata-se de Carlos Geraldo (PRB-PE), ex-presidente da Record News e da Record Rio, que assume a secretaria nacional de Esporte de Alto Rendimento. Sem qualquer experiência no esporte, ele será o responsável por todo o legado esportivo dos Jogos do Rio-2016, incluindo a preparação dos atletas para a Olimpíada.

Até o ano passado, o PCdoB controlava o Esporte. Além do ministro Aldo Rebelo, a pasta tinha outros dois homens-fortes lá dentro: o secretário-executivo Luis Fernandes e o secretário de Alto Rendimento, Ricardo Leyser. Na reforma ministerial para o início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o PCdoB pediu a pasta de Ciência e Tecnologia. Técnico da área, Luis Fernandes acompanhou Aldo até lá.

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Quando a decisão de alocar o PRB no ministério foi anunciada, a escolha foi alvo de críticas vindas de todas as partes: confederações (em reservado), atletas e até mesmo políticos ligados ao esporte, como o hoje presidente da Frente Parlamentar Mista de Esporte, João Derly (PCdoB), questionaram a escolha.

Sem nenhuma experiência no esporte, George Hilton, deputado federal por Minas Gerais, pareceu ter caído de paraquedas no ministério. Bombardeado de críticas, num primeiro momento tomou a decisão de se cercar de técnicos, escolhendo Leyser para a secretaria-executiva e Ricardo Trade para o Alto Rendimento. Os dois estavam em cargos "trocados" (Leyser vinha trabalhando com esporte de alto rendimento e Trade com organização de grandes eventos), mas prometiam trabalhar em sinergia.

Desde o discurso de posse, Hilton expressou que o legado que queria deixar à frente do ministério seria na área de Educação, Lazer e Inclusão Social. Não à toa, escalou para a pasta um dos principais articuladores do PRB, Carlos Geraldo, presidente do partido em Pernambuco.

A situação começou a mudar quando começaram a surgir as primeiras notícias dando conta de que Ricardo Trade assumiria como CEO da Confederação Brasileira de Vôlei. Anunciado em janeiro, ele só foi nomeado secretário de Alto Rendimento no dia 25 de fevereiro. Até então, não apareceu em Brasília. Depois disso, foi assumindo as funções aos poucos.

Passaram-se duas semanas e Trade continuou assinando como secretário de Alto Rendimento, sem compromissos públicos e sem contato com a imprensa. Desde que George Hilton assumiu o ministério, a secretaria não apresentou nenhuma medida efetiva, sequer assinou convênios.

O ministro George Hilton disse entender a escolha de Trade, anunciada na terça-feira, e desejou-lhe boa sorte. A decisão, afinal, é boa também para Hilton. Livre das críticas do início do ano, pode começar a abrir as portas do Esporte para o PRB. Na secretaria que era de Carlos Geraldo, fica Evandro Garla, ex-deputado distrital pelo PRB. Três das quatro principais cadeiras do ministério já estão com o partido.

O Ministério do Esporte resolveu aproveitar os recentes casos de violência no futebol para abrir diálogo com as torcidas organizadas. Nesta quinta-feira, o ministro George Hilton vai se reunir em Brasília com representantes da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) para estreitar relações com a entidade e, assim, buscar alternativas no combate às brigas dentro e fora dos estádios.

Esta semana, após atos violentos antes e durante o clássico entre Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Paulista, Hilton pediu para Marco Aurelio Klein, atual presidente da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que atualize um estudo feito por ele em 2006 sobre a violência de torcidas de futebol. A ideia do ministro é organizar vários encontros para criar nos próximos meses um plano de ação nacional para tentar pelo menos reduzir o número de casos de brigas.

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Na gestão de Aldo Rabelo, o Ministério do Esporte chegou a lançar em 2013 uma lista de propostas que prometiam conter a violência, mas pouca coisa saiu do papel até agora, como o Cadastro Nacional de Torcedores, a instalação de sistemas de segurança nos estádios com padrão semelhante ao das arenas da Copa do Mundo, além do aumento da responsabilidade dos clubes cujos torcedores se envolvessem em brigas.

Nesta quinta-feira, a Anatorg pretende levar a Hilton propostas para melhorar o convívio entre organizadas, o chamado torcedor comum e o poder público. "A violência é um problema crônico, que vai muito além das torcidas organizadas. Não é se afastando do problema que você vai resolvê-lo. É preciso se aproximar e dialogar com as organizadas", disse André Azevedo, presidente da Anatorg, que também comanda a Dragões da Real, torcida do São Paulo.

A entidade foi fundada no ano passado e reúne 120 organizadas, que somam cerca de 1,5 milhão de torcedores. No encontro desta quinta-feira com o ministro, também serão discutidos exemplos do exterior que podem ser adotados no Brasil. "Aqui, fala-se muito que a polícia não deve fazer a segurança das torcidas. Na nossa visão, isso é um erro. No ano passado, fui para a Alemanha assistir a um jogo do Borussia Dortmund e a torcida do Schalke 04 foi escoltada desde Gelsenkirchen. Mais de 4 mil policiais trabalharam naquele jogo", disse Azevedo.

ESTUDO - Em 2004, foi criada a Comissão Nacional de Prevenção da Violência para a Segurança dos Espetáculos Esportivos. O grupo era formado por integrantes dos ministérios do Esporte e da Justiça e, após dois anos de trabalho, apresentou um relatório com problemas e soluções para o combate à violência no futebol. Agora, depois de nove anos, o texto volta à pauta do Ministério do Esporte.

De acordo com Klein, hoje as ações para controlar as torcidas não podem mais ficar concentradas apenas dentro dos estádios. "A resolução do problema nas arenas precisa ser estendida para fora delas", disse.

O modelo a ser adotado, no entanto, continua o mesmo: o Relatório Taylor, que acabou com o hooliganismo na Inglaterra. Na década de 80, os problemas de violência no país eram bastante semelhantes aos enfrentados pelo futebol brasileiro atualmente, por isso Klein resolveu usar o modelo inglês como referência.

"O problema foi superado com um trabalho técnico que envolveu a participação do governo, dos clubes, de entidades esportivas e da mídia. Foi um compromisso geral e, acima de tudo, quando começou a dar resultado, de inteligência. Sempre acreditei que é possível fazer isso no Brasil também", disse Klein.

O ministro do Esporte, George Hilton (PRB), pagou R$ 84.996 para alugar dois computadores pessoais, por um ano e meio, enquanto exercia mandato de deputado federal por Minas Gerais. De acordo com a revista Veja, que revela a contratação, os mesmos equipamentos, juntos, custam cerca de R$ 15 mil nas lojas.

A reportagem da revista aponta que a empresa contratada para prestar o serviço ao gabinete do deputado foi a Ideas Movies and Solutions, que é especializada na produção de vídeos e prestou serviços na fracassada campanha de Hilton à prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, em 2012.

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Ainda de acordo com a revista, a contratação foi justificada como "Manutenção de Escritório de Apoio à Atividade Parlamentar", enquanto a contratação de empresa de comunicação deveria ser apresentada como "Divulgação da Atividade Parlamentar".

O gabinete do ministro afirmou à revista que os pagamentos são referentes ao aluguel de dois computadores e de seus respectivos softwares, alegando que a verba de gabinete não pode ser usada para comprar equipamentos do tipo.

O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, disse nesta quinta-feira que confia em uma boa parceira com o novo ministro do Esporte, George Hilton. Ausente na cerimônia de posse, Nuzman se encontrou com o ministro na quarta-feira, em Brasília. No encontro, o dirigente soube que o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, será o novo secretário-executivo da pasta.

"Ele (Hilton) disse que a equipe que estava trabalhando no alto rendimento, o Ricardo Leyser, vai continuar. Não sei se saiu ou vai sair (o comunicado oficial), se estou fazendo uma confidência, mas o Leyser deve ser o secretário-executivo", destacou Nuzman, em encontro com jornalistas na sede do comitê. O antigo secretário executivo da pasta, Luis Fernandes, ocupará a função no ministério de Ciência e Tecnologia, acompanhando Aldo Rebelo.

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Sobre George Hilton, que ao ser anunciado ministro admitiu "não entender profundamente" de esportes, Nuzman demonstrou confiança. "Ao longo desses anos que a gente liga com o esporte tivemos vários ministros que não tinham ligação, e fizemos um trabalho excelente e tivemos uma relação ótima", disse o dirigente, que também preside o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

"Eu conversei mostrando como nós trabalhávamos com o ministério há muitos anos, e ele respondeu que a parceria não muda em nada. 'Sinergia' foi uma palavra usada por ele de uma maneira muito clara, e essa sinergia vai continuar", afirmou.

No fim do mês, Hilton deverá ir ao Rio para uma reunião com presidentes de confederações nacionais no COB e também para visitar a sede do Comitê Rio 2016.

Alvo de críticas da comunidade esportiva e vaiado na última quinta-feira durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto, o novo ministro do Esporte, George Hilton, assumiu a pasta oficialmente nesta sexta-feira em evento esvaziado de atletas e também de representantes do primeiro escalão do governo. O deputado federal mineiro do PRB usou seu discurso para se defender de ataques, mas admitiu não ser familiarizado com o assunto e "não entender profundamente" da área.

"Gostaria de tranquilizá-los para dizer: posso não entender profundamente de esportes, mas entendo de gente. Eu sei ouvir as pessoas, sei dialogar", disse o novo ministro, prometendo usar a habilidade política para gerir a pasta. Hilton é radialista, apresentador de televisão e animador. "As críticas não me abatem, me impulsionam a empurrar a mim mesmo a realizar proezas."

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Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que passou nesta manhã o cargo a Hilton, minimizou a falta de familiaridade do sucessor com a pasta destacando a experiência da equipe técnica. As críticas ao nome do novo ministro, disse Rebelo, são "parte da democracia".

Diante da ausência de outras personalidades do mundo do esporte, Hilton quebrou o protocolo e pediu que o jogador de vôlei de praia Emanuel, presente no evento, subisse ao palco. Emanuel é casado com a ex-jogadora Leila, filiada ao PRB-DF. A plateia era composta por servidores do ministério, representantes de confederações esportivas e políticos. A ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, chegou nos 10 minutos finais do discurso de Hilton.

Ligado à Igreja Universal, Hilton garantiu que sua "fé religiosa grande e inquebrável" não será obstáculo para a condução do Ministério.

Alinhado com o discurso do governo federal, Hilton destacou avanços dos últimos 12 anos na questão social e defendeu a "democratização" do esporte e seu uso como instrumento de inclusão. "Eu vou dar atenção especial ao esporte social, ao esporte inclusão, educacional e comunitário", disse Hilton, mencionando o programa Atleta na Escola, com atividades para alunos de ensino médio.

O novo ministro disse que a tônica da sua gestão será o esporte de base e prometeu trabalho intenso pela prorrogação da Lei de Incentivo ao Esporte, que vence em 2015. Ele afirmou ainda que, nos próximos dias, irá tratar com a Casa Civil da questão da dívida de clubes de futebol e prometeu se empenhar para valorizar o futebol feminino.

O apoio aos atletas que irão disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, segundo ele, será mantido, com continuidade dos programas Bolsa Pódio e Bolsa Atleta. Também será mantido o programa de controle de dopagem."Estou assumindo não só o compromisso de manter o que muito bem tem sido feito nesse ministério, mas especialmente de aperfeiçoar, ampliar e democratizar tudo o que vem sendo feito dentro do esporte", disse.

Hilton se recusou a dar entrevistas ao final do evento de transmissão do cargo e recebeu cumprimentos de convidados em uma sala reservada, sem a presença da imprensa.

A escolha do deputado federal George Hilton (PRB-MG) para ser o ministro do Esporte no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff vem recebendo críticas de todos os lados. Por meio de sua conta no Facebook, o pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tenta indicar que nem todos são contra a escolha. Nas últimas horas, o político tem reproduzido mensagens de apoio.

As duas primeiras mensagens publicadas foram da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) e da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). A primeira contou com o apoio da secretaria de Esporte do Distrito Federal, comandado pelo PRB, para organizar, em Brasília, a Gymnasíade (Olimpíadas Escolares) de 2013.

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Já a CBDU tem interesse semelhante. Brasília obteve o direito de organizar a Universíada de 2019, mas o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) já avisou que vai abrir mão do evento por falta de recursos. A secretaria distrital segue com o PRB e a CBDU dependeria de intervenção do ministério do Esporte para reverter a decisão.

No Facebook, George Hilton também mostra os cumprimentos da Confederações Brasileiras de Sin Moo Hapkido (uma arte marcial derivada do Hapkido), de um dirigente da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Esportivo (arte marcial derivada do jiu-jítsu brasileiro) e de um cartola da Federação Mineira de Handebol.

O futuro ministro disse também ter recebido, na terça-feira à noite, uma ligação do técnico da seleção brasileira de futebol, Dunga, "hipotecando apoio e desejando sucesso na gestão do Ministério".

A opção de Dilma por George Hilton, que não tem qualquer relação com o Esporte, escolhido por negociação partidária, causou duras críticas da ONG Atletas pelo Brasil, liderada pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser e que conta com mais de 60 atletas e ex-atletas de renome no País. O deputado federal João Derly, bicampeão mundial de judô, além de outros políticos ligados ao esporte, também mostraram descontentamento com a escolha por Hilton.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) divulgou na tarde deste sábado (27) nota na qual nega responsabilidade pela indicação de seu companheiro de partido, o deputado federal George Hilton (MG), para ministro do Esporte, neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. No texto, Crivella afirma que não teve a "honra" de fazer a indicação do parlamentar. Em 2006, Hilton foi flagrado no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com R$ 600 mil em dinheiro, em 11 malas. O parlamentar mineiro justificou-se, dizendo que eram doações de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), da qual é pastor. O PFL, ao qual o deputado era filiado, porém, o expulsou.

Com a notícia de que Hilton será o novo ministro do Esporte, o episódio de oito anos atrás foi reavivado. Há ainda críticas à troca de comando no ministério a pouco mais de um ano e meio dos Jogos Olímpicos de 2016. Começaram pressões no PT e na base governista para que a futura nomeação seja revertida. Em entrevista ao Estado, porém, o presidente do PRB, Marcos Pereira, avisou que, se o convite ao deputado mineiro for cancelado, o PRB irá para a oposição. Segundo Crivella diz na nota, porém, "foram os próprios méritos do candidato que o credenciaram" para ocupar o cargo no novo governo.

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"Trata-se de um deputado no quarto mandato com relevantes serviços prestados ao Brasil e à sua querida Minas Gerais. Pode conferir nos anais da Câmara dos Deputados", declara o senador na nota.

Crivella afirma ainda no texto que "as acusações que (Hilton) amargurou quando, ao lado de outros pastores, levava as ofertas da Igreja Universal de Minas para São Paulo, foram esclarecidas. O dinheiro apreendido foi devolvido à Igreja por decisão da justiça e quem achava que sua injusta expulsão do PFL iria acabar com sua carreira se enganou. Quem acabou foi o PFL. O deputado George Hilton é hoje o Ministro do Esporte onde fará um brilhante trabalho".

A presidenta Dilma Rousseff anunciou os nomes de 13 ministros na véspera do Natal. Aldo Rebelo deixa o Ministério do Esporte e assume Ciência, Tecnologia e Inovação. Jaques Wagner, atual governador da Bahia, será o novo ministro da Defesa. Cid Gomes, atual governador do Ceará, foi escolhido para Educação.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) assume o Ministério de Minas e Energia. Como ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, no lugar de Moreira Franco, também PMDB, assumirá Eliseu Padilha, ex-ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso. O deputado Edinho Araújo (SP) vai comandar a Secretaria Nacional de Portos no lugar de César Borges, que está no cargo desde junho deste ano.

A nova ministra da Agricultura é a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O paraense Helder Barbalho assumirá o Ministério da Pesca. No Turismo, permanece o atual ministro Vinícius Lages. Para o Ministério das Cidades, o indicado foi ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PSD.

Também foram anunciados os nomes dos futuros titulares da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes. A grande decepção ficou por conta da escolha do novo ministro de Esportes, no lugar de Aldo Rebelo.

“Teólogo, radialista, apresentador de TV e animador", segundo sua própria definição. Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus como bônus. Certamente não se tratou de critério técnico a escolha do nome de George Hilton para assumir o Ministério do Esporte.

Com atuação praticamente nula na área esportiva, o feito a dar maior visibilidade ao deputado federal do PRB até hoje ocorreu em 2007, quando então deputado estadual pelo PFL, acabou expulso do partido por ter sido flagrado pela Polícia Federal desembarcando em Belo Horizonte com 11 malas e caixas contendo cheques e maços de dinheiro com doações de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus.

O LATIFÚNDIO DO PMDB– O PMDB perdeu o Ministério da Previdência Social, não conseguiu emplacar o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que perdeu a eleição para governador do Rio Grande do Norte, mas abocanhou seis ministérios: Minas e Energia, Turismo, Agricultura, Secretaria de Aviação Civil, Pesca e Secretaria dos Portos.

PT derrotado– Com a ida do governador cearense Cid Gomes para o Ministério da Educação, o PT perde, pela primeira vez, o controle de uma das mais expressivas e cobiçadas pastas, com orçamento para 2015 em torno de R$ 100 bilhões. Cid é visto como um gestor de sucesso na implantação de políticas educacionais.

PP na Integração– Depois de muita resistência, o PP aceitou trocar o Ministério das Cidades pelo da Integração e o escolhido é o atual titular de Cidades, Gilberto Occhi. A presidente quis contemplar o PP do Nordeste, que apoiou sua candidatura, enquanto o do Sul e do Sudeste fez campanha para o candidato da oposição.

E no BNB– Como compensação, o PP vai indicar ainda a presidência do Banco do Nordeste, que por muito tempo foi controlado pelo PT nordestino. A indicação já foi acertada com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), na condição de que o nome indicado sai dos quadros do partido no Nordeste.

Escalada regional– Dilma escalou ministros contemplando a política regional para tentar enfrentar um ano difícil por causa do escândalo na Petrobras. A Minas, deu duas patas, a Bahia (1), Rio Grande do Sul (3), Pernambuco (1), Ceará (1), Pará (1), Centro-Oeste (1) e Amazonas (1). Buscou ainda interlocução com o mercado financeiro (Joaquim Levy), o agronegócio (Kátia Abreu) e a indústria (Armando Monteiro).

CURTAS

PODEROSO– Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) mostrou prestígio e acabou fazendo quatro ministros: Eduardo Braga, Helder Barbalho, Vinícius Lages e Kátia Abreu. Já o vice-presidente Michel Temer, apenas dois: Eliseu Padilha e Edinho Araújo.

2º ESCALÃO– O governador eleito Paulo Câmara (PSB) deixou muita gente com os nervos à flor da pele ao não definir o segundo escalão antes do Natal. A única exceção foi o competente presidente da Compesa, Roberto Tavares, que chegou a ter seu nome cogitado para secretário da Fazenda.

Perguntar não ofende: Quem o PP irá indicar para presidente do Banco do Nordeste?

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, desconversou nesta sexta-feira quando foi questionado por jornalistas se permanecerá no cargo durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Ele participou, no Rio, da cerimônia de lançamento das moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

"Todo ministro, quando entra, já deixa o cargo à disposição", disse Aldo Rebelo, em entrevista após a cerimônia. "Ninguém coloca à disposição o que não lhe pertence", emendou.

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Aldo Rebelo é o titular da pasta desde outubro de 2011, quando substituiu Orlando Silva. Membro do PCdoB, ele chegou a dizer, no início de outubro deste ano, que sua "missão está cumprida", mas negou conversas com Dilma sobre o assunto.

Questionado se havia enviado à presidente uma carta para entregar o cargo, a exemplo do que fizeram outros ministros neste mês, Aldo Rebelo disse desconhecer tal iniciativa. "Não sei. Eu nem sabia que tinha essa carta", declarou o ministro.

Mesmo com uma eventual vitória da candidata Dilma Rousseff à reeleição, no segundo turno do pleito presidencial, Aldo Rebelo não deve seguir no comando do Ministério do Esporte. Em entrevista à TV Estadão, o ex-deputado federal pelo PC do B diz sentir que teve sua missão cumprida à frente do ministério e que deve deixá-lo ao fim do atual governo.

"Acredito que Dilma será reeleita, mas creio que minha missão está cumprida. Ela me pediu para eu ficar até a Copa, e eu fiquei. Mas acredito que, a dois anos da Olimpíada, outra pessoa pode tocar esta tarefa. Até porque também não houve um convite da presidente", afirmou o ministro, que também garantiu que não antecipou nenhuma conversa sobre manter o PC do B à frente do Ministério.

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Rebelo, que está à frente do ministério desde 2011, lembrou seu maior desafio no comando do ministério: a realização da Copa do Mundo. E disse que nunca acreditou que os protestos que tiveram início em junho do ano passado tinham como alvo o Mundial. "Sempre achei que ia dar certo. Como País, já fizemos coisas mais importantes e difíceis do que a Copa. Sempre soubemos que os aeroportos e a segurança funcionariam, como funcionaram. E também sabíamos que a Copa, em si, nunca elegeria um ou outro candidato".

O atual ministro também deu pistas sobre o que pretende fazer quando deixar o cargo e brincou: "Sou jornalista profissional, posso aumentar a concorrência". Porém, Rebelo garantiu que não deixará a política.

O coordenador geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, disse nesta sexta-feira que Marina não pretende acabar com o Ministério do Esporte caso eleita. Segundo o coordenador, a informação é mais um boato criado pelos adversários da candidata e não tem fundamento. Na semana passada, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, publicou uma nota dizendo haver "preocupação" do ministério com relação a uma fala de Marina, quando ela disse que não faria uma reforma ministerial de forma apressada, não respondendo diretamente se cortaria a pasta.

Em evento no comitê central da campanha com entidades e pessoas ligadas ao esporte e à cultura, Feldman afirmou que há boatos e mentiras colocadas por fontes oficiais, pela própria presidente Dilma Rousseff (PT) e por seus ministros, além dos boatos que são espalhados pelo País. "A Marina vai acabar com o Bolsa Família, segundo o PT, com o Minha Casa, Minha Vida, vai cancelar a Olimpíada e até deletar a Copa", disse Feldman ao ironizar as críticas. "Disseram até que ela ia acabar com a plantação de fumo no sul e que teria matado um gay", completou. "Isso não é democracia. Democracia é discutir programa, fazer debate de ideias", disse Feldman. O coordenador disse que, apesar de soarem absurdos, os boatos têm efeito sobre pessoas mais simples e que "entram em pânico" com essas informações.

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Algumas pessoas presentes ao evento reclamaram que Marina e o vice Beto Albuquerque não têm tratado do esporte em seus discursos e seus programas eleitorais no rádio e na TV. Feldman afirmou que a política para o esporte será efetivamente fortalecida em eventual governo de Marina. "No governo Marina Silva, o esporte vai ter peso, vai cumprir o seu papel", afirmou. E criticou a condução do setor pelo atual governo. "Essa área é tratada como terciária, em termos de orçamento e de estratégia. Isso não vai mais acontecer."

Também presente ao encontro, a coordenadora de programa Neca Setúbal ressaltou a importância da ligação do esporte com a educação. "É uma área importante na formação de crianças e jovens, no desenvolvimento de valores fundamentais, como saber ganhar, saber perder e trabalhar em equipe", afirmou. Neca, que também é educadora, disse que o esporte terá papel vital na proposta de Marina de implementar o ensino em tempo integral em quatro anos. Ela citou também o projeto Clube Escola, implementado por Feldman quando secretário municipal do Esporte, e que é uma iniciativa a ser resgatada e expandida pelo País.

Marina não participa do evento no comitê, pois está em uma atividade de rua da campanha em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Feldman prometeu, no entanto, que em breve haverá um encontro da candidata com representantes da área.

O Ministério do Esporte cancelou a concessão da Bolsa-Atleta a 34 lutadores de taekwondo e dois atletas de badminton. O cancelamento foi publicado no Diário Oficial da última quinta-feira (22), que justificou o motivo: os atletas “deixaram de satisfazer os requisitos necessários para a concessão”. A Portaria não especificou, no entanto, quais requisitos cada atleta deixou de cumprir. Procurada, a assessoria do Ministério do Esporte não foi encontrada para comentar o caso.

No regulamento do programa, consta que os atletas podem ter o benefício cancelado caso deixem, sem justa causa, de treinar ou faltem às competições de que devam participar; sejam condenados por dopping ou se comprovada a utilização de documentos ou declaração falsos para obter o benefício. O cancelamento também está previsto caso deixem de cumprir requisitos exigidos para sua concessão, como conquistar, no mínimo, o 3º lugar no ranking nacional – no caso de bolsa na categoria nacional, bem como apresentar declaração de patrocínio.

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Em debate realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta quinta-feira (20), o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Zveiter, defendeu a perda de pontos ao clube cujo torcedor praticar ato violento. Ele já fez o pedido de alteração do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) ao Ministério do Esporte e aguarda uma resposta da pasta.

"O clube é responsável pela atitude do seu torcedor, então tem de ter pena gravíssima para casos gravíssimos. Alguns países já adotam a perda de pontos e acho que também deve existir na legislação brasileira essa possibilidade. Depois de uma briga de torcida, o tribunal tem de aplicar uma pena compatível com a atitude do torcedor", disse Zveiter.

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Em 2014, voltou a punição de jogos com portões fechados. Até o ano passado, a pena máxima aplicada aos clubes era jogar a 100 quilômetros de distância do seu estádio e o pagamento de até R$ 100 mil de multa. Na avaliação de Zveiter, no entanto, esse tipo de punição não estava mais surtindo efeito. "Por isso, já foi feita uma alteração no regulamento geral das competições e a pena de portões fechados já está sendo adotada pelo STJD para casos graves", disse.

Por causa de uma briga generalizada entre torcedores de Vasco e Atlético-PR, na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, na Arena Joinville, o clube paranaense foi punido com a perda de 12 jogos de mando de campo, sendo seis com portões fechados - depois diminuída para nove e quatro, respectivamente -, e o carioca perdeu o mando de oito partidas, quatro sem torcida - depois diminuída para seis e três, respectivamente.

"É uma atitude ruim afastar os bons torcedores dos estádios, mas é necessário. O STJD é uma espécie de UTI do futebol, a última instância. É preciso cuidar da prevenção", afirmou Zveiter.

O Ministério do Esporte entregou nesta sexta-feira, em São Paulo, o certificado do Bolsa Pódio para nove atletas da natação e para quatro das maratonas aquáticas. Foram contemplados, entre outros, os medalhistas mundiais Cesar Cielo, Thiago Pereira, Felipe Lima, Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha.

Para Poliana Okimoto, campeã mundial da maratona aquática de 10km, o auxílio será fundamental na manutenção de sua equipe interdisciplinar. "São profissionais que conhecemos, aos quais estamos acostumados, e em quem temos confiança, com quem há anos trabalhamos juntos", explicou. A nadadora buscará, nos Jogos do Rio em 2016, a inédita medalha olímpica na prova. "Me sinto privilegiada. Estou na melhor forma, em um momento de maior capacidade, e contando com todo esse apoio."

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Medalhista olímpico e mundial, Thiago Pereira já faz planos de investimento. O nadador, que retornou de uma temporada de quatro meses nos Estados Unidos, pretende usar a verba para incrementar seu programa de treinamento com ideias vistas no país. "Pretendo comprar uma câmara hiperbárica e ficaria muito difícil arcar com os custos da compra e da importação. O Bolsa Pódio vai me ajudar nesse sentido", explicou.

O Bolsa Pódio, que faz parte do Plano Brasil Medalhas lançado pelo governo federal, beneficiará 157 atletas de alto rendimento do País, olímpicos e paralímpicos, com investimento de R$ 1 bilhão até 2016. Para ter direito ao apoio, os atletas devem atender a critérios técnicos, como estar entre os 20 melhores do ranking mundial de sua modalidade.

Segundo Ricardo Leyser, secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte, faltam apenas dois esportes a serem contemplados com o plano: boxe e ciclismo. Com a entrega dos certificados aos atletas - que podem receber entre R$ 5 mil a R$ 15 mil -, o governo espera que, a partir do próximo ano, os competidores tenham a tranquilidade de se dedicar apenas às competições. "O grande legado de 2013 é que a gente possa se concentrar só na preparação esportiva a partir de 2014", afirmou.

Reunidos em São Paulo, representantes de torcidas organizadas de todo o país assinaram, neste sábado (7), um manifesto pela paz no futebol elaborado pelo Ministério do Esporte. No documento, eles se comprometem a atuar no combate à violência nos estádios, respeitar o Estatuto de Defesa dos Direitos do Torcedor, divulgar as ações do manifesto às torcidas e cadastrar seus membros no site do ministério.

Ao ministério caberá zelar pelo cumprimento da legislação esportiva e do Estatuto de Defesa dos Direitos do Torcedor, além de disponibilizar a ouvidoria para o recebimento e encaminhamento de denúncias. O acordo foi assinado à tarde, durante o 1º Seminário Sul-Sudeste de Torcidas Organizadas. A entidade que descumprir os compromissos assumidos no manifesto poderá ser excluída pelo ministério. Segundo o órgão, 34 organizações participaram dos dois dias do seminário.

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Na cerimônia de encerramento do seminário, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu a existência desses grupos. “Por que proibir a torcida? Se há uma briga, o melhor seria encontrar quem brigou, o responsável pela agressão. Responsabilidade coletiva é uma coisa que só vi no nazismo”, disse o ministro, ao criticar o fato de se querer atualmente punir as organizadas por causa de atos de violência cometidos de forma individual.

Aldo Rebelo reconheceu a importância dassas organizações nos estádios. “Nossa ideia é fazer dessa ação e dessa iniciativa [do seminário] uma valorização do torcedor e da torcida e criar um programa que ajude a combater a violência, que é inaceitável”, completou o ministro.

Os representantes das organizadas também se reuniram durante o seminário e elaboraram documentos, entregues hoje ao ministro, com uma série de reivindicações e propostas. “Foram dois documentos. O ministério resgatou um documento, de quatro anos atrás, que era um manifesto com algumas conduções e indicativos para a luta pela paz nos estádios”, disse  Alexandre Cruz, diretor da torcida Sangue, do Santos. Entre os pedidos dos torcedores estão a volta dos bambus e das bandeiras aos estádios, que foram tirados por leis estaduais.

“Aproveitamos também para revogar um artigo que trata da criminalização coletiva de atos individuais”, completou. Segundo ele, as organizadas querem que atos violentos cometidos por algum torcedor sejam punidos mas de forma individual, ou seja, de acordo com a conduta do torcedor e que a organizada não seja criminalizada por isso.

Para ele, a violência nos estádios pode ser evitada com maior organização e união das torcidas e incentivo do governo. “Não temos uma organização que nos represente. Mas além de nos organizarmos, precisamos que o governo crie incentivos e ações para podermos levar para dentro das nossas organizações, tal como acontece com os sindicatos, com as escolas e com outras instituições.”

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