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A participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no programa Roda Viva, exibido pela TV Cultura, na noite dessa segunda-feira (20), movimentou as redes sociais, principalmente o Twitter, onde a entrevista se tornou o assunto mais comentado e segue até esta terça-feira (21).

Dentre os políticos que repercutiram as falas de Moro, houve quem o criticasse e quem o enaltecesse. 

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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) não economizou nos elogios ao chefe da pasta. Usando a hashtag #MoroHeroiNacional, a parlamentar disse que Moro é "um dos principais pilares do governo" e alfinetou os jornalistas que estavam presentes na entrevista. "A imprensa sobrevive de caos, terror, desgraça. Não vão conseguir desestabilizar essa relação", disparou. 

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Heleno, também reclamou, via Twitter sobre a atuação da imprensa no Roda Viva. 

"Roda Viva não quer informar, quer constranger o entrevistado. Uma lástima a equipe de entrevistadores", disse. 

Deputado federal pelo PSL-RJ, Daniel Silveira, não poupou exaltações ao trabalho de Moro. “‘Roleta Russa’ recebeu o homem responsável pela queda de mais de 22% na criminalidade, pela maior apreensão de drogas da história, pela maior operação anticorrupção do planeta. Por seu trabalho, mais de 10 mil vidas deixaram de ser ceifadas por criminosos", ponderou.

Já segundo a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), o ministro Sérgio Moro "fecha os olhos" para as suspeitas de corrupção do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A deputada indagou, inclusive, sobre a não manifestação de Moro com relação ao caso do chefe da Secom, Fabio Wanjngarten, suspeito de receber dinheiro de emissoras e agências contratadas pelo governo federal.

"Nenhuma palavra do ministro sobre as suspeitas de corrupção no governo Bolsonaro. Não faltam episódios: Laranjas, liberação de emendas para aprovação da previdência, chefe da Secom com os dias contados...  Para esses casos, Moro fecha os olhos", disse.

No Twitter, o ex-presidenciável Guilherme Boulos chamou Sérgio Moro de "capacho de miliciano", por ele ter se recusado a comentar sobre "assuntos políticos" e por ter dito que não “contraria o presidente”. “Quem poderia imaginar que o sujeito tratado pela imprensa como herói nacional ficará para a história como capacho de miliciano", disse.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) escreveu que Moro se limitou a chamar de “bizarro” o vídeo com discurso nazista do ex-secretário especial da Cultura, Roberto Alvim. Para a parlamentar, Sérgio Moro é submisso a Bolsonaro. 

“No Roda Viva, Moro só fala o que quer. Nenhuma palavra sobre o ataque terrorista ao Porta dos Fundos, resumiu-se a chamar de ‘bizarro’ o episódio do vídeo nazista do Alvim. É evidente sua submissão ao Bolsonaro em relação à tortura, laranjal, milícia e corrupção no governo!”, criticou.

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A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), parte do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), instaurou nesta semana dois processos contra o Facebook no Brasil - as ações envolvem, respectivamente, o uso indevido de dados de usuários pela consultoria Cambridge Analytica e a atuação de hackers dentro da rede social para prejudicar brasileiros. Segundo apurou o Estado, o caso corre em segredo de Justiça e pode render multas de até R$ 18 milhões à empresa comandada por Mark Zuckerberg.

Segundo nota publicada pelo MJSP, o Facebook tem até dez dias para apresentar sua defesa administrativa. Além da instauração dos dois processos, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) notificou o Facebook a prestar esclarecimentos em um terceiro caso, no qual teria utilizado dados recebidos de aplicativos parceiros, como frequência cardíaca e ciclo menstrual dos usuários. Procurado pelo Estado, o Facebook disse que "está à disposição para prestar esclarecimentos" ao Ministério da Justiça e à Segurança Pública.

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Nos processos, foram arrolados a matriz do Facebook nos EUA e sua filial no Brasil, Facebook Serviços Online Ltda.

O primeiro diz respeito ao uso da ferramenta Facebook Login, utilizada pela consultoria política Cambridge Analytica para extrair dados de usuários da rede social. A empresa atuou na campanha de Donald Trump à Presidência americana, em 2016 - o caso, revelado há cerca de um ano, levou o Facebook à sua maior crise.

Já o segundo processo diz respeito à ação de hackers na plataforma para roubar dados pessoais de usuários no País, tais como nome, e-mail, número de telefone, locais visitados e buscas.

Para o advogado Bruno Bioni, fundador da Data Privacy Brasil, os processos mostram a importância do tema da proteção de dados e ressaltam a relação contratual que existe entre usuários e redes sociais.

"Não é necessário pagar por um serviço para configurar uma relação de consumo", diz Bioni. "Ao abrir os processos, a Senacon dá indícios de que encontrou danos à coletividade de consumidores brasileiros."

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