Tópicos | Mars One

A polêmica empresa holandesa Mars One, que, na próxima década, quer enviar pioneiros a Marte em uma viagem sem retorno, imaginou um primeiro conceito de traje marciano, que permite aos seus colonos sobreviver em condições "extremamente difíceis".

A equipe "utilizará o máximo dos recursos marcianos", mas ainda são necessárias várias horas para chegar a uma solução para o problema colocado pela poeira vermelha onipresente no planeta, indicou Mars One em um comunicado.

Deverá durar o dobro que o restante do equipamento equivalente desenvolvido até então, dado "o carácter único do projeto". Incluirá elementos intercambiáveis ​​e deverá ser capaz de parar a radiação e adaptar-se a diferentes tamanhos para facilitar sua manutenção.

Graças a impressoras 3D, os colonos serão capazes de reproduzir certas peças que precisarem ser substituídas, tais como parafusos, porcas, ou mesmo alguns tecidos que fazem parte do traje marciano.

Cerca de 200.000 pessoas de 140 países já se registraram para participar do projeto, que busca financiamento através de programas de televisão. Entre elas serão selecionadas 24 para colonizar Marte, divididos em seis grupos de quatro.

Mars One prepara uma primeira missão não habitada para 2018 e espera enviar os primeiros colonos ao planeta vermelho a partir de 2026. Sem possibilidade de retorno, deverão viver em pequenos habitats, encontrar água, produzir oxigênio e cultivar seus próprios alimentos.

Até hoje, o homem só conseguiu enviar missões robóticas para Marte, desenvolvidas com sucesso pela agência espacial americana Nasa, mas os Estados Unidos querem enviar astronautas para o planeta dentro de duas décadas.

Os 100 candidatos pré-selecionados para estabelecer uma colônia humana em Marte participarão de uma série de provas na terceira fase do processo de seleção, anunciaram nesta segunda-feira os organizadores do projeto.

Cerca de 200.000 aspirantes de 140 países se inscreveram para o projeto Mars One, criado pela fundação holandesa homônima, que será parcialmente financiado por um 'reality show' televisivo sobre o empreendimento.

As primeiras fases de seleção reduziram o número de candidatos para 100. Após a terceira fase de testes, que durará cinco dias, sobrarão 40 potenciais astronautas amadores, dos quais 24 serão posteriormente escolhidos para participar de viagens só de ida ao Planeta Vermelho, previstas para acontecer a partir de 2026.

Os testes, 90% dos quais são usados pela agência espacial americana (Nasa), serão realizados em equipes, afirmou Norbert Kraft, diretor médico do Mars One e membro do comitê de seleção. "Será a primeira vez que todos os candidatos se encontrarão pessoalmente e demonstrarão suas capacidades como uma equipe", disse Kraft.

A seleção será feita com base em vários critérios: tomada de decisões, atitude diante dos problemas, estado de ânimo, motivação, aspecto psicológico, normas sociais, comportamento durante e fora das provas. Os candidatos deverão "se agrupar em equipes com as pessoas com as quais eles acreditam que podem trabalhar bem", segundo um comunicado dos organizadores.

Como eles não retornarão para a Terra, os astronautas devem ser capazes de viver em pequenos grupos, procurando água, produzindo oxigênio e cultivando alimentos.

A Nasa está trabalhando atualmente em três missões com robôs em Marte junto com a Agência Espacial Europeia. A agência americana não planeja, no entanto, realizar missões tripuladas ao Planeta Vermelho até 2030.

Os corajosos pioneiros dispostos a embarcar em uma missão a Marte, prevista pela empresa holandesa Mars One, começarão a morrer no 68º dia de missão, alerta um rigoroso estudo científico divulgado nessa terça-feira (14).

Cinco estudantes de aeronáutica do prestigioso Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) chegaram a esta conclusão, após ter analisado os dados científicos disponíveis sobre a missão, que a empresa pretende transformar em um 'reality show'.

Segundo o informe de 35 páginas, que analisa com gráficos e fórmulas matemáticas recursos como oxigênio, nutrientes e tecnologias disponíveis para o projeto, a morte do primeiro pioneiro "ocorrerá aproximadamente aos 68 dias de missão, por asfixia".

As plantas, que teoricamente devem alimentar os colonos, produzirão oxigênio demais e a tecnologia para equilibrar a atmosfera "ainda não foi desenvolvida", afirmam os autores do estudo.

Além disso, os colonos dependerão do envio de peças de reposição em uma missão que poderá custar US$ 4,5 bilhões, uma cifra que, segundo os autores do informe, aumentará com o envio de outros equipamentos.

O Mars One é um projeto lançado pelo co-fundador da companhia, o holandês Bas Lansdorp (PDG), que pretende enviar em 2024 a primeira tripulação de quatro voluntários para colonizar Marte sem retorno à Terra, após uma viagem de sete meses.

Lansdorp rechaçou as cifras do estudo na revista Popular Science, alegando que se baseou em dados incompletos.

Mais de 200.000 pessoas de 140 países se apresentaram voluntariamente para participar do projeto, que gerou muito ceticismo, mas também o apoio de cientistas como o ganhador do prêmio Nobel de Física em 1999, Gerard't Hooft.

A organização holandesa sem fins lucrativos 'Mars One' lançou nesta segunda-feira (22) uma convocação para que voluntários apresentem suas candidaturas para uma viagem só de ida ao planeta vermelho, em 2022, onde participarão de um 'reality show', anunciou a companhia em uma entrevista coletiva celebrada em Nova York.

Todo mundo pode se candidatar, mas com as condições de ser maior de 18 anos e falar bem inglês. No total, a 'Mars One' busca 24 voluntários ou seis grupos de quatro de diferentes nacionalidades, que farão a viagem de ida com dois anos de intervalo, sendo a primeira partida prevista a partir de 2022.

A organização aposta na cobertura midiática do projeto para angariar recursos e financiar boa parte da missão. As principais qualidades esperadas dos candidatos são "capacidade de adaptação, tenacidade, criatividade e compreensão dos outros", enumerou Norbert Kraft, diretor médico da 'Mars One'.

Os quatro primeiros voluntários deverão pousar em Marte em 2023, após uma viagem de sete meses. Sua chegada e seus primeiros passos para tentar montar uma colônia no planeta vermelho dará lugar à exibição de um 'reality show', explicou o holandês Bas Lansdorp, co-fundador da 'Mars One', durante a entrevista coletiva.

"O objetivo da 'Mars One' é levar os seres humanos a Marte. Precisamos do interesse do mundo para fazer isto acontecer", explicou Lansdorp. "Diferentemente da cobertura televisiva dos Jogos Olímpicos, a 'Mars One' pretende manter o interesse da mídia mundial de forma duradoura após a seleção dos astronautas, seu treinamento, lançamento e chegada a Marte", explicou Bas Lansdorp.

A empresa já recebeu "10.000 e-mails de pessoas de mais de cem países diferentes interessadas nesta missão", acrescentou. A primeira rodada de candidaturas online se estenderá até 31 de agosto próximo. Especialistas da 'Mars One' elegerão os aspirantes a astronautas que continuarão na disputa.

Em seguida, cada país escolherá um candidato e finalmente restarão entre 24 e 40 pessoas que serão treinadas para a missão. Sem o retorno, os custos da viagem diminuem consideravelmente e a primeira missão, com quatro astronautas, é estimada em seis bilhões de dólares, explicaram os encarregados da 'Mars One'.

"Parece um montão de dinheiro. E na verdade é um montão de dinheiro. Mas imagina o que vai acontece quando as primeiras pessoas pousarem na superfície de Marte. Todo mundo vai querer ver", entusiasmou-se Landsdorp.

Este projeto tem provocado muito ceticismo, mas recebeu o apoio do cientista holandês Gerard't Hooft, ganhador do Nobel de Física em 1999, presente na coletiva. "Ainda sou cético, devido aos contratempos e complicações, mas isto é tecnicamente possível", disse Hooft aos jornalistas.

Até agora só foram realizadas duas missões não-tripuladas, com robôs enviados a Marte, ambas gerenciadas com sucesso pela Nasa. A última está em andamento, avaliada em 2,5 bilhões de dólares. O protagonista é o veículo-robô Curiosity, que pousou no planeta vermelho em agosto de 2012.

O projeto da Mars One traz vários desafios. Além da impossibilidade de os astronautas voltarem à Terra, eles terão que viver em pequenos habitats, encontrar água, produzir o próprio oxigênio e cultivar seus alimentos em um ambiente hostil.

Marte é um grande deserto com sua atmosfera constituída, sobretudo, de dióxido de carbono e onde a temperatura média é de 63 graus Celsius negativos. Os astronautas também deverão suportar radiações cósmicas perigosas durante a viagem. Por fim, ainda não há um foguete e uma cápsula para transportar os voluntários.

Mas para os membros da 'Mars One', o maior risco é o financiamento, afirmou Lansdorp, o que não impede que a organização sonhe alto. "O objetivo de longo prazo é ter uma colônia permanente, não só mandar gente para lá", afirmou Norbert Kraft, diretor médico do programa.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando