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*Com Guilherme Gusmão

A eminente reforma ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem gerado expectativas, articulações e reações de bastidores. Um dos partidos que deve passar a integrar a gestão petista é o Republicanos, que se divide entre a afeição a Lula – com a visibilidade de comandar um ministério - e a fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Da ala mais petista, o nome do Republicanos já certo para ingressar no primeiro escalão é o do deputado federal pernambucano, Silvio Costa Filho.

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Divulgação/Assessoria de Imprensa

Silvinho, como é conhecido por ter o mesmo nome do pai e ex-deputado federal Silvio Costa – inclusive, um ferrenho defensor de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, já foi até anunciado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como futuro colega de governo, mas tem se mantido em silêncio ao ser questionado sobre as articulações para a concretização da aliança.

Uma fonte republicana ouvida pelo LeiaJá, porém, confirmou o andamento das conversas e ponderou que Lula e o deputado federal e presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, vão alinhar os detalhes do acordo. Do lado do partido do Centrão, um dos planos de fundo para a discussão está a pretensão de Pereira de concorrer ao comando da Câmara dos Deputados.

No Republicanos, informações de bastidores dão conta de um consenso diante do nome de Silvinho e uma soma de cerca de 30 votos já favoráveis ao governo Lula, de uma bancada de 41 deputados federais. O desafio, porém, é “desenhar a engenharia”, como já chegou a declarar o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Essa engenharia diz respeito também a qual ministério será ocupado por Silvio Filho. Nas conversas internas no Republicanos, o que está “mais engatilhado” é o de Esportes, hoje comandado pela campeã olímpica Ana Moser. Também estão na lista as pastas de Ciência e Tecnologia, comandada pela pernambucana Luciana Santos (PCdoB), e dos Portos, de Márcio França (PSB).

Governabilidade

Segundo o cientista político Rodolfo Marques, a principal contribuição que a sigla pode trazer para o governo Lula é “uma base parlamentar nas votações do Congresso”, algo que já é mencionando nos bastidores políticos quando o assunto é governabilidade.

“Lembrando que o Centrão é a principal força. O grupo liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tem que dar as cartas, principalmente na questão da formação de maioria. O governo não tem maioria, a partir dos partidos que estão lá no seu apoio. A oposição também não tem maioria, no caso, os partidos mais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma.

O especialista aponta que o partido “não vai fechar posição com o governo”, principalmente por ser um partido que tem vários integrantes ligados à oposição. No entanto, mesmo com as adversidades, esse cenário irá ampliar potencialmente a base parlamentar da atual gestão que terá um membro do Republicanos ocupando mais espaço nas Esplanada dos Ministérios.

“Eu acredito que o partido fica no meio do caminho, haverá parlamentares que ganharão com essa adesão ao Governo e outros que perderão espaço em seu discurso de oposição. Depende muito do prisma e da maneira como essas relações serão estabelecidas”, pontuou o cientista político Rodolfo Marques, ao considerar o Republicanos como um partido heterogêneo.

Ricardo Stuckert/PR

Resistências

O tensionamento maior é com a ala bolsonarista do partido e diante das pautas de costume, já que o Republicanos é uma legenda majoritariamente conservadora. Na semana passada, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já se colocou contrário à aliança – apesar de tentar manter uma relação saudável com o governo Lula.

Freitas chegou a cogitar um desembarque do partido caso seja oficializado o ingresso na gestão petista e foi direto ao confirmar a contrariedade. “Sou contra. Não gostaria de ver o meu partido fazendo parte da base do governo", disparou durante evento em São Paulo, nessa quinta-feira (10).

Outra protagonista que pode ser um empecilho nesta articulação é a senadora Damares Alves, ex-ministra de Bolsonaro e amiga de Michelle. Contudo, a fonte ouvida pelo LeiaJá, apontou que a bolsonarista não tem demonstrado que criará dificuldades. Recentemente à coluna Painel, da Folha de São Paulo, a senadora disse que o “partido tem postura equilibrada e serena, não de gritar e berrar. Não mudaremos essa atitude mesmo se o Silvinho for para o governo”.

Marcos Corrêa/PR

Já diante da visão dos Bolsonaro, o Republicanos já tem ganho outro aspecto. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse considerar a legenda de esquerda.

"Eu avalio hoje que o Republicanos é um partido de esquerda", afirmou o filho 03 do ex-mandatário no fim da semana passada, pontuando que a sigla se alinha a um governo que coloca "adiante todo tipo de pauta que é contrária aos ensinamentos bíblicos".

"Não dá mais para dizer que o Republicanos é um partido que se atenta com relação a essas pautas que eu acredito ser o desejo dos cristãos", ponderou. O Republicanos é ligado à igreja Universal do Reino de Deus.

Mesmo com essas declarações feitas por esses parlamentares, o cientista político Rodolfo Marques acredita que o movimento contrário a adesão e a participação de bolsonaristas na sigla não atrapalharão os planos do Planalto “porque Lula tem conseguido conduzir o governo a partir dos seus interesses”, e a partir das suas perspectivas de gestão.

“Claro que fazem aquele enxame, fazem aquela brigalhada, muitas vezes voltada para as mídias e para as redes sociais, como o senador Marcos Duval que agora está afastado, o Nikolas Ferreira, que foi o deputado mais votado ali do PL de Minas Gerais. Então eles denotam um despreparo muito grande, mas considerando a participação do governo, no caso, aqueles parlamentares ligados ao Bolsonaro ou políticos ligados ao Bolsonaro que estão no governo, não acredito que vão atrapalhar o Planalto”, disse o especialista.

 

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, anunciou no sábado, 29, que a bancada do partido na Câmara votará contra o Projeto de Lei das Fake News. O movimento de Pereira, que é vice-presidente da Casa, ocorre para conter uma crise na legenda - após a maioria da bancada ter votado a favor da tramitação do texto em regime de urgência - e cria dificuldades para o Palácio do Planalto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta com a aprovação do projeto na próxima terça-feira. A proposta estabelece a regulação das plataformas digitais e obrigações aos provedores de redes sociais, mas sofre forte oposição das chamadas big techs, como Google e Tik Tok, e também do segmento evangélico.

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O Republicanos tem ligações com a Igreja Universal do Reino de Deus, e muitos de seus parlamentares são evangélicos.

O partido também abriga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visto como possível candidato à sucessão de Lula, em 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fique inelegível.

Cabo de Guerra

Na prática, a votação do Projeto de Lei das Fake News virou um cabo de guerra entre aliados do governo e oposição. O argumento oficial para que evangélicos sejam contra a proposta é o de que há ali "censura" à liberdade religiosa.

Nos últimos dias, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto, fez várias mudanças no texto, na tentativa de conter resistências. Incluiu, por exemplo, um trecho segundo o qual a lei deve observar "o livre exercício da expressão e dos cultos religiosos (...) e a exposição plena dos seus dogmas e livros sagrados". Além disso, retirou da proposta a criação de uma agência reguladora de supervisão das plataformas digitais, batizado ironicamente pela oposição de "Ministério da Verdade".

Mesmo assim, a cúpula do Republicanos - que apoiou a reeleição de Bolsonaro, no ano passado - considerou as mudanças insuficientes. Nos bastidores, o partido negocia com o Planalto apoio a um projeto que amplia a isenção de impostos para igrejas.

"A decisão do Republicanos é votar não ao projeto das fake news", afirmou Pereira, que também é bispo licenciado da Universal. "Tem de ter, sim, uma regulamentação sobre o assunto (fake news nas redes sociais), mas não esta que está sendo proposta no momento (...). O texto continua ruim", emendou Pereira, em vídeo postado nas redes sociais.

Centrão

Com uma bancada de 42 deputados, o partido sempre compôs o núcleo duro do Centrão com o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e o PL de Bolsonaro. Recentemente, porém, formou um bloco de 142 parlamentares com siglas como MDB e PSD, cada uma delas com três ministérios no governo. Pereira é pré-candidato ao comando da Câmara, em 2025.

A articulação do Republicanos fez Lira montar um grupo ainda maior - o chamado "blocão", com 174 deputados -, isolando o PT e o PL.

Agora, seis deputados dissidentes do União Brasil, partido que integra o "blocão" de Lira, querem migrar para o Republicanos. No grupo está a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que é deputada licenciada e entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do União Brasil sem perder o mandato.

Daniela pretende se filiar ao Republicanos, que poderá fazer parte da base aliada de Lula no Congresso. Atualmente, o partido se declara independente em relação ao Planalto.

Filiada ao Republicanos, a senadora Damares Alves (DF), disse não entender a urgência para votar o projeto das fake news. "Acho estranha a pressa. Será que querem nos calar durante a CPMI?", perguntou ela, numa referência à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que vai investigar os atos golpistas de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes.

Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro, Damares defendeu mais tempo para a apreciação do projeto, alegando que o tema é muito delicado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, foi reconduzido para mais 4 anos à frente do partido. Em seu discurso nesta segunda-feira (24), falou em trabalhar para construir uma candidatura presidencial para as eleições de 2026.

O nome natural é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que estava na solenidade. Marcos Pereira quis transmitir proximidade com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que participou da cerimônia.

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Lira era o único político de fora do Republicanos sentado à principal mesa do evento. O Republicanos está em um bloco diferente do bloco de Lira na Câmara. Pereira disse que isso não significa distância do presidente da Casa.

Pereira é um provável candidato à sucessão de Lira na Câmara, em 2025. O grupo mais próximo do presidente atual, porém, tem Elmar Nascimento (União-BA) como nome mais forte.

Marcos Pereira disse que a sigla tem compromisso com a reforma tributária. É uma pauta prioritária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PL), do qual o partido não é aliado.

O presidente reconduzido do Republicanos disse que a sigla é a única que cresce desde a fundação. Também reafirmou o caráter conservador do partido. Falou em defender a família, os costumes, a economia de mercado e outras pautas caras a esse grupo político.

No início do discurso, cumprimentou a "todos" e disse que isso contemplava as mulheres e demais pessoas. "No que depender de mim, a gramática e o bom senso serão preservados", declarou.

Ele também mencionou a proximidade do partido com os governos petistas e com a esquerda em seus primeiros anos. Disse que isso não foi um problema, mas que a legenda tinha "um caminho ideológico próprio a percorrer", afirmou.

Após a aprovação do regime de urgência para um projeto de decreto legislativo de acordo internacional (PDL 83/23), o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), encerrou a Ordem do Dia por falta de consenso entre os partidos quanto aos temas pautados.

“Minha intenção era apreciar o PL 507/23, mas têm chegado a mim reclamações de que esse projeto é muito recente e que já havia vários outros sobre o mesmo assunto e que deveriam encabeçar o tema, portanto declaro encerrada a Ordem do Dia”, disse.

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Pereira também informou, em resposta a questionamento do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a pauta, que as reuniões de líderes das quintas-feiras retornarão a fim de definir a pauta da semana seguinte. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Presidente do Republicanos, partido que abriga dois dos três filhos políticos de Jair Bolsonaro, o deputado Marcos Pereira (SP) disse não haver hipótese de oferecer o controle da sigla para atrair o presidente. Desde que a ideia de fundar o Aliança pelo Brasil naufragou, Bolsonaro busca uma legenda para se filiar. "Não abro mão do comando do partido para ninguém, nem para o presidente da República", afirmou Pereira, que hoje é vice-presidente da Câmara.

Segundo o dirigente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, tanto o senador Flávio Bolsonaro (RJ) quanto o vereador Carlos Bolsonaro (RJ) estão na sigla apenas "de passagem". O partido contabiliza crescimento nas eleições municipais, ao pular de 103 para 208 prefeitos, e agora almeja a presidência da Câmara.

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O Republicanos pode ser considerado de direita, ocupando um lugar que, inicialmente, se esperava para o PSL, antigo partido do presidente Bolsonaro?

Somos um partido que se posiciona como centro-direita, um pouco mais para a direita. Mas não pode ser jamais, em tempo algum (bate na mesa para reforçar), um partido radical, de extrema direita. Obviamente, se eu tenho dois filhos do presidente, isso leva mais um pouquinho para a direita, mas tenho pessoas que são mais progressistas e isso traz equilíbrio. Até porque os filhos do presidente, eu não tenho dúvida, estão de passagem pelo partido, por um pragmatismo local.

Esse 'de passagem' pode soar como um convite para os filhos saírem logo do partido?

Não se trata de um convite. É público e notório que eles estão tentando viabilizar um partido. Se viabilizarem, vão para lá. E, se não viabilizarem, a tendência é que acompanhem o pai no partido que ele for.

Mas o Republicanos tem vontade de ter o presidente?

O partido tem vontade de ter um presidente da República, mas não necessariamente o Bolsonaro. Um dia, quem sabe.

Se Bolsonaro pedir para se filiar ao Republicanos, o sr. aceita?

Teríamos de avaliar. Em 2017, conversei com o presidente quatro vezes porque o PRB (antigo nome do Republicanos), à época, era uma opção para ele. Alguns no partido foram entusiastas, outros, refratários. Se a condição (para entrar) for ele ter o comando do partido, não virá para o Republicanos, porque eu não abro mão do comando do partido para ninguém, nem para o presidente da República.

O fato de o Republicanos não ser de extrema-direita seria outro empecilho?

O principal empecilho passa por essa questão de eles quererem comandar o partido do jeito deles, vetar pessoas. Não vetamos ninguém.

O apoio do presidente prejudicou Celso Russomanno, candidato derrotado do Republicanos na eleição para a Prefeitura?

Acho que não. Acho que o apoio do presidente não prejudicou nem ajudou. Mostrou um histórico que não é bom, mas que se repetiu pela terceira vez. Um histórico de que a população não quer o Celso Russomanno prefeito de São Paulo. É simples assim.

A reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está descartada?

O que ele tem dito para mim é que, mesmo que o Supremo Tribunal Federal lhe dê o direito de se candidatar, ele não exercerá esse direito. Quero acreditar na palavra dele.

Se ele mudar de opinião, poderá ter seu apoio?

Se ele mudar de opinião, eu teria de conversar com a bancada. Vai ser muito ruim para a biografia dele. Ninguém tem dúvida no meio político de que Maia, saindo da presidência em 31 de janeiro, sairá gigante, infinitamente maior do que entrou.

O sr. é candidato?

Está colocada a pré-candidatura. Estamos reunindo um grupo, que envolve esse centro independente. Não é uma candidatura contra o Bolsonaro, é a favor da Câmara dos Deputados e da independência dos Poderes. Nos próximos dez dias, vamos decidir o nome mais viável.

Quem está nesse bloco?

O DEM, o MDB, o PSDB e o Cidadania são do grupo original. Os que deverão vir são Republicanos e PSL, além de PROS e PTB, que dizem que deverão vir também. E vamos buscar os demais que estão soltos, como PV, Podemos, Novo, PSC.

É uma desidratação do Centrão, comandado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL). Mas até então o Republicanos era considerado parte desse grupo...

É um erro considerar isso, nunca foi. É só olhar o comportamento do partido em plenário. Várias vezes os partidos mais alinhados ao Lira orientaram obstrução e nós orientamos de acordo com o que achávamos.

Caso seja eleito, como tratará as pautas de costume?

Sou evangélico, não posso negar isso. Mas não sou militante da pauta de costumes, até porque acho os radicalismos preocupantes.

O deputado federal e presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, utilizou sua conta oficial no Twitter nesta sexta-feira (5) para alfinetar o ministro da Educação Ricardo Vélez.

 Pereira cobrou a demissão de Vélez sob o argumento de que “retardar a troca do comando do Ministério da Educação é manter alguém sem condições de prosseguir e cuja queda iminente é conhecida por todos”.

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 Pegando carona em uma expressão norte-americana, o deputado explicou que “‘Lame duck’ ou ‘pato manco’, é como os americanos chamam um gestor ou político no exercício do cargo cuja vaga já tenha um substituto”.

 A crítica acontece um dia após Marcos Pereira ter se reunido com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Além dele, os presidentes do DEM, PSDB e PSD se reuniram com o presidente da República e comemoraram a maior abertura do Planalto em dialogar com os partidos, mas foram céticos ao não se comprometerem com apoios formais de suas bancadas com as pautas do governo.

Em forte recado ao governo, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), diz que Jair Bolsonaro precisa "descer do palanque" e se colocar no papel de presidente. À frente do PRB e com forte ascendência sobre a bancada, que tem 31 deputados, ele reclama da falta de atenção do governo com os parlamentares, que não estão sendo recebidos nos ministérios. "O novo Brasil tem de começar de onde o Brasil estava dando certo, não do zero. Eles parecem que querem começar o Brasil do zero."

Ex-ministro de Indústria de Michel Temer, Pereira, que é advogado de formação e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, avalia que o mal-estar no Congresso hoje é generalizado e que as reclamações lembram o governo Dilma. "É muito parecido. Política é diálogo, é atenção, são gestos. Não tenho visto gestos, atenção nem diálogo".

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Incomoda o discurso do governo contra a política tradicional?

Evidentemente. O presidente não pode dizer que não é político estando há 28 anos na política. Ele se elegeu sem partido, porque o PSL praticamente não existia, e acha que não precisará dos partidos agora. Mas são os partidos que têm como dialogar com os parlamentares. As frentes temáticas não têm como fechar questão. Não estou falando de troca-troca ou toma lá, dá cá. Estou falando de diálogo. É isso que incomoda.

Respondendo a Maia, o presidente disse que seu trabalho na Previdência estava feito.

O presidente parece não querer aprová-la. Como deputado, sempre votou contra todas as propostas de reforma. Como candidato, a criticou. Agora, como presidente, joga a responsabilidade no Parlamento. O Rodrigo está sendo muito proativo. O problema é que ele constrói e o governo, do outro lado da rua, desconstrói. Hoje não tem 50 votos. Nem o PSL vota 100%. Talvez o governo tenha sido amador por falta de experiência.

Bolsonaro pode inaugurar nova forma de negociação?

Precisamos avançar e sou favorável que a gente avance. O presidente disse que não tem mais indicação dos partidos nos ministérios e que quer empoderar o deputado. Apoio. Disse que, ao anunciar determinada obra, chamaria os parlamentares que podem ser base, os levaria junto para dizer à população que aquilo é possível graças a atuação do deputado tal. Isso se faz com diálogo, conversa, articulação política. Não é toma lá, da cá. Liberar recursos para as bases dos parlamentares é natural. Eu, como deputado, não quero e não vou indicar para cargo do governo. Alguns deputados meus precisam e não vou impedir. Será decisão pessoal. Não obriga o partido a votar 100% as pautas do governo.

PRB descarta fazer parte da base do governo?

Da forma como está montado o governo hoje, acho muito difícil, porque não há diálogo. Com político, 50% é atenção e 50% é a solução, a resposta à demanda, que pode até ser não. Tem deputado reclamando que está demorando 15 dias para conseguir audiência com ministro. Esse deputado já tem predisposição de não votar com o governo.

É um governo de má vontade?

É um governo mal organizado. Pedi uma audiência no MEC com um secretário, porque o prefeito de uma cidade me pediu. O prefeito me reportou que, quando o secretário chegou, disse: "você está aqui com o prefeito, veio com o deputado, mas não precisa de político aqui não, tá? Você poderia ter vindo sozinho." Uma atitude como essa é negar a política. É uma ofensa, claro. Falta sensibilidade política. Um burocrata vem dizer que não tem política? O dia que ele tiver 140 mil pessoas apertando o nome dele nas urnas como eu tenho, ele pode agir da forma que agiu. É falta de respeito com o cidadão que estou representando. É isso que estou falando, não é toma lá, dá cá. O novo Brasil tem de começar de onde estava dando certo, não do zero. Eles parecem que querem começar o Brasil do zero.

E o Congresso?

O Congresso já está com má vontade porque a má vontade está vindo do lado de lá. O mal estar é generalizado. O senador Fernando Bezerra é muito jeitoso, tem experiência. O major Vitor Hugo é dedicado, boa pessoa, mas não tem experiência. A impressão que passa é que não tem força.

Era uma reclamação que se ouvia com a Dilma. É parecido?

Tinha dificuldade também. É muito parecido. Política é diálogo, é atenção, são gestos. E eu não tenho visto gestos, atenção nem diálogo.

E por que está acontecendo?

Eles estão sendo vítimas da retórica da campanha. O governo precisa entender que não está mais em campanha. O presidente precisa descer do palanque. Até porque não tem essa ampla vantagem, não. Dos 57 milhões de votos, foram 10 milhões de diferença para o candidato derrotado. Ele tem que governar para 210 milhões de brasileiros.

A pauta ideológica do presidente tem atrapalhado?

Esse ativismo do presidente nas redes sociais... Ele tem de entender que agora é o presidente, então tem temas que ele não pode abordar porque causa instabilidade. O presidente precisa tirar senha do Twitter do Carlos (filho de Bolsonaro) e se colocar na função de presidente. Militares reclamam de Carlos. Congresso reclama de Carlos. Aliados reclamam de Carlos. PSL reclama de Carlos. Imprensa reclama de Carlos. Agora, Paulo Guedes reclamou de Carlos. Na cabeça do pai, Carlinhos tem razão e é incompreendido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato do PRB à Presidência da República, o empresário Flávio Rocha rechaçou a hipótese de ser vice na chapa de outro nome do centro. "Não admito essa possibilidade. Vamos em frente em voo próprio", disse Rocha ao jornal O Estado de S. Paulo.

Ele afirmou que deu aval para o PRB entrar no debate sobre candidatura única do centro desde que ele estivesse na cabeça da chapa. "Tudo indica que essa aliança (do centro) não vai se viabilizar. Cada um tem uma posição diferente. Não há muita coesão." Na última de pesquisa para a Presidência, Rocha recebeu 1% das intenções de voto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.>

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Presidente nacional do PRB, o ex-ministro Marcos Pereira diz que uma composição do empresário Flávio Rocha, pré-candidato do partido à Presidência, como vice na chapa de outro nome de centro "talvez seja o caminho para evitar o Brasil dos extremos". Pereira relatou que Rocha foi sondado pelo senador Alvaro Dias (PR), presidenciável do Podemos. O PRB participa do bloco integrado por DEM, PP e Solidariedade, que conversa também com Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

O pré-candidato Flávio Rocha, por ser do Nordeste, pode compor uma chapa como vice?

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Não conversei com ele sobre isso ainda. Se o PRB entender, ele entender e os apoiadores dele também, ele pode ser o candidato mesmo sem outros partidos. Minha manutenção no bloco foi nesse intuito, ter alguma possibilidade de influenciar o grupo. Pode ser bom o debate, para colocar o partido em evidência, mas, talvez, o caminho seja por uma composição para evitar o Brasil dos extremos.

Algum dos pré-candidatos ao Planalto ofereceu a vice a ele?

O Alvaro Dias. Fez diretamente com o Flávio e conosco, no partido.

A proposta ainda está na mesa?

Tem que perguntar para ele (Alvaro Dias).

O que as pesquisas dizem sobre Rocha, Rodrigo Maia (DEM) e Aldo Rebelo (SD), colocados como pré-candidatos no bloco?

As pesquisas de intenção de voto e qualitativas demonstram que esses três pré-candidatos têm dificuldade de avançar. Mesmo que o tempo de TV desses partidos, cerca de 20% do total, fique à disposição de um deles. Ouvimos os candidatos que podem ter viabilidade e estar mais no centro. Sabendo que tem toda a dificuldade desse grupo com o PT e da maioria com Jair Bolsonaro (pré-candidato pelo PSL).

Mesmo com Bolsonaro liderando pesquisas?

Ele pode até ir para o segundo turno, mas o quanto ele vai subsistir, numa eleição curta, sem tempo de rádio e TV? Ele tem fragilidades.

Quando o partido ou o grupo vai decidir quem apoiar?

O PRB não vai antecipar a decisão. O Ciro (Nogueira, presidente do PP) me disse que PP não vai antecipar a decisão. A nossa será a partir de 15 de julho. Mas não podemos deixar para muito depois de 25 de julho, porque as convenções terminam dia 5 de agosto. Vou fazer uma reunião com a bancada na semana que vem. Ninguém acredita, mas o PRB pode decidir por manter a candidatura do Flávio, mesmo sozinho.

O que faria o bloco rachar, até onde vai caminhar junto?

Uma discordância entre quem apoiar. Vejo pouca viabilidade hoje dos outros partidos apoiarem Rocha. Eles querem apoiar quem pelo menos vai disputar de forma competitiva.

Ciro Gomes tem uma pauta que diverge do PRB. Ele teria apoio?

Como ele se predispôs, caso isso avance, a adequar a pauta dele à dos partidos, eu diria que existem dificuldades, mas que não deveriam ou não deverão ser intransponíveis. Não chegamos a discutir quais. Vamos ter que adotar alguns critérios. A ideia do grupo, da qual eu divirjo mais do que concordo, e por isso digo que é mais difícil, mas não impossível um apoio ao Ciro, é que seja estabelecidos alguns pontos programáticos e que ele aceite adotar no programa de governo para puxar um pouco mais para o centro. Por exemplo, não dá para ele dizer que vai revogar a reforma trabalhista assim que assumir a Presidência. Nós não aceitamos. Isso é inegociável. Ela tem que ser mantida e reforçada.

O bloco hesita em apoiar Alckmin?

Não tem nada decidido. Na quarta-feira vamos nos reunir para dar encaminhamento.

Falta consistência à campanha de Alckmin?

Pesquisas mostram que há bastante dificuldade para ele chegar no segundo turno. Alckmin disse que neste momento o povo está preocupado com a Copa. Ele rechaçou de forma equilibrada a possibilidade de ser substituído pelo (João) Doria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (5) a exoneração, a pedido, de Marcos Pereira do cargo de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Pereira apresentou pedido de demissão no dia 3 de janeiro, sob a justificativa de se candidatar a um cargo eletivo no pleito deste ano.

O secretário-executivo, Marcos Jorge de Lima, irá comandar a pasta interinamente até que haja uma definição por parte do Palácio do Planalto.

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A exoneração de Marcos Pereira do cargo de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços está publicada na edição desta sexta-feira (5) do Diário Oficial da União (DOU). Marcos Pereira, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e um dos líderes do Partido Republicano Brasileiro (PRB), pediu demissão ao presidente Michel Temer na quarta-feira (3) "por razões pessoais".

Ao entregar o cargo, Pereira reiterou apoio ao governo Temer. O ex-ministro tem dito nos bastidores que precisa reestruturar o partido nacionalmente para as eleições de 2018 e que poderá ser candidato a deputado federal pela sigla.

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O MDIC informou em nota que o secretário executivo Marcos Jorge de Lima atuará como ministro interino "até uma definição do Palácio do Planalto" sobre o novo titular da pasta.

Um áudio de uma conversa entre o empresário Joesley Batista e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, mostra os dois trocando informações bancárias e sobre valores. Segundo a revista Veja, em reportagem divulgada ontem (6), na gravação Joesley negocia um pagamento de R$ 6 milhões ao ministro. O áudio foi entregue pelo empresário ao Ministério Público Federal (MPF), como parte de sua delação premiada. Em nota, o ministro disse comentará o assunto somente em juízo.

Segundo a reportagem, o áudio, que foi gravado por Joesley sem que Pereira soubesse, mostra os dois somando valores de repasses. À Procuradoria-Geral da República (PGR), o empresário disse que a quantia seria uma propina, em função da influência do ministro, que é presidente licenciado do PRB, sobre negócios na Caixa Econômica Federal.

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Na nota que divulgou, Marcos Pereira disse que “não comentará nenhum informe advindo da colaboração processual em referência, nem muito menos fará comentários sobre pretensas gravações ilícitas”.

“Os fatos que envolvem sua relação com Joesley Batista serão devidamente esclarecidos quando lhe for dada oportunidade de falar perante autoridade interessada na verdade, de maneira imparcial. Seus advogados já manifestaram ao STF sua intenção de aclarar os fatos e, portanto, aguarda momento formal para se defender e mostrar sua inocência”, conclui o texto.

O acordo de colaboração premiada de Joesley Batista foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio, mesmo mês em que foi retirado o sigilo sobre a delação. Desde então, o empresário apresentou novas informações à PGR, nem todas já conhecidas do público, em meio às quais encontra-se a menção a Marcos Pereira.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a ex-presidente Dilma Rousseff e o seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, prestem depoimentos no inquérito aberto que apura a suposta compra de apoio de partidos políticos à campanha de reeleição da petista em 2014.

Janot também pediu que outras 11 pessoas, de quatro partidos, sejam investigadas formalmente no inquérito, que foi instaurado originalmente contra o atual ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira (PRB), com base na delação premiada de executivos da Odebrecht.

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A lista inclui nomes do PT, como o ex-tesoureiro da campanha Edinho Silva e seu ex-assessor Manoel de Araújo, os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Lava Jato. Completam a relação o marqueteiro João Santana, Eurípedes Júnior e Salvador Zimbaldi Filho, do PROS; Carlos Lupi e Marcelo de Oliveira Panella, do PDT; e Fábio Tokarski, do PCdoB.

Além de ouvir Dilma e Lula, Janot também pediu o depoimento de outras sete pessoas: o ex-presidente do PT Rui Falcão; Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete de Dilma; o ex-ministro Aloizio Mercadante; a ex-secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares; a empresária Mônica Moura, mulher de Santana; e duas ex-secretárias de Edinho Silva.

Caberá ao relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, determinar se aceita ou não os pedidos do procurador-geral da República.

Inquérito

A investigação no STF foi aberta com base na delação premiada dos executivos da empreiteira, entre eles Marcelo Odebrecht. Segundo os relatos, Marcos Pereira, que era presidente do PRB em 2014, teria recebido R$ 7 milhões para garantir o apoio do partido à chapa na eleição presidencial de 2014.

Nos depoimentos, o executivo apontou também que teria repassado dinheiro a outros partidos, como o PROS, PDT e PCdoB, afim de garantir o apoio deles à chapa e, consequentemente, obter a parcela de tempo do horário gratuito de rádio e TV a que eles tinham direito.

A chapa de Dilma em 2014 tinha como vice o atual presidente Michel Temer e era composta por uma aliança de nove partidos: PT, PMDB, PDT, PCdoB, PP, PR, PSD, PROS e PRB.

Todos os envolvidos negam irregularidades e afirmam que não houve pagamentos em troca de apoio para a campanha de 2014.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, fez nesta segunda-feira (8) um duro discurso durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele afirmou não acreditar que o governo consiga avançar com reformas importantes antes das eleições municipais de outubro, mas disse que é preciso enviar as propostas ao Congresso até o fim de novembro, para conseguir aprová-las no primeiro semestre de 2017. "Se não aprovarmos no primeiro semestre, não se aprova mais nesse governo", afirmou.

Ele acrescentou ainda que já avisou ao presidente interino, Michel Temer, que, se ver que as reformas não estão avançando, não pretende ficar no governo. "Eu volto para meu escritório de advocacia", afirmou.

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Pereira não fugiu de temas polêmicos e disse que, dentro da reforma trabalhista, defende a terceirização, o trabalho intermitente e que o acordado prevaleça sobre o legislado. O ministro também disse que é preciso rever a isenção de tributação sobre importações abaixo de US$ 50,00.

Ele afirmou que se reuniu recentemente com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pediu que nas discussões da reforma do PIS/Cofins não se eleva a alíquota. "Nós sabemos que a situação fiscal é extremamente difícil, mas precisamos dar fôlego ao setor produtivo. Eu disse ao Ministério da Fazenda que todos os empresários estão sufocados, e não podemos matá-los. Se a economia reage, isso gera renda e emprego."

O líder do MDIC reforçou bastante que é preciso avançar na melhoria do ambiente de negócios, com modernização e desburocratização.

Serra

O ministro disse ainda que não é rival do ministro de Relações Exteriores, José Serra. "Eu disse a ele que nós não somos concorrentes, porque eu não sou candidato a presidente", comentou, dando a entender que o tucano pretende disputar as eleições presidenciais de 2018.

O tema surgiu após Pereira ser questionado sobre o que achava da transferência da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) do MDIC para o Itamaraty. Segundo ele, quando o presidente Michel Temer o convidou para assumir o ministério já havia avisado sobre essa mudança. "Eu não vou dar minha opinião pessoal aqui, porque vai parecer que eu estou advogando em causa própria. Eu espero que essa transferência não atrapalhe a promoção do comércio exterior", afirmou.

Segundo Pereira, Serra foi a primeira pessoa que ligou para ele após a aprovação do impeachment. "Depois eu fiz a ele uma visita de cortesia e deixei claro que nossos ministérios são complementares, não concorrentes", afirmou.

Mercosul

Sobre o tema do comércio externo, Pereira lembrou que o Mercosul vive um impasse em relação à presidência do bloco, que deveria ser assumida pela Venezuela, mas houve uma objeção de Brasil, Argentina e Paraguai. "Isso paralisa as negociações", apontou, lembrando que as conversas do Mercosul com a União Europeia já duram anos.

Ele disse ainda que o fato de o governo ser interino também é um empecilho. O ministro contou que, recentemente, durante reunião de ministros do G-20 sobre serviços, foram iniciadas diversas conversas, mas todos preferiram continuar as negociações com o Brasil somente após o fim do impeachment de Dilma Rousseff.

O senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB), está próximo de ter apoio do PRB. O petebista já se reuniu várias vezes com membros da direção do partido republicano. O líder estadual da legenda, Carlos Geraldo, deve se encontrar com o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira, nas próximas semanas, para decidir os rumos do partido.

Segundo um republicano, Armando Monteiro mostrou mais interesse em contar com o apoio do partido do que o próprio governador e pré-candidato à Presidente da República, Eduardo Campos (PSB). O pessebista também se reuniu com a direção regional do PRB. O próprio Marcos Pereira também se encontrou com o presidente do PSB para discutir o cenário político. No Estado, o governador lançou o secretário Paulo Câmara (Fazenda) para sucedê-lo ao cargo.

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Atualmente, o PRB tem 43 vereadores no Estado e está à frente da Prefeitura de Moreilândia, localizada no Sertão de Pernambuco. O partido deve lançar as candidaturas de Carlos Geraldo e Aldo Amaral para deputado federal e Osséssio Silva para deputado estadual.

Vale lembrar que o PRB assumiu uma postura independente no Estado e tem forte apoio da Igreja Universal.

O possível candidato à presidência em 2014, governador Eduardo Campos (PSB), se reuniu no início da tarde desta segunda-feira (13) com o presidente da executiva nacional do PRB, Marcos Pereira. O encontro ocorreu na sede provisória do governo no Centro de Convenções em Olinda.

Durante a conversa, os políticos debateram temas nacionais, sobretudo economia. Também participaram do encontro o deputado estadual Ossésio Silva (PRB-PE) e o novo presidente do PRB de Pernambuco, Carlos Geraldo de Oliveira, que toma posse nesta segunda.

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