Tópicos | Maestro Ademir Araújo

 A Orquestra Brasileira de Recife e o grupo Fuzuê de Dança são as grandes atrações desta quarta-feira (23), no Projeto Recife + Cultura. Eles apresentam, na Pracinha de Boa Viagem, o espetáculo 'A Caixa Mágica'. A noite promete muita cultura popular em um show de bastante interação com o público. 

Conduzido pelo Grupo Fuzuê de Dança, em parceria com a Orquestra Brasileira de Recife, o espetáculo A Caixa Mágica conta de forma didática, lúdica e brincante, sobre algumas das danças populares de Pernambuco. O público vai poder dançar e aprender um pouco mais sobre o caboclinho, forró, xaxado, coco, maracatu, ciranda, mangue bit e o frevo. 

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Para o show desta quarta (23), a Orquestra Brasileira de Recife contará com 16 músicos que, além de tocar, também prometem dançar junto ao público os ritmos sugeridos. O projeto Recife + Cultura já acontece há dois anos, sempre às quartas-feiras, na Pracinha de Boa Viagem. Todas as apresentações culturais do projeto contam com acessibilidade comunicacional para permitir que pessoas com deficiência participem das sessões. 

Serviço

Recife + Cultura

Quarta (23) - 19h

Pracinha de Boa Viagem - Boa Viagem

Gratuito

Um dos maiores nomes do frevo, Maestro Ademir Araújo, regente da Orquestra Popular do Recife e Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, usou suas redes sociais, nesta quarta (19) para fazer um desabafo. Triste com a atual situação do Paço do Frevo, que há mais e um mês funciona parcialmente, o mestre chegou a pedir que seu nome fosse retirado do mural que elenca os grandes representantes do ritmo no museu.

Através de algumas postagens, o Maestro Ademir, também conhecido como Formiga, questionou o destino do museu. "O meu passo é passo certo. É real o Paço do Frevo, a porta tem que ser aberta". Em outra, ele pede o apoio dos colegas da música e dança na luta pela retomada do funcionamento do espaço: "Cadê os maestros, as orquestras, os passistas, intérpretes, a Câmara Municipal do Recife, o Sindicato dos Músicos Profissionais de Pernambuco, a Assembléia Legislativa de Pernambuco, a Federação carnavalesca de Pernambuco? Reivindicar a normalidade das atividades do Paço do Frevo".

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Por fim, Maestro Formiga demonstrou toda a sua decepção pedindo sua retirada do museu: "Por gentileza, tirem o meu nome do mural do Paço do Frevo". O público reagiu: De jeito nenhum! Vamos brigar pelo Paço!"; "A história do Frevo é nossa, não de políticos, eles passam e o Frevo fica, tenha calma meu querido Maestro!"; "Maestro, o senhor é um dos homens de nossa cultura que mais admiro pela firmeza, ela também é um expoente de sua música".

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Entenda

No dia 14 de novembro, o Paço do Frevo teve suas atividades e horário de funcionamento reduzidos, bem como sua equipe de profissionais, por conta do fim do contrato da Prefeitura do Recife (PCR) com a empresa gestora do museu, a Organização Social Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). A promessa feita na ocasião, por parte da PCR, foi de que tudo estaria normalizado no dia 1º de dezembro, quando o novo contrato firmado através de licitação com o IDG começaria a vigorar. Porém o prazo foi adiado para 16 de dezembro, quando novamente descumprido, foi prorrogado mais uma vez para a segunda quinzena do mês de janeiro de 2019.  

Nesta sexta (21) o Cinema São Luiz, no centro do Recife, ficou lotado para a estreia de Sete Corações, idealizado pelo maestro Spok. Toda a equipe do filme, músicos pernambucanos, a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, e os próprios maestros, estrelas do documentário - com exceção dos maestros Nunes, que por motivos de saúde não pôde estar presente e Menezes, falecido no ano passado - juntaram-se ao público para assistir ao filme que registra a obra e a vida de sete grandes grandes mestres da música pernambucana e brasileira (Maestros Duda , Edson Rodrigues, Nunes, Ademir Araújo, Clóvis Pereira, Zé Menezes e Guedes Peixoto).

Antes da exibição, a equipe do documentário falou rapidamente com a plateia. A diretora Dea Ferraz agradeceu pela oportunidade de estar neste projeto e disse que foi um verdadeiro aprendizado estar entre mestres que têm "tanta história pra contar". O produtor Marcelo Barreto contou que a ideia do documentário surgiu numa "conversa de bar" com Spok na qual decidiram "fazer o registro da obra e da vida destes maestros". Ele também aproveitou para agradecer aos colaboradores e patrocinadores do filme e revelou que, brevemente, ele será exibido pela Rede Globo Nordeste.

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Spok, que nesta sexta (21) recebeu do prefeito da cidade do Recife a notícia de ser ele o homenageado do Carnaval 2015, estava visivelmente emocionado e falou um pouco da importância deste projeto para as gerações futuras. "É um sonho que está sendo possível de se realizar", disse. Sobre a escolha como homenageado do Carnaval ele se disse surpreso. A secretária Leda Alves endossou, "Ele está representando esta nova geração de compositores do Recife."

Os cinco dos sete maestros que protagonizam o filme, ao serem chamados para a frente da tela, foram aplaudidos de pé. Muito animado, o maestro Ademir Araújo - conhecido como 'Formiga' - pediu mais aplausos para Spok. "Você está imortalizado hoje, não só por nós mas por esta plateia", disse Ademir, demonstrando admiração pelo colega de profissão. "Ele tem esta visão do amanhã", reforçou.

Ademir Araújo também homenageou os demais maestros. Sobre Edson Rodrigues, disse que "Foi quem me ensinou e hoje estou aqui do lado dele". O maestro também elogiou os ensinamentos de Clóvis Pereira: "Isso não se aprende nas universidades".

Sem camarotes

O maestro Formiga aproveitou a presença da secretária de Cultura, Leda Alves, para fazer um apelo pela desocupação da Praça do Diário (a Praça da Independência, no centro da cidade) durante o carnaval - época em que o local serve de espaço para camarotes particulares. Ele reclamou que as troças carnavalescas não podem passar pelo lugar. Finalizando as falas o maestro Edson Rodrigues lembrou o colega Zé Menezes, falecido em novembro de 2013. Ele mencionou ter sido Menezes quem escolheu o nome do projeto e pediu palmas para o amigo.

Aplausos e lágrimas

Durante a exibição do documentário, o público se emocionava a todo momento. As falas dos mestres eram interrompidas pelos aplausos e risos. Algumas senhoras na plateia recordavam-se dos antigos bailes de carnaval com comentários 'baixinhos', e várias pessoas acompanhavam os frevos que ecoavam dos alto-falantes cantarolando as melodias e batendo palmas.

Ao final de Sete Corações, as pessoas deixaram a sala do cinema enxugando as lágrimas. Depois de uma noite de tanta história (viva) e música de primeira qualidade, uma certeza, como bem colocou o mestre Ademir Araújo: o frevo é mesmo "gigante".

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Diante de um Teatro de Santa Isabel lotado e com ingressos esgotados horas antes do espetáculo ter início, Claudionor Germano apresentou na noite desta segunda-feira (20) o show Dos oito aos oitenta, em comemoração à marca dos seus 80 anos de vida – o cantor atualmente tem 81 anos. A apresentação fez parte da 20ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) e reuniu ao lado de Claudionor vários artistas como Expedito Baracho, Nonô Germano e o maestro Ademir Araújo.

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“A ideia deste espetáculo surgiu do Instituto Abelardo da Hora, mas na hora de pensar nas participações especiais optei também por nomes menos conhecidos. Tem uma cantora muito boa que é a Patrícia Luna e outros convidados como a Claudia Beija, Quarteto Novo, Jeová da Gaita, o Zé Brown fazendo um rap, Beto do Bandolim e, por fim, o Bloco da Saudade. Vai ser uma brincadeira que, se Deus quiser, dará certo”, disse Claudionor em conversa com o LeiaJá

Com direção de José Pimentel, o show é um resumo da carreira artística de Claudionor, que começou na segunda metade da década de 40 sob incentivo do irmão Abelardo da Hora – presente no Teatro de Santa Isabel para assistir à apresentação. Claudionor coleciona mais de 30 discos e é um dos principais divulgadores do frevo, tendo inclusive gravado 132 músicas de Capiba. 

Para Carmen Lima, que acompanha o artista desde a época dos bailes carnavalescos das décadas de 60 e 70, o romantismo é uma das marcas de Claudionor. “A imagem que eu tenho dele é que as músicas cantadas naquele tempo, saudosismo à parte, eram realmente músicas mais românticas. Falava-se muito mais do amor espontâneo e não dessa gozação toda. O carnaval até exige brincadeira, mas aquele romance de Claudionor não tem igual”, opinou. 

Paulo de Castro, um dos produtores do JGE, ressaltou a importância da presença de Claudionor Germano na programação do festival. “Na realidade nós já trabalhamos com o Claudionor Germano há 10 anos. E a produção do Janeiro de Grandes Espetáculos achou oportuno trazer o Dos oito aos oitenta, que é o grande show de Claudionor e é onde estão as figuras mais importantes do Carnaval de Pernambuco. Eu o chamo de Senhor Frevo, porque ele é a cara desse ritmo. Ninguém mais o representa como ele”, avalia Paulo.  

Ao longo do espetáculo, Germano apresentou canções como Maria Betânia, A Deusa da Minha Rua, É Hoje, Na cadência do Samba, Castigo e Me Dê Motivo, cantadas em coro com a plateia. O frevo não ficou de fora e, além das homenagens à Capiba, no final da apresentação o cantor convidou ao palco o Bloco da Saudade para cantar a música Valores do Passado. Isabel Bezerra, presidente da agremiação carnavalesca, demonstrou bastante entusiasmo em participar do show de Claudionor. “Ele faz parte da história do bloco e sempre esteve conosco nas nossas apresentações, então nós não poderíamos faltar a este convite e aproveitamos também para comemorar o aniversário dele e os nossos 40 anos de estrada”.   

Estão abertas as inscrições para o 1º Seminário do Samba de Pernambuco. O evento acontece nos dias 10, 11 e 12 de abril no Cine Teatro da Aeso - Faculdades Integradas Barros Melo e é gratuito. Produtores, músicos, pesquisadores e compositores ligados ao samba estão entre os palestrantes, abordando temas como a história do gênero musical e sua presença na terra do frevo.

Maestro Ademir Araújo (PE), Tadeu Kaçula (SP), Nei Lopes (RJ), Leonardo Salazar (PE) e Adriano Araújo (PE) estão entre os participantes. Um dos objetivos do seminário é desmistificar o samba como ritmo exclusivo do Sudeste. Outro é ajudar a dar noções de profissionalização e de direitos autorais.

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A inscrição deve se feita pelo email mesadesambaautoral@gmail.com. É necessário termais de 15 anos e enviar nome completo, data de nascimento, endereço e número do RG. As atividades valerão como carga horária para estudantes do ensino superior. Mais informações pelos telefones 9892 2714, 8769 6935 e 9133 3571.

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