O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar com dois tiros a adolescente Eloá Pimentel, de 15 anos, foi suspenso nesta segunda-feira, no Fórum de Santo André, em São Paulo, por volta das 19h e só retornará às 9h desta terça-feira (14).
No julgamento que começou hoje (13) foram apresentadas as fitas de algumas gravações para fortalecer a acusação. No decorrer da audiência, foram ouvidas as testemunhas Nayara Rodrigues (que vivenciou os últimos momentos de vida de Eloá no cativeiro), Iago Vilera de Oliveira e Vitor Lopes, amigos da vítima que também foram ameaçados pelo ex-namorado da adolescente. Junto a elas, o sargento da Polícia Militar, Atos Valeriano, também depôs.
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Após a pausa para o almoço, por volta das 14h30, foi exibida a reportagem que a apresentadora Sônia Abrão fez, mostrando a sua entrevista ao vivo com Lindemberg enquanto ele mantia Eloá no cativeiro.
No seu depoimento, Nayara afirmou que Eloá estava bastante machucada e que os braços da vítima estavam com marcas roxas de espancamento. Segundo a jovem, Lindemberg havia batido em Elóa durante toda uma noite e também chegou a ameaçar os amigos da vítima.
Ana Lúcia Saad, advogada de Lindemberg, comentou antes do julgamento que tanto a polícia quanto a imprensa seriam seus alvos principais, pois, de acordo com ela, os dois contribuíram com o ocorrido.
O policial Valeriano descreveu em depoimento todos os momentos da negociação no dia do homicídio e contou o que Lindemberg declarou: “Eu atirei para provar que eu não sou bonzinho, não estou brincando e até a polícia tem medo de mim".
Por fim, a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel e o irmão Everton Douglas Pimentel foram inclusos na lista de testemunhas de defesa, autorizados pela juíza Milena Dias.
Seis homens e uma mulher formaram o grupo de jurados.