Tópicos | liberação

O Ministério das Cidades divulgou nesta quarta-feira, 6, no Diário Oficial da União (DOU), os critérios que serão considerados pelo governo para atender a pedidos de liberação de recursos financeiros no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a partir do mês de junho de 2016.

Segundo a instrução normativa do Ministério, a lista de prioridades leva em conta, entre outros aspectos, "o elevado impacto social das obras relacionadas à habitação popular, quer para os beneficiários finais, quer para a geração de empregos e dinamização da economia" e "os compromissos internacionais assumidos pelo governo brasileiro relativamente à organização dos Jogos Olímpicos de 2016".

##RECOMENDA##

A instrução determina que serão atendidas integralmente as solicitações recebidas na Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças, da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração, até o dia 22 de junho de 2016, referentes aos seguintes programas e ações: Fundo de Arrendamento Residencial, até o limite de R$ 356 milhões; contrapartidas de responsabilidade da União no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana, até o limite de R$ 70 milhões; ações de gestão de risco de desastres naturais, sob a responsabilidade da Secretaria Nacional de Acessibilidade e Planejamento Urbano, até o limite de R$ 15 milhões; ações de mobilidade urbana relacionadas aos Jogos Olímpicos de 2016, até o limite de R$ 47 milhões; compromissos de responsabilidade da Companhia Brasileira de Trens Metropolitanos (CBTU) e Trensurb, até o limite conjunto de R$ 29 milhões.

Outros pedidos poderão ser atendidos total ou parcialmente, destaca a instrução, nesta ordem de prioridade: "ações de responsabilidade da Secretaria Nacional da Habitação, até o limite de R$ 177 milhões"; e "atendimento dos demais compromissos, sob gestão da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental e da Secretaria Nacional de Transporte Urbano e Mobilidade, em ordem cronológica por data de registro da solicitação pelas unidades gestoras, em lista única por ente federado compromissário, até o limite de R$ 20 milhões por ente federado compromissário".

O novo campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, deverá receber R$ 15 milhões. O montante foi liberado nessa segunda-feira (4) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, para ajudar nas obras de construção da nova unidade.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em 2020 a nova unidade terá capacidade para atender 24 cursos de bacharelado e 24 tecnólogos. A partir do valor liberado, a previsão é que o Campus seja entregue no final do próximo ano, com possibilidade de receber novos alunos no primeiro semestre de 2018.

##RECOMENDA##

Com capacidade para receber 3 mil estudantes, 120 professores, 150 técnicos e mais 300 funcionários, a nova unidade terá, além de salas de aula, laboratórios, oficinas, restaurante universitário e centro de convenções. Em 2014, o Campus Cabo deu início às atividades acadêmicas no segundo semestre em instalações provisórias. Atualmente, existem 700 alunos em cursos na área de engenharia.

A reitora da UFRPE, Maria José de Sena, destacou a foco atual do Campus na área de engenharia.  “São cinco cursos de engenharia de ponta (civil, elétrica, eletrônica, mecânica e de materiais.), com um projeto de formação diferenciado; um campus nessa área, nessa região e em Pernambuco é sinônimo de desenvolvimento para o estado”, declarou a reitora, conforme informações do site oficial do MEC.

LeiaJá também:

--> MEC libera R$ 114 mi para unidades ligadas ao Pronatec

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quarta-feira, 22, em sua conta no Twitter que determinou a liberação da importação de feijão como forma de reduzir os preços para o consumidor final. Temer utilizou a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão para anunciar a medida.

Segundo o presidente em exercício, a liberação da importação vale para Argentina, Paraguai e Bolívia, países vizinhos do Mercosul. A requisição foi feita ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que participa de reunião com Temer neste momento no Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

Há ainda possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China, disse Maggi em entrevista ao Portal do Planalto.

"O preço do principal produto na mesa dos brasileiros subiu em função de questões climáticas, que ocasionou a perda de praticamente todas a safra no Centro-Oeste", explicou o ministro na nota do Planalto. "Isso ocasionou uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços subissem."

Negociações

Outra medida que está sendo tomada, afirmou o Maggi, é de negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta.

"Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido", afirmou o ministro.

O clima tem afetado a safra de vários produtos básicos neste ano. Só o feijão subiu 28%, em média, até maio, segundo pesquisa de auditoria de varejo da GFK, que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados 21 regiões do País, entre capitais e cidades do interior. De acordo com a GFK, cada família consome cerca de 3 quilos de feijão por mês.

Segundo o IBGE, que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio e 41,62% em 12 meses.

O Ministério Público Estadual instaurou inquérito para investigar a regulamentação do Uber e demais aplicativos usados para o transporte individual e particular de passageiros na capital via decreto. A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social vai apurar se o ato do prefeito Fernando Haddad (PT) configura "desvio de finalidade e violação aos princípios da administração, especialmente, o da impessoalidade".

A investigação tem como pano de fundo o fato de o sobrinho do prefeito Guilherme Haddad Nazar e seu ex-secretário de Negócios Jurídicos Luis Fernando Massonetto trabalharem na Uber. Nazar ocupa cargo operacional na empresa e Massonetto é consultor jurídico. O pedido de apuração foi feito pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal defensor dos taxistas na Câmara Municipal.

##RECOMENDA##

De acordo com o promotor de Justiça Wilson Ricardo Tafner, os fatos relatados, se configurados, podem caracterizar violação aos princípios constitucionais administrativos, podendo incorrer na prática de ato de improbidade administrativa por parte do prefeito, por isso, a necessidade de apuração.

A impessoalidade do ato, segundo Amadeu, se deu quando Haddad resolveu liberar o serviço sem o aval da Câmara - que se negou a votar o tema em plenário -, revelando ter interesses privados na questão, já que a "medida poderia beneficiar seu sobrinho e também Massonetto", que seria amigo pessoal do prefeito.

O parlamentar argumenta que no caso de Massonetto, há suspeita de que o profissional, por ter ocupado função pública recentemente, tenha passado informações privilegiadas adquiridas no exercício do cargo à empresa - o advogado deixou de ser secretário municipal em fevereiro do ano passado e passou a prestar consultoria à Uber em agosto do mesmo ano.

Procurada na tarde desta terça-feira, dia 31, a gestão Haddad ainda não se manifestou.

As bandeiras do movimento rastafári e o doce aroma da maconha tomaram, neste domingo (22), a principal avenida de Santiago na 12ª versão da marcha anual "Cultive seus direitos", que reivindica a descriminalização do cultivo para consumo próprio e o fim das políticas proibitivas no Chile.

"Pela saúde, pela dignidade e pela liberdade", dizia um dos cartazes levados pelas organizações sociais que promovem a legalização total da planta, em um país onde o consumo privado da maconha é permitido, mas sua venda, não.

Em um ambiente de festa, com centenas de bandeiras nas cores verde, amarelo e vermelho, e dançando ao som de tambores, milhares de pessoas marcharam em frente ao Palácio La Moneda, sede do governo.

Ao longo do trajeto, os manifestantes assinaram um documento que será entregue ao governo da socialista Michelle Bachelet, no qual se pede o respeito "aos direitos humanos dos usuários medicinais e recreativos", declararam os organizadores.

No ano passado, o governo chileno anunciou o plantio e a colheita de quase 7.000 plantas de maconha destinadas à elaboração de um fitoterápico para patologias associadas ao câncer e à epilepsia.

Em 2015, um decreto de Bachelet permitiu o uso da maconha, da resina de maconha, de extratos e de tinturas para a elaboração de produtos farmacêuticos para serem adquiridos em farmácias mediante receita médica.

Depois de garantir que as universidades públicas continuarão gratuitas ao oferecerem graduações, o ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, liberou R$ 211 milhões para institutos e universidades federais. A informação foi confirmada no início da noite desta sexta-feira (20), através do endereço virtual do MEC.

Segundo o Ministério, o valor foi dividido em duas partes. A primeira, liberada na última quarta-feira (18), contou com R$ 163 milhões, enquanto a segunda, disponibilizada hoje, tem R$ 48 milhões.

##RECOMENDA##

O primeiro valor liberado é prometido para a manutenção e custeios (serviços terceirizados, material de consumo, energia elétrica, água e outras despesas) das 63 universidades e dos 41 institutos federais em todo o país. Além disso, o montante de R$ 163 milhões deverá beneficiar os hospitais universitários.

Já em relação ao segundo valor disponibilizado pelo MEC, os R$ 48 milhões servirão para pagar bolsas aos estudantes. De acordo com o Ministério, “o auxílio financeiro aos universitários, para o atendimento de assistência a moradia estudantil, alimentação, transporte, entre outros benefícios, tem como objetivo apoiar a permanência de estudantes de baixa renda nas universidades e institutos federais”.

Taxistas contrários ao Uber e outros aplicativos de transporte, regulamentados pelo prefeito Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira (10), fazem novos protestos em São Paulo na manhã desta quarta-feira (11). Os motoristas se concentram em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central, com um carro de som. Mais cedo, alguns atearam fogo em pneus e bloquearam a Avenida 23 de Maio, principal corredor de ligação entre as zona norte e sul.

Três faixas da esquerda da 23 de Maio, sentido Aeroporto de Congonhas, foram interditadas com a barricada feita pelos taxistas. Carros só conseguiam trafegar pela faixa exclusiva da direita, destinadas aos ônibus. A Polícia Militar apagou o fogo e liberou a via.

##RECOMENDA##

A Polícia Militar fechou o Túnel Papa João Paulo II, sob a Avenida Prestes Maia, para a passagem de veículos. Um pequeno protesto aconteceu no local. Os carros tiveram de pegar uma pista lateral para acessar o Corredor norte-sul.

Regras

O decreto de Haddad estabelece limites para o funcionamento dos aplicativos com base na quilometragem rodada. Os carros das empresas de tecnologia poderão fazer um número de viagens equivalente ao de 5 mil táxis tradicionais. E terão de pagar uma outorga, variável de acordo com a oferta e a demanda e estimada, inicialmente, em R$ 0,10 por quilômetro.

Os aplicativos deverão compartilhar as informações com o poder público, detalhando origem e destino de cada viagem, tempo do trajeto, quanto o passageiro esperou e os itens cobrados. A Prefeitura, por sua vez, promete compartilhar essas informações com a população. As empresas terão de ser credenciadas e passarão a chamar Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs).

O prefeito Fernando Haddad (PT) regulamentou na terça-feira (10), por decreto, o funcionamento do Uber e de outros aplicativos de transporte em São Paulo. Como reação, taxistas promoveram protestos na frente da Prefeitura e na Avenida 23 de Maio, principal corredor de ligação entre as regiões norte e sul da capital. Hoje, prometem bloquear o acesso aos dois aeroportos e às três rodoviárias (Tietê, Jabaquara e Barra Funda).

Às 23h, os protestos contra o decreto já somavam 11 horas, chegando a atingir quatro locais simultaneamente. O movimento envolveu inicialmente mais de uma centena de carros na região do Anhangabaú, que se dispersou por volta das 20 horas. Um grupo seguiu acampado na frente da Prefeitura, outro se reuniu na Praça Charles Miller (Pacaembu).

##RECOMENDA##

Motoristas ainda partiram na direção dos Aeroportos de Congonhas, na zona sul, e Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Um número menor de taxistas queimava pneus para bloquear os acessos ao Terminal do Tietê, enquanto outro grupo prometia buzinaço de madrugada na frente da casa de Haddad, no Paraíso. Após parar a Marginal do Tietê, no sentido de Guarulhos, um grupo mais ativo bloqueou a Via Dutra rumo a Cumbica. Na zona sul, a ação se concentrava na Marginal do Pinheiros, perto da Ponte do Morumbi. Apesar das manifestações, o trânsito geral na capital ficou abaixo da média.

Os atos de taxistas começaram ao meio-dia, na Prefeitura, após o anúncio das novas regras, e se intensificaram depois das 17h. No Corredor Norte-Sul, um motorista tentou avançar sobre os taxistas, que estavam fora dos carros, e houve confusão. Cinco motoristas acabaram atingidos nas pernas, com ferimentos leves.

O motorista teve o carro depredado - e o mesmo ocorreu com outro carro preto que tentou furar o bloqueio. Os manifestantes ainda lançaram rojões contra o Edifício Matarazzo. O Viaduto do Chá só foi liberado às 20 horas, mas um grupo de taxistas se manteve no local e organizou uma fogueira.

"Eu sou taxiiiista/ Com muito orguuulho/ Com muito amoooor", cantavam alguns dos 300 motoristas que fecharam o Viaduto do Chá. Outros eram menos educados e xingavam o prefeito. "O trabalhador taxista paga as taxas para a Prefeitura", reclamava a taxista Andréa Cachar, de 43 anos. "E agora o prefeito quer regulamentar um serviço que não cria arrecadação? É sem lógica."

O presidente do Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxi (Simdetaxi), Antonio Matias, o Ceará, disse que a proposta do prefeito é "inconstitucional". "Vamos acampar na Prefeitura e vamos fechar os aeroportos e as rodoviárias desde a primeira hora (de hoje)."

Regras

O decreto de Haddad estabelece limites para o funcionamento dos aplicativos com base na quilometragem rodada. Os carros das empresas de tecnologia poderão fazer um número de viagens equivalente ao de 5 mil táxis tradicionais. E terão de pagar uma outorga, variável de acordo com a oferta e a demanda e estimada, inicialmente, em R$ 0,10 por km.

Os aplicativos deverão compartilhar as informações com o poder público, detalhando origem e destino de cada viagem, tempo do trajeto, quanto o passageiro esperou e os itens cobrados. A Prefeitura, por sua vez, promete compartilhar essas informações com a população. As empresas terão de ser credenciadas e passarão a chamar Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs).

"Hoje tivemos o primeiro passo para garantir que aplicativos que fazem a intermediação de viagens por meio de tecnologia tenham um lugar na cidade", declarou o Uber, por meio de nota, sem informar se iria adaptar-se às regras. Pedro Somma, executivo da 99, antiga 99Táxis, também elogiou a iniciativa. "Vimos como uma evolução", afirmou. A empresa, no entanto, não sabe se vai operar nessa modalidade. "O taxista é um motorista profissional, não é uma pessoa querendo complementar a renda", disse.

Haddad defendeu a regulamentação como forma de impedir que os aplicativos crescessem a ponto de inviabilizar os táxis. "Do jeito que está, as empresas coletam Imposto sobre Serviços e não pagam outorga. Mas o número de táxis é insuficiente para uma cidade do nosso tamanho e há espaço para os dois tipos de serviço." (Colaborou Mariana Diegas)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A publicação do decreto que regulariza o uso de aplicativos para transporte individual de passageiros pode não ser o ponto final da novela que se tornou a liberação do Uber e de empresas similares em São Paulo. Mesmo depois da "canetada" do prefeito Fernando Haddad (PT), a Câmara Municipal promete manter o debate aceso e votar novo projeto de lei sobre o tema, desta vez atendendo a parte das reivindicações dos taxistas.

Quem lidera o movimento é a própria bancada do PT, que promete apresentar um esboço da ideia já na semana que vem. Segundo o vereador Paulo Fiorilo, a intenção é propor um texto que atenda a duas das principais demandas dos taxistas: limitar o número de carros de aplicativos nas ruas e criar um mecanismo que torne os preços praticados pelos aplicativos mais próximos da tarifa dos táxis. A proposta ainda deve englobar algumas das regras definidas pela Prefeitura, como a criação de um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, com base na venda de créditos por quilômetro rodado.

##RECOMENDA##

"Podemos avançar nesse sentido e sem entrar nesse clima de Fla-Flu. Essa novela ainda não terminou. Não dá para os taxistas competirem com o Uber com valor mais alto de tarifa. O debate sobre o preço deve ser ampliado na cidade", disse Fiorilo, que admite não ter conversado pessoalmente com o prefeito sobre a intenção da bancada. "Mas ele sabe, não é traição, não", completou.

Os taxistas exigem que a Câmara limite a 2 mil os carros operados por aplicativos nas ruas - o equivalente a 5% da frota atual de táxis. O número é inferior ao divulgado pela Prefeitura, que pretende iniciar o credenciamento com 5 mil veículos, podendo chegar a 12 mil de forma gradativa. "Podemos encontrar um meio-termo nessa questão. Metade da proposta do prefeito, por exemplo", diz Fiorilo.

A posição do PT é a mesma de outros partidos, como PMDB, PSDB, PP e PV. Na semana passada, nove líderes partidários defenderam publicamente a continuação dos debates no Legislativo. Mesmo representantes dos taxistas, como os vereadores Adilson Amadeu (PTB) e Salomão Pereira (PSDB), sinalizam apoio a um novo projeto.

Se vingar, caberá a Haddad sancionar ou não lei que torne a regulação dos aplicativos definitiva. Um decreto, segundo o presidente da Casa, Antonio Donato (PT), "é frágil juridicamente". Já o respaldo de uma lei daria segurança tanto à Prefeitura como aos aplicativos.

Habilidade

Para a oposição, o resultado é fruto da falta de habilidade do prefeito. "O tema Uber foi muito mal conduzido por Haddad. O certo agora é começar tudo de novo", diz Ricardo Nunes (PMDB). Na terça-feira, 10, sem politizar o tema, o governo alegou que decisões judiciais delegam regulação ao Executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça do Rio liberou parcialmente o uso da ciclovia Tim Maia, que estava totalmente interditada desde a última sexta-feira (6). O trecho liberado fica entre o nº 318 da Avenida Niemeyer e a Praia do Leblon. A decisão é do juiz Marcelo Evaristo Martins da Silva, o mesmo que havia decidido pela interdição, em caráter liminar.

A liberação do trecho baseou-se em vistoria da Subsecretaria de Defesa Civil em conjunto com a Fundação Geo-Rio. "Não foram verificados indícios de risco que comprometam o uso por pedestres e ciclistas, no tocante à segurança estrutural da ciclovia nesse trecho", diz o laudo de engenheiros, citado na decisão do magistrado. O restante da ciclovia, porém, permanece interditado.

##RECOMENDA##

Na última sexta-feira, o juiz havia decidido pela interdição total da ciclovia. Um trecho de aproximadamente 50 metros da ciclovia desabou no dia 21 do mês passado, matando duas pessoas.

Um grupo de 50 taxistas bloqueia os acessos à Prefeitura de São Paulo como protesto contra liberação do aplicativo Uber. Pelo WhatsApp, estão convocando colegas a participar do protesto.

O número de manifestantes ainda é pequeno. São cerca de 50 pessoas que bloquearam, com os carros, o acesso à Rua Doutor Falcão Filho. À pé, fora do carro, impedem também o trânsito pela Rua Líbero Badaró e pelo Viaduto do Chá, enquanto xingam o prefeito Fernando Haddad (PT) em coro. Deste local, é possível ouvir motoristas presos no trânsito buzinando.

##RECOMENDA##

Presente no protesto, o vereador Adilson Amadeu (PTB) disse que o decreto, que ele ainda não havia lido, "detonava" a categoria. "O prefeito está passando por cima da Câmara", declarou.

Ao elaborar o decreto, Haddad se baseou em uma liminar da Justiça que atribuiu ao poder Executivo a autoridade de regulamentar o tema.

Nenhum taxista manifestante quis falar com a reportagem. Pelos celulares, convocaram colegas a parar outras ruas da cidade. Motoboys que tentavam, desmontados da moto, furar o bloqueio, foram cercados pelos manifestantes.

O prefeito Fernando Haddad (PT) detalhou na manhã desta terça-feira (10)a regulamentação de aplicativos de transporte como a Uber em uma entrevista coletiva na Prefeitura. A regulamentação por decreto deverá ocorrer nesta quarta-feira (11).

As empresas de transporte que rodarem por aplicativo na cidade terão de pagar uma outorga ao poder público. A expectativa é de que o preço inicial seja de R$ 0,10 por quilômetro rodado. As empresas também terão de fornecer à Prefeitura as informações da viagem, como itinerário e tempo decorrido.

##RECOMENDA##

Na prática, o decreto é uma tentativa de Haddad de evitar que a Uber e outros aplicativos acabem com o táxi na cidade. O valor da outorga servirá, segundo o plano da Prefeitura, para regular a quantidade de serviço oferecido: se a demanda por táxi cair muito, o poder público pode limitar a quantidade de quilômetros rodados vendidos ou aumentar o preço do quilômetro.

A Prefeitura não deixou claro quantos quilômetros vai liberar inicialmente para as empresas rodarem. "Será o equivalente a colocar mais 5.000 táxis na rua", informou o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto.

Como há carros da Uber que não rodam o dia todo, como os táxis, Tatto afirma que o número de veículos em circulação possa ser maior.

Haddad afirmou esperar que a publicação do decreto possa permitir à Prefeitura fiscalizar e apreender carros da Uber caso a empresa não se adapte às novas regras. Por decisão da Justiça, tomada antes da criação de nova legislação, o poder público não pode guinchar carros de aplicativos.

As faixas da Avenida 23 de Maio, na capital paulista, no sentido do Bairro Paraíso, foram liberadas por volta das 7h30 da manhã desta terça-feira, 10. Na direção oposta, há uma faixa desobstruída. Mais cedo, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff atearam fogo em pneus e madeira, bloqueando os dois lados da via. No entanto, há ainda problemas em outros pontos da capital.

A Marginal do Tietê, por exemplo, está com as pistas expressa e local bloqueadas entre as pontes Tatuapé e Aricanduva no sentido da rodovia Castello Branco. A Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, foi liberada, mas ainda há muito trânsito no local, o que se reflete na pista marginal da Via Dutra.

##RECOMENDA##

Manifestantes também estão na pista local da Marginal do Pinheiros, perto da Ponte do Morumbi. O engarrafamento é grande na região. Ao todo, são 100 km de vias congestionadas em São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Há ainda relatos de protestos em estradas do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e em Salvador, na Bahia.

A gestão Fernando Haddad (PT) liberou bicicletas nos ônibus municipais fora dos horários de pico. A autorização foi publicada no Diário Oficial da Cidade de sábado, 7, e vale tanto para dias de semana como para sábados, domingos e feriados. Os períodos, porém, serão restritos para não atrapalhar o fluxo de passageiros.

De segunda a sexta, a regra vai valer em dois horários distintos: das 10h01 às 15h59 e das 19h01 às 5h59. Aos sábados, o transporte das bikes está liberado a partir das 14 horas e nos domingos e feriados, é livre. De acordo com a portaria assinada pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o embarque só poderá ser feito em ônibus de 23 metros (os biarticulados) e pela porta traseira.

##RECOMENDA##

O pagamento da tarifa deverá ser efetuado após o usuário fixar e travar a bicicleta dentro do ônibus - a portaria estipula o máximo de uma bike por veículo. Os funcionários das viações não terão obrigação legal, segundo a regra, de ajudar no embarque e desembarque de passageiros portando bicicletas. Essas ações são consideradas de responsabilidade exclusiva do ciclista, que também deverá manter a bike próxima do corpo, a fim de evitar transtornos aos demais usuários ou mesmo atrapalhar a passagem deles.

Integração

A medida tem por objetivo, segundo Tatto, incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte para as atividades do cotidiano, "contribuindo para o desenvolvimento da mobilidade sustentável", e também integrar o uso da bicicleta ao sistema público de transporte - o Metrô já permite o embarque.

Para Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de transporte de pessoas, a decisão de autorizar a entrada de bicicletas nos ônibus somente fora do pico foi acertada. "No horário de pico não tem espaço nem para todas as pessoas com suas mochilas, imagina para uma bicicleta. Além disso, ainda se gasta um tempo até o ciclista entrar e acomodar a bicicleta no ônibus", diz.

O especialista elogiou a medida e ressaltou que ela representa mais um estímulo à integração de diferentes meios de transporte na capital. "Mesmo que sejam poucas pessoas utilizando essa opção, toda integração é boa, porque diminui o número de veículos motorizados na cidade."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal divulgou na quinta-feira (21) por meio de informações do Portal da Transparência, a liberação de recursos para contratos já firmados com a Prefeitura de São Paulo que somam, ao todo, R$ 199 milhões. São verbas referentes a obras do corredor de ônibus M'Boi Mirim, do Terminal Itaquera e para reservatórios antienchentes nos Córregos Zavuvus e Aricanduva.

Os repasses divulgados para as quatro obras paulistanas somam cerca de R$ 11 milhões. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou na quinta, só em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) há uma dívida de cerca de R$ 400 milhões da União com a Prefeitura.

##RECOMENDA##

O atraso dos repasses, associado à secura dos cofres públicos provocada pelo aumento da inflação e pela queda na arrecadação da Receita municipal, paralisou a capacidade da Prefeitura de realizar novas obras.

Os recursos cuja liberação foi divulgada na quinta servirão para recompor o caixa da Prefeitura, uma vez que a modalidade do convênio do PAC na capital prevê que as obras são pagas na forma de reembolso - a União faz o acerto depois que a Prefeitura realiza a obra, usando verbas do Tesouro. O congelamento dos novos investimentos acontece porque a Prefeitura conta com o dinheiro do reembolso para novas iniciativas.

A dívida do PAC vem sendo cobrada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) desde o fim do ano passado. O eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff é visto como ponto de incerteza pela Prefeitura.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Haddad relatou receio de que mudanças na política econômica em um eventual governo Michel Temer possam atrasar ainda mais o pagamento dos atrasados, o que sepultaria a capacidade da cidade de realizar outras obras necessárias, especialmente nas áreas de Saúde e drenagem urbana.

Questionado sobre o assunto na quarta-feira, o Ministério das Cidades, que faz a gestão da maior parte dos recursos do PAC, informou que vinha fazendo o possível para liberar os recursos devidos à capital.

Convênios

O Portal da Transparência do governo federal traz tabelas que mostram haver uma dívida entre o governo federal e a Prefeitura de cerca de R$ 2 bilhões, valor maior do que o montante atrasado de recursos do PAC. O valor não se refere apenas a investimento em obras. Há ações relacionadas a programas sociais, como inclusão digital e de combate a drogas entre adolescentes.

O recurso é apenas de contratos cujo prazo de execução dos convênios já terminou. As dívidas mais antigas datam de 2006.

O valor devido pela União corresponde a 25% do montante de recursos prometidos para São Paulo entre 2006 e 2015. Nesse período, a capital recebeu repasses diretos de cerca de R$ 5 bilhões da União.

Levando em consideração apenas esses contratos, que já chegaram ao fim da vigência e ainda não estão quitados, a Prefeitura gastou, como contrapartida aos convênios, cerca de R$ 500 mil - nas gestões Gilberto Kassab (PSD), entre 2006 e 2012, e Fernando Haddad.

A relação do Portal da Transparência lista ainda 126 contratos firmados com a Prefeitura de São Paulo que estão em execução no momento, que vão desde a produção de lares para cidadãos de baixa renda a pesquisas sobre o consumo de crack no centro paulistano.

As parcerias entre os dois entes federativos têm vigência até 2019 e devem resultar ainda em transferência de cerca de R$ 2,4 bilhões nos próximos quatro anos. Até o momento, perto de 45% desses valores já foram enviados à gestão municipal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em evento patrocinado pelo banco Itaú Unibanco, na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, expôs de forma clara a pressão dentro do governo para que o Banco Central mexa nos depósitos compulsórios - recolhimentos obrigatórios de recursos que as instituições financeiras fazem ao Banco Central - para ajudar as empresas.

Barbosa disse que a Fazenda estava trabalhando com o BC em medidas para ajudar as empresas que "passam por uma fase forte de reestruturação de dívidas", mas sem que sejam destinados "novos recursos públicos" para essa finalidade.

##RECOMENDA##

O ministro disse que a redução do compulsório do BC poderia melhorar a liquidez no sistema financeiro, ajudando nesse momento de crise.

No mesmo dia, o diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Anthero Meirelles, colocou o posicionamento da autoridade monetária ao alertar que não há apetite dos bancos públicos e privados para ampliar os financiamentos, assim como também não há demanda por parte de empresas e consumidores. Na avaliação do BC, é preciso primeiro retomar a confiança para se observar um crescimento do crédito.

A pressão pela redução dos depósitos compulsórios é antiga, mas enfrenta resistências internas no Banco Central. Uma ala defende que a liberação desse dinheiro tem como endereço investimentos externos e o aumento da dívida pública.

Segurança do sistema. A Fazenda também aumentou a pressão para um afrouxamento nas regras de Basileia para abrir espaço para os bancos emprestarem mais e promoverem a reestruturação das suas dívidas.

No Ministério da Fazenda, segundo fonte, há grande desconforto com a demora do BC, que é criticado por adotar regras muito mais conservadoras do que nos outros países. "É preciso urgência", criticou uma fonte da área econômica em relação à falta de ação do Planalto. Desde o ano passado, essas medidas vem sendo estudadas, mas ainda não foram adiante.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem sido uma barreira para o afrouxamento das regras. Quando foi anunciado o ingresso do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil, o presidente do BC quase deixou o cargo, uma vez que Lula era um dos que cobrava uma maior injeção de capital na economia como "antídoto" para a crise que assola o País. Os rumores que ganharam espaço no mercado financeiro eram sobre o descontentamento com a pressão pela adoção dessas medidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Neymar está fora da Copa América Centenário. A decisão foi tomada pelo Barcelona e o presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, vai comunicá-la à CBF por meio de correspondência ao presidente em exercício da entidade, o Coronel Antonio Nunes. Na Espanha, a informação é de que a carta já foi enviada ao Brasil. A CBF diz não ter recebido ainda nenhuma carta e que não perdeu de vez as esperanças de ter o craque tanto no torneio que será realizado nos Estados Unidos quanto na Olimpíada do Rio de Janeiro.

No entanto, dentro da entidade já há quem dê a batalha por perdida. Mesmo porque faz algum tempo que o Barcelona vem sinalizando que não deixaria Neymar à disposição da seleção nas duas competições. E como o técnico Dunga deixou claro que se tivesse de optar preferia ter o atacante na Olimpíada, será neste torneio que ele defenderá o Brasil.

##RECOMENDA##

Pelas regras da Fifa, o Barcelona tem obrigação de liberar Neymar para a Copa América Centenário, pois a disputa faz parte do calendário da entidade, mas não precisa cedê-lo para os Jogos do Rio (a Olimpíada não é evento oficial da Fifa). O Barcelona sempre se posicionou no sentido de deixar o jogador participar de apenas uma das duas competições. Neste caso, será na Olimpíada.

Neymar estava disposto a jogar tanto a Copa América Centenário quanto a Olimpíada e chegou a propor ao Barcelona que participasse do torneio nos EUA só a partir das quartas de final. Assim, teria tempo para descansar e fazer uma parte da pré-temporada com o clube catalão. Mas Bartomeu, depois de consultar sua comissão técnica, disse não.

Na CBF, há quem defenda que Dunga deve convocar Neymar para a Copa América Centenário, pois o clube é obrigado a ceder. Mas essa hipótese não é levada em conta pelo treinador nem por Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF. Além de criar um clima péssimo com o Barça e até com o próprio jogador, sua presença na Olimpíada seria negada.

O novo zoneamento pode facilitar o uso de áreas públicas consideradas contaminadas. Uma emenda aprovada na semana passada, após a votação do projeto de lei que revisa os tipos de uso e ocupação do solo de São Paulo, permite à Prefeitura fazer permuta com a iniciativa privada de terrenos subutilizados hoje pelo Município em função de sua contaminação por gases ou metais, por exemplo. A medida ainda depende da aprovação do prefeito Fernando Haddad (PT).

De autoria do vereador Rubens Calvo (PMDB), o texto abre a possibilidade de a capital ganhar novas áreas públicas a exemplo da Praça Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste (leia mais ao lado). Segundo o parlamentar, ao menos 26 terrenos públicos, em todas as regiões da cidade, poderão ser transformados caso o prefeito Fernando Haddad sancione o texto e estabeleça um programa de recuperação desse território no Município.

##RECOMENDA##

A emenda determina que os bens públicos classificados como áreas contaminadas possam ser objeto de venda ou permuta desde que os recursos resultantes desses negócios sejam destinados à implementação de equipamentos sociais ou espaços verdes. "Além da contrapartida social, ao assumir esses terrenos, a iniciativa privada fica encarregada de fazer a descontaminação adequada antes de dar nova utilização à área", explica Calvo.

De acordo com o parlamentar, a intenção da proposta é colocar as áreas contaminadas em uso. "Às vezes, o custo da remediação é muito alto para o Município, por isso, é importante essa parceria com a iniciativa privada. Além disso, com as novas regras, não precisaremos avançar para as áreas ambientais, como está ocorrendo", diz.

Para ser viabilizada, a nova estratégia precisará ainda do aval da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), responsável pela palavra final a respeito da remediação. Com o terreno liberado do ponto de vista ambiental, o novo proprietário poderá realizar o projeto previamente informado à Cetesb. Pela legislação estadual, é a companhia que indica o que pode ou não ser feito em área já considerada contaminada.

Calvo afirma que a emenda pode ser uma solução inteligente para, por exemplo, a falta de locais com potencial para serem transformados em novos cemitérios, mesmo que no modelo vertical. "Os cemitérios de São Paulo estão lotados, não dão conta da demanda. Precisamos apresentar soluções para isso. O uso de áreas públicas contaminadas é certamente uma hipótese a ser trabalhada."

Mapa

Entre os 26 terrenos apresentados pelo vereador para justificar a apresentação da emenda estão áreas localizadas em todas as regiões da cidade, como Vila Cachoeirinha, na zona norte, Bom Retiro, no centro, e Heliópolis, na zona sul.

O mapa indica que uma área extensa, às margens da Marginal do Tietê, no bairro da Penha, zona leste da cidade, poderia ser liberada para construção de moradia popular. O terreno, na Rua Kampala, já está classificado como Zona de Interesse Social (Zeis). Com a sanção da emenda, o local poderia ser negociado com o mercado imobiliário, que ficaria encarregado de tocar o processo de descontaminação antes de iniciar a obra.

A proposta ainda será analisada pelo prefeito Haddad, que não declarou se vai sancionar a emenda incorporada ao texto final. Em entrevista ao Estado na semana passada, o prefeito afirmou que vai analisar em detalhes o projeto de lei aprovado pelos vereadores. A previsão é que a lei seja publicada até meados deste mês.

Lei

Debatida na Câmara Municipal por nove meses - a versão original foi elaborada pela gestão Haddad -, a proposta de lei foi aprovada com apoio de 45 dos 55 vereadores no dia 25 de fevereiro com muitas mudanças de última hora. O texto que foi levado a plenário foi conhecido poucas horas antes da votação, por meio de publicação do Diário Oficial da Cidade. Segundo o vereador Paulo Frange (PTB), todas as alterações foram debatidas com a sociedade em mais de 50 audiências públicas e estão em acordo com o que quer o Executivo.

Na reapresentação desta segunda-feira (29), parte das dores de cabeça do técnico do Santa Cruz, Marcelo Martelotte, sumiram. Isso porque dois atletas importantes em sua formação tática foram liberados pelo departamento médico coral: João Paulo, o principal articulador tricolor, e Wellington, o 'carregador de piano' da cabeça de área. 

A informação de que os jogadores estão à disposição do comandante foi confirmada pelo médico Wilton Bezerra. "João Paulo já treinou normal e Wellington, também. Estão liberados para jogar", resumiu o doutor. Assim, ambos reforçarão a equipe diante do Juazeirense-BA, nesta quarta-feira (2), pela primeira fase da Copa do Nordeste 2016. 

##RECOMENDA##

Apesar dos retornos, as baixas continua, afligindo o treinador. Começando pelo lateral-direito Vitor, que apresenta lesão na coxa esquerda, e desfalcará o time por cerca de 15 dias - ele já não havia atuado diante do Central, neste domingo (28). E tem mais: seu substituto imediato, Lucas Ramon, também preocupa, com inchaço no tornozelo esquerdo. Segundo doutor Wilton, ele passará cinco ou seis dias no departamento médico, de forma que não atuará ante o Juazeirense. 

Fechando a lista de desfalques, aparecem Wallyson e Danny Morais. O primeiro, que vinha numa boa fase, está em fase de recuperação de dores musculares, sob os cuidados da equipe de preparação física coral. O segundo vem superando uma virose.

A maconha medicinal começa a ser vendida, nesta quinta-feira (7), no estado de Nova York, o 23º dos Estados Unidos a autorizar este passo, entrando assim na maior cidade do país. Será disponibilizado um local próprio para o cultivo.

Embora a Assembleia Estadual de Nova York tenha aprovado o texto legislativo há 18 meses, as cinco empresas escolhidas para cultivar e vender maconha para uso terapêutico foram nomeadas no final de julho. Dessas empresas, a Bloomfield Industries é a única que decidiu localizar sua fábrica de 23.000 metros quadrados na própria Big Apple, em uma zona industrial em uma estrada no Queens (nordeste da cidade).

As outras abriram suas plantas em lugares mais baratos e menos expostos, especialmente no norte deste estado que atinge os locais de fronteira canadense. Cultivos legais já existem em Denver (Colorado, centro) ou São Francisco (Califórnia, oeste), mas trata-se de uma novidade nos Estados Unidos para uma cidade de mais de um milhão de habitantes.

"Achamos que poderíamos formar a melhor equipe de horticultores, cientistas e farmacêuticos se instalássemos nossa planta em Nova York", explicaram à AFP desde Bloomfield, que emprega cerca de cem pessoas.

Visto do lado de fora, o local lembra um depósito de paredes desgastadas cujas portas foram obstruídas com a ajuda de blocos de cimento e janelas cobertas com madeira. Não há agentes de segurança nem policiais na área.

A cargo integral do paciente

Na quinta-feira, as vinte clinicas previstas ainda não estarão abertas. O início da venda será progressivo, uma vez que de qualquer maneira só começou a inscrever pacientes em 23 de dezembro. Só poderão ter acesso à maconha medicinal as pessoas afetadas por doenças graves como câncer, mal de Parkinson, esclerose múltipla ou certas formas de epilepsia.

O produto oferecido não será erva para fumar, mas pílulas, óleos ou gotas. Segundo Nicholas Vita, diretor-geral da Columbia Care, outra das empresas escolhidas, entre 0,5 e 1,5% da população do estado de Nova York, cerca de 100.000 e 300.000 pessoas, podem ser autorizadas a comprar esta maconha medicinal.

O médico Stephen Dahner, responsável médico do Vireo Health para Nova York, outro laboratório autorizado, prefere ser prudente quanto suas estimativas. Dahner tem como exemplo Minnesota (centro-norte), onde o Vireo está presente e o consumo foi menor do que o esperado.

Nenhuma das três empresas contatadas pela AFP deu duas tarifas, mas uma fonte próxima ao caso afirmou que custaria ao menos cerca de 200 dólares mensais por paciente. Esta quantia deverá ser paga de maneira integral pelo doente, já que nenhum seguro médico norte-americano cobre esse tipo de tratamento.

Nicholas Vita argumenta que os pacientes que não tenham recursos suficientes receberão descontos. Vinte anos após a Califórnia tornar-se pioneiro na legalização da maconha com fins terapêuticos no país, já são 23 estados e a capital Washington que entraram no bonde.

"As coisas estão indo na direção certa", avalia Stephen Dahner, alertando que "existem muitos tabus em torno da maconha". A maconha ou seus produtos derivados não estão submetidos ao controle da agência norte-americana de medicamentos e alimentação (FDA) e carece de estudos científicos.

Segundo uma pesquisa realizada em maio do ano passado pelo instituto Harris, cerca de 81% dos norte-americanos se declara favorável à legalização da maconha para fins médicos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando