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O curso de Psicologia da Universidade da Amazônia (Unama) abriu vagas para o grupo de atendimento “Violências de Gênero e LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e pessoas Intersex)”. O grupo é formado por psicólogos e alunos de Psicologia da instituição, e tem como objetivo o apoio psicológico e a troca de experiências entre os participantes. Os atendimentos em grupo serão realizados toda semana, de terça a quinta-feira, na Clínica de Psicologia (CLIPSI) da unidade Alcindo Cacela, em Belém.

A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil. A cada 25 horas, uma pessoa LGBTI morreu vítima de violência no país, em 2016. Os dados são do Instituto Maria da Penha (IMP) e do Grupo Gay da Bahia (GGB), respectivamente. Foi pensando nessas estatísticas alarmantes que o curso de Psicologia da Unama criou o grupo de atendimento “Violências de Gênero e LGBTI”.

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A psicóloga e coordenadora do grupo, Thamires Arruda, conta que o projeto surgiu a partir de uma parceria entre a Clínica de Psicologia da Unama e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), devido à demanda por atendimento, tanto de vítimas de violência doméstica quanto de violência homofóbica. Segundo Thamires, a finalidade é proporcionar a troca de experiências, e que os participantes possam contribuir uns com os outros, além de orientação sobre os temas que estão vivenciando. “Iniciamos o projeto no início desse semestre, em agosto. Fizemos uma seleção e entrevistamos alunas, a partir do 6º semestre, porque é preciso ter um embasamento técnico, e há cerca de dois meses iniciamos os contatos”, diz.

Ana Clara Fadel, aluna do curso de Psicologia da Unama, participa do atendimento. “O planejamento acontece às segundas-feiras, e nas sextas-feiras nós temos a supervisão, que é quando a gente leva o que aconteceu no grupo para as psicólogas responsáveis, e elas vão nos auxiliando”, afirma a estudante.

Uma paciente atendida pelo grupo, que não quis ser identificada, disse que tomou conhecimento do projeto através das redes sociais, e que ele é muito relevante para a sociedade. “É importante interagir com outras mulheres. Às vezes a gente pensa que só acontece com a gente, mas na verdade existem outras pessoas que passam por isso. Acredito que as reuniões vão me fazer sentir melhor”, finaliza.

Os atendimentos ocorrem na Clínica de Psicologia da Unama – 1º andar, bloco F, localizada na Alcindo Cacela. Às terças-feiras, de 16 às 18h30 (Grupo de Mulheres), às quartas-feiras, de 15h30 às 18 horas (Grupo LGBTI), e às quintas-feiras, de 16h30 às 19 horas (Grupo de Homens). Os interessados deverão entrar em contato na recepção da CLIPSI, deixando nome completo e telefone ou por email (violenciadegenero_unama@hotmail.com). Veja vídeo abaixo.

Por João Paulo Jussara.

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A palavra se repete várias vezes: medo. Se antes era difícil para uma pessoa sair do armário, com Donald Trump no poder o temor se multiplica.

Desde que o magnata republicano foi eleito, em novembro, os telefones da Trevor Project, uma organização que ajuda jovens LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais) em situação de depressão ou suicida, não param de tocar.

No dia seguinte à eleição, eles receberam 400 contatos, entre ligações e mensagens em suas plataformas virtuais - o maior número registrado em um mesmo dia.

"Antes da campanha, desta eleição, as pessoas se sentiam empoderadas, porque o caminho traçado depois [da aprovação] do casamento gay era de mais abertura e mais segurança em termos de leis e políticas públicas", explicou à AFP Steve Mendelson, diretor-executivo interino da Trevor Project, que atende cerca de 100.000 pessoas por ano, a maioria jovens com menos de 25 anos.

"Agora há um discurso que leva a comunidade a ter medo, a pensar que não podem sair do armário", acrescentou.

E com um Congresso republicano aos pés do novo governo conservador, o temor na comunidade LGBTI é generalizado.

Reverter o casamento homossexual? Terapia de conversão para mudar a orientação sexual de crianças? Mais discriminação?

"Esta vai ser a luta de nossas vidas, estaremos na resistência", advertiu Camilla Taylor, conselheira sênior para a Lambda Legal, uma ONG dedicada à defesa dos direitos civis da comunidade LGBTI.

- Terapia de conversão -

"Farei tudo que estiver ao meu alcance para proteger nossos cidadãos LGBTI da violência e da opressão de uma ideologia estrangeira de ódio", prometeu Trump na campanha, pouco depois do atentado de junho de 2016 a uma casa noturna gay em Orlando, no qual morreram 49 pessoas.

Mas o discurso foi eclipsado pelas nomeações para seu gabinete.

"Penso que devemos julgar quem ele é e no que ele acredita baseados no que ele faz, e o que ele fez até agora foi nomear o gabinete mais cheio de ódio e anti-gay que se pode imaginar", disse Taylor à AFP.

O vice-presidente Mike Pence, por exemplo, sempre votou no Congresso contra o casamento gay e contra leis de combate à discriminação de homossexuais. E, embora ele negue, há relatos de que o republicano apoia a terapia de conversão.

Além de Pence, o procurador-geral e a secretária de Educação de Trump também têm uma longa trajetória anti-LGBTI, ressaltam os ativistas.

Jim Obergefell, o viúvo que liderou o processo coletivo que levou à legalização do casamento homossexual em 2015, disse que é difícil que a Suprema Corte reverta sua decisão. Para isto, seria necessário uma "tempestade perfeita", que é muito improvável.

Contou, porém, que teme que sejam criadas políticas que afetem a comunidade ou que as leis antidiscriminação sejam invalidadas.

- Coisas em comum -

A Trevor está aberta o ano todo, 24 horas por dia. A operação se divide entre Los Angeles e Nova York, com voluntários especialmente treinados.

A maioria das ligações vêm do sul do país (34%), muito conservador e onde a religião ainda tem um grande peso.

"Ninguém liga pela política em si, mas pelo efeito da retórica que é usada na política", disse David W. Bond, psicoterapeuta e vice-presidente de projetos desta organização.

Os meninos buscam apoio, alguém que os deixe desabafar. "Se tivessem um amigo ou um avô que os escutasse, não precisariam ligar para um desconhecido", acrescentou.

Desde a eleição, a Lambda e outras organizações, como o Centro LGBTI de Los Angeles, intensificaram sua assistência legal a pessoas transgênero que queriam mudar sua identidade antes do novo governo Trump, que vai tomar posse na sexta-feira.

E quando Trump já estiver no poder, uma minissérie sobre a luta pelos direitos homossexuais nos Estados Unidos será transmitida com sinal aberto: "When we rise" (Quando nos levantamos), de Dustin Lance Black, ganhador do Oscar pelo roteiro do aclamado filme "Milk".

A série, de sete episódios e que será emita a partir de 27 de fevereiro, é uma adaptação da autobiografia de Cleve Jones, ativista dos direitos dos homossexuais e da luta contra a Aids.

"A escrevi para essa outra América, para que possa dizer 'ei, temos mais em comum do que vocês pensam'", disse Black, que nasceu em uma família conservadora.

Os avanços conquistados em favor dos direitos dos homossexuais na Europa estão ameaçados por um aumento da intolerância, segundo membros da comunidade LGBTI reunidos neste fim de semana no Chipre.

Desde os anos 1990, muitos países adotaram leis que autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou que permitem aos transexuais escolher seu gênero com efeito legal.

Mas os membros da comunidade LGBTI - reunidos em Nicósia para a conferência anual europeia da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex (ILGA, em inglês) - advertiram contra o aumento da corrente reacionária e dos discursos de ódio, que têm levado a um maior número de ataques contra este grupo.

Na Polônia, em especial, os ataques contra os LGBTI dispararam desde a chegada ao poder, há um ano, dos conservadores do partido Direita e Justiça, segundo a associação polonesa "Campanha contra homofobia" (KPH). O governo criou um clima de medo, com a demissão de funcionários que promovessem os direitos dessas pessoas, afirmou Agata Chaber, à frente da KPH.

Desde o início do ano, os escritórios de sua associação foram atacados em várias ocasiões com tijolos e garrafas, lamenta. Em março, três homens entraram no local à força e, do lado de fora, já gritavam frases homofóbicas. Foi "o pior incidente vivido em 15 anos de existência" da KPH, disse Chaber à AFP.

Uma pesquisa realizada na Polônia em 2014 - a mais recente a respeito do tema - mostrou que 70% das pessoas questionadas acreditam que as relações homossexuais são inaceitáveis.

"Quando as autoridades de um país [...] mantêm um discurso que estimula o ódio, as pessoas não recebem apenas comentários maldosos no Facebook. Chega um momento que isso se transforma em violência física", diz Chaber.

Fomentar o debate da atuação da Defensoria Pública em relação às demandas trazidas pelos grupos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTIs) em todo o país. Esse é o objetivo do 2º Fórum de Defensorias Públicas e Direitos LGBT, que a Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) está promovendo, por meio da Comissão de Diversidade Sexual e Identidade de Gênero, em parceria com a Defensoria Pública do Pará. O evento será no próximo dia 16 de setembro, a partir de 8h30, no auditório do prédio-sede da Defensoria do Pará (TV Padre Prudêncio, 154 - Comércio).

Com o tema “Mulher, Lésbica, Cidadã”, a programação também conta com o apoio da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Pará (ADPEP). O atual coordenador da Comissão de Diversidade Sexual e Identidade de Gênero, Sergio Sales Pereira Lima, explicou a importância do 2º Fórum de Defensorias Públicas e Direitos LGBTI. “A Defensoria Pública necessita se aproximar cada vez mais dos movimentos sociais, para acolher as suas principais demandas de uma forma coletiva. Ao abrir esse canal de diálogo, a Defensoria se coloca à inteira disposição de uma efetiva garantia de Direitos Humanos ligados à toda comunidade LGBTI. Com isso, assumimos nosso real papel de agentes de transformação social.”

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O primeiro painel do Fórum traz o tema “Saúde da Mulher e Políticas Públicas”, a ser abordado pela terapeuta especialista em relações de casais e familiares, e consultora em desenvolvimento de equipes, Lena Cristina Barros Mouzinho; e pelo mestre em Ciência Política, militante de Direitos Humanos, presidente do PPS Diversidade Pará e ex-gestor da Pasta LGBT do Pará, João Augusto Santos. Em seguida, será realizada a “Roda aberta ao público: construção de propostas de atuação das Defensorias Públicas brasileiras em defesa dos direitos LGBTI”.

No período da tarde, haverá o segundo painel, com a temática: “Relações Familiares sob o aspecto Civil e Criminal”, conduzida pela painelista membro do Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBT (CNCD/LGBT), Janaina Oliveira, que representará a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; e também pela integrante do Instituto Popular Eduardo Lauande e da Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL), Nayara Bronze.

O encontro será encerrado com o debate sobre a atuação das Defensorias Públicas em defesa dos direitos LGBT, em outra roda aberta ao público.

Informações da Agência Pará.

Candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o deputado estadual Cleiton Collins (PP) prometeu, nesta sexta-feira (5), que se eleito não pretende fazer um governo segmentado, ou seja, apenas com a base religiosa. Em conversa com o Portal LeiaJá, após a convenção que oficializou o seu nome para a disputa, o pastor disse que pretende garantir os direitos LGBTI em uma eventual gestão.

"Esse assunto é complexo. Não vou fazer um governo segmentado, será para a população em geral, não importa se homem ou mulher, branco ou negro, e muito menos a opção sexual", salientou, amenizando os desconfortos já protagonizados por ele em assuntos contra o segmento. "Agora não vou fugir do meu caráter. O que eu achar que não devo apoiar ou se ferir meus preceitos, não farei", acrescentou.

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Collins é conhecido por ser contrário, por exemplo, a discussão da ideologia de gênero nas escolas do estado. Ele votou contra o assunto na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). "Existem exageros dos dois lados, admito. Os xiitas que fazem o barulho do gostam de usar isso como palanque", disparou, lembrando de críticas feitas a ele pelo também deputado estadual e candidato a prefeito do Recife, Edilson Silva (PSOL).

Polêmicas à parte, Collins entrou na disputa municipal após ser apontado como líder na intenção de votos da população jaboatonense. O PP havia descartado a postulação pela unidade da base governista na cidade, mas a diluição das alianças no âmbito local o levou a receber o apoio do partido para a corrida. “Esperávamos que houvesse uma unidade da base do governo Paulo Câmara, mas o PR, o PDT e o Solidariedade lançaram candidatura e as pesquisas nos chamaram ao pleito. Temos recall para isso, até pelo segundo lugar em 2012”, observou o candidato.

Indagado se a liderança o deixava confortável para a eleição, Collins disse que não. “De forma alguma. Toda eleição tem sua particularidade. Agora mesmo será uma eleição de pé no chão, de andar nas ruas e tentar levar as propostas aos jaboatonenses. Quero fazer um programa com foco nas áreas de educação, saúde e com o foco no saneamento básico. Isso me preocupa. Vamos tentar parcerias privadas para solucionar a questão”, destacou, lembrando que pretende apresentar propostas com reflexo em longo prazo. 

Com o segundo maior colégio eleitoral do estado, o embate em Jaboatão pode ser levado ao segundo turno. Questionado se pretende pleitear o apoio de Heraldo Selva (PSB) caso passe para a fase e o socialista não, Collins disse que pretende “manter a base unida”. “Somos do mesmo campo”, cravou. 

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Convenção

No último dia previsto pela legislação para oficializar as candidaturas, o PP homologou o nome de Collins durante uma convenção conjunta com o PMN, único partido aliado para a disputa. O evento iniciou por volta das 14h e aconteceu na Câmara dos Vereadores de Jaboatão, em Piedade. Apesar da aliança com o PMN, a chapa majoritária liderada pelo religioso é “puro-sangue”, ou seja, apenas de progressistas. O cargo de vice é ocupado por Roberval Góis. 

O Uruguai e a Holanda lançaram nesta quarta-feira um projeto para criar uma coalizão mundial pela igualdade das pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais), durante uma conferência organizada em Montevidéu.

Os chanceleres do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, e da Holanda, Bert Koenders, assinaram os princípios fundacionais desta iniciativa, no marco da Conferência Mundial dos Direitos Humanos das Pessoas LGBTI. O encontro, sob o lema "Não violência, não discriminação e inclusão social", reúne ativistas internacionais dedicados à promoção da igualdade de direitos.

Novoa abriu as discussões com um chamado à defesa do "gozo pleno de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais" e condenou "os crimes de ódio, como o ocorrido em Orlando", Estados Unidos, em referência ao massacre em uma casa noturna frequentada por homossexuais, em que morreram 49 pessoas em junho passado.

Koenders elogiou o Uruguai "por tantos progressos" em matéria de proteção de direitos da comunidade LGBTI. O Uruguai legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2013, tendo sido o segundo país da América Latina a aprová-lo, após a Argentina, que também assinou nesta quarta-feira a carta fundacional desta coalizão.

O chanceler holandês lembrou que a homossexualidade é considerada "ilegal" em muitos países do mundo e afirmou que a "luta está longe de terminar", em relação à igualdade de direitos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou em uma mensagem gravada que acabar com a discriminação contra as pessoas devido a sua orientação sexual "é uma grande causa". A coalizão pretende unir Estados e promover o trabalho por regiões.

A reunião em Montevidéu é realizada entre esta quarta-feira e a sexta-feira. Ainda não foi decidido se as discussões vão resultar na publicação de um documento final.

Embora a grande mídia brasileira, em função da audiência, tenta falar dos LGBTI com menos estereótipos, o momento é de intensas mudanças - positivas - no cenário do audiovisual nacional. A produção de séries independentes, apesar do orçamento curto e limitado, deve ser a grande aposta. 

Geralmente veiculadas na internet, as produções independentes são normalmente conhecidas por colaborar para a representatividade no audiovisual, como é o caso da inédita "Copan". A websérie conta a história de cinco amigos no processo de descoberta da sexualidade, do amor e enfrentamento dos desafios da vida adulta. A primeira temporada, já lançada, conta com 10 episódios em formato de sitcom, com média 10 minutos de duração e sendo veiculado semanalmente.  

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Criada por Priscila Carla e roteirizada em conjunto com André Magalhães, a autora inova no mercado e designa um signo a cada um dos protagonistas, que variam de acordo com as características intrínsecas de cada um. Confira o vídeo e entenda o porquê dessa escolha, ideias para a segunda temporada e encare o desafio lançado: descobrir o signo do personagem sobre o qual Priscila não falou. 

Assista:

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