Os professores da rede municipal de ensino realizaram, na manhã desta sexta-feira (16), ato público em frente à Prefeitura do Recife. O protesto simbolizou o encerramento dos três dias da paralisação nacional dos docentes em mobilização a favor do cumprimento da Lei do Piso e do aumento do investimento público em educação.
Os servidores municipais da educação não se dizem satisfeitos com o aumento salarial de 22% e reivindicam que a correção salarial continue adotando como base de cálculo o custo aluno/ano do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).
##RECOMENDA##De acordo com representantes do Sindicato Municipal de Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante os três dias de greve dos docentes, cerca de 90% das escolas de ensino público não funcionaram e 85% dos professores aderiram à paralisação. De acordo com o secretário de Educação de Pernambuco, Anderson Gomes, os grevistas terão os dias descontados na folha de pagamento. A presidente do Simpere, Simone Fontana, afirma que cada escola deve se reunir com o corpo docente e marcar a reposição das aulas para que os alunos não saiam prejudicados. “Eu não acho justo ser descontado do salário do professor, já que estamos em uma greve nacional por uma causa justa”, frisou.
Na próxima segunda-feira (19), os professores devem retornar ás escolas e irão se reunir em uma nova assembleia no auditório G2 da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) para avaliar o resultado do movimento.
SERVIDORES PÚBLICOS
Os servidores municipais do Recife também compareceram ao ato em frente à prefeitura da cidade na manhã desta sexta-feira (19). Eles reivindicaram a proposta apresentada pela prefeitura de 5% de reajuste salarial. Lideranças de sindicatos dos servidores se reuniram com representantes da prefeitura para apresentar a proposta de 14,13% de reajuste salarial, o aumento do valor do ticket-alimentação de R$10 para R$ 18,84 e melhores condições de trabalho.