A migração do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto do PDT para o PSB do governador Eduardo Campos deverá ser tratada entre o pedetista e os líderes da sigla em breve. O assunto que foi anunciado por Lyra publicamente há alguns meses é uma decisão política para ‘solidarizar’ com o Campos.

Mesmo visto de forma lamentável pelos correligionários como o deputado federal Paulo Rubem, a escolha do vice-governador não tem volta. “A decisão está tomada. Agora estamos aguardando o melhor momento sem turbulências, sem causar nenhum transtorno para ninguém. É uma opção política prestando solidariedade ao governador Eduardo Campos. Não tem nada contra ninguém, tem a favor de uma causa. Então, com certeza eu ficarei muito mais confortável e muito mais a vontade para trabalhar é no PSB. É no partido do governador”, declara Lyra.

O vice-governador mostra segurança em relação ao futuro do próximo ano e ressaltou que esperará a atitude do governador. “Ele disse que vai decidir isso no final de dezembro ou início de janeiro junto com o seu partido. Então, nós temos muito tempo aí, mas a decisão está tomada. Eu tenho até setembro que é o prazo legal e daqui para lá, nós vamos escolher o melhor momento”, expôs.

Sobre o comunicado oficial entre João Lyra e os líderes do PDT, ele afirmou que fará apenas no momento oportuno. “Já conversei com algumas lideranças do partido como o senador Cristovam Buarque. Já conversei com outras lideranças do partido a nível estadual e a nível nacional e antes de anunciar o dia com certeza eu vou conversar com o presidente nacional do partido e com o presidente estadual, José Queiroz”, prometeu. 

Lyra ratificou a decisão e soltou que é preciso maturidade para entender sua postura neste momento. “Essa minha decisão não é contra ninguém é por uma causa e as pessoas têm que ter maturidade para entender isso, faz parte da política e eu fico mais confortável assim”, justificou.

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CARUARU (PE) - Mesmo com a reprovação da PEC 37, os manifestantes de Caruaru resolveram continuar o protesto “Não é só pelos 20 centavos” e resolveram ocupar as principais vias do Centro da cidade no fim da tarde desta quarta (26), na hora do jogo Brasil x Uruguai, pela Copa das Confederações. O grupo foi menor que no último sábado (22) quando mais de 5 mil pessoas foram as ruas. Cerca de 500 jovens, em grande maioria, compareceram no manifesto, segundo informações dos mobilizadores.

A manifestação começou um pouco mais tarde que o combinado, por volta das 17h, e fechou as vias da Avenida Agamenom Magalhães, uma das principais avenidas da cidade, que liga o Centro ao bairro Maurício de Nassau. Dessa vez, o foco do protesto são causas locais, como o Plano de Cargos e Carreiras dos servidores da educação. Os manifestantes chegaram até a Praça do Edifício Gisele, no bairro Maurício de Nassau, onde mora o prefeito José Queiroz e gritaram por atenção.

Logo pela manhã, o prefeito realizou uma reunião com o secretariado e decidiu que a cidade já estava atendendo as reivindicações nacionais como o veto do aumento da passagem no transporte coletivo, planos de mobilidade urbana como o BRT, que prevê o Corredor de Transporte Rápido em Caruaru. Nesta quinta-feira (27), José Queiroz irá realizar uma coletiva com a imprensa, às 10h, para esclarecer as pautas de reivindicações. Os manifestantes disseram que iriam entregar um ofício com as bandeiras de luta e aguardam negociação. “Nossa intenção é resolver, por isso nos mobilizamos”, disse um dos manifestantes.

Considerada como um polo comercial em virtude da fabricação e venda de roupas que atraem revendedores e compradores de vários lugares, a cidade de Caruaru, Agreste pernambucano, localizada a cerca de 130km do Recife, não possui duas importantes Secretarias: Cultura e Turismo. O município chamado também da ‘Capital do Forró’, que atrai visitantes de vários partes do Estado e do país, possui apenas uma Fundação de Cultura e Turismo. Segundo o prefeito José Queiroz (PDT), a situação deve ser resolvida em breve.

Durante entrevista cedida com exclusividade pelo chefe do executivo ao Portal LeiaJá, o pedetista afirmou que a uma Fundação de Cultura e Turismo funciona de forma harmônica com a administração da prefeitura, porém é subordinada. “A prefeitura é um organismo composto por secretarias mais as fundações, porém todas estão subordinadas ao nosso cronograma de governo, mas possuem autonomia no modelo operante e na parte administrativa, havendo absoluta harmonia entre os seus chefes”, explicou o administrador municipal.

Apesar da autonomia existente em cada órgão, o prefeito explicou que na hora das decisões como a organização do São João, por exemplo, o presidente da fundação apresenta o plano, e as diretrizes são traçadas junto ao gestor do executivo municipal. Caso algo seja incompatível, fazem a adequação das propostas para alcançar as ações metas.

Questionado de onde vem as verbas para a existência da fundação, já que faz parte da administração indireta, o prefeito disse que provém da prefeitura. “A prefeitura é quem transfere os recursos, mas em eventos como o São João e a Semana Santa há a captação recursos através de patrocínios e aí, o tesouro municipal participa e completa no que for necessário”, declarou.

José Queiroz também foi indagado sobre o motivo da cidade não possuir as Secretarias de Cultura e de Turismo, considerando ser um dos lugares pernambucanos que recebe muitos turistas atraídos pelo polo comercial e principalmente na festa junina. “A fundação foi concedida em 1983 quando fui prefeito pela primeira vez, para que fosse uma ferramenta de maior obtenção de recursos estaduais e federais. E na verdade, cumpriu eficientemente essa parte”, explicou.

O prefeito também disse que a criação de ambas as secretarias foi cobrada por eleitores, desde a campanha eleitoral e que vai ser colocar em prática. “Na pauta social apresentada em campanha teve a sugestão da separação das pastas, tendo duas secretarias: uma de cultura e outra de eventos. No encaminhamento da reforma administrativa que iremos fazer, criaremos a Secretaria de Cultura e a de Turismo”, prometeu o pedetista.

Para funcionalidade das duas secretarias que deverão surgir em breve, Queiroz afirmou que enviará a proposta para â Câmara Municipal para aprovação este mês ou em maio e posteriormente extinguirá a Fundação de Cultura e Turismo. A ideia é que as novas pastas funcionem no mesmo lugar onde existe atualmente a fundação e que sejam separados os funcionários e nomeados dois secretários distintos.

O prefeito de Carurau, José Queiroz (PDT) vetou integralmente os projetos de Lei nº 6423 e 6424 que aumentavam os salários do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais. O reajuste aprovado no dia 11 de dezembro pela câmara gerou protesto e confusão na população local e o prefeito reeleito decidiu, nesta terça-feira (18), data da diplomação, não autorizar o aumento.

Em nota divulgada à impensa José Queiroz declarou que até o momento de sua diplomação o projeto de lei não foi enviado para o seu gabinete e decidiou vetar o subsídio. Depois da decisão do prefeito, os vereadores ainda irão se reunir e analisar se acatam ou não o veto do prefeito. Os parlamentares ainda poderão aprovar o aumento mesmo não sendo autorizado pelo executivo municipal.

No texto do projeto foi aprovado pelos parlamentares um aumento no salário de prefeito de R$ 16 mil para R$ 22 mil, vice-prefeito de R$ 8 mil para R$ 12,5 mil. Os vereadores deixariam de receber R$ 9 mil e passariam a ganhar R$ 12 mil e os secretários sairiam de R$ 9 mil para R$ 11 mil.     

Confira a nota digulgada pelo prefeito José Queiroz:

Desde o dia onze de dezembro, quando a Câmara de Vereadores aprovou os reajustes dos subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, tenho aguardado a chegada dos projetos para conhecer o texto e pronunciar-me.

Como até o dia de ontem, inexplicavelmente, o presidente da Câmara Municipal não havia remetido os projetos, decidi que hoje, dezoito de dezembro, data da minha diplomação, anunciaria a minha decisão.

Assim, comunico que, em nome do interesse público, irei VETAR INTEGRALMENTE os Projetos de Lei nº 6423 e 6424.

Caruaru, 18 de dezembro de 2012.

José Queiroz

Prefeito

Os três candidatos à prefeitura de Caruaru, localizada a cerca de 130 km da capital pernambucana, Miriam Lacerda (DEM), Fábio José (PSOL) e José Queiroz (PDT) participaram na noite desta terça-feira (25) do debate realizado na TV Jornal de Caruaru. O programa teve quatro blocos e durou mais de uma hora.

O debate, que foi o primeiro realizado por uma emissora de TV no município, iniciou com uma pergunta para todos os candidatos: “Por que quero ser prefeito de Caruaru?” Cada prefeiturável apresentou suas propostas em 30 segundos. Ainda no primeiro bloco, os postulantes foram questionados entre si e apresentaram propostas para as áreas de segurança, cultura, educação, esporte e ação social.

No segundo bloco os postulantes responderam indagações dos telespectadores e aproveitaram para criticar seus oponentes. Fábio José expôs uma proposta sobre a criação de uma cooperativa de catadores de lixo e perguntou o que Queiroz achava. O candidato do PDT disse que poderia aproveitar a ideia e usou o resto do tempo para alfinetar sua principal adversária, Miriam. “Ela só vê defeito e nenhuma virtude”, disse. Na réplica, Fábio pediu que o oponente se limitasse a responder suas perguntas sem desviar do assunto.

Outro questionamento feito foi sobre a mobilidade em Caruaru. Fábio José disse que pretende melhorar o transporte público, implantar ciclovias e construir viadutos subterrâneos. O atual prefeito e postulante à reeleição, José Queiroz, rebateu a ideia de Fábio. “O solo de Caruaru é rochoso e inviabiliza a construção”, explicou. Na tréplica o oponente rebateu a crítica. “Mesmo com o solo rochoso temos a Serra da Surra. Quando se tem vontade política e amor, as coisas são feitas”, se defendeu José.

Apesar de ter sido tranquilo, o clima do debate esquentou quando Miriam Lacerda afirmou que Queiroz estava nervoso e em vez de responder as perguntas de Fábio José, ficava falando dela. Em reposta, José Queiroz falou que a candidata fala as coisas sem saber, e que a culpa era da sua assessoria e acrescentou ainda: “Eu tenho muito respeito por Miriam e cumpro a lei Maria da Penha, porque se não, falaria outras coisas”, ameaçou.

O atual prefeito foi indagado por um jornalista se o crescimento de sua campanha é fruto de apoio político e ele confirmou que sim. “No guia tivemos a oportunidade de mostrar o que fizemos em três anos e meio com uma administração dinâmica e quando contamos com a força de Eduardo Campos e Dilma claro que esses fatores somados causam um sentimento de euforia e otimismo”, reconhece Queiroz que disse também lamentar o não apoio do vice-governador e ex-prefeito da cidade, João Lyra Neto. No último bloco todos os postulantes fizeram as considerações finais com um minuto de duração.

Nem mesmo o apoio do governador Eduardo Campos (PSB) a reeleição do prefeito de Caruru, José Queiroz (PDT) motivou o vice-governador João Lyra (PDT) a caminhar com o seu correligionário nas eleições deste ano. A relação entre o prefeito, o vice-governador e sua filha, a deputada e secretária da Criança e Juventude Raquel Lyra, que era cotada a disputar o cargo Executivo de Caruaru, azedou. 

Isto porque os gestores já vinham demonstrando desalinhamento e este final de semana João Lyra e Raquel Lyra publicaram nos jornais do Recife uma “carta aberta” em que afirmam que não participarão da campanha eleitoral do município este ano. Contudo, eles frisam que seus votos serão da Frente Popular.

O motivo pelo qual o prefeito não correspondeu às expectativas do vice-governador e de sua filha, segundo explicam no texto, foi “afastamento sistemático” da família de João Lyra das questões administrativas e políticas de Caruaru. De acordo com o texto, foram feitas várias tentativas por de  João Lyra e Raquel Lyra para “contornar” a situação, tanto diretamente quanto através de interlocutores, porém sem sucesso.