Contra a 'boiada' já anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Partido Verde de Pernambuco repudiou a intenção do Governo Bolsonaro em explorar petróleo e gás natural próximo ao destino paradisíaco de Fernando de Noronha. Além do desmonte aos órgãos fiscalizadores, como ICMBio e Ibama, o secretário de Infraestrutura de Paulista, Jorge Carreiro (PV), ressaltou a importância da preservação para o equilíbrio ambiental.
O desejo do Governo Federal é explorar as bacias Potiguar, no território do Rio Grande do Norte e Ceará. Contudo, a área fica próxima ao território pernambucano de Fernando de Noronha, que conta com 21 ilhas e é considerado um Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.
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A crise do óleo cru que afetou o litoral nordestino em 2019 mostrou o potencial destrutivo da extração indiscriminada do material. Ter esse risco ao lado do parque nacional marinho, classificado como um santuário ecológico, foi criticado por Carreiro. "Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial", afirmou em nota.
Carreiro ressalta que a sociedade não acata a perseguição ao meio ambiente e aos órgãos de proteção ambiental. "A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo [...] Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas", concluiu.
Confira a nota na íntegra:
"O PV Pernambuco repudia as ofertas do governo federal para exploração de petróleo e gás natural nas bacias Potiguar (RN e CE), próxima ao parque nacional marinho de Fernando de Noronha, território pernambucano. Mesmo não sendo feito um estudo ambiental na região, conforme declarou o ICMBio e o Ibama, Noronha se trata de um santuário ecológico, composto por 21 ilhas, protegido por lei, além de ser Patrimônio Mundial Natural da Humanidade, dada a diversidade da fauna, da flora e a fragilidade do ecossistema diante da ação humana. Permitir um leilão de petróleo próximo ao arquipélago, além de predatório, trata-se da legalização da destruição de um dos mais importantes parques marinhos não só brasileiro como mundial.
A sociedade brasileira não aceita a perseguição ao meio ambiente e o desmonte dos órgãos de proteção ambiental, a exemplo do que vem acontecendo com o Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade (ICMBio), criado desde 2007. A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são os únicos caminhos para reverter as mudanças climáticas, a exemplo das tempestades que destroem tudo – como a tragédia de Brumadinho e as recentes chuvas que não só devastaram, mas desabrigaram e destruíram comunidades nas regiões Sul e Sudeste do país. Se não lutarmos pelo equilíbrio ambiental logo virão, também, secas extremas. É dever do Estado Brasileiro promover a preservação do nosso ecossistema."