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A Justiça norte-americana determinou nesta sexta-feira (16) que a Casa Branca restitua imediatamente a credencial de imprensa ao jornalista Jim Acosta, da rede de televisão norte-americana "CNN".

O juiz federal Timothy J. Kelly, que foi indicado por Trump, não julgou o mérito do caso, mas concedeu medida liminar baseado na acusação de que a primeira e a quinta emendas da Constituição do país foram violadas pela ordem da presidência. A CNN alga que não foi respeitado o direito ao devido processo legal a Acosta antes de ter sua credencial cassada. Kelly afirmou que a empresa de comunicação deve vencer a causa, mas deixou aberta a possibilidade de a Casa Branca entrar com processo pedindo a cassação da permissão de Acosta. A CNN foi apoiada por empresas concorrentes, como a Fox News, no processo, depois que Trump ameaçou aplicar a mesma punição a outros profissionais.

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O mandatário e Acosta discutiram durante uma coletiva de imprensa no último dia 7, um dia após o Partido Republicano ter perdido o controle da Câmara dos Representantes para os democratas.

Acosta questionara se Trump havia "demonizado" os migrantes que rumam em caravana para a fronteira entre México e EUA. O presidente respondeu acusando o jornalista de ser um "inimigo do povo" e o chamando de "grosseiro" por ter insistido em fazer perguntas.

Em seguida, Acosta teve sua credencial revogada pela Casa Branca, que o acusou de "pôr as mãos" em uma estagiária que controlava o acesso ao microfone na entrevista. Após saber da liminar, Acosta não preferiu não almentar a polêmica: "de volta ao trabalho", disse, sem se aprofundar. 

Da Ansa

A Fox News afirmou nesta quarta-feira que irá se unir à concorrente CNN em sua batalha legal para restaurar o acesso do repórter Jim Acosta à Casa Branca, alegando que as credenciais de imprensa "jamais deveriam ser usadas como armas".

A Fox, que geralmente é elogiada pelo presidente americano Donald Trump, disse que a revogação da credencial do repórter da CNN levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa.

"A Fox News apoia a CNN em seu esforço legal para recuperar a credencial de imprensa de seu repórter na Casa Branca", afirma o presidente do canal de notícias Jay Wallace em um comunicado.

"Pretendemos apresentar um amicus brief com o Tribunal Distrital dos Estados Unidos. As credenciais do Serviço Secreto para que os jornalistas possam trabalhar na Casa Branca nunca deveriam ser usados como armas. Embora não toleremos o crescente antagonismo entre o presidente e a imprensa nos recentes encontros com os meios de comunicação, nós apoiamos uma imprensa livre, acesso e abertura de trocas com o povo americano ".

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) considerou a suspensão da credencial do jornalista da CNN, Jim Acosta, pela Casa Branca, um ato de "censura" totalmente contrário à liberdade de imprensa. "É uma medida desproporcional da Casa Branca e nos preocupa que, diante de perguntas incômodas, esse tipo de reação se torne uma regra para o governo americano", afirmou em nota emitida nesta quinta-feira (8) María Elvira Domínguez, presidente da SIP.

Na quarta-feira (7) a Casa Branca suspendeu a credencial de Acosta depois que ele protagonizou uma intensa discussão com o presidente americano, Donald Trump, durante uma entrevista coletiva um dia após a eleição de meio de mandato.

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Acosta perguntou a Trump duas vezes se ele havia "demonizado" a caravana de imigrantes que segue do México em direção a fronteira dos EUA. Trump não gostou da pergunta e, após duas respostas, pediu a Acosta que deixasse outro jornalista perguntar.

Acosta continuou, e o presidente reagiu: "Honestamente, acho que você deveria me deixar dirigir o país. Você dirige a CNN e, se fizesse isso bem, sua audiência seria mais alta", disse. O jornalista da CNN rejeitou entregar o microfone e se sentar.

Uma estagiária tentou tirar o microfone das mãos de Acosta, mas ele continuou segurando. "Já chega. Abaixe o microfone", ordenou o presidente Trump. "A CNN deveria se envergonhar de ter você trabalhando, você é grosseiro e uma pessoa horrível", disse Trump. Acosta entregou o microfone e se sentou.

"O presidente Trump acredita na liberdade de imprensa e espera que façam perguntas difíceis para ele e para seu governo. No entanto, nunca vamos tolerar um jornalista que ponha as mãos em cima de uma mulher jovem que simplesmente tenta fazer seu trabalho como estagiária na Casa Branca", declarou a porta-voz da presidência, Sarah Sanders, com relação ao momento em que Acosta confrontou a funcionária que tentou tirar o microfone das suas mãos.

Uma associação que representa os jornalistas que cobrem a Casa Branca considerou "inaceitável" a medida de restrição tomada. (Com agências internacionais)

A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (7) a suspensão da credencial do jornalista da CNN Jim Acosta, depois que este teve uma intensa discussão com o presidente americano, Donald Trump, durante uma coletiva de imprensa.

"O presidente Trump acredita na liberdade de imprensa e espera que façam perguntas difíceis a ele e a seu governo. No entanto, nunca vamos tolerar um jornalista que ponha as mãos em cima de uma mulher jovem que simplesmente tenta fazer seu trabalho como estagiária na Casa Branca", declarou em um comunicado a porta-voz da Presidência, Sarah Sanders, com relação ao momento em que Acosta confrontou a funcionária porque não queria soltar o microfone.

Uma associação que representa os jornalistas que cobrem a Casa Branca considerou inaceitável a medida tomada pelo Executivo americano.

"A Associação de Correspondentes da Casa Branca se opõe fortemente à decisão da administração Trump de usar credenciais de segurança do serviço secreto dos Estados Unidos como uma ferramenta para punir um repórter com quem tem um relacionamento difícil", reagiu o grupo em um comunicado.

"Exortamos a Casa Branca a reverter imediatamente esta ação frágil e equivocada", acrescentou. A coletiva na qual ocorreu o incidente se deu um dia depois das eleições legislativas de meio de mandato nos Estados Unidos.

Trump reagiu a uma pergunta da CNN sobre o tema da caravana de migrantes que avança para a fronteira dos Estados Unidos, originária da América Central.

Quando Acosta perguntou ao presidente se ele havia "demonizado os migrantes" durante a campanha para as eleições, Trump respondeu: "Não, quero que entrem no país. Mas têm que entrar legalmente".

Acosta insistiu: "Estão a centenas de milhas de distância. Isso não é uma invasão", disse, usando a palavra com qual que Trump havia definido o fluxo de migrantes.

Trump reagiu de modo contundente. "Honestamente, acho que você deveria me deixar dirigir o país. Você dirige a CNN, e se fizesse isso bem, sua audiência seria mais alta", disse Trump.

Irritado com Acosta, disse: "Já chega, abaixe o microfone", e se afastou do púlpito.

O jornalista da CNN se recusou a cumprir a ordem de entregar o microfone e se sentar, e continuou fazendo perguntas.

"A CNN deveria se envergonhar de ter você trabalhando para eles, você é grosseiro e uma pessoa horrível", disse o presidente.

Antes da pergunta seguinte, o jornalista da NBC Peter Alexander defendeu Acosta dizendo que era um "repórter diligente", e que isso despertou a ira de Trump.

"Tampouco sou seu fã. Para ser honesto, você não é o melhor", disse o presidente a Alexander. Trump voltou a se dirigir a Acosta. "Quando você informa notícias falsas, o que a CNN faz muito, você é inimigo do povo", afirmou.

Durante a coletiva, Trump também silenciou outra jornalista da CNN, April Ryan, quando ela tentava lhe fazer uma pergunta sem microfone.

Em um comunicado, a CNN considerou que "os ataques deste presidente à imprensa foram longe demais". "Não são apenas perigosos, são preocupantemente antiamericanos", afirmou a emissora, que expressou seu apoio a Acosta e a "jornalistas de todos os lados".

Após os embates com os representantes de emissoras de televisão, o presidente acusou uma jornalista negra de ser "racista" por ter sido interrogado sobre sua retórica "nacionalista" que estimulou supremacistas brancos.

"Tenho uma cobertura (da mídia) muito incorreta", disse Trump. "Eu poderia fazer algo fantástico, e eles (os jornalistas) fariam algo ruim", queixou-se.

Ao fim da coletiva de quase uma hora e meia, Trump disse que esperava que "o tom possa melhorar (com a imprensa), mas isso começa com a mídia".

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