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O Sítio Histórico de Olinda recebeu várias manifestações culturais neste sábado (12), dia que o município completa 481 anos. Conhecida pela sua pluralidade de manifestações populares e pela riqueza da religiosidade, a cidade contou com uma programação extensa e recheada dança música e alegria, com a presença de vários artistas locais.

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No final da tarde, dando início as comemorações do aniversário da cidade, o maestro Israel França regeu a Orquestra Clássica de Olinda e ao fim da cerimônia oficial, ele se apresentou com o seu grupo, a Orquestra do Alto da Mina. A programação do aniversário da cidade, no Palácio dos Governadores, sede da Prefeitura de Olinda, também incluiu a oficialização da 'Casa do Pai Edu' como Patrimônio Imaterial.

“Há mais de um ano iniciamos o processo de tombamento e agora estamos entregando, oficialmente, o documento que atesta o Palácio de Yemanjá, conhecido como Casa de Pai Edu, como Patrimônio Imaterial. Esse ato é de extrema importância e atesta que nos preocupamos com o respeito às diferenças e a religiosidade de cada um”, discursou o prefeito Renildo.

A Casa que completa 60 anos, hoje é representada por Juliana Barbosa, filha do Pai Edu. Para ela, a conquista do título é muito importante não só para a cidade, mas para a religião. “Obter esse reconhecimento é um renascimento. Hoje, particularmente, me sinto como uma Fênix, porque renasci das cinzas, após tantas lutas e acontecimentos”, falou.

Após a solenidade e a apresentação, chegou a hora do bolo, um dos momentos mais aguardados pela população presente. Com 481 quilos, que representa os anos da cidade, o bolo para ser produzido contou com o trabalho de seis pessoas, que trabalharam durante mais de 24 horas. Segundo um dos pasteleiros, João Galdino Pessoa, foram necessários 100 quilos de trigo, 40 quilos de manteiga, 75 de açúcar, 50 litros de leite e 700 avos.

Para João Galdino, o mais difícil foi fazer a cobertura. Já para a dona de casa Adriana Monteiro saborear é bem fácil. “Sempre venho para os festejos do aniversário da cidade. E não perco por nada. Sou uma das primeiras da fila para pegar o bolo”, disse a olindense. “Além disso, gosto muito dos blocos e das apresentações”, finalizou.

A festa se estende por grande parte da cidade de Olinda. Durante a noite haverá apresentações dos maracatus, caboclinhos e várias representações culturais. O público ainda vai conferir shows dos Mestres do Coco de Pernambuco e a participação dos Mestres do Coco do Amaro Branco (Dona Glorinha, Mestra Ana Lúcia, Lú do Pneu e Mestre Juarez), seguido pelos grupo A Cocada e Coco Raízes de Arcoverde. Por último sobe ao palco o Afoxé Ylê de Egbá e a banda Combo X.

Um encontro inusitado vai promover o Duelo da Rabeca com o Violino, "Uma peleja de amor à música!", no dia 1º de dezembro. A mistura de sons promove um espetáculo de música armorial que leva ao palco o erudito e o popular. Os mestres Maciel Salú e Israel de França comandam a apresentação. O projeto é uma homenagem à Ariano Suassuna e dedicado ao jornalista e amigo in memoriam Carlos Augusto Percol.

O espetáculo já passou pelas cidades de Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Belém e só agora chega à capital pernambucana. "Passamos o recado. Entre o erudito e o popular não existe distância, apenas infinitas e ricas possibilidades. Estamos todos muito felizes", contou Maria Paula Costa Rêgo, que além de participar como bailarina, assina a direção artística do espetáculo. O figurino é de Andréa Monteiro e iluminação de Jathyles Miranda. 

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Entre as músicas clássicas executadas está 'A Primavera das Quatro Estações', de Vivaldi, que ganha uma nova roupagem com a introdução do som da Rabeca. A troca entre os dois instrumentos acontece também em composições populares que serão tocadas com a inclusão do Violino. A participação dos multi-instrumentistas Rodrigo Samico, Rogê Victor e Emerson Santana fortalece o espetáculo e o resultado é uma apresentação armorial sensível, de alta qualidade e repleta de pernambucanidade.

Além do espetáculo, o projeto contempla uma contrapartida social: uma aula conduzida pelo Mestre Maciel Salú e pelo Maestro Israel de França em instituições que estimulam a arte para crianças, jovens e adultos. Para a idealizadora do projeto, a produtora cultural Margot Rodrigues, esse é um momento único para mostrar como dois instrumentos podem mudar uma vida para melhor e para sempre.

Em cada cidade os músicos fazem aula espetáculo para alunos de entidades e instituições de projetos sociais de música, escolas públicas e também aberta ao público. Durante a atividade os mestres contam suas trajetórias de vida. Maciel Salú pertencente ao clã da Família Salustiano, desde bebê acompanhava o pai Mestre Salustiano nos shows e muitas vezes sua mamadeira era aquecida na bateria do carro. Já o maestro Israel França, um dia, quando criança e corria com o seu violino pelas ruas do Recife, a polícia o prendeu acusado de roubo. Na delegacia, para provar que o instrumento era seu, tocou Jesus Alegria dos Homens composição de Johann Sebastian Bach.

Serviço

O Duelo da Rabeca com o Violino –Uma peleja de amor à música!

Recife

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio, Recife)

1° dezembro - Espetáculo | 20h

Acesso gratuito

Nesta quinta (26), o Paço do Frevo apresenta a Banda Novo Século, às 18h30, em mais uma edição da Quinta no Paço. Na sexta-feira (27), às 12h, a Hora do Frevo, espaço dedicado à música instrumental, recebe o violinista Israel França.

Com mais de dez anos de estrada, a Banda Novo Século mostra que o Frevo vai além do Recife e ganha vida em todas as regiões do Estado. Originária de Santa Cruz do Capibaribe, a banda nasceu de uma melhoria técnica e performática dos naipes de metais e palhetas da filarmônica Sociedade Musical Novo Século e ganhou uma formação específica para o Frevo com 15 músicos. No repertório, frevos de Capiba, Maestro Duda (padrinho da banda) e músicas autorais que aparecem no primeiro disco da banda, em fase de produção, Do Pano ao Frevo. A banda é um ícone da tradição das bandas musicais do interior do Pernambuco. Para dar continuidade ao trabalho, os músicos mantêm turmas de formação musical para crianças em sua sede.

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Em apresentação especial para o Paço do Frevo, Israel França mescla a erudição do violino ao frevo, um ritmo criado nas ruas, repetindo o sucesso já apresentado no Galo da Madrugada. Israel é violinista e maestro da Orquestra Ciudad de Grandana e da Orquestra Sinfonieeta de Pernambuco. Ele teve sua vida transformada graças à música. Nascido na periferia de Olinda, aos 13 anos, iniciou os estudos de música na Banda Sinfônica Juvenil de Pernambuco. Dois anos depois, já era violinista da Orquestra Sinfônica do Recife; mas foi na Europa que Israel aprofundou os estudos. Passou por escolas em Portugal e na Inglaterra até tornar-se maestro na Espanha.

Um dos objetivos do Paço do Frevo é difundir e estimular a produção musical do ritmo patrimônio da humanidade. O desafio é incentivar o público a consumir o ritmo não apenas no Carnaval.

Arrastão do Frevo 

Todo último domingo do mês, o Paço do Frevo extrapola as paredes do edifício histórico na Praça do Arsenal, Bairro do Recife, e ganha as ruas com o Arrastão do Frevo.  Neste domingo (29), o Arrastão conta com a presença do Clube Carnavalesco Misto Toureiros de Santo Antônio, comemorando cem anos de fundação. A concentração tem início às 15h, em frente ao Restaurante O Poeta, na avenida Rio Branco. Às 16h, tem início o desfile pelas ruas do Bairro do Recife.

Serviços

Quinta no Paço com a Banda Novo Século

Quinta (26) l 18h30

Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife, 3° andar)

R$ 6 e R$ 3

Hora do Frevo com Israel França

Sexta (27) l às 12h

Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife, Evoé Frevo Café, térreo)

Gratuita

Arrastão do Frevo com Clube Carnavalesco Misto Toureiros de Santo Antônio

Domingo (29) l 15h

Em frente ao Restaurante O Poeta (Av. Rio Branco, 243, Bairro do Recife)

O músico pernambucano, Israel França, que afirma ter sido espancado por policiais, na cidade espanhola de Granada, estava embriagado e com uma arma branca, segundo o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara Hermoso. De acordo com o diplomata, a polícia foi acionada após França, que estava "em estado de embriaguez", ter iniciado uma briga com um cliente num bar.

"A polícia solicitou ao sr. França sua identidade, mas ele se recusou a apresentá-la, insultando os agentes. Após sair do local, foi descoberto que ele possuía uma arma branca. A policia nega ter maltratado ao sr. França, mesmo ele tendo resistido à autoridade", disse o embaixador.

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O diplomata considera injusta a acusação de que o episódio tenha tido "motivações racistas". O músico é negro. "Há 22 anos o sr. França reside na Espanha sem problemas, estando perfeitamente integrado na sociedade espanhola e trabalhando como empregado municipal, sendo membro da Orquestra Ciudad de Granada", afirmou.

O embaixador disse que o músico tem recebido assistência consular e que a denúncia apresentada por ele será analisada pela Justiça. França é violinista e regente da Orquestra Ciudad de Granada. Ele afirma que na noite de 23 de dezembro estava com um amigo no bar e foi abordado por policiais. O músico diz ter sido levado para uma área deserta e espancado pelos oficiais.

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