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O governo da França vai expulsar qualquer pessoa que ameaçar a segurança interna e externa do país em nome do Islã ou não respeitar as tradições seculares do país, afirmou nesta quinta-feira (27) o ministro do Interior, Manuel Valls.

A França será "intransigente...e não vai hesitar em expulsar aqueles que afirmam seguir o Islã e representarem uma séria ameaça à ordem pública e, na condição de estrangeiros em nosso país, não respeitarem nossas leis e valores", disse ele durante a cerimônia de inauguração de uma mesquita em Estrasburgo, leste da França.

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As informações são da Dow Jones.

O governo do Paquistão ofereceu neste sábado uma recompensa de US$ 100 mil pela morte do diretor do filme contra o Islã produzido nos Estados Unidos e que espalhou protestos violentes em todo o mundo muçulmano.

"Anuncio que a pessoa que matar o homem que violou a santidade do profeta receberá o prêmio de US$ 100 mil", afirmou o ministro Federal, Ghulam Ahmed Bilour, que também convidou os membros do Taleban e Al-Qaeda a tomarem parte nessa "ação nobre". As informações são da Dow Jones.

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Um juiz norte-americano, Luis Lavin, se recusou nesta quinta-feira a ordenar ao YouTube, divisão do Google, a retirar o videoclipe de 14 minutos do filme "A Inocência dos Muçulmanos", que levou a violentos protestos em mais de 20 países que deixaram mais de 30 mortos desde a semana passada. O pedido foi feito por uma atriz norte-americana, Cindy Lee Garcia, que participou do filme e na quarta-feira entrou com uma ação judicial contra o possível produtor, o egípcio americano Nakoula Basseley Nakoula, que vive nos EUA. Ela afirma que está recebendo ameaças de morte por causa do filme e que Nakoula a enganou sobre o conteúdo do enredo antes da produção.

O juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles rechaçou o pedido da atriz, ao dizer que a terceira parte envolvida na questão, Nakoula, não recebeu uma cópia do pedido feito por ela. O juiz também citou uma lei federal americana que protege uma terceira parte em um pedido judicial. Nakoula está escondido.

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"Toda a minha vida foi alterada em todos os aspectos. Minha família está sendo ameaçada", disse a atriz. O YouTube não atendeu aos pedidos feitos por ela para a retirada do videoclipe do filme, embora tenha bloqueado a acesso ao conteúdo em vários países onde os governos fizeram o pedido, como Paquistão, Afeganistão, Indonésia, Líbia, Arábia e Egito.

O videoclipe do filme levou a protestos em mais de 20 países. Entre os 30 vítimas fatais, estão o embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, de 52 anos, morto no ataque de um multidão armada e enfurecida ao consulado dos EUA em Benghazi na noite de 11 de setembro. Outros três funcionários norte-americanos foram mortos na ocasião.

Cindy Lee Garcia afirma que não sabia que o filme seria ofensivo ao profeta Maomé e ao Islã quando recebeu o convite de Nakoula para interpretar um papel. No filme, Maomé é retratado como mulherengo, falso e molestador de crianças. Só a representação do rosto de Maomé, para os muçulmanos, já é considerada uma blasfêmia. A atriz afirma que o texto do filme não fazia nenhuma referência a Maomé ou à religião muçulmana e que os diálogos foram dublados após as filmagens. Ela achava que o filme era sobre a história de guerreiros do deserto no antigo Egito.

"Eu acho que é melhor tirar esse filme porque continuará a causar muitos problemas", disse a atriz. "Eu acredito que isso é degradante, desmoralizador".

Timothy Alger, advogado que representou o Google Inc. na audiência de hoje, disse que a empresa não pode ser responsabilizada pela negociação entre Cindy Garcia e os produtores do filme. Ele notou que a lei americana não determina que o videoclipe deva ser retirado do YouTube.

As informações são da Associated Press.

Os franceses estão divididos entre a liberdade de expressão e a condenação de um "excesso", após a publicação de caricaturas de Maomé por um jornal semanal satírico, em um contexto de violência no mundo provocado por um filme ofensivo ao Islã. Depois da distribuição do último número da Charlie Hebdo, a reação foi imediata, com medidas de segurança e apelos por calma.

Temendo manifestações, enquanto no restante do mundo o filme "A inocência dos muçulmanos" causou protestos mortais, as autoridades decidiram fechar suas embaixadas, escolas e instituições culturais na sexta-feira em doze países e proibiu protestos em Paris no sábado diante da representação diplomática americana.

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Já o reitor da Grande Mesquita de Paris, Boubakeur, anunciou para sexta-feira, o dia da grande oração semanal, "a leitura de uma mensagem de paz" nas mesquitas. Enquanto o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM, que representa essa religião nos órgãos públicos) pediu "para não ceder à provocação".

Na rua, a revista Charlie Hebdo, que publicou uma dúzia de desenhos retratando fundamentalistas muçulmanos e onde Maomé é representado duas vezes nu, teve seus exemplares esgotados em algumas bancas nesta quarta-feira, enquanto em outras, eles foram rasgados. As caricaturas suscitaram um acirrado debate na França sobre qual é o limite da liberdade de imprensa diante da responsabilidade.

Desde terça-feira, o governo socialista reitera que a liberdade de expressão é um "direito fundamental" (Manuel Valls, ministro do Interior), ao mesmo tempo que desaprova "qualquer excesso" (Jean-Marc Ayrault, primeiro-ministro) e "provocação" (Laurent Fabius, chefe da diplomacia).

O posicionamento foi "tímido", segundo o editorial do jornal La République des Pyrénées, e que permeia toda a sociedade em um país dedicado à liberdade de imprensa (adquirida em 1881), mas também "provavelmente um pouco paranoico", de acordo com a Nova República do Centro, outro jornal regional.

À direita, o ex-primeiro-ministro François Fillon defende "a liberdade de expressão e pensa que não devemos ceder um centímetro de terra nesse âmbito", mas seu ex-ministro Rama Yade denuncia "manchetes exageradas com o objetivo de provocação".

O mesmo debate toma conta das redes sociais. "Eu odeio a Charlie Hebdo, mas luto pela liberdade de expressão. Esta é uma República Democrática", escreveu um internauta no Twitter. "Existe a liberdade de expressão. Charlie Hebdo, você acabou de inventar a liberdade de ser estúpido!", respondeu um outro.

Na França, onde a separação entre Estado e Igreja data de 1905, o anticlericalismo e a veia cartunista são cultivados há mais um século, lembram os especialistas. "Podemos blasfemar o tanto quanto quisermos todas as religiões. No contexto atual, o que a Charlie Hebdo fez é provocativo, mas é sua função dizer que em um Estado laico e republicano temos o direito de zombar de tudo que é sagrado", considera o historiador da imprensa na Sorbonne, Patrick Eveno.

"Se começarmos a dizer, porque há 250 agitados que protestam em frente à embaixada dos Estados Unidos, que devemos adiar ou não publicar os desenhos, isso significa que são eles que fazem a lei França", argumentou o editor do jornal, o desenhista Charb.

Sim, mas, respondem os outros, "a liberdade de expressão encontra um limite na violência simbólica que inflige aos outros", ressalta o cientista político Philippe Braud.

A reprodução de caricaturas de Maomé em um jornal dinamarquês em 2005 desencadeou uma onda de fúria no mundo muçulmano e em novembro de 2011 a Charlie Hebdo foi vítima de um incêndio criminoso após a publicação de uma série rebatizada de "Sharia hebdo", com representações do profeta muçulmano.

Em seu editorial desta quarta-feira, o jornal Le Monde levanta a questão: "Fundamentalismo: devemos jogar lenha na fogueira?"

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O líder da organização xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, convocou manifestações em todo o país a partir de amanhã contra o filme anti-islâmico "A Inocência dos Muçulmanos", produzido nos EUA e que já causou protestos em 20 países islâmicos.

"Todo o mundo precisa ver sua fúria em suas faces, nos seus punhos e nos seus gritos", disse Nasrallah em discurso na televisão feito poucas horas após o papa Bento XVI deixar o país em visita histórica de três dias. "Todo o mundo deve saber que o profeta tem seguidores que não ficarão em silêncio diante da humilhação", acrescentou.

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Ele convocou manifestações em Beirute amanhã, na cidade de Tyre na quarta-feira, em Baalbek na sexta-feira, em Bint Jbeil no sábado e em Bekaa no domingo. Todas as regiões são de maioria xiita.

Nasrallah pediu ainda que os cidadãos do mundo islâmico demonstrem rejeição ao filme, o qual descreveu como "o pior ataque ao Islã, pior do que o livro Versos Satânicos de Salman Rushdie, do que a queima do Alcorão no Afeganistão e do que os cartazes publicados na mídia europeia".

"É preciso que se adotem resoluções nas principais instituições internacionais para proibir a difamação de religiões", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

Nakoula Basseley Nakoula, o suposto autor do filme anti-islâmico "Inocência dos Muçulmanos" que gerou protestos em todo o Oriente Médio, foi interrogado por oficiais federais de condicional numa delegacia de Los Angeles, mas não foi detido ou preso, informaram autoridades neste sábado (15).

Nakoula, de 55 anos, foi interrogado na cidade onde mora, Cerritos, informou o vice-xerife do condado de Los Angeles, Don Walker.

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Funcionários federais disseram que investigam as atividades de Nakoula, que foi condenado por crimes financeiros. Se o departamento de condicional determinar que ele violou os termos de sua liberdade vigiada, ele pode ser enviado de volta para a prisão.

Segundo Walker, Nakoula foi voluntariamente, num carro da polícia, até a delegacia. O vice-xerife declarou que não tem informações sobre o interrogatório ou quanto tempo ele durou. Segundo a emissora de televisão KNBC-TV, Nakoula esteve na delegacia na manhã deste sábado.

O departamento federal de condicional do distrito central da Califórnia em Los Angeles está revisando o caso de Nakoula, que foi condenado por fraude bancária e proibido de usar computadores ou a internet, como parte de sua sentença. A revisão tem como objetivo determinar se Nakoula violou os termos de seus cinco anos de liberdade condicional.

As informações são da Associated Press.

A atleta Wodjan Shahrkhani será uma das primeiras mulheres da Arábia Saudita a competir numa Olimpíada, mas não poderá usar o véu durante as lutas, já que a Federação Internacional de Judô (FIJ) proibiu a judoca de usá-lo. Shahrkhani compete na categoria acima de 78kg e estreia contra Melissa Mojica, de Porto Rico, 23ª colocada no ranking olímpico.

Após o sorteio das chaves do torneio da modalidade o presidente da FIJ Marius Vizer afirmou que a organização determinou que que Shahrkhani deveria competir "de acordo com os princípios e o espírito do judô". Outros dirigentes afirmaram ainda que havia uma preocupação com a segurança da atleta, já que o esporte inclui estrangulamentos e disputas de pegada que poderiam ser prejudicados pelo véu.

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Wodjan Shahrkhani e Sarah Attar, do atletismo são as únicas atletas que representam a Arábia Saudita nos Jogos. Ambas foram convidadas especiais do Comitê Olímpico Internacional (COI). Os líderes sauditas haviam permitido que as duas competissem nos Jogos com a condição de que usassem o véu.

Os partidos islâmicos consolidaram sua vitória nas eleições parlamentares no Egito, que têm diversas etapas, ganhando quase 70% das vagas disputadas até agora. O chefe da comissão eleitoral, Abdel-Moez Ibrahim, anunciou os resultados da segunda fase, da qual participaram nove províncias, com quase 7 milhões de eleitores.

Com base no anúncio feito hoje, a Irmandade Muçulmana afirmou que obteve cerca de 86 dos 180 assentos disputados nessa segunda fase, ou 47% do total. O Partido Al-Nour, braço político do movimento ultraconservador Salafismo, obteve cerca de 20% dos votos. Os resultados se assemelham ao observado na primeira fase das eleições, quando os dois partidos juntos ganharam quase 70% dos votos.

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Uma terceira fase das eleições será realizada entre os dias 3 e 4 de janeiro do ano que vem. As informações são da Associated Press.

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