A DSM fechou uma parceria com a brasileira Petropol Polímeros, de Mauá (SP), para produzir plástico de engenharia no Brasil, um dos componentes da indústria automotiva. Atualmente a empresa importa o produto para atender o mercado nacional.
Segundo o presidente da DSM para a América Latina, Antonio Ruy Freire, a estratégia global de expansão da empresa prevê parcerias ou aquisições em mercados emergentes, como o Brasil. Mas os novos investimentos anunciados recentemente pelas montadoras no País e a entrada em vigor do novo regime automotivo, o Inovar-Auto, que dá incentivos para carros com maior componente de nacionalização, motivaram a empresa a acelerar os planos de produção local.
##RECOMENDA##Só nos últimos dois meses, Audi, Volkswagen e Mercedes-Benz anunciaram construção ou ampliação de fábricas no Brasil. A intenção da DSM é participar do processo de concepção dos carros em conjunto com as montadoras, criando produtos específicos para elas.
A produção local aumentará nosso portfólio. Hoje vendemos plásticos para maçanetas, por exemplo. Vamos fazer produtos de mais alta tecnologia, como materiais que vão na tampa do motor, disse o vice-presidente da divisão de plásticos de engenharia da DSM, Andrea Serturini. A estimativa da empresa é que o mercado de plásticos de engenharia movimente entre US$ 350 milhões e US$ 450 milhões no Brasil e cresça a um ritmo de 10% a 15% ao ano.
Foco - A DSM desenvolve produtos para as áreas de saúde, nutrição e componentes para a indústria. Em todo mundo, a companhia faturou 9,1 bilhões no ano passado. Na América Latina, o faturamento da empresa é da ordem de US$ 1,1 bilhão - e cerca de metade dos negócios está no Brasil. Com a aquisição de duas empresas, em 2012, a DSM elevou de 240 para 1.300 seu quadro de trabalhadores no País.
A DSM assumiu as operações da brasileira Tortuga, de nutrição animal, e a subsidiária no País da americana Fortitech, de pré-misturas para indústria de alimentos, bebidas e farmacêutica. A companhia também ensaia sua entrada no ramo de biocombustíveis no Brasil. A empresa foi anunciada no ano passado como possível fornecedora de leveduras industriais para a GranBio, empresa criada pelo empresário Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, para produzir etanol celulósico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.