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As companhias aéreas devem voltar a lucrar globalmente em 2023, estima a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês). No ano que vem, as empresas devem somar lucros de US$ 4,7 bilhões. Trata-se do primeiro resultado positivo desde 2019, nível pré-covid, quando o setor reportou lucro líquido de US$ 26,4 bilhões.

"A retomada do setor é forte, com exceção do que acontece na China, mas no resto do mundo vemos uma recuperação contundente, embora abaixo dos níveis de 2019. O mercado doméstico já se recuperou", disse o diretor-geral da Iata, Willie Walsh, durante o evento anual Global Media Days, promovido em Genebra, na Suíça.

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Em 2023, a região da América do Norte deve puxar os lucros, com US$ 11,4 bilhões, seguida da Europa (US$ 600 milhões) e Oriente Médio (US$ 300 milhões). Já as empresas da América Latina devem liderar os prejuízos, com perdas somadas de US$ 800 milhões, seguidas de Ásia-Pacífico (US$ 300 milhões) e África (US$ 200 milhões).

"A retomada não é espraiada, mas tivemos muitas aéreas lucrativas navegando por essa crise. As empresas que continuaram lucrando foram aquelas que operam carga. O problema continua sendo liquidez, tivemos muita queima de caixa durante a pandemia, mas estamos melhorando e ainda há muito trabalho a ser feito, estamos indo na direção certa", observou Walsh.

A Iata estima receitas de US$ 727 bilhões das companhias aéreas globalmente, alta de 43,6% sobre 2021. Para 2023, as receitas das empresas devem somar US$ 779 bilhões, alta de 7,1% sobre este ano.

Para este ano, a Iata estima que as companhias aéreas ainda devem somar perdas de US$ 6,9 bilhões globalmente. O resultado representa uma melhora significativa em relação ao prejuízo de US$ 42 bilhões registrado no ano passado e de US$ 137,7 bilhões em 2020.

Neste ano, apenas a América do Norte deve lucrar, com resultado positivo de US$ 9,9 bilhões, enquanto as outras regiões devem ter prejuízo: Ásia-Pacífico (US$ 10 bilhões), Europa (US$ 3,1 bilhões), América Latina (US$ 2 bilhões), Oriente Médio (US$ 1,1 bilhão) e África (US$ 600 milhões).

Demanda

Apesar da forte retomada do setor de aviação, especialmente nos mercados domésticos, a demanda das companhias aéreas em 2023 ainda deve ficar abaixo do nível pré-pandemia. Segundo a Iata, a demanda medida em passageiro-quilômetro pago (RPK, no jargão do setor) no período deve ter queda de 14,5% sobre 2019.

Para este ano, a Iata estima queda da demanda de 29,4% sobre 2019. Já a oferta global em 2023, medida em assentos disponíveis por quilômetro (ASK), deve ficar 12,9% abaixo do patamar pré-covid. Para este ano, a estimativa para o indicador é de uma queda de 26,1% sobre 2019.

América Latina

A demanda na América Latina em 2022 deve ter uma retração de 12,6% sobre 2019. Já para o ano que vem, a Iata projeta queda de 4,4% do indicador na mesma base de comparação.

Já a oferta na região em 2022 deve apresentar um declínio de 11,4% sobre 2019, nível pré-covid. Para 2023, a queda sobre o patamar pré-pandemia ainda deve ser de 5,8%.

*A repórter viajou a convite da Iata

Embora reconheça o progresso da aviação brasileira nos últimos dez anos, o vice-presidente regional da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) para Américas, Peter Cerdá, afirma que as viagens aéreas ainda precisam se tornar mais acessíveis no País - o que, em sua visão, envolve principalmente a redução dos custos de combustível.

Segundo o dirigente, o brasileiro viaja pouco de avião, especialmente no mercado doméstico, onde as dimensões são continentais.

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"As concessões de aeroportos no Brasil estão indo para o lugar certo, trazendo boa qualidade de serviço, mas a média de viagens aéreas ainda é baixa. Temos de tornar as viagens mais acessíveis, os impostos sobre combustível ainda são altos", disse o dirigente em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), durante a assembleia e conferência anual do Conselho Internacional de Aeroportos América Latina e Caribe (Acilac, na sigla em inglês), promovido em Buenos Aires.

Segundo Cerdá, a Iata vem trabalhando com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e representantes do Congresso para o estabelecimento de políticas regulatórias que ajudem a "aviação a crescer".

Ele disse que, no Brasil, a média de viagens por habitante/ano é de 0,42. "É preciso ter mais oportunidades de conectividade."

Perspectivas

O executivo disse que a eleição de governos na América Latina com campanhas políticas baseadas em "reformas sociais" pode trazer como uma das consequências o aumento de impostos.

"Temos visto na região a eleição de governos mais de centro-esquerda, menos voltados para uma economia de mercado. Queremos ter certeza de que esses governos entendem o valor da aviação e do transporte aéreo para a retomada econômica, impor novas taxas seria contraditório a esse objetivo", disse Cerdá.

*A repórter viajou a convite da ACI

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo com a alta do preço do combustível dificultando sua recuperação financeira, o setor aéreo deve ter um 2022 um pouco melhor do que o esperado. As perdas da indústria neste ano devem ficar em US$ 9,7 bilhões, ainda por conta da pandemia de Covid-19, segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgados nesta segunda-feira (20).

Apesar de o resultado previsto para 2022 estar em patamar negativo, há uma melhora quando comparado com o valor que se projetava em outubro passado (perdas de US$ 11,6 bilhões) e com o registrado nos últimos dois anos - prejuízo de US$ 42,1 bilhões, em 2021, e de US$ 137,7 bilhões em 2020, o primeiro ano da pandemia.

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A entidade estima que 2023 deve, finalmente, ser o ano em que o setor como um todo voltará a registrar lucros. Nos Estados Unidos, porém, isso deve acontecer já em 2022, com US$ 8,8 bilhões; já na China, por causa da política de covid zero, só em 2024.

Entre os motivos para o otimismo no setor, estão a retomada da demanda que vem sendo verificada e os ganhos de eficiência das empresas, mesmo com a alta de 40% no preço do petróleo. Em países avançados, o baixo nível de desemprego também tem favorecido a retomada. Na América Latina, apesar de a economia ainda estar fraca, as companhias recuperaram o tráfego "de forma robusta", segundo a Iata. A demanda hoje está em 94,2% do nível pré-crise, abaixo apenas da verificada na América do Norte, de 95%.

*A REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA IATA

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) avalia ser improvável que o conflito entre Rússia e Ucrânia afete o crescimento no longo prazo do transporte aéreo no mundo. Em relatório divulgado ontem, a entidade afirmou ser "muito cedo para estimar quais serão as consequências de curto prazo para a aviação", mas disse ser "claro que existem riscos", principalmente nos mercados expostos ao conflito.

Segundo a Iata, os pontos sensíveis incluem a extensão geográfica do conflito, a gravidade e período de tempo das sanções e/ou fechamento de espaço aéreo. Esses impactos seriam sentidos mais severamente na Rússia, Ucrânia e áreas vizinhas. Antes da Covid-19, a Rússia era o 11.º maior mercado para os serviços de transporte aéreo em número de passageiros, incluindo seu mercado doméstico. A Ucrânia estava em 48.º lugar nesse ranking.

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A entidade alerta que o impacto nos custos das companhias aéreas em decorrência da flutuações nos preços da energia ou da mudança de rota de voos para evitar o espaço aéreo russo pode ter implicações mais amplas. Além disso, o relatório observa que a confiança do consumidor e a atividade econômica provavelmente serão afetadas mesmo fora do Leste Europeu.

No relatório, a Iata diz esperar que o número total de viajantes chegue a 4 bilhões em 2024, superando os níveis pré-covid.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que as companhias aéreas do Brasil deverão perder US$ 10,83 bilhões de receita em 2020 por causa da pandemia. A perda significa que a receita das empresas devem fechar 2020 com queda de 57% na comparação com o ano passado. Os números foram divulgados pela associação na manhã desta quinta-feira, 30, em teleconferência com jornalistas da região.

No fim de junho, a associação havia projetado perda de US$ 10,2 bilhões na região para o ano, ou 53% de recuo na receita na comparação com 2019. A cada relatório, a associação tem elevado as projeções de prejuízo para a região diante da ausência de suporte dos governos locais e restrições de voo.

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"A América Latina tem sido de longe a região com mais restrições no mundo", disse Peter Cerdá, vice-presidente da Iata para as Américas. A Iata disse ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá ter um impacto negativo de US$ 6,64 bilhões por causa da crise.

O dado leva em consideração o impacto geral na economia ao considerar também o segmento de turismo e sua ligação às aéreas. Em termos de emprego, a economia brasileira pode perder 318,5 mil postos de trabalho em 2020.

Para os Estados Unidos, a estimativa da associação é de perdas da ordem de US$ 137,1 bilhões no ano, ou uma receita 69% menor na comparação com 2019.

"Com as restrições, os impactos econômicos na região continuaram a mostrar tendência de crescimento. Não podemos suportar aviões no chão por muito tempo", disse ele.

A demanda aérea mundial (medida em número de passageiros por quilômetro voado, ou RPK) cresceu 5,5% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Esse desempenho corresponde a uma desaceleração frente a agosto, quando o indicador avançou 6,4% no comparativo anual, aponta a entidade.

Já a oferta de assentos (assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) aumentou 5,8% ante setembro de 2017. Com isso, houve redução de 0,3 ponto porcentual da taxa de ocupação entre os períodos, para 81,4% - a primeira em oito meses.

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"Estimamos que os impactos de severo furacão e da atividade de tufões em setembro tenha cortado 0,1 ou 0,2 ponto porcentual do crescimento esperado (para o tráfego). Entretanto, mesmo considerando esses efeitos, a demanda mensal teria ficado abaixo do ritmo de 6,7% no acumulado do ano", diz a Iata, em nota.

Para o diretor geral e CEO da entidade, Alexandre de Juniac, o tráfego aéreo mundial no último mês refletiu uma "perda de ímpeto antecipada" do estímulo à demanda via tarifas. "A elevação das incertezas sobre políticas comerciais e as políticas protecionistas também podem ter tido algum impacto", escreve de Juniac.

Na América Latina, a demanda aérea mostrou alta de 6,3% ante setembro de 2017, enquanto a capacidade subiu 8,3%, levando a uma queda de 1,5 p.p. da taxa de ocupação, para 80,3%.

Especificamente para o Brasil, a Iata reporta que o tráfego no mercado doméstico cresceu 3,5%, e a oferta, 6,0%, implicando redução da taxa de ocupação para 81,1%.

O setor aéreo registrou um aumento no número de passageiros brasileiros, mas o crescimento ocorre a uma taxa ainda inferior à expansão global. Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) apontam que, em 2016, o Brasil era o 11º maior responsável por viagens domésticas e internacionais. Em 2017, o País caiu para a 12ª posição, depois da Austrália.

De acordo com a entidade, que reúne as maiores empresas do setor, os brasileiros realizaram 72,9 milhões de viagens em 2016. Um ano depois, o número seguiu aumentando. Mas a uma taxa inferior aos demais países. Ao fim de 2017, 76,6 milhões de brasileiros tinham voado. O aumento de 5% é inferior ao aumento mundial, de 7,3%.

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Em 2016, a mesma Iata havia apontado que o Brasil tinha sido o único entre os sete maiores mercados aéreos do mundo que havia registrado uma queda no número de passageiros domésticos. No total, a contração de viagens domésticas há dois anos tinha sido de 5,5%.

Para 2017, a liderança mundial continua sendo dos americanos, que somaram 632 milhões de viagens aéreas em 2017, 18% de todos os passageiros no mundo. A China vem em segundo lugar, com 555 milhões de viagens. Juntos, americanos e chineses representam um terço dos passageiros do planeta.

Outro país em desenvolvimento, a Índia, aparece na terceira posição, mas com um volume bem abaixo dos dois principais países. Foram 161,5 milhões de passageiros em 2017, contra 147 milhões de britânicos e 114 milhões de alemães.

Viajantes

Em todo o mundo, o número de passageiros aéreos superou pela primeira vez a marca de 4 bilhões de pessoas. Na avaliação da entidade, uma economia global em boas condições em diversos mercados e passagens baratas contribuíram para o novo recorde. Além disso, a Iata estima que as conexões existentes entre 20 mil cidades - o dobro do que existia em 1995 - também contribuíram.

"Em 2000, uma pessoa em média fazia uma viagem de avião a cada 43 meses", disse Alexandre de Juniac, diretor da entidade. "Em 2017, essa taxa caiu para 22 meses. Nunca foi tão acessível voar", completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), representante de 290 companhias em120 países, incluindo o Brasil, recomendou cautela aos governos que estudam a privatização dos aeroportos ou a transferência por tempo determinado à iniciativa privada. A orientação foi aprovada na 74ª assembleia geral anual da instituição, em Sydney, na Austrália.

No guia para gestores públicos, divulgado durante a assembleia, a entidade aponta que os projetos de privatização ou concessão da infraestrutura aeroportuária devem considerar as questões de longo prazo e não os lucros imediatistas.

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Aproximadamente 14% dos aeroportos de todo o mundo têm ao menos uma parte de seus serviços administrados pela iniciativa privada. Segundo a Iata, os terminais com maior fluxo de passageiros e cargas são os que mais atraem os grupos privados. Para os autores do guia da associação, os governos devem procurar aumentar os benefícios sociais e econômicos da malha aérea, protegendo os interesses dos consumidores.

No Brasil, desde 2011, dez estados tiveram os aeroportos concedidos à empresas privadas: Guarulhos e Viracopos, São Paulo; Galeão, Rio de Janeiro; Confins, Minas Gerais; Brasília, Distrito Federal; Florianópolis, Santa Catarina; Fortaleza, Ceará; Porto Alegre; Rio Grande do Sul; Salvador, Bahia; São Gonçalo do Amarante, Rio Grande do Norte. Além disso, o governo pretende leiloar, em breve, 13 aeroportos das regiões norte, nordeste, sudeste e centro-oeste do país. 

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil afirmou, em nota, que o programa de concessões aeroportuárias está alinhado com os objetivos de ampliação da infraestrutura, eficiência na gestão e aumento do bem-estar dos passageiros. De acordo com a pasta, nos aeroportos já privatizados foram investidos mais de R$ 17 bilhões e estão previstos mais R$ 15 bilhões até o término do período de concessão que tem duração de 30 anos.

A demanda global por viagens aéreas cresceu 4,6% em janeiro de 2018 na comparação com o mesmo mês de 2017, informou nesta quinta-feira, 8, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Essa foi a menor expansão registrada no comparativo anual em quase quatro anos.

Segundo a associação, os resultados foram influenciados por fatores sazonais, incluindo o Ano Novo Chinês, comemorado mais tarde no Oriente em 2018, além de comparativos menos favoráveis diante da forte tendência de alta no tráfego observada no final de 2016 e início de 2017.

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Já a oferta global por viagens aéreas avançou 5,3% na comparação com o mesmo período de 2017. Assim, como a demanda cresceu em ritmo menor do que a oferta, a taxa de ocupação das aeronaves diminuiu e atingiu 79,6%, uma queda de 0,5 ponto porcentual (p.p.) na base anual.

"Apesar do início mais lento, o atual momento da economia global oferece respaldo para uma demanda crescente de passageiros em 2018. Dito isso, preocupações sobre uma possível guerra comercial envolvendo os Estados Unidos podem ter sério impacto na confiança do mercado global, respingando sobre a demanda por viagens no setor aéreo", diz, em nota, o diretor presidente e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

Internacional

No segmento internacional, a demanda global desacelerou de 6,1% em dezembro para 4,4% em janeiro, com todas as regiões registrando expansão. A oferta cresceu 5,3% no período - com isso, a taxa de ocupação recuou 0,7 ponto porcentual, para 79,6%.

Separando por regiões, a Iata destaca que o maior aumento na taxa de ocupação global em janeiro ocorreu na Europa, que atingiu 80,0%, uma alta de 0,9 p.p. na base anual, com a demanda avançando 6,4% e a oferta se expandindo em 5,1%. Por outro lado, a taxa de ocupação no Oriente Médio caiu 2,8 p.p., para 76,6% (com leve acréscimo de 0,8% na demanda e aumento de 4,5% da oferta).

Em janeiro, a maior taxa de ocupação foi registrada na América Latina, que atingiu 83,2%, uma queda de 0,1 p.p. na base anual. A menor taxa foi registrada na África, 70,3%.

Doméstico

No segmento doméstico global, a entidade informa que a demanda avançou 5,1% em janeiro ante um ano antes, enquanto a oferta cresceu 5,3% na base anual. Desta maneira, a taxa de ocupação doméstica global recuou 0,2 p.p., para 79,8%. Segundo a organização, todos os mercados apresentaram crescimento, com destaque para a Índia, que registrou o 41º mês consecutivo de crescimento de dois dígitos no tráfego de passageiros.

Quanto ao mercado brasileiro, a entidade ainda informa que a oferta doméstica aumentou 2,4% no primeiro mês do ano, o que gerou uma alta de 0,4 p.p. na taxa de ocupação mensal, para 84,7%.

O índice total de acidentes aéreos no mundo para cada um milhão de voos caiu de 1,79 em 2015 para 1,61 em 2016, uma retração de 10% entre os anos, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).

Segundo a entidade, foram registrados 65 acidentes no ano passado, número ligeiramente abaixo do verificado em 2015, quando ocorreram 68 eventos desse tipo - entre 2011 e 2015, foram registrados, em média, 81 acidentes.

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No entanto, a Iata destaca que o número de acidentes aéreos fatais aumentou, passando de quatro em 2015 para 10 em 2016 - as fatalidades também cresceram entre os anos, de 136 para 268. Na média de 2011 a 2015, foram 13,4 acidentes aéreos fatais e 371 mortes.

Os dados da associação englobam 265 companhias aéreas no mundo, representando cerca de 83% do tráfego aéreo global.

O Brasil é o único país latino que vai encerrar 2015 com redução na oferta de voos comerciais. Em dezembro, o País vai registrar uma queda de 3% no volume de passagens aéreas à venda no mercado, de acordo com projeções da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que consideram voos domésticos e internacionais. Essa é uma reação das empresas aéreas ao pior cenário macroeconômico para o setor nos últimos dez anos. Com o dólar alto e a economia em recessão, as empresas operam no vermelho e os investidores colocam em xeque a viabilidade financeira das companhias.

O Brasil responde por cerca de um terço do tráfego aéreo da América Latina, que fechará o ano com expansão de 5% da capacidade, segundo dados dos sete maiores mercados (veja ao lado). O maior crescimento será no México (13%), seguido de Colômbia (12%) e Chile (11%).

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No mercado brasileiro, o corte de oferta já começou. Em setembro, o volume de assentos oferecido caiu 1,74% em relação ao mesmo período de 2014, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por enquanto, a redução vem das líderes TAM e Gol, enquanto as duas empresas menores, a Azul e a Avianca, apenas desaceleram um movimento de expansão.

Nos próximos meses de 2015 e 2016, a retração deve ser ainda maior. A presidente da TAM, Claudia Sender, disse que até o fim de novembro terá implementado a redução de 10% na malha doméstica, anunciado em julho. "Vamos avaliar os próximos passos conforme tivermos mais clareza especialmente sobre o patamar de câmbio. Somos parte de um grupo multinacional (a Latam, com sede no Chile) e podemos transferir capacidade para mercados mais fortes", afirmou.

A Gol prevê corte de 2% a 4% na capacidade no segundo semestre deste ano. "Vivemos o pior cenário para aviação brasileira da história da Gol. A única alternativa gerenciável é reduzir oferta", disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, em entrevista no início do mês.

O Estado apurou que a Gol deverá ampliar esse movimento no ano que vem, com redução de frota. A companhia aluga entre três e quatro aviões por ano para empresas europeias durante o verão europeu, baixa temporada no Brasil. Ano que vem o número de aviões "alugados" deve ficar entre nove e 12.

Segundo estimativas do sócio da Bain&Company, André Castellini, há um excesso de oferta nos voos nacionais entre 15% e 20%. Outras duas fontes do setor estimam que há uma necessidade de retirada de "pelo menos 10%" do volume de assentos disponíveis nos voos domésticos para que as companhias possam operar com lucro.

Mudança. O movimento de redução de oferta em um mercado competitivo gera uma queda de braço entre as empresas. "Numa rota em que há excesso de oferta, TAM, Gol e Azul, por exemplo, têm um voo diário com prejuízo. A rota poderia ser rentável se uma delas saísse. Mas quem vai sair? Isso vai beneficiar quem fica", explica uma fonte do setor. "Mas, se ninguém quiser sair, todo mundo vai queimando caixa."

Desde 2012, a Gol e a TAM tentam recuperar sua rentabilidade parando de ampliar a frota e abandonando algumas rotas deficitárias. A Azul e a Avianca continuaram a trazer aviões para o País - a oferta delas cresceu 125% e 180% de setembro de 2011 para o mesmo mês deste ano, período em que as duas líderes cortaram juntas quase 15% dos seus assentos.

Com a crise econômica se agravando, a Azul e a Avianca já falam em mudar de estratégia. A Azul tem frota suficiente para ampliar em 15% sua oferta de passagens aéreas nacionais em dezembro, mas está voando menos e vai aumentar sua capacidade em apenas 3,9%, explica o presidente da Azul, Antonoaldo Neves. Em 2016, a previsão é de que o impacto na oferta varie de uma redução de 1% até uma alta de 3%. "Nossos jatos poderiam voar 12 ou 13 horas por dia, mas voam 10 horas. Não é eficiente. Podemos nos desfazer de aeronaves", disse. A empresa poderá antecipar a devolução de cerca de 15 aeronaves Embraer 190 que eram da Trip, empresa comprada por ela em 2012. Mesmo assim, ele diz que a empresa vai manter os planos de recebimentos de oito Airbus A320 no fim de 2016.

Já a Avianca deve expandir em 15% sua oferta este ano, segundo o presidente da empresa, José Efromovich. O motivo é que a companhia deu sequência ao seu plano de substituição dos seus Fokker 100, modelos com 100 assentos, por aviões Airbus 320, com 162 lugares. "Lamentavelmente esse plano nos coloca numa posição de expansão de oferta em um cenário de recessão", disse Efromovich. A empresa não tem projeções ainda para 2016. "Estamos vivendo uma incógnita política e econômica no Brasil que é ruim para a aviação comercial." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A demanda global por viagens aéreas cresceu 6,9% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que destacou que a taxa de aumento representa uma aceleração frente a abril, quando foi registrada uma alta de 5,7% frente igual período de 2014.

"Os resultados de maio confirmam que a demanda por conectividade permanece robusta, mas há possibilidade de nuvens de tempestade se formarem no horizonte", disse o diretor geral da Iata, Tony Tyler, em nota. De acordo com ele, a crise financeira na Grécia e a recente fraqueza no comércio regional na Ásia-Pacífico podem atenuar o desempenho desses mercados nos próximos meses.

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A maior expansão foi observada em maio na demanda internacional, que cresceu 7,1%, enquanto a oferta expandiu-se 6,7%, levando a taxa de ocupação das aeronaves nos voos entre diferente países a 78,4%. Já o tráfego doméstico aumentou 6,6% globalmente, enquanto a capacidade cresceu 6,2%, propiciando uma taxa de ocupação de 81%.

Nos mercados domésticos, as maiores taxas de aumento da demanda foram observadas na Índia (+18,2%) e na China (+18,2%), enquanto os piores desempenhos, entre os países destacados pela Iata, ficaram com o Brasil (+0,8%) e a Austrália (-1,3%).

No segmento internacional, mais uma vez chamou a atenção o desempenho das companhias aéreas do Oriente Médio, que registraram uma expansão do tráfego de 14% frente a maio de 2014, seguida das empresas da região Ásia-Pacífico, com alta de 9,4%. Já as empresas latino-americanas apresentaram um aumento de 7,4%. "Os volumes de comércio regional seguem melhorando, o que impulsionou os negócios relacionados as viagens internacionais, apesar da fraqueza na Argentina e no Brasil", disse a entidade.

A Iata representa cerca de 260 companhias aéreas, que respondem por 83% do tráfego aéreo global.

O ano de 2014 foi o mais seguro na história da aviação civil, apesar da morte de 641 pessoas, mais do que a média dos cinco anos anteriores, informou nesta segunda-feira (9), em Hong Kong, o diretor da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA).

O relatório da IATA não inclui os 298 mortos do avião Boeing 777 da Malaysia Airlines (voo MH17) derrubado em julho no leste da Ucrânia pelo fato de não ter sido um acidente.

Apesar do custo em vidas humanas de várias catástrofes, 2014 foi um dos anos mais seguros na história da aviação civil do ponto de vista da quantidade de acidentes, destacou Tony Tyler, diretor da IATA. Em 2014, a IATA registrou 12 acidentes mortais que envolveram aeronaves de todo tipo, um número abaixo da média anual de 19 registrada entre 2009 e 2013.

A taxa de acidentes em 2014 é "a mais baixa" da história da aviação, estabelecendo-se em 0,23 acidente por um milhão de voos, o que corresponde a um acidente por cada 4,4 milhões de voos. Em 2013, a taxa de acidentes foi de 0,41 por milhão, destacou o relatório da IATA apresentado por Tyler.

"Embora a questão da segurança aérea tenha estado na primeira página dos jornais durante boa parte do ano de 2014, viajar de avião é algo seguro", disse Tony Tyler, diretor da IATA. "Além disso seguimos trabalhando para que o transporte aéreo seja ainda mais seguro", acrescentou Tyler.

"A indústria considera de forma unânime que deve fazer algo para melhorar os dispositivos de acompanhamento" dos voos, disse Tyler, ao se referir ao misterioso desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines no dia 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo.

A demanda por voos domésticos no Brasil cresceu 10,3% em março quando comparada a igual período de 2013, informou, em nota à imprensa, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Esse resultado mais uma alta de 3,4% na oferta doméstica levou a uma taxa de ocupação dos voos domésticos das empresas brasileiras de 79,8%.

Segundo a Iata, o tráfego doméstico brasileiro aumentou no mês por conta das viagens de carnaval. A associação, no entanto, ainda vê preocupações relacionadas à fraca situação econômica do País que pressiona para baixo a demanda doméstica.

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No resultado mundial dos mercados domésticos a demanda - medida em passageiros-quilômetro transportados (RPK) - subiu 4% em março, ante crescimento de 5,8% verificado em fevereiro em comparação a um ano antes. Com alta de 4,9% na oferta de assentos, a taxa de ocupação das operações domésticas pelo mundo chegou a 80,5% em março.

Em relação às operações internacionais, a América Latina foi a única região do globo que apresentou alta na taxa de ocupação (load factor) quando comparada a março de 2013. A taxa de ocupação das aeronaves das companhias da região passaram de 77% em março de 2013 para 78,8% em igual período deste ano. "A perspectiva para as empresas da América Latina se mantêm positivas por conta da robusta performance de economias como Colômbia, Peru e Chile", afirmou a IATA.

No geral, informou a associação, a demanda pelos voos internacionais cresceu 2,6% em março deste ano ante mesmo mês de 2013. O resultado representa uma desaceleração ao crescimento de 5,4% registrado em fevereiro, ante um ano antes. A demanda mais uma alta de 5,5% na oferta resultou em taxa de ocupação dos voos internacionais de companhias de todos os continentes 2,3 pontos porcentuais menor em março, para 78%.

As aéreas internacionais terão um apoio adicional para lidar com a malha aérea brasileira durante a Copa. Uma parceria entre a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) permitiu a instalação de um Centro de Comando que vai auxiliar 49 companhias aéreas estrangeiras que atuam no Brasil no período que antecede o mundial e durante a competição.

Conforme a Iata, o centro oferecerá serviços de suporte para decisão operacional tática às aéreas estrangeiras, uma vez que os centros de operação dessas empresas ficam em seus respectivos países. "O acesso às operações táticas no Brasil e o conhecimento da malha de voos ajudarão as companhias de fora a aprimorar seu desempenho, equilibrar a demanda com a capacidade, lidar com as variações climáticas e outras eventuais perturbações para o tráfego aéreo", explicou o diretor da Iata no Brasil, Carlos Ebner, em nota.

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O novo ponto de apoio foi instalado nas dependências do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro. O funcionamento do Centro de Comando será realizado por meio de uma plataforma web da Iata para operações táticas. Nesse sistema, as empresas aéreas e o CGNA compartilharão suas operações, com acesso a dados sobre o tráfego aéreo em um único portal colaborativo.

Conforme a Iata, as informações poderão ser antecipadas a partir de seis horas antes do início do voo. "Isso será fundamental para identificar interrupções operacionais e garantir soluções rápidas e eficientes, diante de cenários complexos, para apoiar o chamado Processo de Decisão Colaborativa (CDM), que busca sempre o consenso entre companhias aéreas, aeroportos e órgãos de controle de tráfego", afirma a entidade, salientando que a palavra final sobre as decisões caberá sempre ao CGNA.

O desaparecimento do voo MH 370 da Malaysia Airlines destaca a necessidade de melhorias na segurança do sistema aéreo, tanto no rastreamento de aeronaves quanto no monitoramento dos passageiros antes do embarque, disse o presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Tony Tyler.

"Em um mundo onde todos os nossos movimentos parecem estar sendo monitorados, há descrença de que uma aeronave possa simplesmente desaparecer", disse Tyler. "Os acidentes são raros, mas a procura pelo MH 370 é um lembrete de que não podemos ser complacentes em segurança."

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O presidente da associação também anunciou que está criando uma força-tarefa que vai elaborar, até o final do ano, uma lista de recomendações de como aviões comerciais podem ser monitorados.

"Não podemos deixar que outra aeronave simplesmente desapareça", disse o diretor da associação, que congrega 240 companhias que realizam 84% dos voos comerciais do mundo.

Tyler também apelou aos governos para intensificarem a utilização de banco de dados internacionais para pesquisar sobre os antecedentes dos passageiros, como, por exemplo, acionar a Interpol para verificar a validade dos passaportes. A Interpol tem um registro de 40 milhões de documentos de viagem roubados ou perdidos, mas a maioria dos países, incluindo a Malásia, não acessa essas informações no momento do check-in. Fonte: Associated Press.

Os preços do querosene de aviação ficaram estáveis em outubro, encerrando o mês com média de US$ 125 por barril, informou nesta segunda-feira, 04, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). "Os preços ainda estão elevados, dentro do intervalo dos últimos dois anos, mas permanecem levemente abaixo (4%) do recente pico (US$ 130/barril) registrado em agosto", destacou a associação.

A entidade explicou que os preços do combustível se mantiveram nos níveis atuais por causa do aumento na oferta de petróleo da Arábia Saudita, que contrabalançou a pressão de alta nos preços com a interrupção no abastecimento de alguns países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), bem como o fortalecimento da demanda de grandes consumidores como a China.

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O combustível é uma importante despesa das companhias aéreas, respondendo por cerca de 40% dos custos das empresas brasileiras. Em meados do ano, a aceleração dos preços do querosene de aviação, aliado à desvalorização do real, gerou preocupação com a rentabilidade das companhias nacionais, que buscam reverter em 2013 os resultados negativos observados no ano passado.

Terceiro trimestre

Em seu relatório de monitoramento financeiro das aéreas, a Iata também destacou que os primeiros relatórios financeiros das empresas do setor referentes ao terceiro trimestre de 2013 indicam a continuação de uma performance financeira forte, como observada no segundo trimestre. Historicamente o setor aéreo mundial registra a maior parte de seus lucros no segundo e terceiro trimestres, então são esperados resultados mais vigorosos neste período.

"A amostra é bem pequena (15 empresas), mas na América do Norte a melhoria na performance vista no primeiro semestre parece continuar no terceiro trimestre", diz a entidade, destacando que as empresas da região têm apresentado crescimento, na comparação com o ano passado tanto no lucro operacional como no lucro líquido, confirmando os benefícios estimados com a reestruturação e consolidação do setor.

Além desse movimento, a IATA salienta as melhorias nos yields das empresas norte-americanas frente o ano anterior, após um período de estagnação observado desde o início de 2012, por causa da melhora da demanda e da taxa de ocupação das aeronaves.

No Brasil, que tem sazonalidade diferente, a Gol deve apresentar seus resultados do terceiro trimestre no dia 12, enquanto a Latam, que controla a TAM, anuncia seus números um dia antes, em 11 de novembro.

O número de passageiros transportados por avião no mundo cresceu 5% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira, 3, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). A alta na demanda, medida em passageiros-quilômetro transportados (RPK), ocorreu em todos os continentes, mas foi puxada pelos mercados emergentes, com destaque para os aumentos verificados pelas companhias da América Latina (7,3% ante julho de 2012), da África (7,5%) e do Oriente Médio (7,8%).

A oferta de voos (assentos-quilômetro oferecidos, ASK) aumentou em um ritmo maior, de 5,5% em julho sobre o mesmo mês de 2012. O crescimento da oferta acima da demanda levou a uma queda de 0,4 ponto porcentual na taxa de ocupação (load-factor) do modal aéreo em julho, para 82,4%.

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A Iata afirma que o crescimento em julho ficou abaixo do patamar de junho, quando a alta foi de 6,1% também na comparação anual. A entidade acredita que a desaceleração mostra um ajuste do mercado em linha com a situação econômica mundial e o impacto nas viagens provocado pelo período do Ramadã, quando os muçulmanos praticam o seu jejum ritual.

"A situação de crescimento do mercado liderado pelos emergentes pode estar mudando", afirma o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em relatório. A entidade internacional ainda acredita em crescimento de 5% ao final de 2013 na demanda de passageiros, em comparação com 2012.

Na América Latina, a demanda cresceu 7,3% em julho e a oferta, 7,4%, sempre na comparação com igual mês de 2012. A taxa de ocupação recuou 0,1 ponto porcentual, para 82,4%. A Iata credita o desempenho da região ao Chile e à Colômbia, já que o Brasil, de acordo com o documento, sofre pressão inflacionária e vê diminuição na demanda doméstica.

Na América do Norte, a demanda subiu 3,6% em julho ante mesmo mês de 2012 e a oferta aumentou em 2,9%. Na Europa as altas foram de, respectivamente, 3,7% e 3,6%, enquanto a Ásia teve, em julho, altas de 6,3% na demanda e de 6,6% na capacidade. No Oriente Médio e na África, a capacidade aumentou respectivos 7,4% e 5,6%.

O Brasil é o único mercado analisado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) a apresentar queda na demanda doméstica (RPK) em julho, de 0,6% na comparação com igual mês de 2012. A entidade relaciona, em relatório, a queda na demanda às pressões inflacionárias no País. "Com a escalada da pressão inflacionária, o cenário para a demanda dos consumidores brasileiros é frágil", afirma o texto.

A oferta no transporte aéreo doméstico brasileiro (ASK) cresceu 0,5% em julho, sobre o mesmo mês do ano passado. Combinado com os dados de demanda, o resultado levou a um recuo de 0,8 ponto porcentual na taxa de ocupação (load-factor) das companhias aéreas no Brasil, para 79% em julho.

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Na análise global da Iata, a demanda pelo modal aéreo cresceu 4,8% em julho ante igual período de 2012, enquanto a capacidade apresentou elevação de 5,8% e a taxa de ocupação recuou para 82%.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) alerta que o valor dos combustíveis comercializados nos aeroportos concedidos à iniciativa privada pode subir por causa da falta de controle externo sobre o arrendamento das áreas dedicadas ao abastecimento dos aviões. "Em um dos três aeroportos já concedidos, o preço (dos arrendamentos) aumentou 27%, com cláusulas contratuais leoninas", disse o diretor da Iata no Brasil, Carlos Ebner, ressaltando que o aumento se reflete no valor do querosene de aviação (QAV). O combustível responde por entre 40% e 45% dos custos das empresas aéreas do Brasil. Por isso, têm sido foco de grande atenção das companhias.

Ebner não revelou em qual dos três aeroportos concedidos - Guarulhos, Viracopos (SP) e Brasília - foi verificado o aumento no arrendamento, mas disse que a Iata comunicou a questão à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que a analisaria. A Anac defende a participação das empresas aéreas, em parceria com os aeroportos, nas negociações sobre os arrendamentos com distribuidoras.

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"Trata-se de um serviço essencial para as empresas aéreas", destacou. Para os próximos aeroportos a serem concedidos à iniciativa privada - Galeão (RJ) e Confins (MG) -, a Iata sugeriu, na consulta pública sobre o edital dos leilões, que haja um maior controle sobre o arrendamento das áreas dedicadas ao abastecimento dos aviões.

Segundo o diretor da Iata no Brasil, a sugestão foi bem recebida na Anac. "Há parâmetros para tarifas aeroportuárias, de passageiro, de pouso, de permanência dos passageiros nos terminais", comparou, lembrando que os reajustes dessas taxas são baseados na inflação e consideram também o desempenho dos aeroportos (Fator X).

Em apresentação durante o Aeroinvest 2013 - Fórum Internacional de Investidores em Infraestrutura Aeroportuária, em São Paulo, Ebner criticou a falta de monitoramento das atividades dos concessionários de aeroportos por parte de um órgão independente. "Falta transparência, faltam dados oficiais e consistentes sobre o andamento das obras, se vão terminar realmente no prazo estabelecido", disse.

Ele também voltou a questionar se o forte ágio pago pelos consórcios vencedores do último leilão dos aeroportos não levará a um aumento dos custos aeroportuários. "Os acionistas vão querer seu retorno, nos preocupamos até quando vão conseguir isso fora das tarifas aeroportuárias", disse. O leilão de Guarulhos, Viracopos e Brasília teve um ágio médio de 347%.

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