Tópicos | acidentes aéreos

O ano de 2018 registrou aumento de mais de 1.100% no número de mortos em acidentes aéreos, que saltou de 44 pessoas em 2017 para 556, segundo o site Aviation Safety Network (ASN).

O pior desastre verificado ao longo do ano passado ocorreu em outubro, quando uma aeronave da Lion Air caiu na Indonésia, deixando 189 vítimas. Já 2017, em oposição, foi o ano mais seguro da história da aviação comercial.

##RECOMENDA##

Apesar dos 15 acidentes fatais que aconteceram em 2018, a ASN aponta que o quadro geral melhorou muito nas últimas duas décadas, colocando o ano passado em nono lugar no ranking de segurança aérea. 

Da Ansa

O curso de Ciências Aeronáuticas do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), irá realizar nessa terça-feira (13), às 18h30, um debate sobre os acidentes aéreos que vem acontecendo no Brasil e no Mundo. Com o tema "Do Xingu a Medelin: O que ainda temos que aprender? ", o comandante Nilson de Souza Zille será o palestrante e o evento será no auditório do Centro Superior de Tecnologia (CST), localizado no bairro da Boa Vista. O evento é aberto ao público. 

O encontro tem o objetivo de especificar os pontos de falha no acidente com o boeing da Varig, além de fazer um percurso no último acidente aéreo em Medelin - onde vitimou jogadores do time da Chapecoense, profissionais de imprensa e a tripulação. 

##RECOMENDA##

O comandante Nilson Zille, era co-piloto do comandante Garcez no voo da Varig de número 254. No dia 3 de  setembro de 1989 ele realizou um pouso de emergência - por falta de combustível - em uma região com floresta, localizada  a 60km ao norte de São José do Xingu, no Amazonas. Após escrever um livro que trata de sua sobrevivência depois do acidente aéreo, Zille irá falar sobre suas experiências e abordar os acidentes aéreos ocorridos no Brasil de grandes proporções, de acordo com informações da assessoria.

Para o atual coordenador do curso, André Braga, a palestra será importante para a sociedade. "Este encontro é importante porque neste momento de repetidos acidentes aéreos, é significativo que a sociedade e os estudantes do setor aéreo saibam o que acontece dentro da cabine de comando", e completa, "são as consequências do evento na vida das pessoas depois, e a experiência do comandante Zille pode ajudar muito nesta reflexão", finaliza o coordenador.

Serviços

"Do Xingu a Medelin: O que ainda temos que aprender?"

Auditório do Centro Superior de Tecnologia (CST)

Rua João Fernandes Vieira, 110 – Boa Vista

18h30 | 13 dezembro

LeiaJá também

-Chapecoense: as imagens da despedida

-Piloto de avião teria pedido ajuda antes da queda

-Aeronáutica: Avião da LaMia caiu por falta de combustível

 

O ano de 2014 foi o mais seguro na história da aviação civil, apesar da morte de 641 pessoas, mais do que a média dos cinco anos anteriores, informou nesta segunda-feira (9), em Hong Kong, o diretor da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA).

O relatório da IATA não inclui os 298 mortos do avião Boeing 777 da Malaysia Airlines (voo MH17) derrubado em julho no leste da Ucrânia pelo fato de não ter sido um acidente.

Apesar do custo em vidas humanas de várias catástrofes, 2014 foi um dos anos mais seguros na história da aviação civil do ponto de vista da quantidade de acidentes, destacou Tony Tyler, diretor da IATA. Em 2014, a IATA registrou 12 acidentes mortais que envolveram aeronaves de todo tipo, um número abaixo da média anual de 19 registrada entre 2009 e 2013.

A taxa de acidentes em 2014 é "a mais baixa" da história da aviação, estabelecendo-se em 0,23 acidente por um milhão de voos, o que corresponde a um acidente por cada 4,4 milhões de voos. Em 2013, a taxa de acidentes foi de 0,41 por milhão, destacou o relatório da IATA apresentado por Tyler.

"Embora a questão da segurança aérea tenha estado na primeira página dos jornais durante boa parte do ano de 2014, viajar de avião é algo seguro", disse Tony Tyler, diretor da IATA. "Além disso seguimos trabalhando para que o transporte aéreo seja ainda mais seguro", acrescentou Tyler.

"A indústria considera de forma unânime que deve fazer algo para melhorar os dispositivos de acompanhamento" dos voos, disse Tyler, ao se referir ao misterioso desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines no dia 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo.

Acidentes aéreos já tiraram a vida de outros políticos brasileiros, entre eles dois que passaram pela Presidência da República, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e um ex-deputado e presidente da Câmara dos Deputados, Nereu Ramos.

A lista inclui também, entre as lideranças mais importantes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, e o ex-governador do Rio de Janeiro Roberto Silveira. O acidente desta quarta-feira, 13, que vitimou Eduardo Campos (PSB), foi o primeiro da história do País em que um candidato à Presidência morreu em plena campanha.

##RECOMENDA##

O marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do governo militar instaurado pelo Golpe de 1964, morreu pouco mais de dois meses depois de deixar o poder. O avião em que viajava colidiu com um jato, enquanto voava próximo da Base Aérea de Fortaleza. Era 19 de julho de 1967 e o País vivia os primeiros passos do segundo governo militar de seu sucessor, o general Arthur da Costa e Silva. O acidente também vitimou o irmão do ex-presidente, Cândido Castelo Branco e o major Assis e Alba Frota.

Nereu de Oliveira Ramos foi presidente da República interino durante três meses, entre o final de 1955 e o início de 1956, quando transferiu o cargo ao presidente eleito Juscelino Kubitschek. Ramos morreu no dia 16 de junho de 1958 numa queda de avião na sua cidade natal, São José dos Pinhais (PR).

Ulysses Guimarães, que foi presidente da Câmara dos Deputados e da Assembleia Constituinte que promulgou a Constituição de 1988, estava em um helicóptero que caiu no mar, perto da costa de Angra dos Reis, no litoral fluminense, no dia 12 de outubro de 1992. Seu corpo nunca foi encontrado. No mesmo acidente morreram sua esposa Mora Guimarães, o ex-senador e ex-ministro da Indústria e Comércio do governo Geisel, Severo Gomes e esposa, além do piloto.

O ministro Marcos Freire, deputado e senador, comandava o Ministério da Reforma Agrária durante o governo José Sarney quando morreu em acidente aéreo no dia 8 de setembro de 1987, no sul do Pará. Freire pertencia ao chamado grupo dos "autênticos" do antigo MDB (depois PMDB), que seguiam uma linha radical de críticas aos militares.

Roberto Silveira era governador do Rio de Janeiro quando foi vítima de um acidente de helicóptero sobrevoando a cidade de Petrópolis. Bastante ferido, foi levado para um hospital e morreu em 28 de fevereiro de 1961, Era pai do ex-prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira.

Clériston Andrade, candidato ao governo da Bahia, morreu em 1º de outubro de 1982, um mês e meio antes da eleição - também devido à queda de um helicóptero. Andrade havia sido prefeito de Salvador entre 1970 e 1975. Dias após a sua morte, João Durval foi indicado pelo então governador do Estado Antonio Carlos Magalhães e foi eleito.

O deputado José Carlos Martinez, do PTB paranaense, morreu em outubro de 2013 quando o avião em que estava decolou de Curitiba e bateu em um morro antes de chegar ao aeroporto de Navegantes (SC). Além do deputado, morreram no acidente dois empresários e o piloto. Martinez foi deputado constituinte e presidiu por 11 anos o PTB.

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira, 9, uma lei que protege o sigilo dos dados contidos nas caixas-pretas dos aviões, assim como as informações prestadas voluntariamente por testemunhas, em caso de investigações de acidentes aéreos.

Pela nova lei, as pessoas que se dispuserem a prestar informações durante o procedimento de investigação aeronáutica em relação aos desastres ou incidentes aeronáuticos ficarão protegidas e não poderão ser enquadradas criminalmente pelos dados fornecidos, uma vez que os dados têm por objetivo apenas identificar fatores que levaram ao acidente. Eles devem servir para estabelecer novas normas e evitar a ocorrência de novas tragédias.

##RECOMENDA##

Caso a Justiça e a polícia queiram identificar responsabilidades em acidente específico, que estava sob investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), um outro inquérito terá de ser aberto. O repasse dos dados colhidos no inquérito no Cenipa para outro inquérito só poderá ser feito mediante decisão judicial. A lei permite, no entanto, que polícia e Justiça usem como provas em inquéritos os dados das caixas-pretas, assim como as transcrições das conversas da cabine.

A lei foi proposta pela Aeronáutica, em 2007, após a crise aérea, desencadeada com os acidentes da Gol, em 2006, que deixou 154 mortos, e da TAM, em junho de 2007, que matou 199. O diretor do Cenipa, brigadeiro Dilton José Schuck, explicou que, "embora a iniciativa da lei tenha sido da Aeronáutica, as empresas aéreas foram consultadas e o resultado é um consenso da comunidade aeronáutica". Ele salienta que a nova lei segue o que preconiza a Organização Internacional da Aviação Civil (OACI), órgão ao qual o Brasil é signatário, "para preservar as fontes voluntárias que prestam esclarecimentos e alimentam de informações que venham a auxiliar na identificação dos fatores que levaram à ocorrência do acidente, para que eles não se repitam".O brigadeiro lembrou ainda que a apuração do Cenipa não segue o ritmo de um processo judicial.

Brasília – O período de 1º janeiro a 31 de outubro contabiliza 128 acidentes aéreos, 17 a mais do que em todos os meses do ano passado e 14 a mais do que os ocorridos em 2009, quando o país registrou recorde de acidentes.

Segundo os dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, este ano, ocorreram 106 acidentes de aviões civis e 22 de helicóptero. Vinte e cinco acidentes foram fatais e 30 aeronaves ficaram irrecuperáveis.

##RECOMENDA##

De acordo com o oficial de sobreaviso do Cenipa, major Matos, ainda não foram concluídos as relatórios sobre as causas dos acidentes. “Qualquer análise neste momento seria especulação”, disse à Agência Brasil, ao explicar que a elaboração dos relatórios depende do encerramento da coleta de informações e da análise detalhada dos dados. O balanço do Cenipa está disponível em sua página na internet.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também publicou a relação de acidentes ocorridos neste ano. Até o dia 26 de julho, foram notificados 89 acidentes. Segundo a agência reguladora, havia, até 30 de setembro, 13,8 mil aeronaves registradas no Brasil (7,5% a mais que em dezembro no ano passado); além de 1,3 mil helicópteros e 1,2 mil aeronaves agrícolas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando