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A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira os candidatos ao prêmio de revelação da temporada, uma das categorias da sua premiação anual, e indicou um brasileiro, Alison Brendom Alves dos Santos, entre os cinco finalistas da disputa masculina.

A lembrança a Alison se dá após ele ser um dos destaques dos 400 metros com barreiras em 2019, tanto que foi finalista da prova no Mundial de Atletismo, que aconteceu em Doha, e também quebrou sete vezes o recorde sul-americano sub-20.

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"Estou muito feliz porque iniciamos a temporada com metas na categoria sub-20 e acabei superando todas as expectativas. Foi demais", comentou Alison, de 19 anos, que já começa a pensar na sua primeira Olimpíada, pois está classificado. "Agora é me preparar para a Olimpíada Tóquio-2020", completou o atleta.

Com a marca de 48s28, Alison terminou 2019 na liderança do ranking mundial sub-20 nos 400m com barreiras. Além disso, faturou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima e no Pan-Americano Sub-20 de San José, na Costa Rica, da Universíada de Nápoles e do Sul-Americano de Lima, sendo o sétimo colocado no Mundial de Doha.

"Ficamos surpresos pela indicação, porém muito felizes pelo reconhecimento do trabalho a longo prazo que estamos realizando", disse o técnico de Alison, Felipe de Siqueira. "É de extrema importância também para o Alison, que faz parte do processo de formação dele como atleta num todo."

O norueguês Jakob Ingebrigtsen (quinto nos 5.000m e quarto nos 1.500m no Mundial), o ucraniano Mykhaylo Kokhan (quinto no lançamento de martelo no Mundial) e os fundistas etíopes Selemon Baregan (vice-campeão mundial de 5.000m) e Lamecha Girma (vice-campeão mundial dos 3.000m com obstáculos no Mundial) são os concorrentes de Alison.

Na disputa feminina, os candidatos são a jamaicana Britany Anderson, a etíope Lemlem Hailu, a ucraniana Yaroslava Mahuchikh, que foi prata do salto em altura no Mundial, a equatoriana Glenda Morejon e a norte-americana Sha’Carri Richardson.

Os prêmios serão entregues pela IAAF na sua festa de gala, agendada para o dia 23, em Montecarlo.

Preso desde novembro de 2016 e já condenado a 198 anos e seis meses de prisão, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) afirmou nesta quinta-feira à Justiça Federal no Rio que comprou por US$ 2 milhões (cerca de R$ 7,67 milhões, no câmbio atual) os votos de nove integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) para garantir que o Rio fosse escolhido sede da Olimpíada de 2016. Segundo Cabral, a negociação foi feita com o senegalês Lamine Diack, presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) de 1999 a 2015, e um dos votos comprados foi do ex-nadador russo Alexander Popov, dono de quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1992 e 1996.

A escolha ocorreu em Copenhague, na Dinamarca, em 2 de outubro de 2009. A votação ocorreu em três turnos. No primeiro, Madri teve 28 votos, o Rio recebeu 26 e Tóquio, 22. Chicago ficou em último, com 18, e foi eliminado. Em teoria, sem os nove votos comprados, o Rio teria 17 e ficaria em último, sendo eliminado. No segundo turno, o Rio teve 46 votos, Madri, 29, e Tóquio, 20 - a capital japonesa foi eliminada. Na última etapa, o Rio teve 66 votos e Madri, 32. Os nove votos só fizeram diferença, portanto, no primeiro turno.

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Cabral é um dos réus em uma ação que tramita na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio, e investiga se houve compra de votos para eleger o Rio sede da Olimpíada. A investigação teve origem na Operação Unfair Play, que em outubro de 2017 prendeu o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, e Leonardo Gryner, ex-diretor de marketing do COB e de comunicação e marketing do Comitê Rio-2016.

Além dos dois e de Cabral, é réu na ação o empresário Arthur Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur", que manteve contratos milionários com o governo do Rio nas gestões de Cabral. Ele está foragido. A investigação brasileira sobre compra de votos para a Olimpíada foi motivada por um pedido feito no fim de 2016 pelo Ministério Público francês, que, durante investigação sobre doping no atletismo, encontrou indícios de corrupção na candidatura do Rio.

Em depoimentos anteriores, Cabral havia negado a compra de votos, mas em dezembro passado mudou de advogado e em fevereiro passou a admitir outras acusações de que foi alvo. Sua defesa pediu ao juiz Marcelo Bretas o depoimento desta quinta-feira, para Cabral discorrer sobre a compra de votos. Ele contou ao magistrado que em agosto de 2009, dois meses antes da votação, foi procurado por Nuzman, que pediu um "encontro urgente" após um evento esportivo em Roma. "Nuzman vira pra mim e me fala: 'Sérgio, quero te abrir que o presidente da IAAF, Lamine Diack, ele é uma pessoa que se abre para vantagens indevidas. Ele pode garantir cinco ou seis votos. Ele quer, em troca, US$ 1,5 milhão", narrou o ex-governador do Rio.

Cabral disse que então perguntou a Nuzman de onde viriam os votos e qual era a garantia de que eles seriam de fato obtidos. Nuzman teria respondido que viriam de membros africanos do COI e também de representantes do atletismo. O ex-governador teria então autorizado Nuzman a seguir com a negociação.

"Eu chamei o Arthur Soares e falei pra ele da necessidade de conseguir o dinheiro para os votos. Isso foi debitado do crédito que eu tinha com ele. Fui eu que paguei. Eu dei o telefone do Léo (Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio 2016) e eles acertaram com esse Papa Diack, filho de Lamine Diack", contou o ex-governador.

Em setembro de 2009, dias antes do jantar que ficou conhecido como a "Farra dos Guardanapos", Gryner e Nuzman teriam avisado Cabral sobre a possibilidade de garantir mais votos: "Em Paris, no hotel, eu fui chamado no canto pelo Léo e pelo Nuzman, que me falaram de um problema. O Nuzman falou que Papa Diack disse que conseguiria mais votos. Ele disse que poderíamos chegar em nove votos no total, mas que precisava de mais US$ 500 mil. Eu disse pra ele que seria feito", contou Cabral. Segundo ele, essa conversa ocorreu em 14 de setembro e o pagamento foi feito 15 dias depois, por intermédio do "Rei Arthur".

Até as 17 horas, a reportagem não havia conseguido contato com as defesas de Nuzman e Gryner.

Tricampeão olímpico, Usain Bolt confirmou nesta terça-feira (6) a participação na prova dos 100 metros na 56ª edição do Golden Spike, competição realizada em Ostrava, na República Checa, em 28 de junho, e que é válida pela IAAF World Challenge. O evento serve como preparação ao Mundial de Atletismo, que será em agosto, em Londres.

Bolt reforçou, ainda, que esta deverá ser a sua última participação no evento. "O Golden Spike Meeting, em Ostrava, é sempre uma das primeiras provas que coloco no calendário a cada ano e estou feliz de anunciar que estarei lá competindo pela nona - e última vez - em 28 de junho deste ano. Esse foi o primeiro torneio profissional que me convidou no início de minha carreira, e é justo que volte lá na minha última temporada", revelou o campeão mundial nos 100 e 200 metros e no revezamento 4x100m.

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Essa será a quinta vez que o atleta de 30 anos disputará os 100 metros no Golden Spike - ele também correu três vezes nos 200 metros e uma nos 300 metros (esta uma prova não olímpica), vencendo em cada uma das disputas. Também será a sua nona aparição em Ostrava, tornando-se o evento em que ele mais esteve presente em sua carreira.

O chefe da organização do evento, Miroslav Cernosek, celebrou a lembrança de Bolt sobre sua participação ainda precoce na competição - quando era um desconhecido - e comemorou o retorno do supercampeão à República Checa.

"Estávamos discutindo a nona aparição em Ostrava do atleta mais procurado do planeta desde o seu último triunfo nos Jogos Olímpicos no Rio e, neste final de semana, ele finalmente confirmou que está pronto para correr e quer vir à sua favorita Ostrava", disse Cernosek.

Usain Bolt é o oitavo campeão olímpico no Rio-2016 confirmado para o meeting deste ano na República Checa. Também já foram anunciados os nomes do britânico Mo Farah (ganhador das provas de 5.000 e 10.000 metros), do sul-africano Wayde van Niekerk (400 metros), do norte-americano Christian Taylor (salto triplo), do alemão Thomas Rohlero (lançamento de dardo), da polonesa Anita Wlodarczyk (martelo) e dos quenianos David Rudisha (800 metros) e Conseslus Kipruto (3.000 metros).

Suspeito de ter recebido propinas, o auditor da escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, Frank Fredericks, renunciou nesta terça-feira (7) ao seu cargo como presidente da comissão de avaliação dos Jogos de 2024, no Comitê Olímpico Internacional (COI) e abriu mão até mesmo de votar para a escolha da próxima sede. A disputa está entre Paris e Los Angeles.

De acordo com o Ministério Público francês, a família do dirigente esportivo Lamine Diack, suspeito de ter recebido US$ 1,5 milhão de empresários próximos aos organizadores do Rio-2016, transferiu US$ 299,3 mil pela empresa Pamodzi para a empresa offshore Yemli Limited.

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O depósito ocorreu em 2 de outubro de 2009, dia da vitória do Rio para sediar os Jogos. A empresa tinha uma relação direta com Fredericks, que foi justamente um dos monitores do COI no momento do voto nas eleições de 2009 e vencidas pelo Rio.

"Eu acredito na integridade do processo eleitoral do COI e nunca notei nada de errado que me fizesse duvidar disso", garantiu o suspeito, em um comunicado. "Reitero que nunca fui envolvido em manipulação de votos ou práticas ilegais", disse. "Mas ainda assim decidi pessoalmente que é do melhor interesse para o bom funcionamento do processo de candidatura do COI que eu saia do cargo de presidente da comissão de avaliação 2024, já que é essencial que o importante trabalho de meus colegas seja visto como sendo verdadeiro e justo", escreveu.

Ele ainda anunciou que não participará das reuniões com as cidades candidatas para receber os Jogos de 2024 e que nem mesmo vai votar durante a reunião de setembro, quando o COI terá de optar por Los Angeles ou Paris. "As duas cidades estão preparando duas candidaturas fantásticas e não gostaria de me tornar uma distração a essa grande competição", disse Fredericks, que também deixou a presidência do comitê organizador dos Jogos da Juventude.

Num primeiro momento, a entidade afirmou que confiava em sua inocência. Mas, nos últimos dias, ele vem sendo retirado de algumas das principais iniciativas no esporte. Na segunda-feira, Fredericks deixou seu cargo num grupo de trabalho da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) destinada a avaliar o doping na Rússia.

Nesta terça-feira, foi a vez de sair dos principais organismos do COI, ainda que ele continue membro da entidade. Em uma declaração, ele insistiu que a revelação dos jornais franceses apenas "insinua" que ele recebeu dinheiro. "Categoricamente nego qualquer envolvimento direito ou indireto e confirmo que nunca quebrei a lei, as regras de ética em relação a qualquer tipo de eleição no COI", escreveu.

Na declaração, ele deixa claro que não é ele o alvo das reportagens. Mas sim a "integridade do sistema de escolha de sedes do COI e o processo de eleição de sedes". "Claro que todos os processos de eleição devem ser livres e justos", insistiu. O ex-atleta da Namíbia prometeu que continua "ativamente cooperando com a Comissão de Ética do COI para que possam conduzir uma investigação independente e adequada".

O suspeito indicou que deu uma declaração à Comissão do COI e que vai aguardar os resultados desse "processo independente". "É de meu maior interesse limpar meu nome dessas insinuações negativas e de meu papel dentro do COI assim que possível para evitar um maior dano para a minha reputação e para o COI", disse. Ele disse confiar que a comissão de Ética do COI vai concluir que as menções a ele nos jornais são "difamatórias".

O brasileiro Thiago Braz foi indicado e vai concorrer ao prêmio de atleta do ano. Nesta terça-feira (18), a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) divulgou a lista dos indicados para a sua premiação de 2016 e incluiu o saltador brasileiro, que enfrentará a dura concorrência de um mito: Usain Bolt.

A votação foi aberta nesta semana e o prêmio será entregue no dia 2 de dezembro, em Mônaco. O público poderá escolher seu atleta favorito pela internet. A votação termina no dia 1º de novembro, quando os três finalistas masculinos e femininos serão anunciados.

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Entre os homens, o grande favorito é Bolt, que conquistou três medalhas de ouro olímpicas no Rio de Janeiro - ele já venceu a premiação cinco vezes. O brasileiro, que foi ouro no salto com vara, ainda tem a concorrência dos norte-americanos Ashton Eaton e Christian Taylor, do britânico Mo Farah, dos quenianos Eliud Kipchoge, David Rudisha e Conselsus Kipruto, além de Omar McLeod, da Jamaica, e de Wayde van Niekerk, da África do Sul.

Entre as mulheres, a lista de indicadas é composta por Almaz Ayana, Ruth Beitia, Vivian Cheruiyot, Kendra Harrison, Caterine Ibarguen, Ruth Jebet, Sandra Perkovic, Caster Semenya, Elaine Thompson e Anita Wlodarczyk.

Pelo sistema de votação, o peso dos votos do conselho da IAAF representa 50% do resultado final, enquanto atletas e dirigentes representam 25% e o público conta com outros 25% na contagem.

Braz surpreendeu ao derrotar, no Rio de Janeiro, o favorito Renaud Lavillenie. Um dos maiores nomes da história do atletismo mundial, Sergei Bubka, chegou a declarar ao Estadão.com que Thiago Braz caminha para o superar e bater o recorde mundial.

Bubka bateu o recorde mundial em 1993, quando saltou 6,15 metros. Seriam necessários mais de 20 anos para que a marca fosse derrubada. Em 2014, o francês Lavillenie saltou 6,16 metros. "Thiago pode me passar e bater o recorde mundial", disse Bubka.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) confirmou oficialmente nesta quarta-feira (27) que negou o pedido feito pelo ministro de Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, para que a entidade reconsiderasse a decisão de excluir os atletas do país na modalidade dos Jogos Olímpicos do Rio.

O membro do governo russo havia enviado uma carta à IAAF, na qual pediu pela revogação da punição aplicada por causa de doping sistemático envolvendo atletas da nação, sendo que no último dia 21 a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) já havia negado o pedido do Comitê Olímpico da Rússia de liberar a participação de 68 competidores do país, entre eles a bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva, nas mais diversas disputas desta modalidade da Olimpíada.

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Desta forma, a Rússia viu acabar de vez a sua última esperança de poder participar do atletismo no Rio-2016, após ser punido com esta exclusão na esteira da revelação de um informe da Agência Mundial Antidoping (Wada), produzido pelo investigador Richard McLaren, que apontou um esquema generalizado no esporte do país de uso de substâncias proibidas e com a participação direta do governo do presidente Vladimir Putin.

A IAAF aplicou a punição à Rússia em novembro do ano passado e, na última segunda-feira, Vitaly Mutko escreveu uma carta ao presidente da entidade, Sebastian Coe, mas não teve sucesso em sua tentativa de conseguir o perdão para os atletas do seu país.

Por meio de um comunicado, a IAAF avisou nesta quarta-feira que "não havia motivos para mais revisões" para a punição, assim como avisou que a proibição imposta aos 68 competidores russos que esperavam estar presentes no atletismo da Olimpíada foi decidida "com base em avaliação cuidadosa e individual" pelo organismo.

No comunicado, a IAAF também destacou que apenas a saltadora Darya Klishina preenchia os critérios de "elegibilidade excepcional" entre os 68 que almejavam participar da Olimpíada. "A CAS considerou os apelos dos (outros) todos 67 atletas e rejeitou todos", enfatizou.

Ao comentar a decisão final da IAAF contra a Rússia, Mutko agradeceu Coe por ter respondido a sua carta, mas destacou que o presidente da entidade deixou claro que "não há mais nada que possa ser feito". No pedido feito à entidade, o ministro defendia o direito de competir dos atletas limpos de doping que estariam cumprindo os requisitos exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para irem ao Rio-2016.

No caso, Mutko destacou no último domingo que o principal destes requisitos era o fato de que estes 68 atletas proibidos de competir na Olimpíada nunca terem sido punidos por uso de substâncias ilegais após serem submetidos a exames contínuos por parte de agências antidoping internacionais.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) teria rejeitado 67 dos 68 pedidos de exceções apresentados por atletas russos para participarem dos Jogos Olímpicos de agosto, deixando de fora do Rio-2016 inclusive a bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva. A informação foi divulgada neste domingo pelo Comitê Olímpico Russo.

"As recusas foram recebidas por todos, exceto Klishina', disse Alexandra Brilliantova, chefe do departamento jurídico do comitê. No sábado à noite, a IAAF divulgou oficialmente que havia acatado o pedido de Darya Klishina, bicampeã europeia indoor no salto triplo, liberando-a para participar do Rio-2016, desde que compita sob a bandeira olímpica. A Federação Russa de Atletismo está suspensa da IAAF pelos seguidos casos de doping.

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Na nota divulgada pela IAAF, a entidade diz que recebeu um total de 136 pedidos de atletas russos solicitando elegibilidade excepcional, entre adultos que visam ir à Olimpíada e também os juniores que desejavam disputar o Europeu da categoria. "Diversos desses pedidos foram agora revistados pela Painel de Revisão de Doping, com a exceção dos pedidos para o Campeonato Europeu Júnior, que foram retirados e não foram revisados", diz o comunicado.

Se os casos dos jovens são as exceções, não tendo sido revisados, os demais pedidos parecem mesmo ter sido analisados. E, se só Klishina foi liberada, os outros foram rejeitados. Antes, a corredora de 800m Yulia Stepanova havia sido autorizada a competir. Mas o caso dela é tratado à parte, uma vez que, após ser a delatora do escândalo de doping, ela não faz parte da equipe russa.

A Rússia diz que vai contestar o caso junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). "Todas as 68 pessoas entraram com reclamações, inclusive referindo-se ao tipo de recusa", garantiu Brilliantova. De acordo com o comitê, inclusive Klishina vai apelar - ela também quer competir pela Rússia.

Ainda segundo o comitê olímpico russo, Isinbayeva já foi comunicada da recusa da IAAF. "Ela já recebeu a recusa, assim como todos os outros. Klishina deve ter sido uma exceção porque ela treina fora da Rússia", explicou Brilliantova. A atleta, de 25 anos, treina na Flórida, nos Estados Unidos.

Yelena Isinbayeva parece ter mudado de ideia e pode disputar a Olimpíada do Rio ainda que seja proibida de representar a Rússia. Nesta quinta-feira, um porta-voz da Federação Russa de Atletismo (ARAF) revelou que a bicampeã olímpica do salto com vara solicitou à Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) para que seja incluída na lista de exceções à suspensão imposta à Rússia.

Alla Glushchenko disse à agência de notícias estatal russa TASS que Isinbayeva é uma das atletas russas que fez a solicitação à IAAF, que agora vai definir os atletas que poderão competir defendendo a bandeira do Comitê Olímpico Internacional (COI). Antes, ela havia afirmado categoricamente que só competiria no Rio-2016 se pudesse representar a Rússia.

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No sábado, Vitaly Mutko, ministro do Esporte da Rússia, disse que "até 67 atletas" pediram à IAAF para serem incluídos na lista de exceções. É improvável, porém, que a entidade aprove a maioria desses competidores.

A entidade diz que pode permitir a participação no Rio-2016 a "quaisquer atletas que podem clara e convincentemente demonstrar que não estão contaminados pelo sistema russo porque estão fora do país e sujeitos a outros sistemas antidoping eficazes". Esses atletas "devem ser capazes de se inscrever para a permissão para competir em competições internacionais, e não pela Rússia, mas como um atleta neutro."

As diretrizes da IAAF sobre os russos vão se aplicar primeiro a nível continental, com o Campeonato Europeu, entre 6 e 10 de julho, em Amsterdã. Os Jogos do Rio serão entre 5 e 21 de agosto.

Isinbayeva é dona do melhor resultado do ano no salto com vara ao ar livre. Ela participou apenas de uma competição, o Campeonato Russo, vencendo com 4,90m. Assim, ela está qualificada para o Rio-2016.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou nesta terça-feira a exclusão da Rússia dos Jogos do Rio em todos os eventos do atletismo, na maior sanção já adotada pela entidade por conta do doping. O anúncio foi feito nesta manhã em Lausanne, depois de uma reunião de cúpula da entidade. O objetivo era o de mandar um recado forte a todos os países de que casos como o de Moscou, onde há forte suspeita da existência de apoio estatal no esquema de uso de substâncias proibidas por atletas, não serão tolerados.

"Tomamos uma posição unânime de que confirmamos a decisão de suspender a Rússia. Temos de unir forças com todos os parceiros para lidar com essa situação difícil", afirmou Thomas Bach, presidente do COI. "Temos de fortalecer o combate", insistiu.

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O COI anunciou ainda uma série de medidas para garantir que os atletas de vários países que sejam autorizados a ir ao Rio passem por testes antidoping rigorosos, numa esperança de proteger a credibilidade da competição.

Na última sexta-feira, a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) havia anunciado a proibição da participação na Olimpíada de todo o atletismo russo diante da acusação de que o doping na modalidade havia sido generalizado e que as autoridades de Moscou não adotaram medidas suficientes para garantir o controle do uso de produtos proibidos.

Vladimir Putin, presidente russo, deixou claro que não aceitava a "punição coletiva" e alertou que iria pressionar o COI a rever a situação. Para ele, uma "solução" teria de ser encontrada. Mas, numa reunião nesta terça-feira, a entidade optou por manter a suspensão, em um duro golpe contra uma das maiores potências do esporte mundial, declarando "respeitar, aprovar e apoiar" a decisão da IAAF.

O COI, porém, deixou uma brecha para que atletas russos possam competir. Mas, para isso, terão de provar que realizaram testes antidoping de forma regular fora da Rússia. Caso sejam aprovados, poderão viajar até o Rio. Mas apenas para participar sob uma "bandeira neutra", e não da Rússia. Atletas como Yelena Isinbayeva já anunciaram que não aceitarão competir nessas condições e prometem levar o caso à Justiça.

A Rússia não vai poder competir nas provas de atletismo nos Jogos do Rio de Janeiro, em agosto. Nesta sexta-feira, a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) decidiu punir a federação russa por conta das evidências reveladas sobre o doping generalizado no esporte russo e manter a suspensão sobre toda as federações de atletismo de Moscou. Essa é a primeira vez que, numa das principais provas da Olimpíada, um país inteiro é banido por conta do doping.

Apenas o Comitê Olímpico Internacional (COI) poderá amenizar a punição. Na próxima terça-feira, a entidade convocou sua reunião de cúpula para avaliar se permitirá que uma equipe composta apenas por atletas comprovadamente limpos possam estar no Rio. Para isso, terá de decidir se seguirá o princípio da "justiça individual" ou da "responsabilidade coletiva". O que o COI teme é que atletas "inocentes" possam abrir processos legais.

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Já uma parte do movimento olímpico defende uma punição geral, como forma de demonstrar que o doping patrocinado e organizado pelo estado não pode ser tolerado.

Nesta sexta-feira, foi o próprio presidente russo, Vladimir Putin, quem fez um apelo à IAAF, reunida em Viena. Mas, por maioria de votos, a entidade entendeu que os russos não cumpriram as exigências de reformas e continuam suspensos de todas as competições internacionais.

O Rio já havia perdido a equipe de levantamento de peso da Bulgária, também suspensa por doping. Agora, porém, trata-se de uma superpotência do esporte e que esperava, no Rio, coletar mais de duas dezenas de medalhas nessas modalidades. A decisão também é um golpe contra a reputação de um país que, a cada quatro anos, luta para ser manter no pódio das maiores nações olímpicas do mundo.

Os russos haviam levado duas medalhas de ouro no Mundial de Atletismo de 2015, com Sergey Shubenkov e Mariya Kuchina. Em Londres-2012, foram 18 medalhas, entre elas as de Mariya Savinova, Yuliya Zaripova e Tatyana Lysenko. Pela decisão desta sexta-feira, todos estão excluídos.

Em novembro do ano passado, um informe realizado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) indicou que o governo russo estava patrocinando e organizando o doping de seus atletas. Uma suspensão foi decretada a todos os esportivas do país em competições internacionais no atletismo. Mas a esperança era de que uma reforma fosse realizada para permitir que esses atletas pudessem ira o Rio.

O Kremlin, que inicialmente negou qualquer envolvimento e chegou a dizer que os informes eram "especulativos", mudou de postura depois de contratar uma agência de comunicação dos Estados Unidos e passou a garantir que iria "limpar" o esporte. Moscou também prometeu que não colocaria em seu time nenhum atleta com algum tipo de histórico de doping em seu passado.

Mas, desde então, dois ex-funcionários dos laboratórios russos morreram em situações inusitadas e atletas passaram a treinar em centros militares, sem acesso público. As investigações também apontaram como mais de 1,4 mil amostras de sangue e urina foram destruídas antes da chegada de inspetores.

A decisão promete causar uma série de protestos. Nesta semana, a russa Yelena Isinbayeva, medalha de ouro em 2004 e 2008, indicou que poderia ir à corte de direitos humanos se fosse excluída, apesar de jamais ter sido pega em exames de doping. Com a decisão desta sexta, a estrela do salto com vara ficaria de fora daquela que seria a sua quinta Olimpíada.

"A fraude de pessoas desonestas não pode afetar a carreira de atletas inocentes ou implicar a reputação de um país inteiro", disse a russa numa carta ao COI assinada ao lado de 12 outros atletas.

Nas últimas semanas, porém, a Wada voltou a revelar as manobras do governo russo para impedir que atletas fossem alvo de testes por parte de inspetores internacionais. Num informe publicado nesta semana, a Wada ainda alertou que seus funcionários foram ameaçados em Moscou.

De acordo com a entidade, 73 dos 455 testes em atletas não puderam ser coletados. Outros 736 testes foram cancelados. Vinte e três amostras simplesmente desapareceram e, ainda assim, outros 52 casos foram registrados como "adversos". No documento, a Wada conta como um atleta foi visto escapando de um estádio, enquanto outros tentaram dar propinas.

A situação mais constrangedora ocorreu com os investigadores internacionais, ameaçados por agentes de segurança de serem expulsos da Rússia se entrassem em determinados locais.

Na próxima terça-feira, o COI ainda convocou sua cúpula para considerar "a difícil decisão entre a responsabilidade coletiva e a justiça individual". Em outras palavras, a entidade vai tentar decidir se o doping sistemático pode ser punido com uma suspensão generalizada ou se atletas limpos seriam injustamente afetados pela decisão.

Vários atletas russos pediram nesta quarta-feira, por meio de uma carta enviada ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, apoio na luta para que possam estar presentes na Olimpíada de 2016. O documento foi enviado pela comissão de esportistas do Comitê Olímpico Russo ao dirigente apenas dois dias antes de a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) decidir se irá revogar ou não a suspensão aplicada à federação russa da modalidade, punida após a revelação de um grande escândalo de doping sistemático envolvendo uma série de competidores do país.

Independentemente da decisão que será anunciada pela IAAF, o COI já planeja realizar uma reunião na próxima terça-feira para analisar a eligibilidade de toda delegação da Rússia para a Olimpíada, pois atletas da nação de diversas outras modalidades também estão envolvidos em casos de doping, como por exemplo a tenista Maria Sharapova, que foi suspensa por dois anos e na última terça anunciou que apelará à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para tentar reverter a punição.

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A Rússia foi suspensa em novembro passado de todas as competições internacionais de atletismo, depois que um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada) denunciou a existência de um programa de doping generalizado, que teria, inclusive, apoio do governo russo. O país é suspeito de ter organizado este sistema antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, realizado na cidade russa de Sochi.

Na carta divulgada nesta quarta-feira, os atletas russos disseram que o veto à nação de participar dos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, seria um castigo coletivo pelas infrações de uma minoria e causaria "um dano irreparável ao desenvolvimento do esporte na Rússia".

Para pedir o apoio de Bach, a comissão de esportistas russos invocou até o passado como atleta do dirigente, que foi medalhista de ouro na prova de esgrima por equipes dos Jogos de Montreal, em 1976, então representando a Alemanha Ocidental.

"O senhor é um campeão olímpico e sabe exatamente os esforços titânicos que as medalhas olímpicas custam, quando sangue, suor e lágrimas são derramados para chegar ao glorioso momento em que estamos no mais alto degrau do pódio, quando o hino do nosso país está sendo interpretado", afirma um trecho da carta, na qual depois enfatiza: "Nós apelamos ao senhor como chefe da organização que é chamada a proteger os direitos livres de doping e a fazer tudo para isso. O direito de qualquer atleta que nunca violou nenhuma das regras existentes de participar dos Jogos Olímpicos é inabalável. E nós pedimos de todo o coração o seu apoio para que este direito seja respeitado".

Com futuro promissor na marcha atlética, tendo inclusive conquistado recentemente o primeiro lugar na prova de cinco quilômetros dos jogos universitários realizados na Rússia. O jovem pernambucano Hiago Garcia sofreu um baque no último dia 21 deste mês, quando foi suspenso por quatro anos acusado de doping.

Com 20 anos, e nascido no município de Petrolina ele tinha como pretensão chegar ao Jogos Olímpicos do Rio neste ano, porém denúncia de uso de substâncias ilícitas o tirou este direito. Substâncias essas que ele afirma não ter consumido e acredita ser vítima de uma sabotagem. “Acredito que fui sabotado sim, não sei quem fez e por qual motivo fizeram isso. Se foi feito propositalmente foi por maldade, acredito”, desabafou o atleta ao Portal LeiaJá. A denúncia é referente a um exame realizado no dia 1º de julho de 2015, ainda na época dos Campeonatos esportivos universitários, onde foi encontrado o uso de "Fenoterol e Peroxisome e seus agonista".

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Vale lembrar que recentemente a Rússia, país que Hiago mora há dois anos, esteve envolvida em diversos casos de atletas acusados de doping, passando, inclusive, a ser investigada por uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (WADA) como possuindo um sistema de dopagem institucionalizado que envolve técnicos, atletas, dirigentes e até representantes do governo.  Contudo, o pernambucano acredita que o seu caso não tem a ver com toda essa polêmica envolvendo o país europeu. “Não acredito, nada tem haver uma coisa com a outra. Apesar de ser muita coincidência”, comentou.

O atleta afirma ter ficado perplexo ao receber a notícia da suspensão, e apesar de tentar, não tem como recorrer da decisão por ausência de provas que comprovem sua inocência. “Eu e os meus treinadores ao recebermos a notícia, ficamos em estado de choque, pois jamais na nossa equipe consumiríamos isso. Procurei maneiras para contestar a decisão, mas como não temos provas disso, a IAAF e a WADA não aceitaram. Infelizmente eu tive que aceitar a suspensão”, lamenta.

Apesar do ocorrido, no entanto, ele não lamenta a decisão de ter trocado o Brasil pela Rússia para realizar seus treinamentos revelando um suporte para a prática do esporte que não recebia aqui. “Não me arrependo, pois a estrutura esportiva na qual eu treino aqui, não existe em Pernambuco. A forma que me acolheram e fizeram e fazem coisas por mim, nunca ninguém fez no Brasil. Na Rússia eu tenho um centro olímpico só de marcha atlética, treino com os melhores atletas do mundo que de certa forma me ajudaram muito no meu rendimento e evolução”, revelou.

Ele ainda diz poder contar com um apoio médico gratuito lá que caso estivesse no Brasil teria que bancar do próprio bolso. “Tenho atendimento médico especializado, fisioterapeutas, terapeuta, nutricionista, massagista e entre outros totalmente de graça e olha que eles nem tem obrigação de fazer isso por mim, pois estou defendendo a bandeira do Brasil nas competições e não a Russa. No Brasil, nunca tive um fisioterapeuta se quer. Se eu quisesse um fisioterapeuta, nutricionista, psicologo, etc. Eu teria que pagar do próprio bolso”, afirmou. Hiago aproveitou para finalizar afirmando que não abandonará o esporte mesmo após o ocorrido: “Sim, quero continuar na marcha atlética. A minha carreira esportiva não acabou”.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach disse que Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), levou seu esporte "para o abismo" ao extorquir dinheiro de atletas para encobrir casos de doping.

Em uma entrevista à revista esportiva alemã Kicker, Bach destacou o imenso desafio de limpar a imagem do atletismo, mas declarou que o novo presidente da IAAF, Sebastian Coe, tem dado os passos iniciais certos.

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A associação teve sua imagem profundamente abalada por acusações de doping com o consentimento do governo russo e de corrupção profundamente enraizada no coração da federação e centrada em Diack, que está enfrentando acusações criminais de corrupção na França.

"É realmente incompreensível que o presidente de uma federação internacional exija dinheiro de atletas para manipular resultados de exames antidoping", afirmou Bach. "É realmente um passo para o abismo".

A publicação da entrevista de Bach coincidiu com a divulgação de rumores de que a gigante alemã de material esportivo Adidas pode romper o seu acordo de patrocínio com a IAAF por causa dos escândalos de corrupção e doping. Oficialmente, a empresa disse, porém, que apenas está em "contato próximo com a IAAF para compreender mais sobre o seu processo de reforma".

Diack, que deixou o cargo de presidente da IAAF em agosto passado após 16 anos no comando da entidade, é um ex-membro do COI. Ele renunciou ao cargo de membro honorário em novembro, um dia depois de ser suspenso provisoriamente pelo comitê.

Bach disse que a IAAF sob Coe tem enviado os sinais corretos ao suspender a federação russa, entrar em contato com a Agência Mundial Antidoping e formar uma comissão para iniciar as reformas.

"Estas foram importantes e corretas medidas. Também é verdade que, como Sebastian Coe disse, a IAAF enfrenta uma longa estrada por causa da escalada dos problemas", afirmou Bach.

A suspensão da Federação Russa de Atletismo torna seus atletas inelegíveis para a Olimpíada do Rio. Bach disse que a política antidoping do COI é de "tolerância zero", significando que cada atleta, treinador, médico ou dirigente envolvido deve ser punido, mas que "atletas limpos têm de ser protegidos".

Para Bach, a liderança recém-eleita para a federação russa é "um sinal forte" de prontidão para intensificar o processo de limpeza. "A IAAF agora tem que ver que progresso foi feito e se ou quando essa suspensão pode ser anulada", declarou o presidente do COI.

Depois das suspeitas de compra de votos para sediar Copas do Mundo, agora é a vez de a organização dos Jogos Olímpicos ser colocada sob suspeita. Em seu informe publicado nessa quinta-feira (14), os investigadores da Agência Mundial Antidoping (Wada) afirmam que a candidatura de Tóquio comprou votos para ficar com organização da Olimpíada de 2020.

A investigação independente revelou uma dimensão inédita da corrupção e do crime nos esportes, levando a Interpol a acionar o seu alerta contra dirigentes e a abrir uma investigação mundial.

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O informe diz que Istambul perdeu os votos dos membros da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) que fazem parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) porque não fez um depósito de US$ 5 milhões (R$ 20 milhões) para Khalil Diack, consultor da IAAF e filho do então presidente da entidade, Lamine Diack.

"Segundo o relato da conversa, os japoneses fizeram o pagamento de tal soma. E os Jogos Olímpicos foram dados para Tóquio", indicou o informe. Os japoneses foram à final contra os turcos e ganharam por 60 votos a 36 o direito de sediar o evento que organizaram pela primeira vez em 1964.

Emails de outro filho do dirigente da IAAF ainda apontam que ele teria "entregue pacotes" para membros do COI antes da escolha da sede dos Jogos de 2016. Doha concorria e havia estabelecido um acordo com a família Diack. Em um informe técnico, a cidade do Catar acabou se saindo melhor do que o Rio - que acabou recebendo o evento. Mas foi desclassificada diante da proposta de realizar a Olimpíada em outubro para evitar o verão no Oriente Médio - pelo mesmo motivo, o calor intenso, a Copa do Mundo de 2022, que foi atribuída ao Catar em uma escolha que levanta suspeita de compra de votos, será realizada em dezembro e não em junho e julho como é tradicional.

O presidente da Wada, Dick Pound, explicou que não se aprofundou no caso do pagamento de Tóquio e da barganha que Diack fazia com países porque sua prioridade era lidar com o doping. Mas deixou claro que a Interpol e os procuradores franceses que abriram um processo contra Diack estão examinando as alegações.

Hoje, dos sete patrocinadores da IAAF, quatro são, por acaso, japoneses: Canon, Seiko, TDK e Toyota. A suspeita é de que o dirigente trocava patrocínios por apoio aos eventos internacionais.

Papa Diack também estaria envolvido em escolhas de sedes para o Campeonato Mundial de atletismo e, até 2015, manteve um contrato com a IAAF como consultor. Desde 2007 ele tinha autorização para buscar parceiros comerciais em diversos países, entre eles o Brasil.

ACORDO CASADO - A compra de eventos faz parte das investigações e, segundo os auditores, a escolha das cidades que receberiam as competições coincide com contratos assinados entre a IAAF e empresas desses países. A Coreia do Sul recebeu o Mundial de Atletismo em 2011, ano em que a Samsung assinou contrato com a federação. Em 2013, a história se repetiu: foi Moscou foi escolhida e o banco russo VTB colocou dinheiro na IAAF.

Em 2015, o evento foi para Pequim amarrado a um contrato da empresa Sinopec com a entidade. Em 2021, o Mundial será disputado em Eugene, a cidade norte-americano em que fica a sede da Nike.

O Comitê Olímpico Internacional espera ter acesso aos emails com as conversas entre Doha e Diack. Mas indicou que está disposta a trabalhar ao lado da nova direção da IAAF (o presidente agora é o ex-atleta britânico Sebastian Coe, que organizou os Jogos Olímpicos de Londres em 2012) para examinar todo o conteúdo do informe.

O COI também diz que tomará "todas as ações necessárias" para proteger o esporte da corrupção. Diack era um membro do COI e foi suspenso da entidade apenas em novembro de 2015.

Nos anos 90, o COI foi tomado por um escândalo quando foi revelado que a escolha de Salt Lake City, nos Estados Unidos, para sediar os Jogos de Inverno havia sido alvo de compra e trocas de votos. A entidade foi obrigada a passar por uma profunda reforma para combater a corrupção e limpar a sua imagem.

Mesmo com a Federação Russa de Atletismo (ARAF, na sigla em russo) tendo sido suspensa na sexta-feira, Viktor Ugarov correu no domingo a Maratona de Kanazawa, no Japão, faturando o título da prova. Nesta terça-feira, a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) anunciou a desclassificação do atleta.

A alegação da IAAF é que, com a ARAF suspensa, os atletas russos não poderiam participar de nenhuma prova internacional a partir de sexta-feira. "Os organizadores estão desqualificando seu resultado e o nenhuma bolsa ou premiação será paga", explicou a IAAF.

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Ainda de acordo com a entidade máxima do atletismo, a ARAF será avisada para iniciar procedimento disciplinar contra Ugarov. Também no domingo, os organizadores da Maratona de Saitama, também no Japão, impediram que a russa Tatyana Arkhipova, medalhista olímpica, participasse da prova por causa da suspensão.

PAINEL - Também nesta terça, a IAAF anunciou os nomes que faltavam para compor o painel que vai monitorar os esforços da Rússia para restabelecer a ARAF. O grupo, comandado pelo especialista antidoping norueguês Rune Andersen vai contar também com o canadense Abby

Hoffman, a italiana Anna Riccardi, namibiano Frank Fredericks e o australiano Geoff Gardner.

O governo da Rússia promoveu uma indústria para manipular resultados no atletismo, subornando dirigentes, comprando resultados, criando laboratórios secretos e mesmo destruindo mais de 1,4 mil amostras de sangue de atletas antes que fossem examinados. Estas afirmações fazem parte de um relatório divulgado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), que revela o maior escândalo da modalidade e que pode ameaçar a participação na Rússia no atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Para os investigadores, o uso de substâncias proibidas é "consistente e sistemático".

Em uma coletiva de imprensa em Genebra, nesta segunda-feira, um comitê da Wada promete detalhar as descobertas. Mas dados apontam que os russos teriam pago milhões de dólares para evitar que seus atletas fossem banidos por doping e que teriam construído até mesmo um laboratório paralelo para onde as amostras seriam enviadas. Apenas aquelas que estivessem limpas seriam repassadas para os laboratórios oficiais e com controle internacional.

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As descobertas prometem criar uma das maiores crises já vividas pelo esporte e coloca pressão sobre o COI para que suspenda a Rússia dos Jogos Olímpicos. Segundo o relatório, a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) "fracassou" em evitar os casos na Rússia e os investigadores recomendam que todos os laboratórios russos sejam descredenciados.

"A aceitação do doping em todos os níveis é generalizada", diz o documento da Wada, ao afirmar que a prática do doping envolve atletas, médicos e dirigentes. "Atitudes não éticas se transformaram em lei."

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A Wada também alerta que a "busca por medalhas por ganhos financeiros é pronunciado". Os atletas que não aceitassem participar do "programa" russo seriam excluídos das equipes.

Os investigadores insistem que muitos atletas se recusaram a participar do processo. Mas alertam que os diretores dos laboratórios de testes na Rússia eram os responsáveis por fornecer as substâncias. A Wada ainda apontou que o governo russo "interferiu diretamente" nas operações dos laboratórios.

A onda de casos de doping entre os principais atletas russos mostra a "robustez" do programa de combate ao uso de substâncias proibidas do esporte em um momento em que o atletismo está se recuperando de uma série de escândalos, disse a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), nesta segunda-feira.

Neste ano, até agora, as suspensões por doping foram aplicadas a sete russos medalhistas em grandes campeonatos, incluindo quatro campeões olímpicos. As últimas punições foram aplicar na última sexta-feira para a atual campeã olímpica dos 3 mil metros com obstáculos, Yulia Zaripova, e para Tatyana Chernova, campeã mundial do heptatlo em 2011.

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A entidade, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, disse que os dois casos são "o mais recente exemplo da robustez do programa antidoping da IAAF". A associação destacou que mais de 40 "atletas de elite" foram punidos com base em perfis anormais do passaporte biológico.

O programa, iniciado em 2009, controla os parâmetros sanguíneos de um atleta em busca de sinais de doping. No mês passado, a IAAF disse que 23 de 37 punições impostas a partir do passaporte biológico foram dadas aos atletas russos.

Zaripova está entre os punidos em razão do programa e agora enfrenta a possibilidade de perder sua medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 2012. Chernova foi pega em uma reanálise de amostras do Mundial de 2009. Ela foi banido por dois anos e teve mais dois anos de seus resultados anulados.

Anteriormente, cinco marchadores russos, sendo três deles medalhistas de ouro olímpicos, receberam suspensões que variavam entre três anos e dois meses ao banimento por toda a vida. Eles foram despojados de cincos medalhas em Mundiais de Atletismo.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) anunciou neste sábado (16) que os jamaicanos Usain Bolt e Shelly-Ann Fraser-Pryce foram eleitos os melhores atletas do ano nas respectivas premiações masculina e feminina promovidas pela entidade.

Os dois receberam o troféu de melhor atleta do ano em uma cerimônia realizada neste sábado, em Mônaco, onde Bolt se sagrou campeão da honraria pela quinta vez em sua assombrosa carreira. Já a sua compatriota nunca havia sido consagrada pela IAAF como a melhor de uma temporada pelo organismo.

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Bolt superou o britânico Mo Farah e o ucraniano Bohdan Bondarenko, outros dois finalistas desta premiação, para voltar a fechar uma temporada como o melhor atleta do ano. Já Fraser-Pryce triunfou na disputa direta que travava com a neozelandesa Valerie Adams e a checa Zuzana Hejnova.

Neste ano, o maior velocista de todos os tempos voltou a fazer história ao conquistar as medalhas de ouro nas provas dos 100 e 200 metros, além do revezamento 4x100 metros no Mundial de Moscou. Em 2012, ele havia sido ouro nestas três provas na Olimpíada de Londres. O astro também faturou o prêmio da IAAF em 2008, 2009, 2011 e 2012.

Ao receber a premiação neste sábado, Bolt já projetou o seu maior objetivo para 2014. "Esta temporada (do próximo ano) será única para quebrar o recorde mundial dos 200 metros. Quero estar pronto para atacar o recorde", disse Bolt, que já ostenta a marca mundial da distância, que é de 19s19.

Fraser-Pryce, por sua vez, acabou eleita a melhor atleta do ano entre as mulheres ao também faturar três ouros no Mundial de Atletismo de Moscou. Ela foi ao topo do pódio nos 100 e 200 metros e também no revezamento 4x100 metros com a equipe jamaicana, assim como fez Bolt entre os homens.

"Estou chocada e empolgada. Isso é algo com o qual eu sonhava", disse a atleta ao comemorar o seu feito. Ela se tornou a segunda jamaicana a ser eleita a melhor do ano pela Iaaf, depois de Merlene Ottey ter faturado a honraria em 1990.

Pela premiação, Bolt e Fraser-Pryce também receberão um cheque de US$ 100 mil cada um, sendo que esta foi a primeira vez, desde 1993, que dois atletas do mesmo país foram consagrados os atletas do ano pela IAAF.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira as três finalistas que concorrem ao prêmio de melhor atleta do ano. A disputa está entre a neozelandesa Valerie Adams, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce e a checa Zuzana Hejnova.

A relação de três finalistas saiu de uma lista inicial de dez nomes e foi definida através da votação de membros da IAAF, diretores de competições internacionais, atletas, representantes dos competidores e jornalistas especializados. E a vencedora será revelada na Festa de Gala do Atletismo, que será realizada no dia 16 de novembro, em Mônaco.

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Campeã olímpica em 2008 e 2012, Adams conquistou no Mundial deste ano, realizado em Moscou, a sua quarta medalha de ouro consecutiva no arremesso de peso, um feito até então inédito entres as mulheres no atletismo.

Fraser-Pryce, ouro olímpico na disputa dos 100 metros em 2008 e 2012, fez ainda melhor no Mundial de Atletismo ao vencer três provas - os 100 e 200 metros e também o revezamento 4x100 metros com a equipe jamaicana.

Já Hejnova, bronze olímpico na Olimpíada de Londres, foi campeã dos 400 metros com barreiras na última edição do Mundial de Atletismo. Neste ano, ela também se destacou por vencer a prova em cinco etapas da Diamond League.

Nenhuma das três finalistas foi eleita a atleta do ano nas temporadas anteriores. Além do prêmio feminino, a Festa de Gala do Atletismo também terá a premiação do melhor atleta. Os finalistas foram anunciados na última segunda-feira e são o jamaicano Usain Bolt, o britânico Mo Farah e o ucraniano Bohdan Bondarenko.

A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira os nomes de dez homens e dez mulheres que concorrerão ao prêmio de melhor atleta do ano. Os 20 nomes foram escolhidos por um grupo de especialistas da entidade espalhados pelos seis continentes do planeta.

A Iaaf informou que uma votação iniciada nesta terça, e prevista para acabar em 27 de outubro, definirá os três finalistas da premiação masculina e os outros três da feminina. A eleição contará com a participação de membros da Iaaf, diretores de competições internacionais, atletas, representantes de atletas e jornalistas especializados.

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O grande nome entre os candidatos desta premiação, como não poderia ser diferente, é o jamaicano Usain Bolt, maior astro do atletismo e que voltou a se consagrar no último Mundial, realizado em Moscou, na Rússia, em agosto, onde se tornou tricampeão da prova dos 200 metros e faturou pela segunda vez o título dos 100 metros.

O queniano Wilson Kipsang, que no último domingo estabeleceu o novo recorde mundial da maratona, em Berlim, também está entre os dez candidatos entre os homens. O fundista britânico Mo Farah, campeão mundial neste ano nos 5.000 e nos 10.000 metros, provas que ostenta também a condição de atual campeão olímpico, é outro grande nome desta votação.

Já entre as mulheres, destaque para a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, medalha de ouro nas provas dos 100 e 200 metros e no revezamento 4x100m do Mundial de Moscou, mesmo feito obtido por Bolt entre os homens na competição.

Os dois grandes vencedores desta premiação serão conhecidos em 16 de novembro, na festa de gala promovida pela Iaaf, em Mônaco.

Confira os candidatos da premiação da Iaaf em 2013:

Masculino

Mohammed Aman (ETI)

Usain Bolt (JAM)

Bohdan Bondarenko (UCR)

Ashton Eaton (EUA)

Mohamed Farah (GBR)

Robert Harting (ALE)

Wilson Kipsang (QUE)

Aleksandr Menkov (RUS)

LaShawn Merritt (EUA)

Teddy Tamgho (FRA)

Feminino

Valerie Adams (NZL)

Abeba Aregawi (SUE)

Meseret Defar (ETI)

Tirunesh Dibaba (ETI)

Shelly-Ann Fraser-Pryce (JAM)

Zuzana Hejnova (RCH)

Caterine Ibargüen (COL)

Sandra Perkovic (CRO)

Brianna Rollins (EUA)

Svetlana Shkolina (RUS)

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