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Com futuro promissor na marcha atlética, tendo inclusive conquistado recentemente o primeiro lugar na prova de cinco quilômetros dos jogos universitários realizados na Rússia. O jovem pernambucano Hiago Garcia sofreu um baque no último dia 21 deste mês, quando foi suspenso por quatro anos acusado de doping.

Com 20 anos, e nascido no município de Petrolina ele tinha como pretensão chegar ao Jogos Olímpicos do Rio neste ano, porém denúncia de uso de substâncias ilícitas o tirou este direito. Substâncias essas que ele afirma não ter consumido e acredita ser vítima de uma sabotagem. “Acredito que fui sabotado sim, não sei quem fez e por qual motivo fizeram isso. Se foi feito propositalmente foi por maldade, acredito”, desabafou o atleta ao Portal LeiaJá. A denúncia é referente a um exame realizado no dia 1º de julho de 2015, ainda na época dos Campeonatos esportivos universitários, onde foi encontrado o uso de "Fenoterol e Peroxisome e seus agonista".

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Vale lembrar que recentemente a Rússia, país que Hiago mora há dois anos, esteve envolvida em diversos casos de atletas acusados de doping, passando, inclusive, a ser investigada por uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (WADA) como possuindo um sistema de dopagem institucionalizado que envolve técnicos, atletas, dirigentes e até representantes do governo.  Contudo, o pernambucano acredita que o seu caso não tem a ver com toda essa polêmica envolvendo o país europeu. “Não acredito, nada tem haver uma coisa com a outra. Apesar de ser muita coincidência”, comentou.

O atleta afirma ter ficado perplexo ao receber a notícia da suspensão, e apesar de tentar, não tem como recorrer da decisão por ausência de provas que comprovem sua inocência. “Eu e os meus treinadores ao recebermos a notícia, ficamos em estado de choque, pois jamais na nossa equipe consumiríamos isso. Procurei maneiras para contestar a decisão, mas como não temos provas disso, a IAAF e a WADA não aceitaram. Infelizmente eu tive que aceitar a suspensão”, lamenta.

Apesar do ocorrido, no entanto, ele não lamenta a decisão de ter trocado o Brasil pela Rússia para realizar seus treinamentos revelando um suporte para a prática do esporte que não recebia aqui. “Não me arrependo, pois a estrutura esportiva na qual eu treino aqui, não existe em Pernambuco. A forma que me acolheram e fizeram e fazem coisas por mim, nunca ninguém fez no Brasil. Na Rússia eu tenho um centro olímpico só de marcha atlética, treino com os melhores atletas do mundo que de certa forma me ajudaram muito no meu rendimento e evolução”, revelou.

Ele ainda diz poder contar com um apoio médico gratuito lá que caso estivesse no Brasil teria que bancar do próprio bolso. “Tenho atendimento médico especializado, fisioterapeutas, terapeuta, nutricionista, massagista e entre outros totalmente de graça e olha que eles nem tem obrigação de fazer isso por mim, pois estou defendendo a bandeira do Brasil nas competições e não a Russa. No Brasil, nunca tive um fisioterapeuta se quer. Se eu quisesse um fisioterapeuta, nutricionista, psicologo, etc. Eu teria que pagar do próprio bolso”, afirmou. Hiago aproveitou para finalizar afirmando que não abandonará o esporte mesmo após o ocorrido: “Sim, quero continuar na marcha atlética. A minha carreira esportiva não acabou”.

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