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A deputada estadual Dani Portela (PSOL) esteve nesta sexta-feira (28) na sede do Sindicato dos Rodoviários para acompanhar e prestar solidariedade ao presidente Aldo Lima, que foi preso pela Polícia Militar antes das 5h da manhã na garagem da Grande Recife Consórcio. Enquanto presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Portela afirmou que vai solicitar as imagens das câmeras de segurança, que captaram o momento da prisão, ao governo do estado. Segundo a parlamentar, Lima teria sido detido de forma arbitrária.

"A Comissão também remeteu uma denúncia ao Ministério Público, à corregedoria da Secretaria de Defesa Social e à Secretaria de Justiça do Estado sobre a ação da Polícia Militar. O direito à greve é legítimo. Não podemos normalizar a violência contra trabalhadoras e trabalhadores”, afirmou Portela na publicação.

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A parlamentar ressaltou que nos últimos dias vem recebendo denúncias quanto à conduta de algumas entidades de segurança em relação à paralisação, fazendo uso de spray de pimenta, por exemplo. "Não dá para tratar trabalhador assim, é uma greve séria por um motivo justo: melhores condições de trabalho", finalizou a deputada.

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Parlamentares repudiam ação da Polícia

Também nas redes sociais, a vereadora do Recife Liana Cirne (PT) comentou a atitude da Polícia Militar e se solidarizou ao movimento grevista. “Enquanto Pernambuco agoniza com o crescimento da violência, com delegacias sem delegados nomeados, com a crise da segurança pública, a polícia militar foi designada para fazer repressão ao movimento, como nos tempos da ditadura”, escreveu no seu perfil.

O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) declarou apoio aos trabalhadores em realizar a greve, por ser um direito constitucional às categorias. “Os motoristas estão em pleno exercício do direito de greve, e não podem ser cerceados pela força do Estado”, afirmou em sua publicação.

Governadora se posiciona

No final da manhã, a governadora Raquel Lyra (PSDB), se pronunciou nas redes sociais, prestando apoio ao presidente do Sindicato dos Rodoviários. O comentário foi considerado o primeiro posicionamento do governo do estado em relação à greve dos rodoviários, que teve início na última quarta-feira (26), e estava anunciada desde o dia 19 deste mês.

A ex-candidata ao governo estadual, Marília Arraes (Solidariedade), também comentou o ocorrido, prestando solidariedade ao sindicalista e criticando a atitude do Estado. “Falta de diálogo é o retrato do despreparo”, disparou. 

Aldo Lima foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, mas foi liberado ainda no final da manhã.

A categoria agendou uma nova assembleia para a tarde desta sexta para definir os próximos passos da greve.

A Região Metropolitana do Recife chegou, nesta quinta-feira (27), ao segundo dia da greve dos rodoviários, que segundo o sindicato da categoria, a paralisação não tem prazo de término. Sendo assim, a vereadora da cidade do Paulista, Flávia Hellen (PT-PE), se manifestou em apoio ao movimento grevista. 

Os profissionais pedem reajuste salarial de 5%, valor de R$ 500 no vale alimentação e uma gratificação de R$ 200 pela dupla função de motorista e cobrador. 

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"Não é de hoje o processo de precarização da categoria rodoviária. Seja pela dupla função, consequentemente o aumento do trabalho, ou seja pela situação de insegurança dos ônibus sucateados de terminais integrados. Agora, depois de inúmeras tratativas junto ao Governo do Estado para pedir melhor condições de trabalho, para pedir um vale alimentação e para pedir reajuste salarial, o Governo do Estado e as empresas de transporte, não apresentaram nenhuma proposta de reajuste salarial. Por isso, a categoria teve como principal meio de reivindicar e de pressionar, decretar a greve", disse Flávia Hellen. 

Vale ressaltar que, na manhã de hoje, uma reunião de conciliação foi realizada entre o Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR e a Urbana-PE, porém nenhum acordo foi selado.  

O impasse impacta cerca de 1,2 milhão de pessoas que dependem do transporte público para se locomover nos municípios da RMR, segundo dados do Grande Recife Consórcio de Transporte. 

Ao detalhar os inúmeros problemas enfrentados por usuários do transporte público, a vereadora disse que a população "sofre com o sucateamento do serviço" pois o governo do estado "não resolve os problemas estruturais e não tem coragem de enfrentar o monopólio do transporte". 

"Aqui em Paulista nós temos um crescimento habitacional em número de pessoas e mesmo assim, temos inúmeros bairros, loteamentos e áreas que se quer os ônibus entram nesses locais. Ônibus sucateado, passagem caríssima, muitas áreas descobertas e o terminal Pelópidas Silveira abandonado", disse. 

A parlamentar ainda informou que mesmo depois do fim da pandemia do Covid-19, quando ações preventivas reduziram as frotas para combater a disseminação da doença, algumas linhas ainda não foram restabelecidas. 

"Bairros grandes com Paratibe, Arthur Lundgren, e Mirueira, os usuários passam duas horas, duas horas e meia pra pegar o transporte público", relatou. "É um problema estrutural e o Governo do Estado primeiro tem que pagar e aceitar o pleito da categoria, cobrar que a Urbana-PE faça o pagamento, mas também discutir para criar um consórcio metropolitano, discutindo com as prefeituras e com as câmaras um novo modelo de transporte público", completou. 

Nesta sexta-feira (28), o Sindicato dos Rodoviários informou que convocará uma nova assembleia da categoria para conseguir algum acordo com a Urbana-PE. No entanto, afirmou que a greve está mantida, até segunda ordem. 

 

Nem 100% paralisados, como prometeu o Sindicato dos Rodoviários, e nem 80%, como garantiu o Consórcio Grande Recife. A capital pernambucana amanheceu com alguns poucos ônibus circulando nesta quarta-feira (26).

Depois de garantir que 80% da frota estaria circulando, o Grande Recife recuou logo nas primeiras horas do dia e informou que, "até o momento (por volta das 7h), 27% da frota programada para esta quarta-feira (26) está em operação".

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Ainda de acordo com o órgão, fiscais estão acompanhando a "circulação dos ônibus e atuando na verificação da operação programada".

Um dos poucos ônibus em circulação no Recife trafega pela avenida Abdias de Carvalho. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Nas garagens, rodoviários celebram sucesso da greve

Os membros do sindicato foram até as garagens das empresas de ônibus para conversar com trabalhadores e talvez até impedir a saída de coletivos para normalizar a circulação, mas, segundo Sérgio Prado, da comunicacão do Sindicato dos Rodoviários, o movimento teve sucesso.

"Foi muito positivo, porque a adesão da categoria foi massiva. Vamos ficar mais um tempo nas garagens e depois vamos para o sindicato para avaliar o movimento e traçar as táticas para a continuidade da greve", explicou Prado.

Na garagem do Consórcio Recife, antiga Pedrosa, ônibus ficaram todos estacionados. Foto: Victor Gouveia/LeiaJá

Olinda

Na garagem da empresa Cidade Alta, a polícia militar tentou negociar a saída de mais veículos para circulação, mas rodoviários não abriram mão do direito de fazer a greve.

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O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) se reuniu em assembleia nesta terça-feira (25) e decidiu, em votação, por paralisar as atividades por 48 horas a partir desta quarta-feira (26). Uma nova assembleia ficou agendada para a próxima terça-feira (1) para decidirem se será deflagrada greve por tempo indeterminado.

Maquinistas e demais colaboradores representados pelo Sindmetro estiveram presentes para assinar a ata e votar. A adesão se junta à paralisação do sindicato dos rodoviários, que deflagrou greve por tempo indeterminado por falta de acordo entre o grupo e o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Pernambuco (Urbana-PE).

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“Ação conjunta”

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, esteve presente no palanque da assembleia, para fortalecer as pautas levantadas, e defender a união das reivindicações das categorias. “A luta do metroviário é a luta do rodoviário, do professor, do gari, de todas as categorias”, declarou Lima em sua fala. “Não conseguimos avançar nas negociações. Tivemos de ir para uma greve porque [os empresários do transporte de Pernambuco] não sabem negociar”, afirmou.

Categoria é contra a privatização

A principal demanda do Sindmetro-PE, além do reajuste salarial junto à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), é que a administração do metrô do Recife seja retirada do Plano Nacional de Desestatizaçao (PND), para que o serviço não seja privatizado. De acordo com o Sindmetro-PE, a empresa aprovou a pauta da categoria em uma reunião no dia 19, mas pediu para reiniciar as negociações.

"Nós não aguentamos mais a situação e precisamos fazer com que a empresa honre seus compromissos", afirmou o presidente Luiz Soares. Representantes defendem pautas “Para que seja uma grande mobilização em conjunto, para mostrar aos empresários nossa moral”, declarou Presidente da Central Sindical Popular (CSP) Conlutas.

“Não resolveu na França, não resolveu na Inglaterra, não resolveu em São Paulo, não vai resolver aqui”, afirmou Helmilton Bezerra, representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Pernambuco (CTB-PE). O presidente do Sindmetro, Luiz Soares, informou as tentativas foram feitas de diálogo para que a privatização não aconteça. Caso não haja consenso na próxima assembleia, marcada para a terça-feira (1), o indicativo de greve por tempo indeterminado foi levantado.

Apenas no Recife, 1,7 milhão de pessoas dependem de ônibus para se locomover diariamente  Com a deflagração da greve dos rodoviários de Pernambuco, a partir desta quarta-feira (26), milhares de passageiros poderão ter seus trajetos afetados.

Apenas o Recife concentra cerca de 1,7 milhão de passageiros que dependem dos ônibus diariamente. É o caso de Débora Silva, 30, moradora de Jaboatão dos Guararapes. Para se locomover de sua casa para o trabalho, ela utiliza dois ônibus e um metrô, e a greve representa transtorno em sua rotina.

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“O metrô parando, não tem nem como eu chegar até o centro do Recife. E o ônibus também não tem como me locomover até a integração de Jaboatão”, afirmou. Além dos rodoviários, os maquinistas também se reúnem nesta quarta para decidir se a categoria também adere à greve por tempo indeterminado.

Se espalhou durante este final de semana em grupos de Whatsapp um texto afirmando que "a partir das 0h desta segunda-feira (25) haverá uma greve geral de cobradores e motoristas de ônibus, em toda a Região Metropolitana do Recife". No entanto, o presidente eleito do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima (que será empossado em dezembro) nega que haja qualquer mobilização neste sentido e disse que não sabe de onde essa informação partiu.

Aldo não só explica que a informação é falsa como afirma que não há nenhum indicativo de greve oficializado. “Recebi várias ligações de pessoas e da imprensa me questionando sobre essa greve, mas não tenho ideia de onde partiu isso. Me disseram que havia um informativo desse com a data de dezembro e agora mudaram a data e colocaram para amanhã. Estamos de fato insatisfeitos com as demissões e já protocolamos, há três semanas um pedido de audiência com o governador. Nós não fomos atendidos, mas vamos continuar tentando”, assegurou.

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O presidente eleito do Sindicato dos Rodoviários também disse que a defesa dos trabalhadores rodoviários está ganhando. “A luta hoje está crescendo com o apoio das lideranças comunitárias que estão insatisfeitas com os constantes assaltos a ônibus, os atrasos nas viagens e os acidentes”, pontuou.

O líder sindical ainda detalhou sobre um inquérito civil que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu, no qual trata “acerca da possibilidade de acúmulo de função das atividades de cobrador pelo motorista”. Na decisão assinada pelo procurador do Trabalho José Laízio Pinto Júnior, no dia 31 de outubro, consta a determinação de que as empresas de ônibus devem ser notificadas e responder enumerando as demissões e os funcionários que estão acumulando funções.

“Outrossim, devem ser notificadas TODAS AS EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO URBANO DE PASSAGEIROS DA RMR (Borborema, Cidade Alta, Transcol, Vera Cruz, etc) para que prestem as seguintes informações: i) se fazem ou já fizeram uso da cláusula 25ª da CCT em suas relações de trabalho; ii) quantos motoristas, atualmente, se encontram abrangidos pela autorização de acúmulo de função das atividades de cobrador constantes nas mencionadas cláusulas (vigésima quinta; 25ª) das CCTs 2018/2019 e 2019/2020, apresentando relação com nome completo, CPF, data de admissão, matrícula, e linhas de ônibus nas quais estão lotados; iii) quantos cobradores já foram dispensados desde o início de tal previsão normativa até o presente momento em decorrência desse processo de substituição de cobradores/acumulo de função por motoristas, apresentando, igualmente, relação com nomes completos, CPFs, matrículas, datas de admissão e dispensa, e endereços residenciais; iv) quantos cobradores ainda ativos se encontram na iminência ou no cronograma de serem dispensados neste ano e também no próximo ano de 2020 em decorrência desse processo, apresentando, igualmente, relação com nomes completos, CPF, matrícula, data de admissão, e endereços residenciais; v) como está sendo formalizada a alteração contratual desses motoristas que estão acumulando as funções de cobrador, se mediante apenas acordo verbal ou termo aditivo escrito ao contrato de trabalho, apresentando, neste último caso, cópia de todos os termos aditivos em que colhidos o aceite do trabalhador quanto à alteração do seu contrato; vi) quais linhas de ônibus estão funcionando atualmente sem cobradores, e o cronograma de quais linhas vão funcionar até 2020 nesta mesma condição, à vista da nova data constante da cláusula 25ª da mais recente CCT 2019/2020. Dê-se ciência deste despacho ao noticiante. Vencido o prazo assinalado, com ou sem respostas solicitadas, voltem-me conclusos. Cumpra-se. Recife, 31 de outubro de 2019 (Firmado por assinatura digital - MP 2.200-2/2001) JOSÉ LAÍZIO PINTO JÚNIOR Procurador do Trabalho”.

Após a suspensão da greve parcial de motoristas de ônibus da capital, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), assinou ontem 32 novos contratos para operação do transporte público da capital paulista, que vinham sendo barrados por contestações na Justiça e no Tribunal de Contas do Município (TCM) desde 2013. Agora no valor de R$ 63 bilhões, essa é uma das maiores licitações do País. Em relação à paralisação, a polícia ainda investiga locaute - paralisação patrocinada pelos empregadores.

Os contratos assinados, por 15 anos, não alteram as empresas que já operam nem as estimativas de gasto anual do serviço. Nos bastidores, alguns empresários do setor defendiam a renovação dos atuais contratos de emergência, que custam mais caro aos cofres públicos, até que os donos das empresas e a Prefeitura chegassem a um acordo sobre o prazo de vigência e os valores envolvidos. A resistência a esses novos contratos é apontada pelos auxiliares mais próximos do prefeito como uma das causas da paralisação, que afetou 30% da frota.

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Essa mobilização ocorre em um momento em que empresas de ônibus da zona sul perderam cerca de 28% dos passageiros para a Linha 5 do Metrô. E às vésperas da implementação de mudanças na rede. As linhas mais afetadas foram justamente das empresas Sambaíba e Santa Brígida, na zona norte. Com a nova organização do sistema, os itinerários estruturais das viações ficaram menores.

O cenário de crise estaria por trás da falta de caixa que impediu o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os motoristas e cobradores, que decidiram cruzar os braços. A avaliação dos aliados do prefeito é que esse cenário ruim para os empresários se associou à vontade política do sindicato de fazer a greve.

Ofício assinado pelo secretário municipal de Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues de Oliveira, foi enviado à Delegacia de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) para fazer representação formal sobre suspeitas de locaute. A delegada Fabíola de Oliveira Alves decidiu abrir inquérito ainda ontem. "Cabe à polícia (dizer se foi locaute). Quem investiga prática de crimes é a Polícia Civil", afirmou o prefeito.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros, Francisco Christovam, descartou possibilidade de locaute. "Não procede, é uma informação equivocada que foi passada para ele (Covas)." Valdevan Noventa, presidente do sindicato dos motoristas e deputado federal pelo PSC de Sergipe, também negou ação conjunta.

Covas relatou ter feito diversas reuniões com motoristas e cobradores. Esses profissionais alegavam temor de que, com os novos contratos, a quantidade de coletivos em operação seja reduzida e os cobradores acabem demitidos. O prefeito destacou que a assinatura dos termos ocorreu após aval da Procuradoria-Geral do Município (PGM), e não teve relação com a greve. Ele disse também que a Prefeitura se comprometeu a não fazer de forma imediata a revisão da frota ou do papel dos cobradores.

O prefeito descartou atraso em repasses às empresas do setor e disse que haverá uma antecipação de R$ 40 milhões nos pagamentos que pode ajudar na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos funcionários. "O resultado é positivo. Desde 2013, das gestões do PT, a cidade vivia com contratos emergenciais, o que ajudou a sucatear o sistema."

A Prefeitura argumenta que, além de reduzir o tempo de duração dos contratos, os empresários terão menos lucro. A taxa de retorno do setor deve mudar de 9,8% para 9,1% do investido. O valor dos contratos, que para um prazo de 20 anos era de R$ 71 bilhões, passará para R$ 63 bilhões. A mudança de prazo atendeu ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, que entendeu que a lei que havia determinado duração de 20 anos para os contratos foi aprovada na Câmara de forma irregular.

Futuro

Questionado se essa decisão pode levar a novas ações, Covas disse que sim. "Toda decisão pode ser questionada pelo Poder Judiciário, isso faz parte do regime democrático. Mas é para isso que a gente consulta a Procuradoria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As aulas no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) permanecem suspensas nesta quarta-feira (5), devido à continuidade da paralisação dos rodoviários na Região Metropolitana do Recife. As demais atividades acadêmicas e administrativas, porém, estão mantidas. 

A Reitoria recomendou que as chefias imediatas organizem o funcionamento dos setores, considerando as possíveis ausências dos servidores técnicos e docentes que dependem de transporte público rodoviário, sem haver registro de falta. Após o fim da greve, a Proacad divulgará os ajustes no calendário acadêmico. Nas unidades de Vitória de Santo Antão e Caruaru, as atividades serão normais 

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O Sindicato dos Rodoviários terá uma audiência de conciliação e instrução às 11h desta terça-feira (4) na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6). De acordo com representantes da categoria, não houve notificação acerca da audiência, da qual tomaram conhecimento através da imprensa, mas a expectativa é ouvir as propostas e realizar uma assembleia, logo em seguida, para avaliar sobre a continuidade ou encerramento da greve.

O sindicato também informou que não há nenhum ato de protesto marcado e que está sendo cumprida a determinação de manter 30% da frota circulando e 50% nos horários de pico. As demandas dos trabalhadores são por reajuste salarial de 7% e aumento de 25% no auxílio-alimentação, que passaria para R$ 281,25. A classe patronal ofereceu, até a última semana, reajuste de 4% no salário e pouco mais de 11% no tíquete alimentação.

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De acordo com informações do TRT, a audiência será realizada entre o sindicato e a classe patronal integrantes do processo, que teriam sido notificadas às 8h desta terça-feira (4), pois quando o oficial de justiça tentou realizar a notificação na segunda-feira (3), o sindicato já estava fechado. Caso não haja nenhum acordo após a audiência, o processo segue para julgamento no Pleno do Tribunal. 

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Mesmo sem contar com a grande adesão da primeira Greve Geral, ocorrida no dia 28 de abril, a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT) estimou um público otimista para a manifestação realizada nesta sexta-feira (30), com concentração na praça do Derby e saída pela Avenida Conde da Boa Vista, Centro do Recie. Segundo a organização, 30 mil pessoas participaram do ato que pediu a saída do Presidente Michel Temer e protestou contras as reformas trabalhistas e da previdência.

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Carlos Veras, presidente estadual da CUT, que afirmou mais cedo que Pernambuco parou com greve, afirmou, ao fim da caminhada, que a paralisação dos rodoviários, prevista para a próxima segunda-feira (3), será uma continuidade da manifestação. "Não vai ter ônibus, a greve continua. Vamos fechar as garagens se não negociarem. Os empresários do setor financiaram Temer e deputados que estão tirando nossos direitos. Não há pauta dissociada", disse.

Veras ainda afirmou que a Greve Geral conseguiu passar o seu recado Brasil afora. "Estivemos em contato com outros estados e a avaliação foi satisfatória em todos eles. O balanço foi muito positivo. Tivemos muitos piquetes e protestos espontâneos espalhados. Com muita dificuldade, conseguimos nosso objetivo", garantiu.

O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco não irá aderir à Greve Geral desta sexta-feira (30), paralisação que acontece em todo o Brasil em favor das eleições diretas e contra as reformas trabalhista e da previdência. A decisão foi tomada em assembleia na tarde desta quinta-feira (29), na sede da entidade, no bairro de Santo Amaro. O motivo da não adesão foi uma notificação recebida da Justiça que prevê uma multa de R$ 100 mil, caso o serviço de ônibus seja paralisado.

Porém, na próxima segunda-feira (3), a promessa é que as cidades amanheçam sem ônibus. Na mesma assembléia, a categoria resolveu entrar em greve pela campanha salarial de 2017. Segundo a assessoria do Sindicato, o valor de reajuste foi muito abaixo do esperado e as negociações não andaram. 

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Os trabalhadores pedem aumento de 14% no piso salarial, 38% no valor do tíquete alimentação, 50% de participação das empresas no pagamento do plano de saúde e permanência dos cobradores, que estão sendo demitidos, por causa da exclusividade no cartão VEM em algumas linhas.

Metrô - A CBTU Recife informou através de nota que a Linha Centro do Metrô do Recife funcionará das 5h às 9h e das 16h às 20h, horários de pico do sistema. A Linha Diesel (VLT) não terá operação. A decisão foi tomada pela Superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de modo a minimizar os transtornos para os usuários devido à adesão do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco à Greve Geral. Neste dia, os trens serão pilotados por supervisores e instrutores de maquinistas, equipe técnica qualificada para operar o sistema.

Motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo pretendem paralisar o serviço nesta terça-feira (16) das 14h às 17h.

A categoria entrará em greve por não aceitar a proposta das empresas de ônibus: o pagamento do reajuste salarial de 3% parcelado em duas vezes. Os profissionais também reivindicam Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

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A Secretaria de Transportes e Mobilidade pediu aos profissionais que continuem as negociações com suas respectivas empresas, mas que não paralisem as linhas de ônibus. Em resposta, o Sindmotoristas (sindicato da categoria) afirmou que haverá bloqueio nos terminais de ônibus da cidade caso não cheguem a um acordo. 

As empresas mais afetadas serão a Sambaíba, na zona norte, e Ambiental, na zona leste, incluindo os trólebus.

Após descartar a possibilidade de um novo ato nesta segunda-feira (3), a oposição dos rodoviários, que conta com o apoio da Central Sindical Popular (CSP), confirmou uma nova paralisação na próxima quarta-feira (5). A movimentação está marcada para o início da manhã, em 14 garagens de ônibus instaladas na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o líder da oposição Aldo Lima declarou que o próximo ato será ainda mais intenso, a fim de garantir a adesão de um maior número de rodoviários. Com o objetivo de sensibilizar a população, os oposicionistas realizarão um ato pacífico na Praça do Diário, por volta das 15h desta terça-feira (4), com a distribuição de carta aberta à população informando as lutas da classe. “A ideia é sensibilizar a população sobre as reivindicações da categoria, como reajuste salarial e do ticket alimentação”, comentou Lima.

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Com informações de Roberta Patu

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) suspendeu todas as atividades acadêmicas no Campus Recife nesta terça-feira (14). Segundo a assessoria de comunicação da instituição de ensino, a suspensão acontecerá por causa da greve do transporte rodoviário que atingirá a capital pernambucana e Região Metropolitana (RMR).

De acordo com a Federal, a paralisação é válida para os três turnos do Campus Recife. Também não haverá funcionamento no Restaurante Universitário (RU) nesta terça-feira. A UFPE ainda não informou quando nas atividades serão retomadas.

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A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) informou, nesta segunda-feira (1°) pela manhã, por meio de um boletim oficial, que as aulas foram suspensas por causa da greve de ônibus. A previsão é de que as aulas voltem nesta terça (2). Tudo depende do decorrer da paralisação. A orientação dada aos alunos foi de se comunicarem com os professores.

Já na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as atividades da área 2 (cursos de exatas) estão suspensas. Os alunos que querem informações sobre os outros cursos devem entrar em contato com as coordenações de cada graduação.

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Outras instituições de ensino superior, como a UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - e as Faculdades Integradas Aeso Barros Melo, mantiveram as aulas.

Com informações da assessoria

Enquanto o julgamento do dissídio dos rodoviários grevistas acontece na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, cerca de 100 motoristas, fiscais e cobradores saíram em caminhada da frente dos Correios, na avenida Guararapes, por volta das 15h, e estão ocupando a frente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), local onde acontece hoje uma possível decisão sobre a greve da categoria. 

Segundo um dos cobradores que participam da mobilização em frente ao TRT, Sandro Morais, de 30 anos, se for aceito pelo menos 15% de aumento salarial eles voltarão ao trabalho normalmente nesta sexta-feira (6). Caso o contrário, ele afirmou que "o Recife vai parar". "Mas estamos otimistas que o juiz reconheça nosso trabalho e esteja à nosso favor", disse Sandro.

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Já para Sofia Costa, 43 anos, que também é cobradora, o ocorrido na última terça-feira, quando parte dos manifestantes fecharam ruas do centro do Recife e furaram pneus de coletivos, provavelmente irá contribuir para a queda dessa porcentagem. Pelos bastidores, ela afirmou que o acordo deverá ser fechado em 7,5%. "Naquele dia, ficou acordado no Sindicato que a categoria iria para a garagem impedir que os coletivos que não participassem saíssem. Só que parte da categoria decidiu fazer isso, agindo fora da legalidade, pela emoção e não pela razão. Faltou juízo nas pessoas e a gente perdeu força por causa disso", disse Sofia. "Estou lutando pelos meus direitos, mas fugimos do controle e prejudicamos a população".

Os manifestantes estão com faixas com os dizeres: "Rodoviários pedem socorro: greve por melhores salários" e "Salário rodoviário em luto", além de carros de som à postos no local, aguardando algum posicionamento do julgamento. Cerca de 20 policiais militares fazem a segurança do local.

*Com informações da repórter Damares Romão.

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