Google anunciou nesta quarta-feira (29) que disponibilizou ao público geral seu aplicativo profissional de videoconferência, em um momento em que milhões de pessoas confinadas utilizam a internet para se comunicar durante a pandemia.
O Google Meet estava até agora reservado a clientes profissionais, cerca de 6 milhões de empresas e organizações que usam G-Suite, a variedade de ferramentas do Google para empresas.
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Meet estará disponível "para todos os usuários do mundo, para que todo tipo de pessoa possa se comunicar, colaborar e manter contato de maneira mais efetiva durante a pandemia", afirmou à AFP o vice-presidente do G-Suite, Javier Soltaro.
O uso de aplicativos de chamadas de vídeo explodiu desde março devido à pandemia de COVID-19 e ao subsequente confinamento de milhões de pessoas.
Muitos se voltaram para o Zoom, que teve problemas de segurança como roubo de dados e assédio por indivíduos que se intrometem em reuniões sem ter sido convidados, um fenômeno batizado como "Zoombombing".
O Google Meet reúne três milhões de novos usuários diários todos os dias desde o início de abril e seu uso cotidiano se multiplicou por 30 desde janeiro, segundo dados publicados pela divisão "cloud" (armazenamento de dados à distância) do gigante da internet.
A plataforma de chamadas por vídeo será progressivamente ampliada ao público geral nas próximas semanas, contando com que as pessoas tenham uma conta Google (Gmail) ou uma "identidade Google", que pode ser criada com qualquer direção de e-mail pessoal ou profissional.
O Google Meet, que já propôs opções como dividir a tela ou usar legendas em tempo real para pessoas surdas, vai adicionar novos formatos de visualização como a apresentação em mosaico dos participantes, disse Soltaro.
O modo "mosaico" foi popularizado nas últimas semanas pelo Zoom, um software americano projetado para empresas que se estendeu rapidamente ao público geral, e que foi amplamente adotado para conversas à distância, mas também cursos de yoga, cerimônias religiosas ou cursos escolares.
Teams, da Microsoft, reagiu acrescentando opções semelhantes. O Facebook lançou na sexta-feira um novo aplicativo, o Messenger Rooms, que permitirá encontrar amigos em "salas" virtuais.