Tópicos | golpe de 64

O vice-presidente do Brasil, General Hamilton Mourão (PRTB), usou seu perfil no Twitter, nesta quarta (31), para celebrar o aniversário do Golpe Militar de 1964. Em tom elogioso, ele relembrou o movimento ocorrido há 57 anos e acabou recebendo  muitas críticas.

Em sua postagem, o vice-presidente disse: “Neste dia, há 57 anos, a população brasileira, com apoio das Forças Armadas, impediu que o Movimento Comunista Internacional fincasse suas tenazes no Brasil. Força e Honra!”. A publicação veio acompanhada de fotos do Centro de Documentação da Fundação Getúlio Vargas.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Em pouco tempo, o posicionamento de Mourão causou reações, sobretudo negativas. Nos comentários, os internautas criticaram bastante a postura do vice-presidente. “O senhor acha que a ditadura matou pouco por isso você e o presidente resolveram matar o resto dos brasileiros?”; “Um povo na mão de defensores de estupradores, torturadores e assassinos. Um país desgraçado. Vergonha mundial”; “Que um dia o Brasil tenha coragem de enfrentar esses monstros do passado como o Sr de uma vez por todas”; “Ditadura não se comemora, se lamenta”; “Um vice-presidente da República, em plena democracia, celebrar um golpe militar. O senhor não tem vergonha?”. 



 

Na próxima terça (12), o Cinema São Luiz recebe a pré-estreia do documentário Osvaldão. O filme conta a trajetória de uma das principais lideranças guerrilheiras do Araguaia, o mineiro Osvaldo Orlando Costa, que se transformou num ícone da resistência pela democracia contra a ditadura militar. A sessão é gratuita.

A história de Osvaldão é recontada a partir de depoimentos e um rico material de arquivo. As gravações foram feitas em sua cidade natal - Passa Quatro, em Minas Gerais; no Araguaia e no Rio de Janeiro. A produção conta, também, com narrações do ator Antonio Pitanga, do rapper Criolo e da cantora Leci Brandão. 

##RECOMENDA##

Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, era descendente de ex-escravos e chegou a ser campeão carioca de boxe em 1950. Com a deflagração do golpe de 64 ele passou a integrar as trincheiras da luta armada dedicando-se à resistência no Araguaia. Foi assassinado em fevereiro de 1974 e seu corpo chegou a ser pendurado em um helicóptero que sobrevoou a região para mostrar à população a força do regime autoritário.

Serviço

Pré-estreia do filme Osvaldão

Terça (12) | 19h30

Cinema São Luiz (rua da Aurora, 145 - Boa Vista)

Gratuito

No Congresso Nacional, às 12h25 do dia 15 de janeiro de 1985, quando foi anunciado o resultado da eleição indireta para a Presidência da República, a multidão reunida na Esplanada dos Ministérios festejou. Celebrava-se a eleição do político mineiro Tancredo Neves e, mais do que isso, o fim do ciclo dos governos militares. Após 21 anos, a escolha de um civil para o cargo, mesmo que por meio de eleições indiretas, significava a retomada da supremacia civil nos destinos da República.

Às vésperas do aniversário de 30 anos daquela festa, que ocorre na quinta-feira, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), diz que ela marcou o "reencontro do Brasil com a democracia". Ainda segundo o senador, que na época tinha 25 anos e era secretário particular de Tancredo, seu avô, foi o momento culminante da "mais bem-sucedida construção política da história contemporânea" (mais informações nesta página).

##RECOMENDA##

A candidatura de Tancredo começou a ser tecida após a derrota no Congresso, no dia 24 de abril de 1984, da emenda do deputado Dante de Oliveira (PMDB-GO) que propunha eleições diretas. Político experiente, conhecido sobretudo pela sua capacidade de conciliação, o então governador de Minas iria enfrentar no Colégio Eleitoral o ex-governador de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf, do PDS, o partido que dava sustentação política ao regime.

Mesmo sem o apoio de parte da oposição, incluindo o PT e setores do PMDB, Tancredo costurou uma ampla aliança. Foi decisivo o surgimento de uma dissidência no PDS, capitaneada pelos ex-governadores José Sarney, do Maranhão, e Aureliano Chaves, de Minas. Em troca desse apoio, Sarney foi escolhido para o cargo de vice.

Tancredo teve 480 votos, contra 180 dados a Maluf, que saiu do plenário sob gritos de "fora corrupto". O mineiro não assumiria, no entanto, a Presidência. Internado na véspera da posse para uma cirurgia, nunca se recuperou. Morreu no dia 21 de abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando