A nova lista de convocados da Seleção Brasileira contou com o retorno de Vinícius Júnior e surpeendeu pela presença do volante Gerson. Neste sábado (23), o treinador Fernando Diniz anunciou os convocados para enfrentar a Venezuela e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Encarada como a grande novidade, a escolha por Gerson foi comentada por Diniz. “O Gerson foi uma das convocações mais fáceis para mim pelo que ele vem mostrando no Flamengo. O time vem oscilando, mas ele apresentou um grande futebol nesse período em que esteve em campo. Vejo no Gerson uma mudança positiva em seu comportamento", afirmou.
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Outros nomes que atuam no futebol brasileiro também voltaram a aparecer na lista para os próximos compromissos com a amarelinha: André e Nino do Fluminense, Lucas Perri do Botafogo e Raphael Veiga do Palmeiras.
A Seleção assume a liderança da competição e joga contra a Venezuela no próximo dia 12, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Em seguida, o Brasil pega o Uruguai no Estádio Centenário, na capital Montevidéu.
Confira a lista completa de convocados
GOLEIROS: Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Lucas Perri (Botafogo);
LATERAIS: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Caio Henrique (Monaco) e Renan Lodi (Olympique de Marselha);
ZAGUEIROS: Bremer (Juventus), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense);
MEIO-CAMPISTAS: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Gerson (Flamengo) e Raphael Veiga (Palmeiras);
ATACANTES: Gabriel Jesus (Arsenal), Matheus Cunha (Wolverhampton), Neymar (Al-Hilal), Raphinha (Barcelona), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid) e Vinícius Júnior (Real Madrid).
O clima não é bom e parece só piorar no Flamengo. Nesta terça-feira, Gerson e Varela trocaram agressões durante treinamento do time carioca antes da semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, que acontece nesta quarta-feira, no Maracanã. A informação foi publicada primeiramente pelo GE e confirmada pela reportagem do Estadão.
A confusão começou já na parte final do treino desta terça-feira. Em um lance, Varela não gostou de uma entrada mais forte de Gerson em uma disputa de bola e reclamou. O volante não aceitou o que ouviu e retrucou o que foi falado. Neste momento os dois atletas foram retirados do treino e partiram juntos para a parte interna do CT Ninho do Urubu.
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Fora do treinamento, a confusão e a discussão entre a dupla continuaram e os dois jogadores partiram para as agressões. Após o conflito, o lateral ficou bastante machucado e com a suspeita de uma fratura no nariz. Depois deste momento, os dois atletas foram retirados do CT do Flamengo.
Ao ser informada das agressões, a chefia do departamento de futebol foi chamada e convocou uma reunião para debater o tema. Além disso, Filipe Luis, jogador mais experiente do elenco e o grande líder, chamou todos os atletas para uma conversa e exigiu uma mudança de postura.
Esse é o segundo episódio de agressão no Flamengo nos últimos 30 dias. No fim de julho, em partida contra o Atlético-MG pelo Brasileirão, o atacante Pedro foi agredido com um soco pelo ex-preparador físico do time, Pablo Fernandez. Ele ficou incomodado pela postura do jogador durante o aquecimento. O episódio se deu durante uma conversa do atacante ao telefone com sua família, já no vestiário. O profissional foi demitido da equipe.
Menos de uma hora após ser noticiado o incidente, o Flamengo confirmou o conflito entre os atletas e tratou de apaziguar a situação às vésperas de decisão pela Copa do Brasil. Em nota oficial, o clube afirma que o episódio foi resolvido internamente, após a reunião entre membro do departamento de futebol. Além disso, diz que o episódio faz parte de um treino disputado e reitera que a preparação para a partida contra o Grêmio continuará normalmente.
O Flamengo anunciou nesta terça-feira o retorno do meia Gerson, de 25 anos, após passagem frustrante pelo Olympique de Marseille. O jogador assinou contrato até dezembro de 2027. "Nação, estou de volta! Muito feliz e vamos juntos mais uma vez", disse Gerson nas redes sociais.
O meia deixou o Flamengo para se aventurar no futebol francês em 2021, após conquistar inúmeros títulos em um dos períodos mais vitoriosos da equipe, sob o comando do técnico Jorge Jesus. Entre os títulos conquistados, estão a Libertadores e o Brasileirão (2019 e 2020), além da Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca, todos em 2020.
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Gerson foi revelado nas categorias do Fluminense, e acabou vendido à Roma em 2016. Dois anos depois, se transferiu para a Fiorentina por empréstimo de uma temporada. Em meados de 2019, o atleta chegou ao Flamengo e foi titular absoluto da equipe, virando alvo, inclusive, da seleção brasileira.
Na negociação, o Flamengo adquiriu 80% dos direitos do atleta, que pertenciam ao Olympique de Marselha. O valor acertado foi de R$ 85 milhões, além de outras bonificações. No entanto, o clube rubro-negro pagará R$ 45 milhões, uma vez que a equipe francesa ainda não havia feito o pagamento integral pelo meia e deve R$ 36,5 milhões.
Gerson encontrará no Flamengo outro técnico português. O time carioca optou por contratar Vítor Pereira, ex-Corinthians, apesar dos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores com Dorival Júnior. Em sua volta, usará a camisa 20, já que a 8 está em posse de Thiago Maia, que se colocou à disposição para devolvê-la.
A relação entre o volante Gerson e o Olympique de Marselha deu mais um sinal de que as coisas não andam bem. O clube francês divulgou a relação dos atletas que vão participar da intertemporada na Espanha entre os dias 4 e 11 deste mês e o ex-jogador do Flamengo não foi relacionado pelo técnico Igor Tudor.
O clube francês anunciou a lista de 26 nomes que vão participar do período de treinamento em seu twitter. Para o setor de meio-campo foram chamados os jogadores Rongier, Elmaz, Under, Traore, Soglo e Dessus.
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Fora dos planos do treinador croata, Gerson não se reapresentou no dia 30 de novembro, data combinada pela diretoria. As negociações até tiveram bom andamento no início com o clube topando liberar o atleta. As cifras pedidas, porém, emperraram a tentativa de acerto.
O Olympique quer 20 milhões de euros (algo em torno de R$ 108,8 milhões) pelos 100% dos direitos econômicos do atleta. O vice-presidente de futebol do Flamengo Marcos Braz chegou a se reunir com os dirigentes europeus, mas diante do valor pedido, ficou pessimista quanto a um desfecho positivo.
Diante do novo impasse criado entre Gerson e o clube francês nesta retomada de atividades visando o restante da temporada, o Flamengo aguarda os acontecimentos à espera de uma nova rodada de negociações.
Com a aposentadoria de Diego Ribas, o Flamengo tem agora para a posição os volantes João Gomes, Thiago Maia, o veterano Arturo Vidal e ainda o chileno Erick Pulgar. Já para o setor de armação, o clube conta com Arrascaeta, Everton Ribeiro, Victor Hugo e Matheus França.
A pré-temporada do Olympique Marselha não tem sido fácil. No início do mês, Jorge Sampaoli, que comandava a equipe, pediu demissão repentinamente. Agora foi a vez de outro conhecido da torcida brasileira arrumar problemas no clube. O meio-campista Gerson, ex-Flamengo, entrou em rota de colisão com o substituto do treinador argentino e brigou com o novo comandante da equipe, o croata Igor Tudor.
Durante um treinamento na última terça-feira, o atleta discutiu com o treinador. De acordo com o jornal francês La Provence, Gerson parece não ter se adaptado aos métodos rigorosos de trabalho impostos por Tudor. Se a informação não foi bem recebida pelos franceses, a torcida do Flamengo enxergou a rusga como uma oportunidade perfeita de pedir a volta do atleta, que defendeu a equipe da Gávea entre 2019 e 2021, colecionando títulos, como a Copa Libertadores (2019) e o bicampeonato Brasileiro (2019 e 2020).
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Após a polêmica ganhar grande repercussão nas redes sociais, o atleta tratou de utilizar sua conta no Instagram para colocar panos quentes na situação. Em francês, o atleta confirmou que discutiu com o treinador, mas que tudo o que acontece é feito "pensando no bem do Olympique".
"Todos juntos, pensando no bem do Olympique. Continuamos a trabalhar para crescer, evoluir e fazer uma boa temporada. As conversas são para o crescimento do trabalho. Vamos juntos em busca de conquistas", escreveu.
Apesar da tentativa de apaziguar a situação, a torcida flamenguista seguiu pedindo a volta do atleta, com frases como "volta curinga" e escritos revelando "saudade". Vice-campeão francês na última temporada, o Olympique Marselha encerra sua pré-temporada neste domingo em amistoso contra o Milan.
Os brasileiros Gerson, do Olympique de Marselha, e Jemerson, do Metz, se enfrentaram neste domingo pela 12ª rodada do Campeonato Francês e viveram momentos desagradáveis, cada um de uma maneira. O duelo no Vélodrome terminou empatado por 0 a 0, sem a presença de nenhum dos dois jogadores em campo, já que o meio-campista foi substituído, muito vaiado pela torcida, e o zagueiro foi expulso no início do segundo tempo.
O resultado, que deixou o time comandado por Jorge Sampaoli na quarta colocação da liga nacional, com 23 pontos, irritou a torcida presente no estádio. Isso porque, além de a atuação não ter sido das melhores, o Metz, adversário do dia, está brigando contra o rebaixamento, na 19ª colocação, com apenas oito pontos.
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O primeiro tempo foi de bastante nervosismo para os donos da casa, pois os adversários criaram algumas boas chances. Delaine acertou a bola na trave duas vezes e Jemerson quase escreveu uma história diferente, já que teve a chance de chutar com o gol aberto e acertou a bola no companheiro Boubakar Kouyaté, posicionado em cima da linha entre as traves. Jemerson até conseguiu empurrar a bola para dentro na sequência, mas não estava valendo, pois Kouyaté, além de ter evitado o gol do próprio time, estava impedido.
No fim das contas, o zagueiro brasileiro, ex-Corinthians e Atlético-MG, viveu outra frustração além do gol perdido, quando foi expulso aos 11 minutos do segundo tempo. Pouco tempo depois, aos 20, do lado do Olympique, Gerson foi substituído por Harit, após uma atuação apagado, e se dirigiu ao banco de reservas ouvindo uma vaia intensa vinda das arquibancadas.
Contratado pelo time francês após se destacar no Flamengo, o volante vive um momento inconstante. Até agora, fez 14 jogos, dez como titular, anotou um gol e deu duas assistências. De qualquer forma, ele ainda tem a confiança do técnico Tite na seleção brasileira, tanto que foi chamado para os próximos jogos das Eliminatórias, contra Argentina e Colômbia.
Sem os dois brasileiros em campo, o jogo seguiu com o Olympique presente no ataque, aproveitando a superioridade numérica para pressionar o Metz. O goleiro Oukidja, contudo, teve uma boa atuação durante a reta final e conseguiu evitar a derrota do time visitante.
Recentemente, a torcida do Flamengo enfrentou uma das despedidas mais difíceis dos últimos tempos. Isso porque Gerson deixou o clube para acertar com o Olympique de Marselha, da França. Agora, respondendo como volante do time francês, o jogador explicou como o treinador argentino Jorge Sampoli influenciou diretamente em sua contratação.
Velhos conhecidos no futebol brasileiro, Gerson defendia o Flamengo quando enfrentou Sampaoli (ex-técnico do Santos e do Atlético-MG) em três oportunidades. De acordo com o volante, é sempre difícil encarar as equipes comandadas pelo argentino. Não à toa, no "confronto direto" entre os dois, o treinador se deu melhor com duas vitórias e apenas uma derrota. Agora, no mesmo lado, o camisa 8 destacou a confiança depositada nele.
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"Falei com ele por telefone. A gente fica muito feliz quando um treinador, mesmo sem ter trabalhado com você, te passa uma confiança enorme, de te querer no clube. Você se sente importante, sem sequer um dia ter trabalhado com o treinador. Te passa confiança. Joguei contra ele duas ou três vezes. Ganhei uma, perdi outra. Por todo clube que ele passa, monta uma grande equipe. É sempre difícil jogar contra equipes dele", disse.
Com a venda de Gerson, o Flamengo embolsou cerca de 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 147,2 milhões na cotação atual) para seus cofres. O clube da Gávea manteve 20% dos direitos econômicos do volante e ainda pode receber mais 5 milhões de euros (R$ 29,4 milhões) caso o jogador alcance as metas pré-estabelecidas em contrato.
Após ter assumido a camisa 8 da equipe comandada por Sampaoli, Gerson aguarda para fazer a sua estreia pelo Olympique de Marselha. O primeiro compromisso oficial do volante pelo novo clube será contra o Montpellier, pela estreia no Campeonato Francês, fora de casa, no dia 8 de agosto.
O Olympique de Marseille anunciou oficialmente nesta quinta (1º) que chegou a um acordo com o Flamengo para a contratação do meia Gerson. Após os exames médicos, o brasileiro assinou o contrato de 5 anos.
Para o Olympique, que tem o argentino Jorge Sampaoli como técnico, Gerson é um “versátil meio-campista canhoto, rápido, dotado de uma técnica acima da média que lhe dá uma facilidade natural para se projetar, tem boa visão de jogo e boa capacidade atlética”.
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Começo no Fluminense e passagem pela Europa
Gerson Santos da Silva nasceu em 20 de maio de 1997 em Belford Roxo, na periferia do Rio de Janeiro no Brasil. Passou pelas categorias de base do Fluminense antes de partir para sua primeira experiência na Europa. Jogou por dois anos na Roma, depois foi emprestado por uma temporada à Fiorentina e tem um total de 82 jogos em 3 anos na Itália.
Em 2019, Gerson assinou com o Flamengo, onde ganhou muitos títulos, incluindo 2 títulos do Brasileirão e a Copa Libertadores em 2019.
Estatísticas
O Olympique de Marseille destacou ainda os números do brasileiro no Flamengo. De acordo com o Optajean, Gerson é o jogador que mais duelos venceu (493), o que sofreu mais faltas (209, 1º empatado) e teve 134 dribles bem sucedidos , ocupando o 4º lugar nesse quesito na equipe rubro-negra.
O Flamengo e o Olympique de Marselha acertaram os últimos detalhes da negociação do meio-campista Gerson, que deve assinar com o time francês por cinco anos. Contudo, o meia ainda deve voltar para o time rubro-negro após amistosos da seleção brasileira olímpica e só ser anunciado pelo time francês em julho, de acordo com o site globoesporte.com.
Gerson já teria até recebido uma cópia do contrato na Sérvia, onde está com a seleção olímpica, e concordado com os termos. Para não prejudicar o Flamengo, desfalcado durante o período da Copa América, o jogador continuaria no clube em junho e depois iria fazer os exames e vestir a camisa do Olympique de Marselha, que tem Jorge Sampaoli como técnico.
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Na última quinta-feira (3/6), o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, foi questionado por um torcedor na rua sobre a situação de Gerson. "Ih, irmão, já foi", respondeu, com bom humor.
A negociação entre Flamengo e Olympique de Marselha vinha se arrastando nos últimos 20 dias, e, segundo o globoesporte.com, os valores são de 25 milhões de euros (R$ 153,5 milhões), podendo chegar a 30 milhões de euros (R$ 184 milhões) caso o jogador atinja metas de desempenho estabelecidas em contrato. Já o jornal francês L'Équipe noticiou valores diferentes, 20 milhões de euros (R$ 122,85 milhões) fixos, mais as metas por desempenho e 20% do valor de uma futura revenda.
Gerson chegou ao Flamengo em meados de 2019 e rapidamente se tornou titular e peça fundamental para a temporada vitoriosa do time, que foi campeão brasileiro e da Libertadores naquele ano. Em 2020, a equipe conquistou o bicampeonato no Brasileirão. No total, foram 105 jogos com a camisa rubro-negra e sete gols.
"Criar meu website. Fazer minha homepage. Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje...". O trecho inicial da música Pela internet, de Gilberto Gil, retrata bem a forma como a tecnologia está inserida no cotidiano das pessoas que se apoiam nas diversas ferramentas da internet. Em um espaço em que estereótipos não existem, ex-jogadores consagrados trocaram o sossego da aposentadoria pelos canais de YouTube numa maneira de continuar dando o seu recado. Os octogenários Pepe e Gerson e o quase setentão Zico são exemplos dessa tendência de que idade avançada e tecnologia podem se relacionar sem problemas.
Aos 86 anos, Pepe tem uma extensa lista de títulos dentro das quatro linhas. Foi bicampeão do mundo em 1958 e 1962 e fez parte do maior time da história do Santos jogando ao lado de Pelé. Um pouco mais novo, Gerson foi um dos destaques na conquista da Copa do Mundo de 1970 e um dos maiores nomes da história do Botafogo. Jogou ainda no Flamengo, São Paulo e Fluminense. Agora, aos 80, sua praia tem sido o canal "Canhotinha 70". Ali ele comenta jogos, fala do noticiário dos clubes e passa para o seu público a experiência de décadas no futebol.
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O caçula dessa turma é Zico. Aos 68 anos e com nove netos na família, o Galinho de Quintino também dá o seu recado por meio do canal "Zico 10". Presente nos Mundiais de 1978, 1982 e 1986, o maior artilheiro da história do Flamengo e do Maracanã também faz sucesso com seus quadros e as histórias que marcaram a sua vitoriosa carreira no futebol.
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Em um tempo em que o mundo vive um período caótico em função dos efeitos da pandemia da covid-19, buscar entretenimento na internet tornou-se uma forma mais segura de se divertir sem se expor aos perigos da contaminação do vírus. Em entrevista ao Estadão, Zico contou que o poder de penetração e a chance de dar o recado a um maior número de pessoas foram os motivos que o levaram a se aventurar no mundo da web. E gostou.
"É uma ferramenta importante que você tem para colocar as suas ideias. Se você tem um canal, um local onde pode se expressar, as pessoas estão te vendo. Isso é importante. Desde o início, eu procurei utilizar bem a ferramenta. Quando surgiu Instagram e YouTube facilitou mais", afirmou o ex-jogador do Flamengo, que deu seu pontapé nas redes sociais na época do Orkut.
Com uma imagem construída em cima da carreira no Flamengo e na seleção brasileira, Zico foi procurado por uma agência e essa união turbinou o seu canal na internet que hoje tem mais de 1,5 milhão de inscritos. Longe de explorar polêmicas e fatos sensacionalistas, ele busca no seu espaço o entretenimento por meio de histórias curiosas do futebol e também entrevistas com ídolos do esporte.
"Fui procurado por uma agência que falou da importância do YouTube. Eu estava no Brasil com espaço e tempo e as coisas foram fluindo. Lógico que o meu tempo de futebol me dá abertura em muitos lugares. Seja no futebol, no esporte em geral, na música, na TV... Nosso objetivo sempre foi que as pessoas contassem algo curioso, nunca gostei de polêmica. Então nosso canal foi crescendo assim. Se hoje temos 1,5 milhão de inscritos é porque ganhamos credibilidade e as pessoas gostam dos entrevistados", disse Zico direto do Japão, onde está trabalhando como coordenador técnico do Kashima Antlers.
O jornalista e youtuber Bruno Torelly, também conhecido como Vegeta, é uma espécie de braço direito do ex-craque do Flamengo. "É uma relação paternal. Muitas pessoas acham até que sou filho dele. Quando criança, joguei no CFZ (Centro de Futebol do Zico), mas depois o tempo passou e acabamos trabalhando juntos. No início, tive medo de decepcioná-lo, pois sempre foi meu ídolo. Mas o Zico é muito simples, antenado, se vira bem nas redes sociais e assiste muitos canais de YouTube para aprimorar o seu trabalho", disse Torelly.
E, de fato, o ex-jogador do Flamengo adora ver o que veteranos da bola gostam de aprontar na internet. "Converso mais com o Gerson, que trabalha com o pai do Bruno (Torelly) na rádio. Mas acompanho muito o Pepe. Ele tem histórias fantásticas. Algumas eu até já contei no meu canal. É bacana quando você, independentemente da idade, tem a possibilidade de passar alguma coisa para as pessoas", afirmou Zico.
O MAIOR OLDTUBER DO BRASIL - Com perfil um pouco diferente, o mais velho da turma também se aventura nos canais de YouTube. Mas para isso, ele conta com a vigilância e proteção da filha Gisleine. O bom humor é a principal característica do ex-ponta santista Pepe. Prova disso é como ele mesmo se define na manchete do canal: o maior "oldtuber" (uma espécie de vovô youtuber) do Brasil. Os vídeos são curtos e o cenário normalmente é na sua casa. Direcionado por Gisleine e pelo jornalista Arnaldo Hase, Pepe usa a rede social como passatempo.
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"O meu pai é o autêntico vovô da internet. Adora palavras cruzadas e não sabe direito do que se trata o YouTube. Nós é que cuidamos do canal. Ele adora, assiste, se diverte, mas não sabe nada de tecnologia. Nem celular tem. Não se interessa por coisas eletrônicas, mas está na internet", comentou a filha Gisleine ao Estadão.
Ela é a responsável também por administrar o Instagram e o Facebook do pai. Da "reunião" familiar surgem as ideias para Gisleine escrever e bolar os roteiros que serão gravados para o canal. "Mostro as contas na rede social, a gente conversa, falo o que vou escrever, procuro saber a sua opinião e repasso o que ele pensa. Mas papai não sabe digitar. Procuro responder às pessoas que mandam perguntas por mensagem, eu mesmo respondo me identificando como filha dele. As questões mais interessantes eu passo para o meu pai e digito a resposta dele. Sozinho, ele não mexe".
Gisleine conta que fatos engraçados já aconteceram com Pepe durante suas incursões nas redes sociais. "Por exemplo, já fiz lives com ele no Instagram e quando as pessoas fazem perguntas, ele quer saber onde a pessoa está. Ele fica espantado em poder falar ao vivo com pessoas às vezes de lugares distantes. Isso é uma diversão para meu pai".
A pandemia acabou interrompendo a rotina de gravações do canal, mas segundo Gisleine, as atividades devem ser retomadas, até porque Pepe gosta muito da iniciativa. "Meu pai adora gravar, gosta muito do Arnaldo e eu também estou junto o tempo todo. Como ele tem facilidade para se expressar, os vídeos saem sem problema. É uma coisa prazerosa para ele. A gente assiste e mostra o material editado. Ele acha bem interessante o processo final. Agora que meu pai tomou as duas doses da vacina contra a covid-19, vamos retomar as gravações".
Com 80 anos recém-completados em janeiro, Gerson trafega com tranquilidade na área da comunicação esportiva desde que encerrou a carreira em meados dos anos 70, no Fluminense. E, a experiência como comentarista em anos de televisão e rádio ajuda Gerson a falar a língua do torcedor a bordo do seu canal "Canhotinha 70". Na carona do bordão "sem vinheta eu não entro e sem like eu não comento", o ex-jogador dá sinal para o início do programa. A trilha que embala a abertura é da música Pra frente Brasil, que logo nos remete à Copa de 70, onde a seleção de Zagallo conquistou o tricampeonato mundial.
Após a breve introdução, ele tece comentários sobre os lances e detalhes da partida, fala sobre quem foi bem ou quem decepcionou sempre de uma forma direta e efusiva. No vídeo promocional do canal, Gerson trata de dar o seu recado e apresenta as atrações. Entre os quadros citados no vídeo estão "A resenha do Canhota", "O Canhota responde", "O Baú do Canhota" e ainda convidados especiais.
Relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que investiga a denúncia de injúria racial contra o atacante Índio Ramírez, do Bahia, o auditor Maurício Neves Fonseca determinou o arquivamento do processo contra o jogador colombiano. Ramírez foi acusado pelo meia Gerson, do Flamengo, de tê-lo chamado de negro em tom pejorativo durante jogo das duas equipes pela 26ª rodada do Brasileirão, em 20 de novembro.
Segundo o relator, nenhuma das testemunhas do processo, dentre elas o árbitro, os auxiliares, o delegado da partida e o então técnico do Bahia, Mano Menezes, disseram ter ouvido as palavras "cala a boca, negro", com as quais Ramírez teria ofendido Gerson. Nem mesmo as duas testemunhas indicados por Gerson, seus colegas de Flamengo Natan e Bruno Henrique, teriam ouvido as palavras.
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Além disso, nenhuma das imagens ou áudios captados do momento em que Gerson e Ramírez discutiam comprovariam a suposta ofensa racial praticada pelo atleta do Bahia.
"Para que seja caracterizada a existência de infração disciplinar e determinada a sua autoria, é necessário que venham aos autos elementos que comprovem os fatos e sua materialidade, para ser reconhecida a justa causa, cujo requisito é obrigatório para deflagrar um processo disciplinar desportivo", justificou Neves Fonseca em trecho da decisão.
"No caso em apreço, temos apenas a palavra isolada do atleta Gerson, que embora tenha sido levada em consideração por este Colendo STJD, tanto que houve a instauração do presente inquérito, ela, por si só, não autoriza o oferecimento de denúncia, eis que desprovida de provas", completou.
Com isso, Ramírez segue livre para atuar pelo Bahia - contudo, não poderá fazê-lo, pois passou por uma artroscopia recente e terá uma recuperação estimada de dois meses.
O arquivamento não tem relação com a investigação do caso na Justiça comum. Em dezembro, o jogador do Flamengo prestou depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Rio de Janeiro.
Os jogadores Gerson, do Flamengo, e Juan Pablo Ramírez, do Bahia, terão de prestar depoimento ao STJD em 3 de fevereiro. O camisa 8 do time carioca acusa o colombiano de tê-lo chamado de "negro" em tom pejorativo no duelo entre suas equipes no Maracanã. O tribunal quer ouvi-los, assim como as outras testemunhas, em depoimentos presenciais.
No meio da semana passada, o STJD havia aberto inquérito para investigar a acusação de injúria racial prestada contra Ramírez. Os flamenguistas Bruno Henrique e Natan já haviam prestado depoimento como testemunhas, mas sem necessidade de comparecimento ao tribunal. O ex-técnico do Bahia, Mano Menezes, não foi convocado.
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Gerson ficou bastante irritado com o rival em um bate-boca dentro de campo. O Bahia chegou a afastar Ramirez depois da acusação, mas após a instalação de uma sindicância própria não flagrar o insulto, o reintegrou. O meia já voltou a atuar, fez gols e diz que o caso "faz parte do passado" e evita declarações. Mas terá de se explicar ao tribunal.
O auditor nomeado para ser o relator do caso é Mauricio Neves Fonseca. Foi ele quem intimou Gerson, Natan e Bruno Henrique, além de Ramírez. A audiência será na sede do STJD, no Rio.
O depoimento dos jogadores cariocas acontecem a partir das 10h30. O atleta do Bahia dará sua versão do caso às 14h30. Acusação e defesa devem enviar todas as provas em vídeos e áudios até a sexta-feira. O auditor vai concluir o inquérito em até 30 dias.
O artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) fala em punir o atleta que: "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência". A pena prevista é suspensão de 5 a 10 partidas e multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil.
O volante flamenguista Gerson alega ter ouvido do meia Ramírez, do Bahia, a frase "Cala a boca, negro" em um jogo do Campeonato Brasileiro em 20 de dezembro. A reclamação gerou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância; o colombiano nega a acusação. Na mesma semana, após um torneio infantil em Caldas Novas (GO), Luiz Eduardo Bertoldo Santiago, de 11 anos, chorou depois de ter ouvido a frase "fecha o preto aí" em uma partida. Ele relatou o drama para os pais. Para especialistas e atletas, Gerson e Luiz Eduardo exemplificam um avanço na postura das vítimas de injúria racial no País: eles quebraram o silêncio, uma conquista da luta antirracista.
"Em 2020, tivemos alguns avanços em função da maior manifestação dos atletas. Estamos conseguindo romper aquele silenciamento que era imposto aos atletas para que não falem sobre racismo ou discriminação. Além disso, eles estão falando do racismo na sociedade. Esse é um passo muito importante", afirma Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial, entidade que pesquisa e discute.
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O zagueiro Paulão, capitão do Fortaleza, concorda. "As pessoas tiveram um pouco mais de coragem de falar sobre o assunto. Com isso, o assunto ficou mais vivo e tivemos alguns debates importantes", diz o zagueiro de 34 anos. "Não dá para dizer que houve uma mudança significativa. Essas conversas aconteceram, mas a gente não vê a mudança de fato que é a lei. Para saber se esse debate realmente significa um avanço é preciso atitude. Não basta só a conversa", completa.
O silêncio ainda não foi totalmente quebrado. O Estadão tentou entrevistar sete atletas da Série A do Brasileiro. Paulão foi o único que topou. Um deles afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não se sentia à vontade para falar sobre o tema. Outro disse que queria deixar a "poeira abaixar", numa referência à polêmica causada pela denúncia de Gerson. "Hoje, graças a Deus, eu tenho, como jogador de futebol, voz ativa para falar e dar força para que outras pessoas que sofrem racismo ou outros tipos de preconceito possam falar também", disse o flamenguista nas redes sociais.
É preciso ser justo: alguns atletas se pronunciaram em outros momentos. Tchê Tchê, do São Paulo, foi além e compareceu a uma manifestação contra o racismo na capital paulista em junho. Engajado nas causas sociais, o volante tem duas tatuagens de símbolos históricos que lutaram contra o racismo: Malcolm X e Martin Luther King.
"Hoje, temos o privilégio de ser uma voz no nosso país e ser alguém que as pessoas se espelham. Essas tatuagens eu fiz quando estava na Ucrânia. Se não me engano, depois de alguma situação que acabei sofrendo lá", contou o são-paulino.
O esporte mundial viveu momentos importantes na luta antirracista em 2020. O último deles foi protagonizado por Neymar. O episódio aconteceu no jogo entre Paris Saint-Germain e Instanbul Basaksehir pela Liga dos Campeões no dia 8 de dezembro. "Vai embora, preto" foi a frase que o camaronês Pierre Webó, integrante da comissão técnica turca, ouviu do quatro árbitro romeno Sebastian Coltescu. Após a reclamação, o árbitro principal mostrou cartão vermelho para o camaronês. O jogador Demba Ba, também do time turco, pediu que seus companheiros deixassem o campo. Liderados por Neymar e Mbappé, os rivais do PSG fizeram o mesmo. A partida parou no primeiro tempo e só continuou no dia seguinte.
O episódio em Paris marcou o dia em que atletas brancos e negros, de times diferentes, se uniram. Vale lembrar que o próprio Neymar acusou o zagueiro espanhol Álvaro González, do Olympique de Marselha, de racismo por tê-lo chamado de "macaco", em partida entre as duas equipes pela terceira rodada do Campeonato Francês. O brasileiro reagiu dando um tapa na cabeça do rival e foi expulso.
O episódio de união foi um ato simbólico que se somou a tantos outros contra a desigualdade racial. Indignados com o assassinato de George Floyd por um policial em Minnesota nos Estados Unidos, em maio, atletas como LeBron James, Lewis Hamilton e Naomi Osaka, entre outros, se uniram à revolta do país inteiro. Foram semanas de protestos. Em agosto, jogadores da NBA boicotaram uma das rodadas da liga. A decisão foi tomada como manifestação contra mais um ato de violência policial nos Estados Unidos: os tiros dados pelas costas em Jacob Blake, um homem negro de 29 anos.
O Brasil também registrou protestos, principalmente fora dos campos e das quadras. Mas o País ainda não registrou um ato como aquele de Paris. E não faltaram oportunidades, pois os casos de injúria racial continuam a acontecer. De 2014 a 2019, houve um aumento de 235% no número de casos de preconceito envolvendo jogadores de futebol brasileiros no país, segundo relatório do Observatório da Discriminação Racial.
Depois de quebrar o silêncio, o próximo passo é apontar as razões estruturais do racismo, na opinião de Marcelo Carvalho. "Ainda precisamos avançar muito. A fala dos atletas precisa se voltar para a estrutura. Quem manda no futebol precisa agir aqui no Brasil", avalia.
Neste contexto, a Frente Nacional Antirracista se reuniu com a CBF em dezembro para apresentar programas de combate ao racismo. Foram debatidas ideias de ações como campanhas publicitárias e ações afirmativas para a inclusão de negros no mercado de trabalho do futebol e projetos de formação antirracista.
Para o cientista social Marcel Tonini, federações e clubes têm de reconhecer o problema social, o racismo em si, criando espaços para manifestações de jogadores, treinadores, árbitros ou funcionários, com autonomia e independência para desenvolver ações antirracistas. A partir daí, ele sugere a capacitação de ex-atletas negros para cargos em comissões técnicas e de gestão esportiva, além da adoção de políticas de cotas raciais.
"Para além disso, sugeriria que uma entidade independente representasse negros na denúncia e na cobrança pública por mudanças no esporte de modo que não sofram represálias por parte de clubes, federações e empresas. A ação coletiva tem um peso maior do que ações individuais", completa o doutor em História Social pela USP.
O caso de injúria racial contra o meia Gerson, do Flamengo, vai levar Indio Ramirez, do Bahia, o técnico Mano Menezes e o árbitro da partida entre Fla e Bahia, domingo, pelo Campeonato Brasileiro, Flavio Rodrigues de Souza, para o banco dos réus. Eles foram intimados a dar depoimento presencial sobre o episódio de racismo. Gerson será o primeiro a ser ouvido pela delegada Marcia Noeli, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Rio de Janeiro, em inquérito aberto nesta segunda-feira.
De comum acordo com seu pai, que também é seu empresário, e com a diretoria do Flamengo, o jogador aceitou levar o caso adiante. No jogo, o colombiano Ramirez teria dito a seguinte frase ao rival: "Cala boca, negro". Na transmissão da TV, foi possível ouvir Mano Menezes dizendo que a acusação de Gerson era "malandragem".
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Gerson não aceitou a injúria e pediu providências. Ele fez a acusação durante e após a partida vencida pelo Flamengo por 4 a 3, no Maracanã. Clubes do Brasil se colocaram ao lado do flamenguista no episódio, portanto, contra atos de racismo no futebol. O jogador passou mais de uma hora reunido com o pai e o vice geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, na Decradi nesta segunda-feira.
"Instaurei inquérito e combinei com o departamento jurídico do Flamengo para que o Gerson viesse aqui para que pudesse relatar tudo o que aconteceu. Pedi para CBF os documentos referentes ao jogo (súmula). Injúria racial é crime e tem de ser punido. Importante as pessoas entenderem que não pode haver mais racismo", disse a delegada Marcia Noeli.
O meio-campista vai dar seu depoimento na manhã desta terça, na delegacia especial, no centro do Rio. Ainda não há data para as outras pessoas serem ouvidas no inquérito. Depois da partida, o Bahia anunciou a demissão do técnico Mano Menezes e informou que afastou Ramirez por tempo indeterminado. O clube afirmou que o jogador negou veementemente as acusações, mas ressaltou que "é indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza".
O Flamengo também fez uma representação ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra Mano Menezes e Ramirez. O atleta pode pegar de cinco a dez jogos de suspensão, além de ser punido com multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Isso se for condenado por ato discriminatório, que está previsto no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O Tribunal já tem ciência do caso e aguarda encaminhamento.
O técnico Rogério Ceni, do Flamengo, defendeu o meia Gerson no suposto caso de racismo ocorrido na partida de domingo, no Maracanã, contra o Bahia, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o atacante colombiano Ramirez, da equipe baiana, teria chamado o jogador flamenguista de 'negro'.
"Conversei com o Gerson, ouvi da parte dele o que o Ramírez falou. É lamentável. O Brasil é um país que recebe e acolhe muito bem as pessoas, o sul-americano no futebol. Pelo que o Gérson relatou, ele falar 'cala a boca, negro', é pesado demais para alguém que foi bem recebido no mercado de trabalho no Brasil. O racismo não está só nisso", disse o treinador.
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Ao mesmo tempo, Ceni destacou o poder de reação do Flamengo, que ficou com dez jogadores logo aos nove minutos de jogo, após a expulsão do atacante Gabriel Barbosa, e chegou a estar perdendo por 3 a 2 até os minutos finais, quando obteve virada sensacional para 4 a 3.
"É incrível que a partida tem 90 minutos e jogamos mais de 90 minutos com um jogador a menos. Então, foi um jogo histórico. Estar ganhando por 2 a 0, fazer um gol com um jogador a menos, tomar a virada para 3 a 2 e reunir forças psicológicas, ter força mental... As substituições que contra o Racing deram resultado por nos levar para os pênaltis, agora nos trouxeram a vitória que nos mantém vivos no Brasileiro. Ainda bem que temos uma semana para trabalhar pelo desgaste", afirmou o treinador, referindo-se ao compromisso com o Fortaleza, sábado, no Castelão, pela 27ª rodada.
O Flamengo é o segundo colocado no Brasileirão, atrás do líder São Paulo, que tem 53 pontos em 26 partidas. O time da Gávea soma 48, em 25 jogos.
O Bahia informou, por intermédio de uma nota, que o jogador colombiano Índio Ramirez foi afastado dos trabalhos da equipe após a denúncia de racismo feita por Gerson, do Flamengo, durante o jogo realizado, neste domingo, no Maracanã.
O clube afirmou que o jogador negou "veementemente a acusação e a ele está sendo dada a oportunidade de se defender de algo tão grave". Segundo a nota, "é indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza. Assim, decidiu afastar imediatamente o jogador das atividades da equipe até a conclusão da apuração."
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O lance ocorreu após um gol do Bahia. Ramirez teria "provocado" o flamenguista e usado injúria racial: "Cala a boca, negro". Na hora do ocorrido, Gerson ficou indignado e queria tirar satisfação, o que gerou um dos tantos atritos da partida.
A bronca de Gerson acabou ocasionando um bate-boca com Mano Menezes. O técnico do Bahia defendeu seu jogador e os microfones da transmissão de TV captaram ele dizendo que o colombiano era "novo e ia aprender", além de afirmar que o flamenguista estaria usando de "malandragem".
Após o jogo, no qual o Flamengo venceu por 4 a 3, o treinador foi demitido depois da quinta derrota consecutiva e sete jogos sem vitória. O time baiano é apenas o 16º colocado no Campeonato Brasileiro.
A nota do clube se encerra com a informação de que o presidente Guilherme Bellintani ligou para Gerson a fim de prestar solidariedade.
Foi em uma quarta-feira, antevéspera de Natal. A manhã nublada daquele verão de 1998 se tornaria uma tarde de chuva inesquecível para a Nação Corinthiana: o Timão coroava uma das campanhas mais belas da história e levantava, pela segunda vez, o título de Campeão Brasileiro.
Quem não viu ou quem quer rever, terá a oportunidade de acompanhar a partida decisiva entre Corinthians x Cruzeiro no programa "Você Torceu Aqui", da Band, que exibe o jogo no próximo domingo (26), às 14h.
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Sob a batuta do técnico Vanderlei Luxemburgo, o Corinthians jogava por música. Foram 32 jogos na fase de classificação e nos playoffs finais. O Timão venceu 18 confrontos e anotou 57 gols em toda a campanha. Além do sempre decisivo Marcelinho Carioca como artilheiro marcando 19 vezes, o alvinegro de Parque São Jorge ainda tinha no elenco craques como Gamarra, Rincón, Vampeta, Ricardinho e Edilson.
Ainda no banco de reservas, o alvinegro tinha peças que faziam a diferença quando entravam na partida, como o atacante Dinei, melhor em campo na decisão e, até então, único a ser campeão brasileiro pelo clube (1990, 1998 e 1999). Já o Cruzeiro, comandado por Levir Culpi, tinha em seu plantel atletas de renome, como o goleiro Dida, o zagueiro Marcelo Djian, o lateral Gilberto, o meia Valdo e o atacante Muller.
Naquela oportunidade, a primeira etapa terminou em 0 a 0. O empate favorecia o Corinthians, dono da melhor campanha na primeira fase. Após o intervalo, o treinador do Cruzeiro, que precisava da vitória para obter o título, foi para cima do Timão mas não teve sucesso. Com um meio-campo repleto de recursos técnicos, o alvinegro dominava a partida e fez 1 x 0 aos 25 do segundo tempo com gol de Edilson, em bela assistência de Dinei. Dez minutos mais tarde, em nova jogada de Dinei pela direita, Marcelinho mergulhou de peixinho para alcançar o cruzamento e levar a taça do bicampeonato para o Parque São Jorge.
A transmissão da Band terá narração original de Luciano do Valle (1947-2014), com comentários dos ex-jogadores Gérson e Rivellino, tricampeões do mundo em 1970 pela seleção brasileira.
Talentosos com a bola nos pés, os canhotos sempre fizeram sucesso no futebol mundial. Seja na defesa, no meio-campo ou no ataque, há sempre um lugar de destaque para quem usa a perna esquerda desfilar sua habilidade em campo. Apesar da lista ser grande, o LeiaJá separou os cinco maiores da história para homenagear no Dia Mundial do Canhoto.
1. Nilton Santos
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Considerado o melhor lateral-esquerdo da história do futebol pela Fifa, Nilton Santos (1925-2013), jogou apenas pelo Botafogo-RJ, clube no qual fora campeão em 20 oportunidades. Na seleção brasileira, foram quatro Copas do Mundo e dois títulos mundiais em 1958 e 1962. Apesar de não gostar muito, ganhou o apelido de "Enciclopédia do Futebol" por ter sido o responsável pela ascensão da posição de lateral. Antes de Nilton Santos, nenhum jogador de defesa ousava sair jogando pelos lados do campo para apoiar o time no setor de ataque. Devido a complicações decorrentes do Alzheimer, o ex-jogador faleceu em 2013.
2. Roberto Rivellino
Formado nas categorias de base do Corinthians, o "Reizinho do Parque", como é carinhosamente chamado pela Fiel, é um dos maiores nomes da história do clube paulista, apesar de não ter conseguido ser campeão com a camisa do Timão. Com dribles rápidos como o elástico (que Rivellino popularizou) e um potente chute na perna esquerda, o meia conquistou nove títulos atuando pelo Fluminense-RJ e duas taças atuando pelo Al-Hilal da Arábia Saudita. Pela seleção brasileira, Rivellino foi peça chave na conquista do tricampeonato mundial do Brasil na campanha de 1970, no México, além de ter disputado as copas de 1974, na Alemanha, e 1978, na Argentina.
3. Gérson
O "Canhotinha de Ouro" nasceu em Niterói (RJ), em 1941. Líder nato e talentoso com a perna esquerda, o meio-campista fez história no futebol faturando títulos por todos os clubes nos quais atuou, como Flamengo-RJ, Botafogo-RJ, Fluminense-RJ e São Paulo-SP. Na seleção brasileira, além da Copa de 1966, na Inglaterra, Gérson comandou o meio-campo do esquadrão de 70 e foi outro destaque individual daquele que é tido por muitos como o melhor time de todos os tempos. Desde o fim da carreira até os dias de hoje, o "Canhota" empresta seus conhecimentos futebolísticos à imprensa esportiva como comentarista na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro.
4. Maradona
Nascido em Buenos Aires, capital da Argentina, "El Pibe D’Oro" foi revelado pelo Argentinos Juniors, passou pelo Boca Juniors (ARG), foi negociado com o Barcelona (ESP), mas teve sua melhor fase defendendo o Napoli (ITA). Vestindo a camisa do clube italiano, o habilidoso "Dieguito" ajudou na conquista de cinco títulos. Na seleção argentina, disputou as Copas do Mundo de 1982, 1986, 1990 e 1994, sendo o principal jogador do segundo título mundial argentino conquistado em 1986. Encerrou a carreira de jogador profissional em 1997 e, atualmente, é técnico do Dorados de Sinaloa, clube que disputa a segunda divisão do futebol mexicano.
5. Messi
Atuando desde o ano de 2000 no Barcelona (ESP), o argentino Lionel Messi é mais um canhoto que brilha nos gramados do mundo afora. Eleito pela Fifa como melhor jogador do mundo em cinco oportunidades, Messi tem 32 anos e quase 700 gols na carreira. Pela seleção argentina, "La Pulga" conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2000, e disputou quatro Copas do Mundo (2006, 2010, 2014 e 2018). Pelo clube catalão, entre Campeonato Espanhol, Supercopa da Espanha, Copa do Rei, Champions League, Supercopa Europeia e Mundial de Clubes, o canhoto já conquistou 35 títulos na carreira.
O elenco do Fluminense se reapresentou neste domingo após dois dias de folga, e contou com duas novidades. De volta da seleção brasileira sub-20, que decepcionou com o quarto lugar no Sul-Americano da categoria, o meia Gerson e o atacante Kenedy participaram do primeiro treino com os companheiros.
Kenedy já é velho conhecido do torcedor, mas Gerson ainda não estreou entre os profissionais, apesar de ter sido promovido no ano passado. O garoto de 17 anos foi um dos destaques da seleção sub-20, já chama a atenção de gigantes da Europa, como Juventus e Barcelona, e agora espera uma chance no Fluminense.
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"A experiência foi muito boa para mim. Foi o meu primeiro Sul-Americano. Infelizmente não conseguimos o título, mas fizemos o máximo que podíamos. Estou feliz por poder voltar ao meu clube. Vou trabalhar forte porque sei que só assim conseguirei uma oportunidade. Espero poder estrear pelo profissional com uma vitória, que é o sonho da minha vida", disse.
Se o Fluminense teve boas novidades, também recebeu más notícias no treino deste domingo. O volante Edson e o meia Vinícius deixaram a atividade mais cedo por conta de problemas físicos. Ainda não está claro se eles preocupam para o duelo diante do Volta Redonda nesta quarta-feira.