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Companheiro de ataque de Pelé na conquista do tricampeonato mundial da seleção brasileira na Copa de 1970 no México, Roberto Rivellino utilizou as redes sociais para se despedir de forma emocionada do amigo nesta segunda-feira.

O ídolo de Corinthians, Fluminense e da seleção brasileira optou por homenagear o Rei do Futebol com uma postagem repleta de fotos e de capas de jornais que traziam ele ao lado de Pelé.

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"O maior jogador do mundo, não vai existir outro. Obrigado por existir na minha vida. Você não morreu. Você é eterno. A bola está em pranto", escreve Rivellino.

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Rivellino ainda prestou outra homenagem ao Rei em sua conta oficial no Instagram, trocando sua foto de perfil para uma em que ele aparece, com a camisa do Corinthians, ao lado de Pelé, com a camisa do Santos. Ambos com o número 10 às costas.

O Rei do Futebol morreu na última quinta-feira, 29, em decorrência de complicações de um câncer de cólon. O velório começou na manhã desta segunda-feira, 2, na Vila Belmiro e seguirá aberto ao público até terça-feira.

Ídolo de Corinthians e Fluminense, o ex-jogador Roberto Rivellino, de 75 anos, recebeu nesta terça-feira a primeira dose do imunizante contra o novo coronavírus. A vacinação aconteceu pelo sistema drive thru em Vinhedo, cidade do interior de São Paulo, onde reside.

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Campeão do mundo em 1970 pela seleção brasileira, Rivellino é tido como inventor do drible "elástico". Ele também participou dos mundiais de 1974 e 1978 (na Alemanha e na Argentina, respectivamente). Pelas equipes alvinegra e tricolor, conquistou inúmeros títulos. Teve ainda passagem pelo futebol da Arábia Saudita, atuando pelo Al-Hilal.

O ex-jogador usou as suas redes sociais para comemorar a vacinação e agradecer os trabalhadores da área da saúde. "Meu agradecimento especial a esses heróis da saúde. Fiquem em casa e se cuidem. Se Deus quiser, em breve, teremos dias melhores", publicou Rivellino em seu Instagram.

Além de Rivellino, outros ex-jogadores, ídolos do futebol brasileiro e ex-companheiros de seleção também receberam o imunizante. Entre eles estão Pelé, Pepe, Zagallo, Evaristo de Macedo e Manga.

Aquele 10 de maio é inesquecível para a torcida do tricolor paulista. Além da vitória sobre um dos arquirrivais, o Corinthians, o reencontro com o ídolo Raí e com um troféu que não ia para o Morumbi há seis anos. Para matar saudade dos são-paulinos, a Band transmite, neste domingo (24), a grande final do Campeonato Paulista no programa "Você Torceu Aqui".

O São Paulo tinha melhor campanha e jogava por dois resultados iguais nas partidas decisivas. O Corinthians de Vanderlei Luxemburgo tinha jogadores como Gamarra, Rincón, Vampeta, Marcelinho Carioca e venceu o primeiro confronto por 2x1. O placar forçou o tricolor a apostar tudo no ataque na grande final. Com um time repleto de craques como Rogério Ceni, Marcio Santos, França e Denílson o time da fé, comandado por Nelsinho Baptista, conseguiu reverter a desvantagem e fez 3x1 no Timão.

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Para isso, teve a inspiração de um dos maiores atletas da história do clube. O meia Raí, multicampeão pelo soberano, havia retornado ao futebol brasileiro naquela semana, após passar quatro anos no Paris Saint-Germain. Inscrito para o duelo decisivo, o ídolo fez um dos três gols que deu o Paulistão ao Tricolor do Morumbi.

O jogo terá narração original de Luciano do Valle (1947-2014), com comentários do ex-jogador Roberto Rivellino. O "Você Torceu Aqui" começa às 14h.

O domingo (10) será de emoção para os saudosos de futebol na TV aberta. As emissoras Band e Gazeta vão transmitir dois grandes clássicos históricos envolvendo clubes paulistas. Na tela, o último confronto entre Pelé e Rivellino em um Corinthians x Santos, de 1974, e as lendárias embaixadinhas de Edilson no duelo entre o Timão e o Palmeiras, em junho 1999.

Na Band, às 14h, o programa "Você Torceu Aqui" rememora o título paulista do Corinthians sobre o maior rival, no Estádio do Morumbi. A conquista foi a 23ª do Timão no torneio estadual e ficou marcada pela provocação do jogador Edilson. Com a taça garantida após um 3x0 no placar, o atacante fez embaixadinhas diante dos adversários e a briga foi generalizada.

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Na época, a rivalidade histórica estava acirrada por confrontos em diversos campeonatos. Quatro dias antes, o Palmeiras havia eliminado o alvinegro da Copa Libertadores da América, troféu que o Verdão levantaria no mesmo mês. Além da confusão, a provocação de Edilsom o tirou da seleção brasileira então comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo.

Já na Gazeta, o rei do futebol e o reizinho do parque são os personagens de mais um clássico icônico. Com participação do apresentador Flávio Prado e dos comentaristas Celso Cardoso, Chico Lang e Vampeta, o programa "Mesa Redonda" relembra a última atuação de Pelé em um embate regional.

Na ocasião, o Corinthians enfrentara o Santos no Estádio do Pacaembu pelo Campeonato Paulista. Na despedida repleta de homenagens a Pelé, foi Rivellino quem marcou o único gol da vitória corintiana. A partida entre os alvinegros vai ao ar às 21h.

Ambas as emissoras vão reprisar as transmissões originais da época, e o ex-jogador Roberto Rivellino está nas duas. Na transmissão da Gazeta, a narração é de Peirão Castro (1930-1989). Já na Band, Luciano do Valle (1947-2014) narra, e os comentários são do tricampeão mundial pela seleção brasileira em 1970 e de Silvio Luiz

Foi em uma quarta-feira, antevéspera de Natal. A manhã nublada daquele verão de 1998 se tornaria uma tarde de chuva inesquecível para a Nação Corinthiana: o Timão coroava uma das campanhas mais belas da história e levantava, pela segunda vez, o título de Campeão Brasileiro.

Quem não viu ou quem quer rever, terá a oportunidade de acompanhar a partida decisiva entre Corinthians x Cruzeiro no programa "Você Torceu Aqui", da Band, que exibe o jogo no próximo domingo (26), às 14h.

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Sob a batuta do técnico Vanderlei Luxemburgo, o Corinthians jogava por música. Foram 32 jogos na fase de classificação e nos playoffs finais. O Timão venceu 18 confrontos e anotou 57 gols em toda a campanha. Além do sempre decisivo Marcelinho Carioca como artilheiro marcando 19 vezes, o alvinegro de Parque São Jorge ainda tinha no elenco craques como Gamarra, Rincón, Vampeta, Ricardinho e Edilson.

Ainda no banco de reservas, o alvinegro tinha peças que faziam a diferença quando entravam na partida, como o atacante Dinei, melhor em campo na decisão e, até então, único a ser campeão brasileiro pelo clube (1990, 1998 e 1999). Já o Cruzeiro, comandado por Levir Culpi, tinha em seu plantel atletas de renome, como o goleiro Dida, o zagueiro Marcelo Djian, o lateral Gilberto, o meia Valdo e o atacante Muller.

Naquela oportunidade, a primeira etapa terminou em 0 a 0. O empate favorecia o Corinthians, dono da melhor campanha na primeira fase. Após o intervalo, o treinador do Cruzeiro, que precisava da vitória para obter o título, foi para cima do Timão mas não teve sucesso. Com um meio-campo repleto de recursos técnicos, o alvinegro dominava a partida e fez 1 x 0 aos 25 do segundo tempo com gol de Edilson, em bela assistência de Dinei. Dez minutos mais tarde, em nova jogada de Dinei pela direita, Marcelinho mergulhou de peixinho para alcançar o cruzamento e levar a taça do bicampeonato para o Parque São Jorge.

A transmissão da Band terá narração original de Luciano do Valle (1947-2014), com comentários dos ex-jogadores Gérson e Rivellino, tricampeões do mundo em 1970 pela seleção brasileira.

Talentosos com a bola nos pés, os canhotos sempre fizeram sucesso no futebol mundial. Seja na defesa, no meio-campo ou no ataque, há sempre um lugar de destaque para quem usa a perna esquerda desfilar sua habilidade em campo. Apesar da lista ser grande, o LeiaJá separou os cinco maiores da história para homenagear no Dia Mundial do Canhoto.

1. Nilton Santos

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Considerado o melhor lateral-esquerdo da história do futebol pela Fifa, Nilton Santos (1925-2013), jogou apenas pelo Botafogo-RJ, clube no qual fora campeão em 20 oportunidades. Na seleção brasileira, foram quatro Copas do Mundo e dois títulos mundiais em 1958 e 1962. Apesar de não gostar muito, ganhou o apelido de "Enciclopédia do Futebol" por ter sido o responsável pela ascensão da posição de lateral. Antes de Nilton Santos, nenhum jogador de defesa ousava sair jogando pelos lados do campo para apoiar o time no setor de ataque. Devido a complicações decorrentes do Alzheimer, o ex-jogador faleceu em 2013.

 

2. Roberto Rivellino

Formado nas categorias de base do Corinthians, o "Reizinho do Parque", como é carinhosamente chamado pela Fiel, é um dos maiores nomes da história do clube paulista, apesar de não ter conseguido ser campeão com a camisa do Timão. Com dribles rápidos como o elástico (que Rivellino popularizou) e um potente chute na perna esquerda, o meia conquistou nove títulos atuando pelo Fluminense-RJ e duas taças atuando pelo Al-Hilal da Arábia Saudita. Pela seleção brasileira, Rivellino foi peça chave na conquista do tricampeonato mundial do Brasil na campanha de 1970, no México, além de ter disputado as copas de 1974, na Alemanha, e 1978, na Argentina.

 

3. Gérson

O "Canhotinha de Ouro" nasceu em Niterói (RJ), em 1941. Líder nato e talentoso com a perna esquerda, o meio-campista fez história no futebol faturando títulos por todos os clubes nos quais atuou, como Flamengo-RJ, Botafogo-RJ, Fluminense-RJ e São Paulo-SP. Na seleção brasileira, além da Copa de 1966, na Inglaterra, Gérson comandou o meio-campo do esquadrão de 70 e foi outro destaque individual daquele que é tido por muitos como o melhor time de todos os tempos. Desde o fim da carreira até os dias de hoje, o "Canhota" empresta seus conhecimentos futebolísticos à imprensa esportiva como comentarista na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro.

 

4. Maradona

Nascido em Buenos Aires, capital da Argentina, "El Pibe D’Oro" foi revelado pelo Argentinos Juniors, passou pelo Boca Juniors (ARG), foi negociado com o Barcelona (ESP), mas teve sua melhor fase defendendo o Napoli (ITA). Vestindo a camisa do clube italiano, o habilidoso "Dieguito" ajudou na conquista de cinco títulos. Na seleção argentina, disputou as Copas do Mundo de 1982, 1986, 1990 e 1994, sendo o principal jogador do segundo título mundial argentino conquistado em 1986. Encerrou a carreira de jogador profissional em 1997 e, atualmente, é técnico do Dorados de Sinaloa, clube que disputa a segunda divisão do futebol mexicano.

 

5. Messi

Atuando desde o ano de 2000 no Barcelona (ESP), o argentino Lionel Messi é mais um canhoto que brilha nos gramados do mundo afora. Eleito pela Fifa como melhor jogador do mundo em cinco oportunidades, Messi tem 32 anos e quase 700 gols na carreira. Pela seleção argentina, "La Pulga" conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2000, e disputou quatro Copas do Mundo (2006, 2010, 2014 e 2018). Pelo clube catalão, entre Campeonato Espanhol, Supercopa da Espanha, Copa do Rei, Champions League, Supercopa Europeia e Mundial de Clubes, o canhoto já conquistou 35 títulos na carreira.

O ex-jogador Roberto Rivellino, de 73 anos, foi submetido a uma cirurgia na coluna nesta terça-feira, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, mas passa bem. O próprio ex-atleta publicou uma mensagem em sua rede social para tranquilizar os seus fãs e para agradecer aos médicos que realizaram a operação, que foi bem-sucedida.

Campeão do mundo com a seleção brasileira na Copa de 1970 e ídolo do Corinthians e do Fluminense em sua trajetória profissional, Rivellino fez a seguinte publicação em sua página no Instagram: "Obrigado de coração a esses dois anjos da guarda: Dr. Guilherme e Dr. Arthur, além de toda equipe do Einstein, sem exceção. Vocês são seres humanos especiais. Agradeço ao carinho dos amigos e da minha família. Agora é paciência, foco na fisioterapia e voltar à rotina normal. #gratidão #vidaNaReal".

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A mensagem foi ilustrada com uma foto do ex-atleta ao lado dos médicos no Einstein, hospital do qual o ex-meio-campista deverá ganhar alta nos próximos dias. Em outra publicação divulgada em uma rede social, o programa Cartão Verde, da TV Cultura, do qual Rivellino faz parte como comentarista, também celebrou a recuperação do ídolo. "Nosso Riva está bem e se recuperando para logo voltar a campo! Estamos juntos!", escreveu, por meio de sua página no Twitter.

Além de ter ajudado o Brasil a conquistar o tricampeonato mundial em 1970, Rivellino foi convocado para os Mundiais de 1974 e 1978 e vestiu por 122 vezes a camisa da seleção, entre 1965 e 1978. Em sua carreira de clubes, ele defendeu o Corinthians entre 1965 e 1974 e depois atuou pelo Fluminense de 1975 a 1978, antes de encerrar a sua trajetória nos gramados pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita, entre 1979 e 1981.

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Ao comentar o fato de que a seleção brasileira não conta mais com um camisa 10 que atua como o grande cérebro do time nacional, assim como ele próprio já foi ao vestir este número nas Copas do Mundo de 1974 e 1978, Rivellino afirmou, em entrevista ao Estado, que o técnico Tite soube tirar um pouco do peso que recaía sobre Neymar antes da chegada do treinador ao comando da equipe canarinho.

Neymar, que assumiu a 10 e a vestiu na Copa de 2014, ostenta este número na camisa como um jogador que atua mais adiantado, sem a responsabilidade de criar as jogadas, assim como já fazia quando foi dirigido por Felipão e depois por Dunga. Com Tite, porém, o melhor equilíbrio tático da seleção deixou o astro do Paris Saint-Germain menos sobrecarregado em sua condição de maior protagonista da seleção.

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"Quando o Tite assumiu, ele tirou um pouco dessa responsabilidade do Neymar e tentou dividi-la mais. Quem é diferenciado, o craque da seleção, é o Neymar, mas o que não pode é toda hora dar a bola ao Neymar e achar que ele vai driblar dois ou três e vai resolver sozinho. Com o Tite, ele deu uma respirada neste aspecto. Até porque, quando ele estiver mal, o time tem que jogar também", afirmou Rivellino.

Já ao ser questionado pelo Estado se o Brasil hoje tem problemas na formação de bons jogadores de criação no meio-campo, o ex-camisa 10 do Brasil respondeu: "Sim. Tanto é que na seleção, que é onde você pode escolher os melhores, já não temos este jogador. O último que tinha essa qualidade era o Alex, que parou de jogar há pouco tempo. Infelizmente hoje existe uma procura maior por parte dos treinadores de um jogador que é mais marcador e que também sai para jogar. Preferem mais este tipo de jogador do que o que tem o talento".

Rivellino, porém, não acredita que a ausência de um autêntico meia vestindo a camisa 10 seja o principal problema seleção. "Não diria que é o principal, até porque não se tem mais este jogador, e muitas vezes se 'mata' este tipo de jogador na base. O Corinthians, que é o campeão brasileiro, não tem. O São Paulo tem o Cueva, que é interessante, mas que não é brasileiro. O Santos tinha o Lucas Lima, que me agrada muito e foi para o Palmeiras. É um baita jogador, que me parece um pouco mais um meia à moda antiga", opinou o ex-jogador, que foi o camisa 11 da seleção brasileira tricampeã do mundo de 1970, quando Pelé vestiu a 10 pela última vez em uma Copa.

Ao anunciar a sua aposentadoria de forma surpreendente no domingo retrasado, Kaká, de 35 anos, se tornou o último autêntico meio-campista da seleção brasileira a vestir a camisa 10. Hoje, Neymar carrega este número nas costas na equipe nacional, mas ele é um jogador de característica genuinamente ofensiva, sem a responsabilidade direta de ser um grande criador de jogadas, como outros nomes de peso da história do time canarinho tiveram por décadas.

Pelé eternizou a camisa 10 ao fazer história pela seleção com os títulos das Copas de 1958, 1962 e 1970, mas ele também era um autêntico finalizador, chamado na época de ponta-de-lança, que se tornou o maior goleador de todos os tempos e não carregou a responsabilidade de ser o cérebro da equipe, embora fosse o astro maior do time. Meio-campista do Brasil na campanha do tricampeonato mundial, no México, Rivellino herdou a mítica 10 que pertenceu ao Rei do Futebol após a aposentadoria de Pelé e envergou a mesma no time nacional nas Copas de 1974 e 1978.

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Entrevistado pelo Estado, Rivellino reconheceu que Kaká foi o último grande nome da seleção que vestiu a 10 como um autêntico meia, o que ocorreu na Copa de 2010 antes de Neymar assumir o número e usá-lo no Mundial de 2014. Mas o fazendo como um atacante, diferentemente do que ocorreu também com o maestro Zico, que foi o dono da 10 do Brasil nas Copas de 1982 e 1986, com Silas em 1990, Raí em 1994, Rivaldo em 1998 e 2002, Ronaldinho Gaúcho em 2006 e finalmente Kaká em 2010.

"Primeiro eu queria dizer que no futebol brasileiro acabou o 10. Hoje na seleção nós não temos mais este jogador. O 10 era muito marcante, principalmente depois que o maior jogador do mundo vestiu essa camisa, que deveria ter sido imortalizada, colocada em um pedestal e ninguém mais usá-la depois que o Pelé a usou na seleção", disse Rivellino, lembrando o significado de usar esta camisa pelo País.

"De uma certa forma, a camisa 10 é uma responsabilidade. No futebol brasileiro, a 10 diz tudo, mas de repente isso acabou. O Neymar hoje é o mais importante do Brasil. E ele mesmo disse que queria jogar com a 10 e, se você for analisar friamente, é ele quem tem a capacidade de usá-la, mas não é o conhecido 10 das nossas épocas, o 10 que vinha de trás, que pensava, que armava. E hoje taticamente as equipes mudaram, mas eu gostaria de ter um 10 e ver o Neymar com a 11, que ele também gostava de usar. A gente vê um pouco do Philippe Coutinho com essa condição, mas ele não é aquele 10 que chama a atenção da gente", opinou Rivellino.

ZICO SENTE FALTA DE UM 10 - Outro histórico camisa 10 do Brasil entrevistado pelo Estado na semana passada, Zico também crê que hoje o futebol brasileiro não conta mais com um jogador que exiba o mesmo jeito de atuar que ele próprio tinha no passado com a mais emblemática camisa da seleção.

"Sem dúvida que falta este jogador, mas hoje os nomes da seleção estão em outras posições. Não tem aquele mais 10 que crie. Aquele que joga atrás do centroavante, para chegar na área, tipo o Kaká fazia. Realmente não temos esse jogador com essa característica mais. Não temos um 10 hoje que é acostumado a jogar de costas para o gol, sendo marcado, o que não é fácil. Jogar de frente é outra coisa. Então o Tite coloca uma linha de quatro jogadores no meio e a maioria dos jogadores joga de frente para o gol", disse.

E Zico fez questão de ressaltar o mérito que Tite teve de conseguir fazer a seleção brasileira engrenar mesmo sem contar hoje com um camisa 10 com as características que ele e outros craques tiveram na equipe nacional. Além disso, o ex-jogador vê o esquema do treinador deixar Neymar menos sobrecarregado de responsabilidade, diferentemente do que aconteceu sob o comando de Felipão na Copa de 2014 e em seguida com Dunga, demitido em 2016.

"A seleção é hoje mais organizada e tirou-se um pouco o peso do Neymar. É lógico que, sendo o grande nome, a grande estrela, a responsabilidade aumenta pra ele, mas o Tite não bota a seleção jogando em função dele", reforçou. E Zico conhece bem o peso da 10. Mesmo que o 10 clássico esteja em extinção.

Assim como reconhece que hoje a seleção brasileira não possui mais à disposição camisas 10 clássicos que desempenhavam uma função de meia que municiavam os atacantes como verdadeiros maestros, Zico revelou, em entrevista ao Estado, que hoje não consegue se lembrar de um jogador em atividade no Brasil que o faria sair de casa para vê-lo atuar de bem perto, não apenas como acompanha tantos outros pela televisão.

"A gente sente falta daquele jogador que faz a gente ir ao estádio só pra vê-lo jogar, não para ver o time jogar. É difícil eu dizer que hoje vou sair da minha casa e ir ao Maracanã no domingo para ver fulano jogar. Hoje está difícil. E não estou falando de camisa 10, mas de um jogador que realmente chame a atenção e faça coisas que você não espera que ele faça", ressaltou Zico, que foi este tipo de craque por muitos anos enquanto vestiu a camisa do Flamengo, pelo qual se tornou o maior ídolo da história do clube.

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Já ao ser questionado sobre os motivos que fizeram com que o Brasil parasse de produzir autênticos camisas 10 como os que tinha no passado, o ex-jogador apontou que o próprio jeito de jogar das equipes colaborou para que isso ocorresse.

"Eu acho que, realmente, nas categorias de base esse tipo de jogador começa a acabar porque estão prevalecendo mais as partes táticas do que a individualidade, então esquecem que o que decide os jogos e o que ganha campeonatos é a qualidade técnica. Você pode ver que todos os grandes nomes foram muito fortes e importantes para as conquistas de suas equipes ou seleções", enfatizou o ex-camisa 10 do Flamengo e da seleção brasileira.

Zico também deu um conselho a Neymar ao comentar como vê a atual condição do atacante, que veste o número 10 da equipe nacional desde 2013 e a estreou em uma Copa em 2014. Ele agora se prepara para envergar a camisa no Mundial de 2018, na Rússia, onde espera poder ser decisivo para levar a seleção brasileira ao sonhado hexacampeonato.

"O Neymar precisa ter autocontrole quando o time está perdendo. Quando está ganhando ele até tem, mas, quando está perdendo, ele perde a bola, leva uma falta e se descontrola um pouco. Tem que se controlar quando o time está em desvantagem. O Brasil não é um time que está acostumado a estar em desvantagem. A cada dez jogos, em um costuma ter este problema. E este um é que pode ser perigoso", alertou.

A primeira vitória em clássicos no estádio Itaquerão foi dedicada ao maior jogador da história do Corinthians, Roberto Rivellino. A primeira lembrança foi o uniforme inspirado nos anos 70 que o time usou neste domingo: branco e com listras pretas verticais.

Antes de o jogo começar, Rivellino foi homenageado pelo clube e ganhou o novo uniforme. Depois da vitória por 2 a 0, foi o técnico Mano Menezes que lembrou do ídolo na entrevista coletiva. "Todas as vitórias em clássicos ficam marcadas. Por isto é importante vencê-los e essa de hoje (domingo) tinha uma série de poréns e eu gostaria de oferecer a um corintiano muito especial, que é Roberto Rivellino. Gostaria de oferecer essa vitória a ele".

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O Corinthians resgatou os principais jogadores na inauguração do Itaquerão, em maio. O primeiro jogo foi uma confraternização de ex-jogadores, entre eles Rivellino. E havia sido dele o primeiro gol do estádio, de pênalti, embora a partida fosse um amistoso festivo.

Mano Menezes saiu de campo satisfeito com o resultado e com o desempenho da equipe. Ele disse que o time, aos poucos, se adaptou ao novo estádio. Não há mais aquela pressão, nem ansiedade. Neste domingo, segundo ele, isso não existiu mesmo sendo o primeiro clássico. "Precisamos encarar as coisas com naturalidade, uma vez você vence, outra você perde, mas estamos felizes porque saíamos vitoriosos neste primeiro clássico".

Com o resultado deste domingo, o Corinthians chegou à terceira vitória seguida no Itaquerão. Ganhou de Internacional, Bahia (pela Copa do Brasil) e Palmeiras. As duas vitórias pelo Campeonato Brasileiro fizeram com que o time continuasse na cola do Cruzeiro, líder com 28 pontos. São cinco pontos de distância, uma diferença que não assusta o treinador.

"Não jogamos o clássico pensando no Cruzeiro. O mais importante é aumentar nosso percentual de aproveitamento dentro do campeonato. Se conseguirmos isso, seremos um perseguidor forte e o Cruzeiro vai nos enxergar bem próximo", disse Mano Menezes.

O técnico afirmou que ficou satisfeito com o desempenho de sua equipe no clássico. Segundo ele, o Corinthians teve o controle da partida mesmo no primeiro tempo, quando foi menos objetivo. Para o comandante, Elias e Ralf estão se entendendo bem e um "cobre o outro" quando um deles vai ao ataque.

Mano Menezes comemorou a atuação de Renato Augusto e disse que ganhou uma "dor de cabeça boa" para montar a equipe. O Corinthians só volta a campo no próximo domingo contra o Coritiba, fora de casa, pelo Brasileirão. Guerrero levou o terceiro cartão amarelo e está fora do jogo.

O Corinthians planeja criar uma camisa especial - branca com listras pretas - para homenagear o ex-jogador Rivellino, que jogou pelo clube na década de 70. O uniforme, semelhante ao que era utilizado pelo time nos anos 60 e 70, será utilizado pelo Corinthians em alguns jogos em 2014.

O plano foi revelado pelo presidente do Corinthians, Mário Gobbi, nesta segunda à tarde, durante a reunião que definiu as datas e horários dos jogos das quartas de final do Campeonato Paulista, na sede da Federação Paulista de Futebol. "Eu cresci vendo o Rivellino jogar ao lado do Tião (volante). Foi um dos maiores jogadores que eu vi jogar", declarou o presidente, emocionado com as recordações.

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Rivellino foi um dos destaques da seleção brasileira tricampeã do mundo na Copa de 1970, no México, onde recebeu o apelido dos mexicanos de "Patada Atômica". O meia, camisa 10 do Brasil na Copa de 1974, foi um dos poucos jogadores brasileiros que apresentaram um bom futebol na Alemanha.

Apesar de ter atuado pelo Corinthians por dez anos, não conquistou nenhum título relevante (ganhou apenas o Torneio Rio-São Paulo em 1966). Teve a chance de ser campeão paulista em 1974, contra o Palmeiras, mas a equipe foi derrotada por 1 a 0 na final. Rivellino foi considerado um dos responsáveis pela derrota e acabou negociado com o Fluminense, transferência que se transformou em uma das grandes mágoas de sua carreira.

"Essa foi uma das maiores injustiças da história do clube. Ele mereceu ter ganhado um título e não poderia ter saído daquela forma", disse o presidente. "A camisa retrô é uma forma de homenageá-lo", completou.

O ex-jogador Rivellino se mostrou bastante preocupado com as perspectivas da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2014. Nesta segunda-feira, ele lembrou que faltam pouco mais de dois anos para a competição e o Brasil ainda não tem um time. "Está todo mundo preocupado com estádios, aeroportos e estradas e o time, infelizmente, até agora nada. Você não sabe quem é o goleiro titular", disse Rivellino, durante evento para segurança no trabalho no Estádio Itaquerão.

A maior crítica do ex-jogador ao técnico Mano Menezes é em relação à demora para montar um time. "Eu gosto muito dele, mas está atrasado. Espero que na Olimpíada ele aproveite para montar uma base da seleção, até porque o time dos Jogos vai ser a base da Copa.

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Rivellino entende que a safra de jogadores brasileiros não é das melhores. "A gente tem o Neymar, mas só ele é muito pouco para ganhar uma Copa. Ah, tem também o Ganso, mas é preciso montar logo o time. Nós já perdemos uma Copa em casa em 1950 e não podemos perder outra."

CORINTHIANS - Um dos maiores ídolos da história corintiana, acredita que o time comandado por Tite tem condições de conquistar a Libertadores este ano. "Acho possível, embora o Corinthians esteja jogando sempre no limite, sempre buscando o resultado. Mas Libertadores é assim mesmo."

Para o ex-jogador, o Vasco vai ser um adversário complicado, mas pode ser superado. Rivellino mostrou muita preocupação com o Boca Juniors. "Ninguém está falando do Boca, mas eles estão crescendo no momento certo. É preciso tomar muito cuidado com eles."

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