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Geólogos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriram, durante uma escavação na Formação Aliança, que faz parte da Bacia Jatobá, próxima ao município de Ibimirim, no Sertão de Pernambuco, um segmento de vértebra da cauda pertencente ao dinossauro mais antigo já encontrado no Nordeste do Brasil até hoje, comparável ao gênero Dilophosaurus. Apesar da descoberta ter acontecido agora, as peças já estavam sob posse do grupo de estudos desde 2019, e passaram por nova análise. 

De acordo com a universidade, até hoje, esses fósseis só foram encontrados nos Estados Unidos, Antártica, África do Sul e agora na Formação Aliança, no Brasil. Os autores da análise são alunos do curso de Geologia e do Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc) da UFPE. Com a nova fase do estudo, foi possível verificar a provável idade do fóssil e a qual grupo taxonômico (definição categórica biológica) pertence. 

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Segundo o professor Édison Oliveira, orientador do mestrado, ainda é necessário que mais escavações sejam feitas para que encontrem mais partes do mesmo dinossauro ou de outros organismos jurássicos no mesmo estrato rochoso e, assim, possam confirmar que a vértebra seja mesmo de um dilofossauro. 

Entretanto, foram realizadas medições e comparações entre ela e uma de um dilofossauro que foi encontrado nos Estados Unidos, e a conclusão é que são muito similares. “Foi Leonardo [Marinho] que, lendo um artigo científico que abordava o dinossauro americano, lembrou da vértebra encontrada na Formação Aliança e achou que eram parecidas. Em princípio, quando a encontramos na época, achávamos que era de um crocodilo, como várias outras que temos. Foi uma felicidade imensa medirmos e descobrir que pode ser de um dilofossauro”, explica o professor Édison. 

Publicação se tornou destaque 

O resultado foi publicado no artigo "The first dinosaur from the Jurassic Aliança Formation of northeastern Brazil, west Gondwana: a basal Neotheropoda and its age and paleobiogeographical significance", na revista científica Journal of South American Earth Sciences. 

Se for confirmada a hipótese, a vértebra pode ser identificada como pertencente ao grupo de dinossauros primitivos e raros, os neoterópodes basais (é chamado de “basal” por estar na base dos terópodes e “neo” por ser do grupo dos mais novos). Uma outra hipótese a ser avaliada na dependência de novas coletas de outros fósseis é que a Formação Aliança poderia ser ainda mais antiga, chegando até o Jurássico Inferior (201,3 a 174,1 milhões de anos). 

“Estamos alterando o paradigma da idade da Formação Aliança. Se estivermos certos, ela se formou quando ainda era Pangeia (nome dado ao supercontinente, que existiu na Era Paleozoica, há mais de 250 milhões de anos)”, esclarece o professor Edison Oliveira, que também é coordenador do Laboratório de Paleontologia da UFPE (PaleoLAB). Essa hipótese está sendo estudada no doutorado do geólogo e paleontólogo Leonardo Marinho. 

A Formação Aliança surgiu um pouco antes da separação do Brasil e da África, quando gerou uma depressão nessa região (local rebaixado em comparação ao seu entorno), que vai do sul da Bahia até o sul do Ceará, e nesse lugar culminou em um grande lago que tinha fauna continental endêmica (pertencente apenas àquele local) e animais terrestres que eram atraídos pra lá para beberem água. Nesse lago, foram se depositando várias rochas ao longo dos anos, em que se originou a Formação Aliança. 

Esse é o primeiro dinossauro encontrado na Formação Aliança, mas já é o terceiro do estado de Pernambuco. O primeiro de Pernambuco foi encontrado em Araripina, por volta de 1960, e era do Cretáceo; o segundo foi encontrado em 2021, na Formação Sergi, em Petrolândia, era no final do Jurássico Superior; e agora esse da Formação Aliança, em Ibimirim, que foi encontrado em 2019, mas analisado em 2022, e provavelmente é do Jurássico Médio-Superior. 

 

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“Manual de Outorga” foi um dos temas da IV Semana Geológica da UNAMA - Universidade da Amazônia, abordado em palestra por Márcia Helena Nascimento, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A palestrante falou sobre todos os procedimentos de outorga, que é o requerimento para o uso da água por um empreendimento.

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“O campo de trabalho para geológo é muito vasto, tem muitas possibilidades. O que eu mostrei foi justamente uma das possibilidades, que é trabalhar com licenciamento ambiental, com recursos hídricos, com requerimento de outorga para recursos hídricos”, disse a palestrante.

Para Márcia, é importante que os profissionais da área tenham integração com os alunos do curso. “São alunos que estão se formando, e isso é muito importante para eles. Saber que eles podem atuar em outro campo sem ser a mineração. Geólogo a gente foca logo na mineração, mas há outros campos dentro da cidade mesmo onde ele pode atuar”, explicou.

Bruno Pinheiro, professor de geologia da UNAMA, destacou que o evento é uma das formas de divulgar o curso. “Amanhã (30) é o Dia do Geológo, então é uma forma de nós divulgarmos que apesar do curso de Geologia ser muito importante para a economia brasileira, ela é pouca conhecida. Nós estamos, cada vez mais, tentando mostrar a importância da Geologia para a sociedade e esse evento é para trazer esse conhecimento”, afirmou.

Para Jorge Nadico, estudante do curso de Geologia da UNAMA, a palestra foi muito importante, já que esse assunto sobre água não é tão comentando dentro da Geologia, segundo ele. "É mais mineração, mapeamento, e quando a gente vê alguma coisa sobre outorga, que é algo que está em crescimento, já que a outorga dá muito dinheiro para o profissional de Geologia, é sempre interessante agregar conhecimento sobre isso”, disse o estudante, que está no 9º semestre do curso.

Para Renato Ferreira, também estudante de Geologia da UNAMA, o evento foi interessante porque os alunos puderam ver na prática questões dadas em sala de aula. “A gente deu legislação como matéria, que é uma coisa mais teórica, mas eu achei bem importante ter a questão prática aqui”, disse o estudante.

Segundo Luisa Barros, professora de Geologia da UNAMA e organizadora do evento, promover a Semana de Geologia é importante para agregar novos conhecimentos para esses alunos e para reforçar o repertório deles com base no que é dado em sala de aula. “Isso é muito importante para agregar valor, principalmente porque todas essas palestras e minicursos são voltados para as ferramentas que eles vão usar no mercado de trabalho”, concluiu.

O evento se encerra nesta quinta-feira (30), com a palestra “Avaliação da base de dados de licenciamento mineral por meio de Sig”, às 14 horas, com Carla Braga, geóloga da Universidade Federal do Pará (UFPA). A palestra será na sala E-200, no campus Alcindo Cacela da UNAMA.

O curso de Geologia da UNAMA - Universidade da Amazônia está desenvolvendo um estudo integrado, interdisciplinar e interinstitucional dos recursos hídricos subterrâneos da Área de Proteção Ambiental em Algodoal-Maiandeua, no Pará. A análise é feita com o monitoramento mensal da salinidade e da potabilidade da água na região. A pesquisa faz parte do programa de pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano, que tem duração de um ano, e ainda está em fase coleta de material para estudo.

O projeto faz parte dos estudos sobre as alterações e impactos no meio ambiente causado pelo desenvolvimento urbano nas cidades do Pará. A pesquisa tem parceria com o LGAA - Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos, do professor Marcelo Moreno, da UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia; IDEFLOR-Bio - Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará e Faculdade UNINASSAU.

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“A proposta é realizar o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas, acompanhando suas possíveis mudanças em decorrência do aumento de atividades, como aumento da frequência turística e a variação sazonal das chuvas. Será avaliada a qualidade da água em termos de potabilidade ao longo de 12 meses e com os resultados obtidos serão elaborados mapas analíticos sobre a evolução do crescimento urbano desordenado na APA”, explicou o professor e coordenador Igor Charles. Além disso, o professor afirma que o projeto utiliza as informações disponíveis nos órgãos municipais, no sentido de compor o quadro de dados técnicos sobre os recursos hídricos superficiais e subterrâneos da região.

A pesquisa vai gerar uma série de mapas que vão indicar as áreas mais sensíveis, problemáticas ou susceptíveis à contaminação, indicadas pela presença de coliformes fecais. “Em conversas com a comunidade percebemos que a maioria das pessoas culpa a presença dos cavalos como os responsáveis por possíveis contaminações do lençol freático. No entanto, acreditamos que a principal fonte do problema seja a disposição irregular de resíduos sólidos e falta de saneamento básico, com presença inadequada de unidades de tratamento primário doméstico e fossas negras (buraco no solo onde são levados os dejetos), construídas muito próximas aos poços, que por sua vez são pouco profundos e susceptíveis a contaminação por organismos patogênicos”, afirmou o professor.

A primeira fase da atividade de campo foi realizada nos dias 8, 9 e 10 de junho, na Vila de Algodoal e Praia da Princesa. Foram identificados aproximadamente 60 poços, e como teste piloto, 12 amostras de água foram analisadas em relação à presença e ausência de bactérias do grupo de coliformes fecais. “As amostras foram analisadas no laboratório de Bacteriologia da UNAMA e o resultado foi que as 12 amostras analisadas apresentaram presença de coliformes totais e oito amostras apresentaram presença de bactérias presentes nas fezes de seres humanos”, revelou Igor.

Por Alessandra Fonseca/Ascom UNAMA.

Em alusão à Semana do Geólogo, o curso de Geologia da Universidade da Amazônia (Unama) realizou a 3ª Semana Geológica da Unama juntamente com o 4º Workshop de Geologia. O evento reuniu estudantes, profissionais e representantes de empresas que trabalham com o setor geológico no Estado do Pará.

A Semana se uniu ao 4º Workshop para discutir questões do mercado de trabalho na geologia no Estado do Pará, trazendo representantes de empresas como a Imerys Caulim, Vale do Rio Doce e Calmap. “A gente está abordando temas que são recorrentes na geologia. Nosso curso está formando a primeira turma e a gente precisa repassar para eles conhecimentos necessários sobre mercado de trabalho na geologia, empregabilidade, mercado de petróleo e gás”, explicou o coordenador de curso de Geologia da Unama, Tiago Araújo.

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A geóloga e coordenadora do workshop, Maryelle Ferreira, contou que o evento começou a partir de um grupo de pesquisa, formado por profissionais que viam a necessidade de produzir, trocar experiências e conhecimentos. “O objetivo do workshop é trocar informações com profissionais bastante capacitados pra passar esse conhecimento para alunos de graduação e trocar ideia com empresas do ramo. Essa versão do workshop hoje está um pouco mais voltada para a empregabilidade, mercado de trabalho, e também uma parte acadêmica, voltada para a pesquisa”, disse Maryelle.

O estudante do 5º semestre de Geologia Renato Ferreira assistia a todas as palestras atento às informações. Ele disse que as palestras são de extrema importância para complementar o conteúdo do semestre letivo. “Eu achei bem interessante porque tem vários assuntos que complementam um ao outro, como palestras sobre a extração do caulim, e mais tarde a gente vai ter uma sobre a mineração da rocha. Então é interessante a junção de todas essas palestras”, disse o estudante. 

 

Um terremoto com magnitude preliminar de 6,2 atingiu uma área próxima da costa do Pacífico na Guatemala. Até o momento, não há informações sobre feridos nem estragos causados.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o tremor ocorreu nesta sexta-feira, pouco depois das 8h (hora local). O epicentro fica 219 quilômetros a sudoeste da capital do país, Cidade da Guatemala.

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O diretor da agência de defesa civil do México disse que o tremor foi também sentido, de maneira branda, no Estado de Chiapas, que faz fronteira com a Guatemala. Fonte: Associated Press.

A Universidade da Amazônia (Unama) iniciou processo seletivo para preenchimento de vagas voltadas à contratação de professor para graduação de Geologia. Os interessados devem enviar curriculum lattes atualizado até esta terça-feira, dia 12 de janeiro, até às 20 horas, para o e-mail igor.charles@unama.br. Os candidatos devem ter graduação em Geologia, além de título de mestrado ou doutorado em Geociências ou Geologia, com especialização na área das disciplinas ofertadas para: Cristalografia e Mineralogia, Gemalogia e Cartografia/Tópicos Integradores 1.

Os interessados devem ter disponibilidade para ministrar aulas no período noturno e/ou diurno nos horários estabelecidos pela gerência do curso. O curriculum deve conter a relação dos títulos acadêmicos, relação de experiência profissional, entre outros critérios listados no edital de convocação, disponível no portal da Unama. A homologação das inscrições será divulgada no dia 13 de janeiro, às 9 horas, no campus Alcindo Cacela.

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A análise do curriculum Lattes será eliminatória. Os aprovados na fase de análise curricular realizarão uma avaliação didático-pedagógica. O candidato terá prévio conhecimento dos temas específicos da disciplina. A realização das provas didáticas ocorrerá no dia 14 de janeiro, das 8 horas ao meio dia, no campus Alcindo Cacela.

A prova e a entrevista serão classificatórias. A divulgação do resultado final está prevista para o dia 15 de janeiro, às 8 horas. Mais informações sobre o processo seletivo através do edital abaixo:

http://www.unama.br/images/edital_seleo_docente_geologia_2016.pdf.

Por Alessandra Fonseca.

 

 

 

 

 

 

Empresa atuante no setor de produção de ouro no Brasil, a Kinross está selecionando profissionais para o seu programa “Generation Gold”.  Os selecionados passarão por uma experiência de quatro anos em uma das unidades da empresa situadas no Brasil, Canadá, Estados Unidos, Chile, Rússia, Gana e Mauritânia. Podem participar do processo seletivo concorrentes dos cursos de geologia e engenharias.

Os candidatos devem ter formação entre dezembro de 2012 a dezembro de 2014. Entre as exigências estão o domínio fluente do inglês, disponibilidade para atuar em projetos e conhecimento para lidar com a diversidade e flexibilidade geográfica. As candidaturas podem ser feitas até o dia 9 de junho.

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“A experiência única de viver e trabalhar em outro país, assim como o desenvolvimento de atividades nas diferentes áreas da mesma empresa, impulsiona nosso objetivo de construir um grupo de líderes globais e especialistas técnicos potenciais dentro da organização. Nós mantemos nossos esforços orientados por uma filosofia que chamamos de o Jeito Kinross e isso define quem somos e o que queremos passar para os selecionados”, comenta o diretor de recursos humanos da Kinross, Marcos Cangussú, conforme informações da assessoria que divulga a seleção.

O Espaço Ciência, localizado em Olinda, Região Metropolitana do Recife, sedia o 3° Mineral and RockFest. O evento será realizado até o próximo domingo (18) e conta com a participação de estudantes de geologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A iniciativa abordará  pontos como os recursos minerais, terremotos, fósseis e petróleo em Pernambuco, minerais industriais, riscos geológicos, além da erosão marinha na cidade de Recife.

Com a proposta de fazer a interação do público presente com o tema do evento, a idealizadora Lucila Borges revela a principal novidade desta edição. “Quem apresentar documento comprovando um mineral no seu nome ou sobrenome como Ágata, Cristal, Jade, Rubi, entre outros, ganha um brinde”, explica a professora do Departamento de Geologia da UFPE.

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Entre as atrações da programação, que é totalmente gratuita, estão a encenação da peça infantil Cinco pedrinhas saem em aventura, a palestra-show Os vulcões de Pernambuco e a abertura do Atlântico, além da exposição da Turmalina Paraíba, classificado como mineral mais valioso da atualidade.

Nesta sexta-feira (16), o evento estará aberto ao público das 9h às 17h. Já no sábado e domingo, o horário de funcionamento vai das 13h30 às 17h. O espetáculo Cinco pedrinhas saem em aventura é encenado todos os dias, sempre às 15h, enquanto a apesentação da palestra-show Os vulcões de Pernambuco e a Abertura do Atlântico será realizada no sábado, a partir das 16h.

Serviço
Espaço Ciência - Complexo de Salgadinho, Parque Memorial Arcoverde, Olinda/PE
(81) 3183-5528 
www.espacociencia.pe.gov.br

Estudar a origem, a formação, a estrutura e a composição da terra e de outros elementos naturais, esse é o trabalho de um geólogo. O profissional investiga a ação das forças das natureza, como por exemplo o tempo, e sobre o planeta, para isso, é preciso uma análise de materiais encontrados no solo, como fósseis e minerais. O objetivo de tanto trabalho é encontrar subcídios para uma utilização mais sustentável desses elementos.

O curso de graduação em geologia está sendo cada vez mais procurado em universidades e faculdades em todo o país, e muitas instituições, como o Centro Universitário Maurício de Nassau (UniNassau), estão lançando o curso devido a grande demanda de estudantes interessados. O vice-coordenador de geologia da Universidade Federal de Pernambuco, Gelson Fambrini, afirma que a graduação recebe cerca de 40 alunos por ano, sendo 20 em cada entrada do vestibular. Fambrini explica que o currículo acadêmico do curso é formado por três blocos: o ciclo básico, onde os alunos pagam as cadeiras junto com os demais estudantes do Centro de Tecnologia e Geociência (CTG); o ciclo formador, quando são aplicadas disciplinas voltadas para o estudo da geologia como petrografia (descrição e análise de rochas), sedimentologia e paleontologia; e o ciclo profissionalizante, quando o aluno escolhe as cadeiras eletivas de acordo com o que pretende direcionar a sua carreira. “Para cursar essa última fase da graduação, o estudante já deve ter uma bagagem e saber o que vai querer dali pra frente”, aconselha Fambrini. O curso é composto por dez períodos, totalizando cinco anos de formação.

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O professor Gelson Fambrini conta que o aluno desse bacharelado possibilita muito trabalho de campo. “Geologia é um curso misto, usamos o laboratório e temos que saber da teoria, mas na substitui o campo”. Considerada uma ciência exata da terra, os vestibulando que optarem pelo curso encontraram algumas cadeiras de cálculo logo no ciclo básico. “Tínhamos um número grande de desistências nos primeiros períodos por causa das disciplinas de exatas, mas isso já vem diminuindo. Tentamos formar um aluno o mais completo possível para que ele possa ser desde um cientista a um consultor”, afirma o docente.

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Devido a grande abrangência que tem a carreira, estudantes acabam descobrindo um curso diferente dos tradicionais. O universitário do 8° período de geologia da UFPE, Paulo Brandão, afirma que nunca tinha pensado em fazer e foi influenciado por alguns amigos. “Na época do meu vestibular, alguns amigos falavam sobre a graduação e como eu me indentificava com disciplinas como geografia e física, resolvi arriscar”. Paulo está a um ano para entrar de cabeça no mercado de trabalho, conta que várias empresas disponibilizam incentivos a alunos da graduação como bolsas do CNPq. O estudante que seguirá na área de sedimentologia, explica que os graduandos devem estar abertos à oportunidades de trabalho em outros estados, não só em Pernambuco, que também está crescendo graças aos investimentos como o Porto do Suape, com atividades como estudo de impacto ambiental.

O mercado de trabalho está bastante aquecido para o geólogo, não só pela descoberta de petróleo na camada do pré-sal, mas também por causa de obras que estão sendo realizadas no país. O profissional Tiago Siqueira, trabalha com geologia estrutural em reservas de petróleo, um dos campos mais procurados por estudantes em início de carreira.  Siqueira explica que os graduados podem optar por uma formação em geofísica, geologia ambiental, geologia do petróleo, hidrogeologia e mineração. Ele também pode ser requisitado por laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. Ministérios públicos federais e estaduais também são órgões que solicitam profissional em geologia forense - contratado para fazer perícias baseadas nas técnicas da geologia. Também doutorando da área, Siqueira afirma que acima de tudo, o trabalho de um geólogo faz parte de um conjunto. “Trabalhamos diretamente com engenheiros, biólogos e outros profissionais e dependemos uns dos outros para um trabalho bem feito”, conta Siqueira, que ainda explica que o “nosso trabalho é conversar com as rochas, saber da origem delas e desfrutar corretamente disso. Na verdade, elas conversam com a gente, nós só temos que entender”.   

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