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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou mais uma operação de repressão qualificada na manhã desta quinta-feira (20). Dentre os alvos presos está o prefeito da cidade de Camaragibe Demóstenes e Silva Meira.

Segundo a Polícia, o gestor é investigado pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Outros quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos: Severino Ramos da Silva e a esposa Luciana Maria da Silva; Carlos Augusto e a esposa Joelma Soares. Todos empresários do setor de construção.

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A investigação da Operação Harpalo começou em dezembro de 2018. O objetivo da polícia era apurar crimes envolvendo o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe.

Em fevereiro desse ano, o prefeito havia se envolvido em uma polêmica ao exigir que comissionados prestigiassem o show de sua noiva Taty Dantas. Áudios atribuídos ao prefeito viralizaram entre moradores. Ele ameaçava filmar o local para conferir quem compareceu ao evento.

Já em março, Meira foi mencionado na primeira fase da Operação Harpalo. Na ocasião, a Polícia chegou a pedir a prisão do prefeito de Camaragibe.

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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta terça-feira (28), a operação Convescote que investiga crimes de fraudes em licitação e corrupção na prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Na ação, foram presos dois empresários e a Justiça determinou o afastamento do secretário municipal de Políticas Sociais, Juventude e Esportes, José Augusto Costa.

Eles são investigados por irregularidades em contratos que somam R$ 600 mil na compra de alimentos destinados para locais de acolhimento de idosos e dependentes químicos.

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Os empresários presos são Norberto Pessoa Brito e Aluísio Mendes de Araújo. As prisões foram autorizadas pela Vara Criminal da Comarca de Paulista. E além do secretário, outras quatro pessoas que não tiveram os nomes divulgados também foram afastadas das atividades municipais.

No total, foram autorizadas duas prisões, cinco afastamentos e 15 mandados de busca e apreensão. A investigação conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) começou em janeiro de 2019, com objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa, voltada para a prática dos crimes de fraudes em licitações, falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.

Durante os mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou na casa do pregoeiro, que é a pessoa responsável pelas licitações - e não teve a identidade divulgada, R$ 230 mil em espécie. Ele é um dos afastados da administração municipal. “É um indivíduo que tinha muito poder e hoje ele vai ter que explicar a origem do dinheiro”, disse o delegado Jean Rockfeller, que é diretor de Polícia Especializada. Também foram apreendidos cinco carros durante a operação.

Indagado se o prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), tinha envolvimento nos crimes, o delegado disse que não tinha essa informação ainda. Procurada pelo LeiaJá, a prefeitura disse que até o fim da manhã se posicionaria sobre a operação.

As investigações da Operação Harpalo, que apura crimes na prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), constatou que o prefeito da cidade, Demóstenes Meira (PTB), fez ameaças contra vida de um servidor municipal e um vereador. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Jéssica Ramos, as intimidações contra os dois ocorreram no intuito de que não contassem à polícia “o que soubessem”.  

“As duas testemunhas estavam sendo fortemente ameaçadas por parte do prefeito e de pessoas ligadas a ele. Dessa forma foi deferida uma medida cautelar [pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco] para que o prefeito e uma pessoa ligada a ele [Welmy José Dutra dos Santos, assessor técnico da prefeitura] não se comunicassem nem se aproximassem dessas duas testemunhas”, contou a delegada, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (27), na sede do Departamento de Repressão ao Crime Organizado, no Recife.  

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De acordo com a delegada, “seriam ameaças com relação a não falar mais sobre o que elas soubessem e para que elas tomassem cuidado porque algo poderia acontecer com elas”. “Como toda ameaça contundente, consideramos até mesmo o risco de uma delas ter o direito a vida ferido”, citou a investigadora.

Por proteção, a Polícia Civil não divulgou os nomes das testemunhas. Uma delas, inclusive, chegou a registrar um boletim de ocorrência porque estava recebendo ameaças através de mensagens encaminhadas pelos WhatsApp.

As irregularidades

A Operação Harpalo foi deflagrada nessa terça-feira (26) e investiga crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na prefeitura de Camaragibe. Um contrato para a manutenção dos prédios onde funcionam as escolas públicas da cidade, de 2017, no valor de R$ 1,2 milhão firmado entre a prefeitura e as empresas CA Construções e Esfera Construções é o alvo principal da polícia.  

Demóstenes Meira (PTB) é uma das pessoas envolvidas no esquema de fraude e a polícia chegou a pedir afastamento e prisão do gestor, mas ambos foram negados. A apuração da polícia pode gerar o indiciamento do petebista pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro.

A investigação iniciou há quatro meses, a partir do resultado de auditorias feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na área de engenharia da cidade. Segundo o gerente de auditorias do TCE, Paulo Henrique, são três em andamento no setor que somam um total de R$ 33 milhões. Uma delas é o mote da investigação da Operação Harpalo.

“Hoje temos temos uma auditoria que gerou três, em investigações de nove contratos na área de obras de engenharia que somam R$ 33 milhões. As irregularidades apontam fraude em licitação, má execução do contrato, problemas de projetos. Uma série de irregularidades no caráter técnico e financeiro. São 20 agentes públicos e sete privados estão envolvidos”, detalhou Paulo Henrique.

Todos esses contratos que estão em análise dizem respeito a manutenção de prédios da prefeitura. “Serviços que não foram executados da forma que foram contratados”, frisou. Além desses, o TCE também vem investigando outros contratos firmados em 2017 e 2018 para o fornecimento  de material gráfico, refeições e merendas, material médico e hospitalar, locação de imóveis, publicidade e propaganda.

"Existe uma certa desordem administrativa", considerou o gerente da Regional Metropolitana do TCE, Elmar Pessoa. Segundo ele, essas demais áreas correspondem a contratos no valor de R$ 31 milhões. "Vamos levantar se houve dano e aí os setores serão responsabilizadas, com multas e alguma outra punição legal administrativa", completou.

Procurada pelo LeiaJá, a prefeitura de Camaragibe disse, em nota, que "todos os processos de licitação têm sido realizados de forma transparente e legal". Além disso, pontuou que "irá aguardar as investigações para que todas as medidas legais e necessárias sejam tomadas, a fim de que tudo seja esclarecido".

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) ofereceu à Justiça Federal, nesta segunda-feira (18), a primeira denúncia referente à Operação Torrentes, que investiga desvios de verbas destinadas pelo Governo Federal para atender as vítimas das enchentes na Zona da Mata Sul de Pernambuco em 2010 e 2017.

Foram denunciados o ex-chefe da Casa Militar e ex-interventor de Gravatá, coronel Mário Cavalcanti; o tenente-coronel Laurinaldo Félix Nascimento; o coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos Araújo e o coronel Roberto Gomes de Melo Filho - todos da Polícia Militar. Além dos empresários Ricardo José Carício Padilha, Rafaela Carrazone Padilha, Italo Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa.

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Eles vão responder pela prática dos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato. De acordo com a denúncia, durante os primeiros dias da crise provocada pelas chuvas e enchentes os oficiais da Casa Militar denunciados deixaram de observar as formalidades referentes a duas dispensas de licitação, favorecendo a empresa Mega Frios, administrada por Ricardo Padilha, Rafaela Carrazzone e Italo Jaques, e representada nos certames por Taciana Santos Costa.

Segundo o MPF, para conferir aparência legítima aos atos criminosos praticados, os denunciados teriam usado documentos ideologicamente falsos e simulação de procedimentos. Além disso, conforme as apurações, durante a execução dos contratos decorrentes desses procedimentos os militares denunciados teriam desviado R$ 1.149.490,80 de que tinham a posse em favor da Mega Frios e de seus administradores, mediante pagamentos superfaturados.

Esse valor, devidamente corrigido, equivale a um dano de R$ 2.425.741,78. Caso sejam condenados, os denunciados estarão sujeitos a penas privativas de liberdade que, somadas, podem atingir de 8 a 34 anos de prisão, além de pagamento de multa, do dever de ressarcir os danos e à perda dos cargos públicos ou cassação das aposentadorias no caso dos oficiais.

O Juízo da Comarca de Passira, município localizado no Agreste de Pernambuco, deferiu um pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pela suspensão do concurso realizado em 2016 pela Câmara de Vereadores da cidade. De acordo com o MPPE, a suspensão foi pedida devido a denúncias de fraudes desde a contratação irregular da empresa Funvapi até a aplicação das provas, com o intuito de aprovar pessoas indicadas pelos vereadores.

Entre os réus, além da casa legislativa, estão a presidente da Câmara, vereadora Vanessa Chalegre Pereira; a empresa organizadora do concurso, Fundação Vale do Piauí (Funvapi); o advogado Joaquim Cordeiro Feitosa Neto, que prestava assessoria jurídica à Câmara; Ewerton Luís de Souza Santos, Severino Gabriel Pereira Neto, Nayara Paula da Silva e Josinaldo Moisés Neris, candidatos supostamente beneficiados no certame por indicação anterior à seleção pública.

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De acordo com a Promotoria de Passira, o advogado Joaquim Feitosa Neto entrou em contato com três vereadores para conseguir apoio para o projeto de lei que criava cargos permanentes no município e em troca cada vereador indicaria uma pessoa para ocupar um cargo efetivo.

Na mesma reunião, de acordo com a promotoria, ficou acertado que a presidente da Câmara indicaria quatro pessoas e que o próprio advogado seria beneficiado com a aprovação para o cargo até então inexistente de procurador da casa legislativa. O projeto foi aprovado e promulgado como Lei Municipal sem seguir as determinações do regimento interno da Câmara. 

O Ministério Público identificou irregularidades na contratação da banca de aplicação do concurso. Após a chamada pública, apenas a empresa Funvapi se apresentou para julgamento da proposta e foi declarada vencedora da licitação. No entendimento do promotor, a banca foi escolhida mediante fraude em licitação para permitir que as provas fossem manipuladas.

O MPPE também requereu em caráter definitivo que a Justiça anule o processo licitatório de contratação da banca, do concurso e de todas as nomeações recorrentes bem como a condenação dos réus nas penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa. A decisão foi proferida pelo juiz Paulo César de Oliveira Amorim.

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O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmou, nesta terça-feira (3), que confia na conduta do vice, Luciano Siqueira (PCdoB), condenado por fraude em licitação. O crime, de acordo com a decisão expedida pelo juiz da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Capital, Honório Gomes do Rego Filho, aconteceu entre os anos de 2002 e 2004, quando o comunista era vice na administração do ex-prefeito João Paulo (PT). 

“Ainda vou conversar com Luciano sobre isso, mas tenho absoluta tranquilidade da retidão, da honestidade e do espírito público que Luciano tem. Uma pessoa conhecida na política e na vida pública. Tenho absoluta certeza que ele será inocentado e tudo vai ser esclarecido”, ponderou Geraldo. 

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Luciano Siqueira foi condenado a uma pena de três anos e cinco meses de reclusão, a ser cumprida em liberdade e convertida em prestação de serviços comunitários; multa de R$ 85,4 mil e a perda dos direitos políticos. A condenação é passível de recurso e o advogado de defesa dele no caso, José Henrique Wanderley, já informou que vai contestar a decisão. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 30 deste mês o julgamento dos últimos recursos do senador Ivo Cassol (PP-RO), que tenta evitar o cumprimento da pena de quatro anos e oito meses em regime semiaberto, definida em 2013 pela corte. A relatora dos recursos é a ministra Cármen Lúcia.

Cassol e mais três réus foram condenados pelo crime de fraude em licitação por fatos ocorridos na época em que ele era prefeito de Rolim de Moura, em Roraima, entre 1998 e 2002. Segundo denúncia do Ministério Público, o esquema criminoso consistia no fracionamento ilegal de licitação em obras e serviços para fraudar licitações.

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O parlamentar foi o primeiro senador condenado pelo Supremo desde a vigência da Constituição de 1988.

No julgamento, os ministros devem discutir novamente se Cassol perderá o mandato imediatamente ou se caberá ao Senado a palavra final para cassá-lo, por meio de abertura de processo disciplinar no Conselho de Ética.

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