Tópicos | Francesco Schettino

A Suprema Corte da Itália disse nesta quarta-feira que Francesco Schettino, o capitão de 51 anos do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou em janeiro perto da ilha do Giglio, ao largo da costa da Toscana, é "incapaz" de comandar um navio e de exercer qualquer forma de comando. Dos 4.200 passageiros e tripulantes do navio que naufragou em 13 de janeiro, 32 morreram no desastre e dois ainda estão desaparecidos. Schettino abandonou a embarcação logo que o cruzeiro bateu contra os recifes de Giglio. Ele está em prisão domiciliar em Meta di Vesuvio, perto de Nápoles, e deve ir a julgamento. Se for considerado responsável pelo naufrágio, pode ser sentenciado a até 15 anos de prisão.

A Suprema Corte da Itália afirmou hoje que Schettino deve continuar em prisão domiciliar "pela salvaguarda da coletividade". Segundo os juízes, Schettino possui "escassa resistência" a situações "de comando ou de qualquer tipo de responsabilidade pelo destino das pessoas que são colocadas sob a sua guarda".

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As informações são da Agência Ansa.

Um funcionário da Proteção Civil da Itália disse que socorristas encontraram mais três corpos nos destroços do transatlântico Costa Concordia, que naufragou nos recifes da ilha do Giglio, na costa da Toscana, em janeiro. A descoberta dos três corpos eleva a 28 o número de mortos no naufrágio. Quatro pessoas ainda estão desaparecidas e presumivelmente mortas.

Franco Gabrielli, chefe da Agência de Proteção Civil que comanda as operações de buscas pelos corpos, deu as informações à imprensa durante uma visita à ilha do Giglio. Desde o naufrágio, o Costa Concórdia está parcialmente submerso perto do porto da ilha. Segundo informações da agência Ansa, os corpos foram encontrados na parte submersa do transatlântico.

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As informações são da Associated Press.

O comandante das Capitanias dos Portos da Itália, o almirante Marco Brusco, disse nesta quinta-feira que o capitão Francesco Schettino, do navio naufragado Costa Concordia, perdeu um tempo precioso de uma hora logo após o transatlântico se chocar contra os recifes da ilha do Giglio, na noite de 13 de janeiro. Se Schettino "não tivesse perdido uma hora preciosa" talvez 16 pessoas não tivessem morrido e outras 16 não estivessem desaparecidas, disse Brusco. Segundo ele declarou a um comitê do Senado italiano, a responsabilidade do naufrágio "é seguramente do comandante".

Brusco esclareceu que é o capitão "quem traça a rota" do navio e que Schettino fez isso quando o transatlântico partiu do porto de Civitavecchia. "É evidente que se depois ele decidiu mudar a rota, tirou o controle do piloto automático e trabalhou manualmente", afirmou Brusco. Mas o almirante reconheceu que é preciso questionar também porquê os outros oficiais do Costa Concordia "ficaram quietos" durante o desastre e também abandonaram o navio com Schettino em uma lancha.

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Brusco disse que, como o navio transportava 4.200 pessoas, o desastre até que não foi maior. "Mas se o capitão não tivesse perdido uma hora preciosa, as coisas seriam perfeitas", disse. Isso significa que Schettino deveria ter acionado o alarme "quando o navio já estava inclinado a 20 graus e não a 90, porque com isso seria muito mais fácil baixar os botes salva-vidas".

Brusco disse que a arriscada manobra de Schettino, que se aproximou a apenas 150 metros da ilha do Giglio, no litoral da Toscana, "não é proibida" pelas leis de navegação, "mas precisa ser efetuada com critério e respeitando as normas necessárias". Ele disse que a tripulação respondeu de maneira bem melhor que o capitão e os oficiais do transatlântico ao desastre. Schettino, de 52 anos, está sob prisão domiciliar em Meta di Sorrento, perto de Nápoles. Ele pode ser acusado de homicídio culposo múltiplo, abandono de navio e responsabilidade pelo naufrágio.

As informações são da Agência Ansa.

Mergulhadores das equipes de resgate que vasculham o navio Costa Concordia, que naufragou ao largo da costa da Toscana em 13 de janeiro, encontraram neste domingo o corpo de uma mulher, aumentando para 13 o número de pessoas mortas no desastre. A chefe da proteção civil, Francesca Maffini, disse à imprensa que a vítima vestia um colete salva-vidas e seu corpo foi encontrado em uma parte submersa do transatlântico por uma equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

Mais cedo, autoridades italianas levantaram a possibilidade de que o número de desaparecidos, que oficialmente está em 20, pode ser maior que o imaginado porque um número não específico de passageiros pode ter embarcado não registrado no porto de Civitavecchia. "Poderiam existir pessoas não registradas a bordo e que nós não sabíamos que estavam no transatlântico, eram clandestinas", disse Franco Gabrielli, oficial da Proteção Civil da Itália responsável pelos esforços de resgate. Oficialmente, o transatlântico transportava 4.200 passageiros e tripulantes.

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Gabrielli disse, por exemplo, que parentes de uma mulher húngara disseram que ela telefonou para eles a bordo do Costa Concordia, após o navio ter zarpado, mas que nunca mais tiveram nenhuma notícia dela e o nome da mulher não consta de nenhuma lista de passageiros. O corpo da mulher retirado pelos mergulhadores pode ser o da húngara, mas outro corpo de mulher encontrado sábado, bem como outros três corpos de homens na semana passada, ainda não foram identificados e estão no necrotério da cidade toscana de Grosseto. Gabrielli disse que outros oito corpos foram identificados: quatro franceses e francesas, uma italiana, um húngaro, um alemão e um espanhol.

Por enquanto, os tanques de combustíveis do Costa Concórdia estão conservados, mas equipes especiais estão aguardando o fim das buscas de resgate para extraírem 2,2 mil toneladas de combustível.

As informações são da Associated Press.

A primeiro corpo de uma vítima a ser identificado no naufrágio do transatlântico Costa Concórdia é do violinista húngaro Sandor Feher, de 38 anos - ele trabalhava como músico no navio, que naufragou nos recifes próximos à ilha de Giglio, na costa da região italiana da Toscana. O corpo de Feher foi encontrado dentro dos destroços do navio e foi identificado nesta quarta-feira pela mãe do músico, que viajou da Hungria até a cidade de Grosseto, na Itália central, informou a chancelaria da Hungria. Enquanto isso, o oficial da Capitania do Porto de Livorno, Gregorio De Falco, de 46 anos e também napolitano como Schettino, virou um personagem heroico na Itália, por suas ordens para que Schettino não abandonasse o navio. "Vada a bordo, cazzo" (Vai a bordo, c......), disse Falco a Schettino na madrugada do sábado passado, quando o capitão abandonava o Concórdia e milhares de passageiros começavam a deixar o navio em desespero.

"A coisa preocupante é que pessoas como o meu marido, que simplesmente cumprem o seu dever a cada dia, viram rapidamente heróis e celebridades neste país. Não é nada normal..." disse a esposa de Falco, Raffaela, na casa onde o casal vive com as duas filhas em Livorno, ao jornal milanês Corriere della Sera.

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O Costa Concordia, transatlântico de US$ 450 milhões, transportava mais de 4.200 pessoas. O capitão Francesco Schettino, de 52 anos, está sob prisão domiciliar e pode ser acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), de naufrágio e de abandono da embarcação. As acusações comportam pena de até 15 anos de prisão, caso vá a julgamento e seja condenado. Até agora, foram confirmadas 11 mortes no naufrágio, mas o número de pessoas desaparecidas caiu para 21 nesta quarta-feira após uma mulher alemã listada como desaparecida ter sido encontrada viva na Alemanha, informou o governo da província de Grosseto.

O governo italiano liberou 27 nomes de pessoas que morreram ou estão desaparecidas até agora. A lista inclui 12 alemães, seis italianos, quatro franceses, dois norte-americanos, um húngaro (Feher), um indiano e uma peruana. Entre os desaparecidos, estão uma menina italiana de cinco anos e o pai dela, um casal de norte-americanos do Michigan, vários aposentados alemães e tripulantes do Peru e da Índia.

Enquanto isso, as equipes italianas suspenderam os trabalhos de resgate nesta quarta-feira após a embarcação naufragada ter se deslocado nos recifes, o que criou sérias preocupações a respeito da segurança dos mergulhadores e bombeiros que vasculham o transatlântico naufragado. Existe o temor de que o navio se solte das rochas e afunde em um desnível de 70 metros no mar Tirreno.

"Como medida de precaução, suspendemos as operações nesta manhã, para verificar com detectores se o navio está se movendo e o quanto", disse o comandante da Guarda Costeira, Filippo Marini.

Grande parte do foco ficou sobre o capitão Schettino. Na madrugada desta quarta-feira, ele chegou em casa, na pequena cidade de Meta di Sorrento, vizinha a Nápoles, onde ficará em prisão domiciliar enquanto o julgamento prossegue. Imagens das emissoras de televisão italianas mostraram Schettino descendo de um carro e entrando em casa pela porta dos fundos. Cinegrafistas e fotógrafos eram afastados por amigos e parentes do capitão de 52 anos, que nega ser culpado pelo naufrágio. "Desgraçados", gritou a mulher de Schettino, Fabiola Russo, para os jornalistas. Mais tarde, segundo a agência Ansa, ela divulgou uma nota. "Sentimos o dever de afastar com força qualquer tentativa de desmoralizar a figura de Francesco (Schettino) e os convidamos a que compreendam sua tragédia e seu drama humano".

A pequena Meta di Sorrento parece apoiar Schettino. "Comandante, non mollare" ("Comandante, não desista", em tradução livre) dizia uma faixa colocada em frente à casa de Schettino.

A juíza Valeria Montesarchio, de Grosseto, que ordenou a prisão domiciliar de Schettino (a promotoria pedia detenção no presídio local na Toscana) disse nesta quarta-feira que reúne provas contra a afirmação do capitão, de que ele tentou voltar ao transatlântico mas não conseguiu; A juíza afirmou que o fato de que outros oficiais e tripulantes tenham ficado a bordo e ajudado os passageiros a saírem do navio naufragado refuta a afirmação de Schettino, de que ele não poderia supervisionar a operação de retirada de dentro do navio.

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

O capitão Francesco Schettino, que comandava o navio Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira passada e deixou pelo menos 11 mortos ao largo da costa da Toscana, negou nesta terça-feira as acusações de que abandonou a embarcação.

"O capitão defendeu seu papel na direção do navio após a colisão, o que na visão dele salvou centenas, senão milhares de vidas", disse Bruno Leporatti, advogado de Schettino. "O capitão especificou que ele não abandonou o navio", disse Leporatti à agência France Presse (AFP). Segundo o promotor de Justiça da província de Grosseto, Francesco Verusio, "no momento as acusações contra Schettino são de homicídio culposo (sem a intenção de matar) múltiplo, naufrágio e abandono de navio". O promotor disse à agência Ansa da Itália que Schettino se arrisca a uma pena máxima de 15 anos de prisão.

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Verusio disse que com os cinco corpos encontrados nesta terça-feira, o que elevou a 11 o total de mortos no naufrágio, podem existir ainda 23 desaparecidos. Quatro corpos encontrados são de homens e o quinto é de uma mulher na faixa dos 50 a 60 anos. As autópsias dos corpos serão feitas amanhã no Hospital de Orbetello, na província de Siena. Equipes de socorro da Guarda Costeira trabalham com pressa e contra o tempo, porque o clima deverá piorar perto da ilha de Giglio, onde a embarcação está encalhada, na quarta-feira. Ainda existem chances de sobreviventes serem encontrados mas elas são remotas.

O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, disse à Ansa que o governo poderá declarar Estado de emergência na costa da Toscana nas próximas horas. O governo teme que 2.000 toneladas de combustível ainda armazenadas nos tanques do navio vazem e provoquem um desastre ambiental no Arquipélago Toscano.

As informações são das agências Ansa e Dow Jones.

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