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A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) confirmou nesta quarta-feira (1º) a nomeação da engenheira brasileira Juliana Coelho para o comando da fábrica Jeep, em Pernambuco.

Esta é a primeira vez que a posição de plant manager do polo automotivo é ocupada por uma mulher na América Latina. A pernambucana de 31 anos irá assumir o posto deixado pelo engenheiro italiano Pierluigi Astorino, 38, promovido para o cargo de diretor de manufatura Latam.

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A novidade já havia sido antecipada um pouco antes da divulgação do comunicado oficial pelo presidente da FCA na América Latina, Antonio Filosa, durante entrevista ao portal UOL, realizada pelo jornalista Jorge Moraes.

"Será a primeira mulher a dirigir uma fábrica da FCA na América Latina", contou o presidente, sem revelar o nome da executiva "muito jovem".

Juliana comandará uma das mais modernas fábricas da FCA no mundo. Ela iniciou sua carreira em 2013, como especialista de processo de pintura, tendo passado por treinamentos em fábricas da FCA na Itália e na Sérvia.

Além disso, fez parte do primeiro time de funcionários do polo automotivo Jeep e desde então vem construindo uma carreira ascendente na empresa.

"Estou feliz em estrear esse novo ciclo na FCA, é um desafio e eu gosto de desafios", afirmou a pernambucana, ressaltando que continuará "dando ênfase ao desenvolvimento de produtos, a contínua melhoria de processos e investindo nas nossas pessoas, sem dúvidas um dos principais diferenciais da Jeep".

- Entrevista Filosa -

Durante a entrevista ao portal UOL, Filosa falou sobre os principais desafios da indústria automobilística para a retomada das atividades após a pandemia do novo coronavírus, além das perspectivas do setor para os próximos anos.

O executivo demonstrou "otimismo" com a reabertura das fábricas e ressaltou que o aporte entre R$ 15 milhões e R$ 16 milhões previsto no Brasil entre 2018 e 2024 estão preservados.

Além disso, Filosa contou que os 25 lançamentos de Jeep e Fiat para o mercado brasileiro estão mantidos. Entre as novidades estão dois SUVs da Fiat, que devem chegar no começo de 2022. Já a versão elétrica do Fiat 500, ficará disponível no próximo ano. 

Da Ansa

Começa a funcionar nesta quarta-feira (2) o novo hospital de referência à Covid-19 em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. A Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (Upae) foi construída e equipada pelo Grupo Fiat-Chrysler Automobiles (FCA), que possui uma fábrica na cidade.

A Upae está funcionando com 30 leitos dedicados a pacientes suspeitos e confirmados da Covid-10, sendo três desses leitos da área vermelha, com suporte respiratório para estabilização de pacientes mais graves antes de remoção para outras unidades.

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A unidade ainda não opera com a capacidade total. Segundo o Governo de Pernambuco, os leitos serão implantados de forma gradativa. Quando estiver funcionando com toda a capacidade, o hospital vai abrigar 100 leitos, sendo 10 de UTI. O equipamento também vai realizar exames de raio-x e laboratoriais.

O governo estadual já abriu 1301 leitos, sendo 568 de UTI, para o combate do novo coronavírus. Agora, Goiana é considerado um município estratégico para assistência aos pacientes da Covid-19.

Foto: Leo Lara/Divulgação

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Assumidamente o carro-chefe da estratégia global da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), também reconhecida como a joia da coroa, a Fábrica da Jeep de Goiana vai produzir um novo modelo de SUV para o mercado mundial. Presidente da Fiat para a América Latina, Antonio Filosa, não deu detalhes de como será o novo investimento da planta em Pernambuco, mas garantiu que já está em desenvolvimento.

Em entrevista à imprensa, realizada na planta da Fiat em Betim, Minas Gerais, Filosa apresentou os bons resultados do grupo em 2018 e adiantou algumas novidades para os próximos anos. O desempenho da FCA na América Latina contribuiu para que o grupo alcançasse os melhores números de sua história.

De acordo com o balanaço apresentado pela empresa global, o grupo comercializou 4,84 milhões de veículos, cerca de 102 mil unidades a mais do que no ano de 2017, chegando a um faturamento de 115,4 bilhões de euros. O crescimento foi de 34% em relação a 2017.

Foto: Leo Lara/Divulgação

Em Pernambuco, a Jeep também rendeu bons frutos ao longo do ano. Ao todo são 12 mil colaboradores trabalhando nos três turnos. Quatro anos após inauguração, complexo industrial da FCA em Pernambuco acelera o ritmo na contramão do recessão do ciclo econômico das atividades econômicas do Brasil. 

Os números são impressionantes e a fábrica produziu 199 mil carros em 2018, aumento considerável em relação às 179 mil unidades fabricadas ali em 2017. De acordo com Filosa, dois dos três modelos da Jeep em Pernambuco, o Compass e o Toro, devem passar por renvação no primeiro semestre de 2019. O jeep Renegade já foi reestilizado em 2018.

"O Brasil está se tornando cada vez mais competitivo e esse otimismo em números representa para nós um crescimento muito importante. Queremos investir mais, temos muitos desafios pela frente", destacou Filosa. O gestor pontuou ainda a boa expectativa para o ano de 2019 no Brasil. "Esperamos que os números sejam ainda melhores tanto em Betim como em Pernambuco. Estamos otimistas com o novo governo de Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes. Isso nos anima", declarou.

Para 2019, a FCA espera que a economia brasileira se modernize e algumas reformas sejam aprovadas, como a da previdência, a qual Filosa considera urgente para o plano de desenvolvimento da empresa.

Nas contas da FCA, o Brasil vai crescer entre 2,5% e 3%, no PIB, e isso deve gerar o aumento da demanda de veículos em 8%. "Temos um plano de desenvolvimento para 2023 e ele não vem com um cheque em branco. É uma série de aprovações, cada mês temos reuniões e discutimos os planos de cada região", explicou o presidente da FCA.

Foto: Leo Lara/Divulgação

De acordo com o grupo, o investimento para a América Latina é de R$ 14 bilhões até 2023. Entre outros objetivos, o grupo busca alcançar segmentos de renda mais alta. Os bilhões englobam o plano global de investimentos de 45 bilhões de euros. O dinheiro deverá envolver o lançamento de mais de 15 produtos da marca Fiat e de mais de 10 dos selos Jeep e RAM. 

Em Betim, Filosa também anunciou que serão lançadas novas edições especiais dos modelos existentes. Em 2020 a região também develançar um novo carro da linha. O presidente da FCA informou ainda que está otimista com a vinda de uma nova fábrica de motores para a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Minas Gerais disputa com a Ásia a instalação da nova fábrica e segundo Filosa, os acionistas estão avaliando as duas localidadades. A chance do novo empreendimento ser instalado no Brasil é de 49% contra 51% dos asiáticos. A região de Goiana não foi cogitada para receber a fábrica por questões logísticas.

Betim já possui outras fábricas de motores e por isso a escolha pela região. "Queremos gerar ainda mais renda e emprego para o Brasil. Estamos otimistas em ganhar essa fábrica, mas os acionistas estão avaliando a economia, estababilidade e competitividade das duas localidades. “A competitividade dos asiáticos é maior, mas Betim tem mão de obra qualificada”, destaca o executivo.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), enalteceu, durante a inauguração do Polo Jeep em Goiana, nesta terça-feira (27), as parcerias realizadas entre a gestão estadual e o Grupo Fiat Chrysler Automobile. Segundo ele, o “trabalho foi intenso” mas o resultado “vai fazer com que o povo da região tenha uma maior qualidade de vida”.  

“Foi muito trabalho, realmente. Lembro do início, quando Lula e Eduardo anunciaram que a fábrica seria instalada em Pernambuco. O governo junto com a Fiat Chrysler fez muita parceria. Não é fácil fazer o que nós fizemos. Trouxemos o gás, a energia, fizemos as estradas e o povo Pernambucano fez tudo isso com a gente”, detalhou o gestor. 

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Demonstrando respeito com a presidente Dilma Rousseff (PT), que também participou do evento e anunciou que a licitação do Arco Metropolitana será feita em maio, o socialista agradeceu o empenho do Governo Federal para a concretização do projeto e disse que Pernambuco está disposto a ajudar o país a crescer. “Esta é uma oportunidade de fazermos muito mais coisas e ajudar o Brasil a se desenvolver, sendo um país mais igualitário”, cravou. 

Corroborando Paulo Câmara, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), pontuou que “algumas vozes” desacreditadas no estado “foram silenciadas ao longo do tempo” e hoje, com a inauguração do Polo Jeep, principalmente. 

“Ver o grupo Fiat fazendo este investimento em Pernambuco nos dá a certeza que estamos envolvidos no desenvolvimento do país. Marca o posicionamento de destaque e vanguarda que Pernambuco tem no cenário nacional”, destacou. 

Para ele, o tempo fará com que outras conquistas sejam celebradas. “Vamos ter aqui um centro de pesquisa que será uma referência no campo automotivo do país. Este processo corresponde a capacitação e formação dos nordestinos”, observou.

Fábrica Inaugurada

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A abertura da cerimônia contou com apresentações culturais, além disso, um dos diretores da fábrica Stefan Ketter protagonizou um bate-papo com a apresentadora do evento, a jornalista Glória Maria. Juntos, eles explicaram o funcionamento da unidade, desde quando o protocolo de intenções foi assinado em dezembro de 2010 até hoje. Também foi exibido um vídeo em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos. No Complexo da Fiat já estão instaladas mais de 16 fábricas, entre elas a Denso, responsável por produzir caixas de ar; e a Lear, responsável pela costura industrial dos bancos dos carros. 

O CEO do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Sérgio Marchionne, afirmou que o cluster operou uma “revolução” no estado, principalmente na história de vida dos que resolveram sair do corte da cana-de-açucar e encarar a indústria. “É a revolução de quem nunca construiu um carro na vida. Uma revolução de quem se levanta pela manhã com o sonho de construir o futuro da sua família. É a revolução de quem toma para si o sonho de todo um país”, bradou entusiasmado.

Segundo ele, a inauguração é marcada pelo espírito do pernambucano e não apenas pela indústria. “Hoje celebramos o estilo de Pernambuco e não o complexo industrial. É uma natureza autentica trabalhadora e de quem não se deixa abater pelas dificuldades. Quando saiu o primeiro Renegare cantamos o hino de Pernambuco, poderíamos ter feito outro rito”, revelou Marchionne.

Compartilhando no mesmo pensamento, o diretor-geral da unidade Sérgio Ferreira agradeceu a parceria com os governos Federal e Estadual. Para ele, com a oportunidade dada a Fiat, para a Jeep se tornar líder no mercado “será questão de tempo”.  

O primeiro passo para a construção do Polo Automotivo Jeep foi dado em Salgueiro, no sertão pernambucano, no dia 14 de dezembro de 2010, numa reunião entre o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o presidente da Fiat Chrysler para a América Latina, Cledorvino Belini. No encontro houve a assinatura de um protocolo de intenções para a construção de uma fábrica de automóveis no Estado.

A obra do Polo Automotivo Jeep iniciou em setembro de 2012 e contou com um investimento acima de R$ 7 bilhões, gerando nove mil empregos (entre a Fábrica Jeep e fornecedores). O empreendimento tem capacidade para produzir 250 mil veículos por ano e possui na sua infraestrutura 700 robôs, sendo 650 na parte de funilaria, 10 na montagem e 40 na pintura.

Era tudo cana de açúcar. Até que em julho de 2013, Stefan Ketter, vice-presidente mundial de manufatura da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), chegou ao local onde havia a plantação e resolveu implantar ali, em Goiana, Mata Norte de Pernambuco, o seu projeto mais ousado. Contra os que achavam que seria impossível – devido às dificuldades de logística e escassez de mão de obra qualificada – ele encarou o desafio. 21 meses depois, a Jeep tem sua primeira fábrica pós-fusão da Fiat com a Chrysler.

“Este foi o projeto mais complexo já feito na história da companhia, considerando o objetivo de construir não só a planta, mas também o parque de fornecedores dentro do complexo, considerando o projeto de lançar carros novos e a contingência de ter vários Stakeholders (fornecedores e investidores) – FCA, Fiat, governos, 200 fornecedores, 250 companhias integradas, várias companhias de construção. A complexidade talvez tenha sido maior do que pensávamos”, afirma Ketter, em entrevista à assessoria da empresa.

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Mas não foi nada barato encarar esse desafio. Na construção e compra de equipamentos para a montagem da fábrica, foram gastos cerca de R$ 7 bilhões, valor necessário para que as inovações que a Jeep Goiana possui fossem possíveis. A área de logística do complexo automotivo é um exemplo da nova concepção pretendida pelo empreendimento. Além dos gigantescos galpões onde são montados os carros, o local tem ainda sedes de 16 fornecedores – entre eles a Pirelli (pneus) e PMC (peças estampadas, conjuntos soldados e estruturas de bancos) – que fazem com que 40% dos componentes dos carros sejam fabricados no mesmo local.

“O investimento para o parque dos fornecedores foi superior à R$ 1 bilhão, mas isso nos coloca em contato direto com nossos parceiros e eleva ainda mais o índice de nacionalização dos veículos, além de favorecer enormemente à logística, uma vez que se precisarmos de algo não é preciso mandar buscar mais distante”, explica Denny Monti, diretor de manufatura da Jeep.

Em funcionamento, a Jeep Goiana tem capacidade de produzir 250 mil veículos por ano – 45 veículos por hora. Para isso, a fábrica conta com mais de 5.000 funcionários e 700 rôbos, além de máquinas de última geração para prensas, funilaria, pintura, montagem e testes. “ Ainda teremos um outro parque de fornecedores até o final de 2015 e após o período de chuvas iniciaremos a construção da pista de testes de velocidade de offroad, contando com cerca de 13.000 pessoas para a mão de obra”, conta Monti.

O que era um canavial virou, segundo a FCA, a mais moderna planta produtiva do grupo, incorporando os melhores conceitos adotados no mundo inteiro. O Polo Automotivo da Jeep de Goiana marca a volta da produção da marca do Brasil após mais de 30 anos.

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a concessionária Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA) a desativar e a devolver ao Poder Público trechos ferroviários que explorava nos Estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe. A decisão, que está em resolução publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (5), abrange tanto trechos considerados "antieconômicos" quanto trechos economicamente viáveis.

Os trechos antieconômicos a serem desativados são: Paripe (BA) - Mapele (BA); Ramal do Porto de Salvador; Sabará (MG) - Miguel Burnier (MG); Barão de Camargos (MG) - Lafaiete Bandeira (MG); Biagípolis (SP) - Itaú(MG); Ribeirão Preto (SP) - Passagem(SP); e Cavaru (RJ) - Ambaí (RJ).

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Já as vias economicamente viáveis que serão devolvidas são: Alagoinhas (BA) - Juazeiro (BA); Alagoinhas (BA) - Propriá (SE); Cachoeiro de Itapemirim (ES) - Vitória (ES); Barão de Angra (RJ) - Campos dos Goytacazes (RJ) - Cachoeiro de Itapemirim (ES), incluindo trecho Recreio - Cataguases; Visconde de Itaboraí (RJ) - Campos dos Goytacazes (RJ); e Corinto (MG) a partir do km 1.015 + 000 - Alagoinhas (BA).

A ANTT determinou que o valor devido pela concessionária em função da degradação das vias férreas será convertido em investimentos, a serem efetuados pela FCA na Malha Centro-Leste, no montante de R$ 760 milhões, acrescidos de 15% a título de vantajosidade para o setor público. A União poderá autorizar o pagamento parcelado dessa indenização.

O órgão determinou ainda que a desativação dos trechos deverá atender a cronograma aprovado pela ANTT para interrupção do atendimento aos usuários e que a FCA fará a retirada dos materiais não passíveis de reaproveitamento, responsabilizando-se pela sua guarda pelo período de um ano, ou até que o Departamento Nacional de Infraestrutruta de Transportes (DNIT) promova sua devida destinação. A concessionária também deve retirar o material metálico dos trechos a serem devolvidos, em montante correspondente a 1.760 km de via férrea, comprometendo-se a efetivar seu reaproveitamento nos segmentos remanescentes da Malha Centro-Leste.

A resolução ainda cita que a concessionária "deverá realizar a rescisão de todos os Termos de Permissão de Uso, Contratos Operacionais Específicos e Contratos de Transporte vinculados aos trechos a serem devolvidos, e encaminhá-los à ANTT para controle contábil e cessação do recolhimento de receita alternativa deles decorrente". "A FCA arcará com os ônus decorrentes da rescisão desses instrumentos, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e a ANTT", determina o documento.

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