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O ex-presidente Lula deu entrevista na manhã desta quinta (15) para a rádio O Povo/CBN, do Ceará, e voltou a ser questionado sobre a relação com Ciro Gomes. Entre críticas e elogios, o líder petista disse que ainda tem “carinho” pelo político cearense e espera um Ciro mais “afável” com a esquerda.

Perguntado sobre sua relação com Ciro Gomes (PDT), Lula fez várias ponderações, mas disse que ainda espera uma mudança de postura do ex-aliado.

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“Eu tenho muito carinho pelo Ciro, apesar de muita gente dizer que eu não deveria ter mais. No meu governo, convidei ele para ser presidente do BNDES e ele não quis. Mas o Ciro resolveu colocar o PT e a esquerda como seus inimigos. Ele quer agradar a quem? Os tucanos terão candidato próprio e não será o Ciro. A direita tem candidato, que é o Bolsonaro. O Ciro tem que aprender a respeitar os outros”, desabafou.

Em seguida, o ex-presidente disse esperar que Gomes volte a dialogar com o PT, como fez em outros momentos.

“Eu ainda espero o Ciro mais afável com a esquerda. Ele tem momentos de grandeza, mas tem rompantes de ódio. Ele lançou, por exemplo, o Camilo (Santana, governador do Ceará, do PT), mesmo sem o meu apoio e da Dilma, que tinha o vice do PMDB (Temer) e precisava apoiar o Eunício (Oliveira)”, afirmou.

Parlamentares, ex-aliados de Jair Bolsonaro e filhos do presidente reagiram à prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz. Entre as manifestações, surgiram pedidos para que Queiroz aceite virar delator, questionamentos sobre a participação do presidente na "estadia" dele na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e até mesmo pedido de cassação do mandato de Flávio.

Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em um imóvel de propriedade de Wassef, advogado da família Bolsonaro, em Atibaia, no interior de São Paulo. A operação, conduzida pelos Ministérios Públicos do Rio e de São Paulo, foi batizada como "operação Anjo", uma referência ao apelido do advogado entre os membros do clã Bolsonaro. Além de Queiroz, um mandado de prisão preventiva foi expedido em nome de Márcia Oliveira Aguiar, esposa do ex-assessor, e buscas foram realizadas em um imóvel na zona norte do Rio, onde morou uma assessora de Flávio.

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Entre os mais incisivos ao comentar a prisão de Queiroz está o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Em uma série de publicações, o parlamentar questionou se a ideia de "esconder o Queiroz na casa do advogado do 01" foi de Bolsonaro e afirma que o ex-assessor tem relações com a milícia do Rio de Janeiro, tendo inclusive apresentado o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como "Capitão Adriano" - morto na Bahia e apontado como chefe da milícia Escritório do Crime - a Flávio Bolsonaro. Freixo foi relator da CPI das Milícias quando era deputado estadual no Rio.

"Homem de confiança de Jair Bolsonaro, Queiroz jogava em todas as posições no time da família: ponta de lança na área da milícia, articulador das rachadinhas no gabinete do Flávio, trouxe o matador Adriano da Nóbrega para o elenco e ainda depositou $$$ na conta da primeira-dama", escreveu Freixo em um dos tuítes.

O senador Fabiano Contarato (Sustentabilidade-ES) foi outro que questionou o fato de Queiroz estar na casa do advogado da família. Contarato classificou como "lorota" as recorrentes declarações de Flávio afirmando não saber o paradeiro do ex-assessor. "Estava escondido na casa do advogado da família Bolsonaro há mais de um ano e o senador investigado diz que não sabia do seu paradeiro. Com certeza não dá para acreditar nessa lorota: o cinismo dessa gente não tem limites!", escreveu.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade-AP), foi mais radical em sua manifestação. O senador defendeu a cassação do mandato de Flávio e que o filho do presidente fosse levado até a Justiça. "Queiroz foi preso! E foi encontrado na casa do advogado de FLÁVIO BOLSONARO. Quem poderia imaginar essa relação? Aliás, está na hora da nossa denúncia contra Flávio andar. Tem que ser cassado URGENTE! O senador e filho do presidente deve respostas à justiça. Ah! Grande dia."

Ex-aliados do presidente também aproveitaram o momento para criticar a relação da família com o ex-assessor, apontado pelo MP do Rio como o operador de um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando era deputado estadual. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), publicou uma série de mensagens com a hashtag #DelataQueiroz em seu Twitter. Em uma delas, a deputada destacou que a fachada do imóvel onde houve a prisão tinha uma placa do escritório de advocacia de Wassef.

Utilizando a mesma hashtag, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) fez referência a uma declaração em que Queiroz pede que nada aconteça com sua filha, que também foi assessora da família Bolsonaro, e com sua mulher - alvo de um mandado de prisão. "Queiroz dizia que ficaria calado se fosse preso, mas abriria o bico caso a Justiça chegasse na sua mulher ou na sua filha. Sua mulher teve mandado de prisão expedido hoje. #DelataQueiroz GRANDE DIA."

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, não fez nenhuma crítica direta. No entanto, aproveitou para voltar ao tema de que a independência entre as instituições. Ao deixar o governo, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal, o que resultou no inquérito que vem sendo relatado pelo ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal. "O importante é que polícias, Ministério Público e Cortes de Justiça possam trabalhar de maneira independente e que todos os fatos sejam esclarecidos", disse.

Alvo da mesma investigação em que Queiroz é alvo, o senador Flávio Bolsonaro foi o primeiro representante da família a se manifestar publicamente após a prisão de seu ex-assessor. Flávio se disse tranquilo e afirmou que a operação era apenas "mais uma peça" movimentada para atacar Bolsonaro.

"Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim.Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!"

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por sua vez, usou as redes sociais para esclarecer que o imóvel em que houve buscas na zona norte do Rio não pertence ao seu pai. No começo da manhã, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em um endereço no bairro de Bento Ribeiro, próximo a um imóvel declarado como bem do presidente. A casa alvo do mandado, onde morava uma assessora de Flávio, contudo, não é o mesmo.

Ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro criticaram a recriação do Ministério das Comunicações e a indicação do deputado Fábio Faria (PSD-RN) para encabeçar a pasta. Pelas redes sociais, antigos apoiadores do presidente - como Janaína Paschoal (PSL-SP) e o ex-ministro Sérgio Moro - viram contradição de Bolsonaro com suas promessas de campanha. A escolha de Faria para o cargo foi interpretada como mais um gesto de aproximação do presidente com o Centrão.

"Foi para isso que eu apoiei esse presidente? Foi para isso que fomos às ruas para derrubar Dilma?", escreveu a deputada estadual por São Paulo Janaína Paschoal (PSL) em seu Twitter. "Bolsonaro se ilude, pensando que esse pessoal do Centrão vai blindá-lo. Melhor seria ficar fiel aos princípios que defendeu na campanha eleitoral! Dilma chegou a ter mais de 30 ministérios. Fosse fiel ao que prometeu, estaria muito mais forte. É triste!"

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Sem comentar a escolha do nome para comandar a pasta, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro criticou a criação de mais um ministério. O ex-juiz federal chamou a pasta das Comunicações de "Ministério da Propaganda". "Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", escreveu.

O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) lembrou a promessa de campanha do presidente de reduzir o número de pastas do Executivo federal. "Mais um dos tantos atos que comprovam que Jair Bolsonaro se utilizou de um discurso em campanha. Na prática é o oposto. Recria ministérios e loteia cargos. Nunca foi um reformista. Nem um homem de palavra", escreveu em seu Twitter.

Rompida com o governo e alvo constante de críticas do presidente e de seus filhos, Joice Hasselmann (PSL-SP) também criticou o presidente e a escolha do novo ministro. Em uma série de tuítes, a deputada disse que Bolsonaro faz "aparelhamento" emissoras de televisão simpáticas ao seu governo.

Questionado nesta quinta-feira (15) sobre a expulsão do deputado federal Alexandre Frota do PSL, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez de conta que não sabia de quem os jornalistas estavam falando. "Sei nem quem é esse", disparou o presidente, de acordo com o G1. 

O presidente foi abordado sobre o assunto na portaria do Palácio da Alvorada, antes de seguir para a agenda do dia no Palácio do Planalto, na manhã de hoje. 

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Frota foi expulso do PSL, por unanimidade, na última terça-feira (13). O partido alegou infidelidade do parlamentar, que não perdeu seu cargo. 

Apesar de ter sido eleito pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, nos últimos meses o parlamentar passou a adotar uma postura crítica à atitudes do governo e virou alvo de pedidos de expulsão oriundos de pesselistas, como a deputada Carla Zambelli (SP) e o senador Major Olímpio (SP), com os quais já chegou a travar discussões nas redes sociais. 

Zambelli, inclusive, foi a autora do pedido que levou a expulsão de Frota. A solicitação foi aprovada por nove votos.

Nos últimos dias, Frota se posicionou contra a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA), disse que Jair Bolsonaro não poderia retaliar o povo do Maranhão pelo fato de ser governado por Flávio Dino (PCdoB) e afirmou ter se decepcionado com o presidente

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