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Alunos e profissionais de educação da Escola Estadual Coronel Valeriano Eugênio de Melo, localizada no bairro de Caixa D’água, em Olinda (Região Metropolitana do Recife), vivem inseguros e com medo de um desabamento. O espaço escolar está com problemas de infraestrutura e parte do prédio já foi interditada.
##RECOMENDA##De acordo com denúncias do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), divulgadas nesta segunda-feira (25), há oito meses engenheiros da Secretaria Estadual de Educação (SEE) condenaram os prédios, porém, para evitar que os alunos ficassem sem aulas, foram instaladas salas em PVC, só que no mesmo terreno da escola, próximas aos prédios condenados.
Segundo o Sintepe, dos prédios sem condições de funcionamento, somente um continua sendo utilizado por professores e estudantes, reduzindo assim as atividades escolares. A escola contava antes da condenação da estrutura física com 18 salas de aula, laboratórios de informática e ciências, biblioteca e outros espaços. “Os engenheiros interditaram o prédio ao lado e nos jogaram aqui. Eles vêm, medem, calculam, mas ninguém faz nada. Se o prédio cair nós seremos atingidos, assim como os alunos. Disseram que o prédio está em risco, ou seja, nós estamos em risco. Construíram salas ao lado de um prédio que já foi condenado. Se ele cair, pode acontecer uma tragédia com essas crianças”, contou um professor que não quis ser identificado, conforme informações do Sintepe.
O sindicato enviou algumas pessoas ara conferir a situação do local, indicando que é possível encontrar inúmeros problemas, tais como rachaduras, afundamento do piso, afastamento entre colunas e vigas expostas. Atualmente, a escola possui 900 alunos, oriundos dos ensinos fundamentais I e II, médio, especial, programa Travessia e Educação de jovens, adultos e idosos (EJAI).
Ainda de acordo com o órgão, outro educador que não quis ter sua identidade revelada, disse que na última terça-feira (19), quatro engenheiros foram a unidade de ensino. ”Após a interdição, ocorrida em junho de 2012, eles constantemente vêm até à escola. Ficaram de conseguir outro espaço, mas até agora nada. Esta semana, eles compareceram e disseram que não há risco de desabamento, porém, afirmaram que não há estrutura para receber mais de 300 alunos por turno. Eles fizeram um relatório e disseram que iriam entregar a Gerência Regional de Educação (GRE) deste setor. O que nos resta é aguardar. Mas estamos pensando em convocar toda a comunidade para lutar pela escola”, declarou o professor, conforme informações do sindicato.
O laudo técnico assinado pelo Moyses Elian Avad Neto foi acessado pelo Sintepe, que garante que o documento aponta uma estrutura comprometida e que nela foram realizadas “reformas indevidas nos dois prédios”. O Sintepe também informa que a reforma da escola custaria em torno de R$ 2 milhões e já está em fase de licitação, e além disso, por causa da estrutura reduzida, mesas, cadeiras, computadores, projetores e ferramentas do laboratório de ciências vão se perdendo no tempo. Só do ano passado, existem 44 computadores e 17 projetores ainda lacrados que foram entregues à gestão da escola.
A Escola Estadual Coronel Valeriano Eugênio de Melo existe desde o ano de 1979 e atende não só a população do bairro de Caixa D’água, mas também os populares do entorno. De acordo com a SEE, a unidade educacional foi reinugurada em 2012, com algumas reformas.
A Secretaria
A reportagem do Portal LeiaJá entrou em contato com a Secretaria para ouvir o órgão sobre o caso. A SEE se posicionou através de uma nota e garantiu que o prédio da Escola Estadual Coronel Valeriano Eugênio de Melo vai ser desocupado ainda nesta semana.
Ainda ficou garantido que a reforma do prédio iniciará neste semestre e que as aulas não sofrerão problemas. Confira abaixo a nota na íntegra:
Confira a nota da SEE na íntegra:
POSICIONAMENTO SOBRE ESCOLA CORONEL VALERIANO EUGÊNIO DE MELO
A Secretaria de Educação do Estado (SEE) informa que o prédio onde funciona a Escola Estadual Coronel Valeriano Eugênio de Melo, localizada no bairro de Caixa D’água, em Olinda será completamente desocupado ainda esta semana. Quatro novas salas de PVC serão construídas para acomodar a administração e a biblioteca do centro. A reforma do prédio terá início ainda neste semestre e as aulas não serão prejudicadas por causa das interdições.