O Ministério da Educação divulgou, nesta terça-feira (4), os resultados da edição de 2015 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por escola. O Colégio de Aplicação, ligado ao Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e a Escola de Aplicação de Pernambuco, da Universidade de Pernambuco (UPE), obtiveram o terceiro e quinto melhores resultados, respectivamente, entre as escolas públicas.
As duas instituições tiveram notas acima da média, considerando o conjunto de estudantes que fizeram as provas. O Colégio de Aplicação registrou 712,53 e a Escola de Aplicação, 672,92. No topo da lista estão o Colégio de Aplicação da UFV-Coluni, de Minas Gerais, com média geral de 721,95; além do Colégio Polítécnico da Universidade Federal de Santa Maria, com 716,21.
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Ao todo, 1.212.908 estudantes matriculados no 3o ano do ensino médio regular se submeteram os exames. O número de escolas chegou a 25.777, mas só foram divulgadas as médias de 14.998, porque o MEC avaliou as instituições que tiveram pelos menos 10 alunos participantes do Enem 2015 e cuja taxa de participação foi igual ou superior a 50%.
Considerando o resultado geral, entre escolas públicas e privadas, nenhuma instituição de Pernambuco aparece entre as melhores. O Top 10 é composto apenas por escolas privadas, tendo o Objetivo Colégio Integrado, de São Paulo, em primeiro lugar, com média 763,66. O ranking segue com Ari de Sá Cavalcante – Sede Mario Mamede Colégio, do Ceará (755,16); Instituto Dom Barreto, do Piauí (753,74); Christus Colégio Pré-universitário, do Ceará (751,33); e Ari de Sá Cavalcanti Colégio – Majos Facundo, do Ceará (750,41).
Contextualização
O MEC divulgou também o ranking cm diferenciação entre as escolas considerando o nível socioeconômico dos alunos, o porte da escola e o indicador de permanência do aluno na escola. “É importante ressaltar a necessidade dessa contextualização porque as realidades são diferentes, então não é justo comparar as escolas sem considerar essas características próprias”, frisou a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini.
“Entre as escolas públicas, a maior diferença é que nas escolas federais [as três melhores escolas, por exemplo] já é feita uma seleção para o acesso dos estudantes, é uma espécie de vestibulinho, por isso os alunos têm desempenho melhores”, explicou a secretária executiva do MEC, Maria Helena Castro. “Um aluno que é pré-selecionado pelo seu desempenho terá muito mais chance de ter um bom desempenho no Enem. Esse é um fator preocupante porque a escola pública não deveria selecionar apenas por desempenho acadêmico”, disse.
“É bom lembrar que o Enem não pode ser o ranking de escolas, porque há diferentes contextos. Uma escola com uma média mais baixa não mostra o esforço e melhora de desempenho ao longo dos anos”, salientou. “Acreditamos que a reforma do Ensino Médio terá um impacto imenso no funcionamento das escolas e promoverá uma equidade na educação que é oferecida nas redes pública e privada”, disse Maria Helena Castro.
Média
Entre as escolas de grande porte e nível socioeconômico alto, cinco instituições são públicas e cinco privadas. As cinco melhores foram o Colégio de Aplicação da UFV – Coluni (MG), Embraer Juarez Wanderley Colégio (SP), Escola Sesc do Ensino Médio (RJ), CPI – Campus Niterói (RJ) e CPI – Campus Centro (RJ). Neste contexto, o Plenus Colégio e Curso, de Pernambuco, está em sétimo lugar entre as escolas privadas.
Entre as escolas de grande porte e baixo nível socioeconômico, há uma queda nas médias. As cinco melhores são o Colégio Estadual de Tanque Novo, na Bahia; a Escola Monsenhor Vicnte Freitas, da Paraíba; o Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, na Bahia; o Colégio estadual Dr. Milton Dortas, do Sergipe; e a Escola de Referência em Ensino Médio Henrique Justino de Melo.
As cinco melhores instituições de pequeno porte e nível econômico alto são privadas: Colégio Sagrado Coração de Maria, em Minas Gerais; Colégio Procampus, no Piauí; Escolas Idaam, no Amazonas; Colégio Sagrado Coração de Maria, do Riod e Janeiro; Escola Servita Regina Pacis, de Minas Gerais.
Já as cinco melhores escolas de pequeno porte e com baixo nível socioeconômico são públicas: Ensino Médio Augustinho Brandão, no Piauí; Escola Professora Maria Cândido Kneipp, no Espírito Santo; Escola de Ensino Médio, de Minas Gerais; Escola Rubens Dutra II, da Paraíba; e Escola Francisco Romano da Silveira, também da Paraíba.