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Arqueólogos israelenses revelaram, nesta quarta-feira (31), uma presa de elefante de 2,6 metros de comprimento dos tempos pré-históricos descoberta no centro de Israel.

De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), a presa foi descoberta nos arredores do kibutz Revadim, perto de Ascalon, e pesa cerca de 150 kg.

É a presa mais antiga encontrada em sua totalidade em um sítio pré-histórico no Oriente Médio.

"Elefantes gigantes vagavam e pastavam neste local nos tempos pré-histórico na planície costeira de Israel há meio milhão de anos, como evidenciado por esta presa antiga excepcionalmente bem preservada", disse a Autoridade de Antiguidades em comunicado.

A presa vem de um elefante com presas retas, uma espécie que foi "extinta nesta região há cerca de 400.000 anos", disse à AFP Avi Levy, diretor das escavações da instituição.

Em razão do tamanho da presa, o elefante deveria medir entre 4 e 5 metros.

Ossos de elefante já haviam sido encontrados nesta área de Israel, mas não tal presa.

Levy chamou a descoberta de "fantástica".

"A descoberta da presa, separada do crânio e do resto do corpo [do elefante], levanta a questão: a presa é o que restou de um elefante caçado ou foi coletada pela população local em tempos pré-históricos? Tinha significado social ou espiritual?", questionam Ofer Marder, professor de arqueologia da Universidade Ben Gurion de Beersheva (sul), e Ianir Milevski, diretor de pré-história da AAI.

Os arqueólogos também encontraram ferramentas de pederneira perto da presa, usadas pelo homem pré-histórico para esfolar e esquartejar animais.

Sessenta zimbabuenses morreram vítimas dos elefantes até o momento neste ano, já que o sucesso da conservação do paquiderme levou a um aumento nos conflitos com humanos, disse o porta-voz do governo nesta terça-feira (10).

Com 100.000 elefantes, o Zimbábue tem a segunda maior população mundial do animal, atrás apenas de Botsuana, e aproximadamente um quarto dos elefantes de toda a África.

Diferentemente do que ocorre em grande parte do mundo, onde os caçadores furtivos matam os animais por suas presas, a população de elefantes do país está crescendo a um ritmo de 5% anual.

"Em algumas regiões, os elefantes se movem em numerosas manadas e devoram tudo o que há pelos campos. Inclusive, agora, estão entrando nas regiões de casas, o que obriga os membros da comunidade a se defender, ferindo alguns dos elefantes", disse o porta-voz do governo, Nick Mangwana no Twitter.

"Os animais feridos se tornam agressivos e incontroláveis", afirmou. "O clima entre humanos e a fauna selvagem se transformou em algo muito violento. Somente nesse ano, 60 zimbabuenses perderam a vida para os elefantes e 50 ficaram feridos", explicou.

Mangwana indicou que os elefantes mataram 72 pessoas em 2021.

Os elefantes caminham no Zimbábue fora das extensas reservas. O crescimento demográfico e a pobreza também estão obrigado os habitantes das zonas rurais a se mudarem para regiões onde ficam em conflito com os paquidermes.

Tinashe Farawo, do órgão de gestão de parques e vida silvestre, alertou a AFP sobre um possível "desastre" caso não se reduza o número de elefantes. "É provável que a ameaça aumente conforme nos aproximamos da estação seca, quando as manadas se deslocam em busca de água e comida", declarou.

Farawo afirmou que destacou guardas florestais para abater os elefantes mais perigosos.

Os conservacionistas defendem que o Zimbábue pode abrigar cerca de 45 mil elefantes, que precisam de enormes terrenos para pastar.

O comércio de elefantes é proibido internacionalmente, mas o governo começou a considerar a possibilidade de utilizar contraceptivos ou licenças de caça para administrar a manada.

Depois da morte de uma leoa vítima da Covid-19, uma reserva florestal do sul da Índia realizou testes em 28 elefantes, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira (9).

A leoa asiática, de nove anos e pertencente a uma espécie ameaçada, morreu no início de junho no parque zoológico Arignar Anna em Chennai (antigamente conhecida como Madrás), no estado meridional de Tamil Nadu, segundo a imprensa local.

Essa foi a primeira morte de um animal na Índia atribuída ao vírus.

Por meio de uma triagem, as autoridades descobriram que a leoa e mais oito felinos, dois deles em estado preocupante, eram portadores do vírus, informou na semana passada o jornal The New Indian Express de Chennai.

"Depois que os leões do zoológico de Vandalur (o Arignar Anna) deram positivo para covid, pedimos para testar os elefantes por precaução", declarou nesta quarta-feira à AFP um guarda florestal do parque nacional de Mudumalai, no sul de Tamil Nadu.

As análises das amostras coletadas de 28 elefantes, entre eles dois filhotes, serão realizadas pelo instituto indiano de pesquisa veterinária do estado de Uttar Pradesh (norte), e seus resultados devem ser anunciados em uma semana.

"Os animais não têm nenhum sintoma, é só por precaução", reiterou o guarda florestal.

"A coleta de amostras não apresentou nenhuma dificuldade", acrescentou, exibindo as imagens de um vídeo gravado durante o processo.

Cerca de vinte tigres do parque de Bhagwan Birsa, no estado oriental de Jharkhand, também foram submetidos a testes de covid após a morte de um felino de 10 anos que teve febre muito alta, segundo a imprensa local.

A agência de notícias Press Trust of India, citando responsáveis da reserva, informou que o teste de antígeno realizado nesse tigre deu negativo, mas que estão à espera do resultado de um teste PCR.

Autoridades informaram nesta segunda-feira (21) que uma cianobactéria produtora de neurotoxinas foi responsável pela morte de centenas de elefantes, que foram encontrados sem vida em Botsuana, na região do delta do rio Okavango.

Segundo Mmadi Reuben, veterinário do Ministério da Vida Selvagem e Parques Nacionais, os óbitos ocorreram por "envenenamento devido a uma cianobactéria que se desenvolveu em pontos de água".

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O especialista, porém, reconheceu que "ainda existem muitas perguntas para responder, particularmente por que somente [morreram] elefantes e por que somente nessa área". "Temos uma série de hipóteses que estamos pesquisando", acrescentou.

Localizada entre Zâmbia, Namíbia e África do Sul, a Botsuana é o país onde um terço da população mundial de elefantes vive, sendo que cerca de 15 mil deles habitam o Delta de Okavango - representando 10% do total da espécie na nação.

Desde março, ao menos 350 carcaças foram encontradas. A hipótese de caça furtiva, porém, foi descartada, tendo em vista que os animais estavam com as presas intactas.

De acordo com Reuben, no final de junho, as mortes de paquidermes pararam, o que coincidiu com o esgotamento desses pontos de água. Na ocasião, amostras de sangue dos elefantes foram coletadas, as quais confirmaram a causa da morte.

Os testes foram realizados em laboratórios da África do Sul, Zimbábue e Canadá. 

Da Ansa

Cerca de 350 elefantes morreram em Botsuana, no sul da África. As autoridades locais afirmam que as perdas vêm ocorrendo desde o início de maio, intrigando os especialistas, pois ainda não há causas que justifiquem tal acontecimento.

No dia 15 de junho, em entrevista à BBC, o biólogo Niall McCann, da organização britânica National Park Rescue, disse que os conservacionistas locais detectaram o ocorrido enquanto sobrevoaram a região. Na época, 169 elefantes foram avistados em três horas de voo. "Isso é totalmente sem precedentes em termos de número de elefantes morrendo em um único evento não relacionado à seca", disse McCann.

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No início, as autoridades suspeitaram da caça ilegal, problema que assola a região há anos. Entretanto, as carcaças encontradas estavam intactas. Os especialistas também descartaram a hipótese de infecção e morte por antraz. A doença, provocada por bactéria, matou 100 elefantes em Botsuana no ano passado, mas os animais encontrados agora não apresentam sinais de infecção.

Para descobrir a causa das mortes, amostras de sangue foram enviadas para a África do Sul para serem analisadas. Os resultados preliminares devem sair em duas semanas. O processo pode demorar mais que o normal, visto que a pandemia do novo coronavírus alterou a rotina dos laboratórios.

 

Dois elefantes foram mortos nesta quarta-feira (11) por um trem no leste da Índia, informou a companhia ferroviária local. Nos últimos cinco anos, pelo menos 26 elefantes morreram e muitos outros ficaram feridos por trens no trecho no Bengala Ocidental, perto da fronteira com o Nepal.

Os dois paquidermes, um dos quais era uma fêmea grávida, foram atingidos por um comboio de passageiros enquanto atravessavam os trilhos. Dezenas de moradores se reuniram para realizar seus funerais.

Os corpos dos elefantes foram decorados com flores e incinerados em fogueiras. "Acreditamos que o acidente ocorreu devido à baixa visibilidade causada pela névoa espessa", disse Subhanan Chanda, porta-voz das ferrovias.

"As autoridades ferroviárias ordenaram uma investigação para determinar se o trem estava viajando acima do limite de velocidade de 90 km/h", acrescentou.

O departamento florestal e os defensores do meio ambiente pedem à companhia ferroviária que não circule trens noturnos nesta área, para evitar acidentes.

Luggard tinha apenas cinco meses quando chegou ferido por duas balas, uma delas danificou seu fêmur posterior direito. Para o bebê elefante era difícil acompanhar o ritmo da manada no parque nacional de Tsavo, no Quênia.

"Já era muito tarde para uma cirurgia", conta Edwin Lusichi, chefe dos guardas do orfanato para elefantes do Fundo Sheldrick para a Fauna Selvagem (SWT) de Nairóbi, onde Luggard encontrou refúgio e se recupera de suas feridas.

O filhote de elefante, que atualmente tem três anos, manca em razão de sua pata deficiente, mas que não o impede de correr com entusiasmo todas as manhãs, com outros vinte companheiros órfãos, quando chega a hora da comida.

Os pequenos elefantes se apressam sobre as mamadeiras gigantes com uma mistura de leite em pó para humanos, água e vitaminas, uma receita desenvolvida pelo centro para substituir o leite materno.

Cada um dos elefantes do orfanato tem uma história única. "Quando os acolhemos, alguns tinham apenas alguns dias de vida", conta Kirsty Smith, administradora do SWT.

Larro, de 10 meses, é a elefanta mais jovem do centro. Quando a encontraram errava sozinha na reserva de Masai Mara, aparentemente após um violento encontro entre a sua família e moradores da região.

"Às vezes, os elefantes entram nas propriedades, nas fazendas. As pessoas batem neles para espantá-los e, durante o confronto, [os bebês] acabam separados de suas famílias", explica Lusichi.

Os filhotes de elefante não podem sobreviver sem suas mães. O desmame acontece entre os 5 e 10 anos, e só se tornam adultos aos 18.

- Cicatriz -

Um elefante pode viver até os 70 anos, mais muitos morrem de forma prematura.

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a cada ano na África cerca de 20.000 elefantes são mortos, principalmente por caçadores atrás de suas presas de marfim.

O comércio ilegal de marfim é motivado pela demanda na Ásia e Oriente Médio, onde é usado na medicina tradicional e para ornamentação.

"Matam um elefante apenas por suas presas!", indigna-se Lusichi ao contar a história de Enkesha, de dois anos.

"Veja a sua trompa... Estava presa em uma armadilha", explica, indicando que a filhote quase perdeu esse membro, com o qual se comunicam, respiram e levam comida e água até a boca.

Agora, após uma longa reeducação, a jovem paquiderme consegue usar sua trompa - que tem uma impressionante cicatriz - quase normalmente

Os elefantes podem ficar até os três anos no orfanato, onde são alimentados a cada três horas e dormem em cercados individuais, cada um acompanhado por um guarda.

"É como passar a noite no quarto de um bebê humano", explica um deles, Julius Shivegha, de 43 anos.

"Devemos garantir que estão vem corbetos", conta.

Durante o dia, os guardas acompanham os jovens elefantes em passeios pela savana e preparam um banho de lama no qual adoram fazer bolhas com suas trompas.

- Mimos e futebol -

"Às vezes brincamos de futebol com eles", assegura Shivegha. "Às vezes lhes fazemos um mimo. Alguns tentam o tempo todo pegar nossas mãos ou usar nossos dedos como chupeta. Tudo isso nos aproxima muito deles [...] somos como suas mães".

Ao sair do orfanato, a maioria dos elefantes vai para um dos três centros de reintegração situados no parque nacional de Tsavo (sudeste), onde passam vários anos aprendendo a viver sem os humanos até serem capazes de se juntar a uma manada.

Para os elefantes deficientes, como Luggard, o DSWT criou um santuário na floresta de Kibwezi, perto do parque de Tsavo, lonha das residências humanas e onde a água e os alimentos são abundantes durante todo o ano.

Em 42 anos de existência, o SWT recebeu 230 elefantes, entre os quais mais de 120 vivem agora em liberdade e tiveram cerca de 30 filhotes, segundo Smith.

Quatro elefantes se uniram à busca por um menino de 2 anos de idade de Mianmar, que está desaparecido na Tailândia há uma semana, enquanto centenas de equipes de resgate vasculham um campo de cana-de-açúcar em busca de vestígios da criança. As informações são da Associated Press (AP).

Filho de trabalhadores migrantes de Mianmar, Sului Piew desapareceu no dia 17 de dezembro quando saiu para brincar perto da plantação de cana onde seus pais trabalham. A busca por Sului começou oficialmente na última quarta-feira (19) e envolveu centenas de equipes de resgate voluntários, policiais e soldados.

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Uma equipe de mergulhadores também fez buscas em lagoas próximas para encontrar pistas sobre o paradeiro do menino. Agora, os elefantes integram as equipes para oferecer assistência à operação. O proprietário dos animais disse que eles são capazes de vasculhar a vasta plantação de cana-de-açúcar em busca de sinais de vida.

As espécies antigas de elefantes e mamutes se cruzavam, trocando genes que os ajudaram a se adaptar a novos habitats e climas, uma prática que se perdeu entre os elefantes modernos, disseram pesquisadores nesta segunda-feira.

Hoje, os dois tipos de elefantes vivos na África - da savana e da floresta - são de fato espécies diferentes, mas os pesquisadores não encontraram evidências recentes de que eles acasalem entre si.

O estudo oferece o primeiro olhar abrangente sobre o genoma de mamutes e mastodontes e seus primos elefantes, uma vez abundantes na Terra, mas hoje em declínio por causa da caça proibida, que mata 50 mil exemplares por ano.

"A miscigenação pode ajudar a explicar por que os mamutes foram tão bem-sucedidos em ambientes tão diversos e por tanto tempo", disse o autor sênior Hendrik Poinar, um geneticista evolutivo da Universidade McMaster.

"Esses dados genômicos também nos dizem que a biologia é bagunçada e que a evolução não ocorre de forma organizada e linear".

Muitas outras espécies relacionadas são conhecidas por cruzarem entre si, incluindo os ursos pardos e polares e os orangotangos de Sumatra e Bornéu.

Mas a forma como isso aconteceu entre os elefantes - que surgiram há entre cinco e 10 milhões de anos na África e que já estiveram entre os grandes animais mais difundidos na Terra - não estava clara até agora.

Para o estudo, pesquisadores internacionais sequenciaram 14 genomas, incluindo os de dois mastodontes americanos, um elefante de presas retas de 120 mil anos de idade, um mamute colombiano e indivíduos de populações de elefantes modernos na África e na Ásia.

Um dos elefantes extintos que há muito intrigava especialistas era o elefante de presas retas, que tradicionalmente era agrupado com os elefantes asiáticos atuais porque a forma do crânio e o tamanho dos dentes eram semelhantes.

Mas o estudo descobriu que os elefantes de presas retas eram na verdade "um híbrido com porções de sua composição genética provenientes de um antigo elefante africano, do mamute lanoso e os elefantes da floresta atuais", revela o trabalho publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

"As descobertas foram extremamente surpreendentes para nós", disse Eleftheria Palkopoulou, cientista na Universidade de Harvard.

"As relações na população de elefantes não podiam ser explicadas por divisões simples, fornecendo pistas para entender a evolução dessas espécies icônicas", acrescentou.

Os estudos do genoma "revelaram múltiplos grandes eventos de cruzamentos entre diferentes espécies antigas, destacando como isso desempenhou um papel fundamental na evolução do elefante", afirmou o estudo.

Mas eles não mostraram evidências genéticas de cruzamento entre os elefantes africanos da floresta e da savana, "sugerindo que eles viveram em isolamento quase completo nos últimos 500 mil anos, apesar de viverem em habitats vizinhos".

O coautor sênior David Reich, de Harvard, disse que o estudo mostra que os elefantes africanos da savana e da floresta "estiveram isolados por longos períodos de tempo - tornando cada um digno de um estado de conservação independente".

Cinco elefantes que atravessam uma linha férrea em uma plantação de chá na região nordeste da Índia morreram atropelados por um trem, informou o governo local.

Os elefantes, incluindo uma fêmea grávida, integravam uma manada maior que perambulava no domingo por esta plantação no estado de Asam, que tem a maior população de elefantes da índia.

"Os cinco elefantes morreram na hora. Um filhote morto foi retirado posteriormente da elefante grávida", afirmou Vikas Brahma, diretor do departamento florestal de Asam.

Não é comum que os elefantes se movimentem por esta zona de Asam, um estado de densa selva conhecido pelo chá e vida selvagem, explicou Brahma à AFP. Ele disse que as autoridades locais não sabiam da presença de manadas na área.

As autoridades ferroviárias já haviam alertado sobre a passagem de elefantes para evitar acidentes, mas um porta-voz do sistema ferroviário afirmou ao jornal Indian Express que no domingo não havia restrição de velocidade no momento do acidente porque a região não havia sido designada como trilha migratória.

O desmatamento e a construção civil perto de seus habitats naturais obrigam os elefantes a desviar de suas trilhas em busca de comida, o que gera conflitos com os humanos.

Muitas rotas migratórias foram cortadas por estradas ou linhas férreas em Asam e no estado vizinho de Bengala Ocidental, aumentando o risco de acidentes fatais, caça ilegal e estampidos.

Asam tem 5.620 elefantes, de acordo com um censo de 2011, mais do que qualquer outro estado indiano.

As autoridades calculam que 60 elefantes morreram este ano em Asam.

Muitas mortes foram provocadas por eletrocussão nas cercas instaladas pelos fazendeiros para evitar a passagem de animais selvagens.

Elefantes selvagens mataram neste sábado (14) quatro refugiados rohingyas, uma mulher e três crianças, que estavam construindo um barraco em plena selva no campo de Balukhali, em Bangladesh, anunciou a polícia local.

Centenas de milhares de rohingyas se refugiaram na região de Cox's Bazar, em Bangladesh, para escapar da violência em Mianmar. Muitos deles estão abandonados a própria sorte e tentam construir barracos fora das zonas de acampamento. 

"Foram esmagados por sete ou oito elefantes selvagens, que também feriram duas pessoas", afirmou Afrozul Haq Tutul, vice-comandante de polícia de Cox's Bazar.

As vítimas tentavam construir um refúgio em uma zona de selva na qual os elefantes procuram alimentos.

Esta é a segunda vez em que refugiados rohingyas são atacados por elefantes selvagens. Na primeira, um idoso e uma criança morreram esmagados.

Quase 536.000 rohingyas entraram em Bangladesh para fugir da violência em Mianmar desde 25 de agosto.

Elefantes selvagens matam uma pessoa por dia na Índia, devido à cada vez mais constante invasão de seu habitat, informaram autoridades nesta terça-feira (1°).

Nesta luta entre predadores, a cada dia também morre um leopardo, à medida em que o homem ocupa seu habitat em um país onde várias zonas de matas foram urbanizadas.

Segundo o ministério indiano do Meio Ambiente, 1.144 pessoas morreram em ataques de animais selvagens na Índia entre abril de 2014 e maio de 2017, com média de uma vítima diária, e os elefantes provocaram 1.052 óbitos.

No mesmo período, 345 tigres e 84 elefantes morreram, a maioria por caça ilegal.

Siddhanta Das, diretor da área de matas do ministério, explicou que a causa das mortes é a intrusão de humanos nos territórios habitados pelos animais.

"Estamos lançando campanhas de conscientização para reduzir as vítimas", declarou Das à AFP.

A maioria dos ataques a humanos ocorre nos chamados corredores de elefantes, rotas que durante séculos foram utilizadas por estes animais, e que hoje têm a presença de pessoas.

Na Índia vivem cerca de 30 mil elefantes e 2.226 tigres, e estes felinos mataram 92 pessoas entre abril de 2014 e maio de 2017, segundo as autoridades locais.

Mais de 20 elefantes foram mortos em Mianmar em 2017, um recorde para uma espécie ameaçada pela caça clandestina e pelos traficantes, que vendem seus órgãos e suas presas à China, advertiu nesta segunda-feira (5) a ONG Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

"Se essa tendência continuar, a população de elefantes terá desaparecido em um ou dois anos" nesta área, avisou Rohit Singh, do WWF.

"Toda a pressão adicional sobre os filhotes e as fêmeas no período de lactância terá um impacto importante", acrescentou. Até o momento, os machos estão sendo mais caçados por suas presas.

De acordo com o WWF, a população de elefantes selvagens de Mianmar é de entre 1.400 e 2.000 animais, o que coloca o país como a segunda maior reserva do sudeste asiático, atrás somente da Tailândia.

O tráfico de animais selvagens está estimado em um montante de quase 20 bilhões de euros anuais em todo o mundo.

Em Mianmar, as presas são destinadas principalmente à China, mas também para o mercado local.

O número de elefantes selvagens caiu para a metade em menos de uma década em Mianmar. Segundo dados do governo, muito mais otimista do que o WWF, ainda restariam entre 2.000 e 3.000 animais.

As principais razões da diminuição da população de elefantes são a destruição de seu habitat natural e a utilização do marfim, da pele e de algumas partes de seu corpo para a preparação de diversos unguentos da medicina tradicional.

A maior parte do comércio ilegal provém deste país, controlado por redes criminosas, orquestradas e financiadas por poderosos traficantes chineses, segundo os especialistas, que lamentam o desleixo das autoridades.

Caçar um animal em risco de extinção é ilegal em Mianmar, país que assinou a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (Cites, em inglês), mas a multa máxima é inferior a 60 dólares e as punições são pouco frequentes.

Inúmeros elefantes, uma das 10 espécies em risco de extinção em Mianmar, são mortos ou caçados para o contrabando à Tailândia, onde são utilizados para o turismo.

A Tailândia experimenta um tratamento revolucionário, usando uma piscina, para que uma pequena elefanta que perdeu parte da pata volte a aprender a caminhar. "Fah jam" ("Céu Claro") foi encontrada ferida, depois de cair em uma armadilha perto de um povoado em outubro passado.

"Perdeu 12 centímetros da pata esquerda", disse o veterinário Padet Siridumrong, que trabalha na clínica onde o animal está sendo atendido, na província de Chonburi (leste). O objetivo do tratamento é fortalecer muscularmente sua extremidade amputada para que possa caminhar normalmente.

Ela ainda se desloca lentamente e de maneira titubeante e deve ser carregada por vários funcionários da clínica para ser colocada no caminhão, ou na piscina. "É a segunda vez que recebe tratamento de hidroterapia. Ainda está um pouco nervosa e tem medo de água", acrescenta o médico, enquanto "Céu Claro" se agita para todo lado.

Essa órfã estava em condições muito ruins quando foi recebida pelos funcionários do zoológico da região. Muito cedo separada da mãe, a pequena tinha carência de leite. "Nós lhe demos esse nome (Céu Claro) para que tivesse sorte", explicou o diretor do zoológico, Kampon Tansacha. Os elefantes são considerados um orgulho nacional na Tailândia, o primeiro país a abrir uma clínica para paquidermes.

Os elefantes selvagens são cada vez mais raros no território por causa do comércio de marfim e dos danos a seu hábitat. Restam apenas 2.500 elefantes selvagens e outros 4.000 domésticos. A maioria é usada para passeios com turistas.

Líder mundial no consumo de marfim, a China anunciou que vai proibir o comércio do produto no país até o fim de 2017. A decisão é uma vitória para ambientalistas que afirmam que a medida deve ajudar a conter a caça de elefantes na África - o marfim é extraído do dente do animal.

"O anúncio da China é uma mudança de jogo para a conservação do elefante", disse Carter Roberts, presidente-executivo da World Wildlife Fund, em comunicado. "O comércio em grande escala do marfim enfrenta agora seus anos crepusculares", acrescentou.

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A decisão, por outro lado, é um golpe para uma indústria global de marfim, sustentada em grande parte pela demanda chinesa. A medida foi tomada depois de anos de pressão interna e internacional sobre Pequim para interditar um comércio que ameaça a extinção de elefantes africanos selvagens.

O Conselho de Estado, equivalente ao poder Executivo da China, disse em comunicado que o fechamento da indústria doméstica de marfim ocorrerá em fases, começando no fim de março por um grupo de fábricas de processamento e lojas de varejo. As agências governamentais ajudarão os trabalhadores do setor na sua transição para profissões afins, como a escultura em madeira e osso ou a restauração de artefatos em museus.

Os proprietários atuais de produtos de marfim poderão mantê-los, transferi-los como presentes, legá-los a descendentes ou vendê-los em leilões supervisionados após obter aprovação oficial. As autoridades também lançarão campanhas para educar o público sobre as iniquidades do comércio do produto.

Na China, o marfim é muitas vezes considerado como um símbolo de riqueza e status. A demanda chinesa ajuda a sustentar uma indústria de caça furtiva que mata entre 20 mil e 30 mil elefantes anualmente, de acordo com o World Wildlife Fund.

A China tem sido o principal destino para o marfim de origem africana desde pelo menos 2002, de acordo com dados do Elephant Trade Information System, uma ferramenta de monitoramento internacional. Alguns especialistas em vida selvagem estimam que os consumidores chineses recebem até 70% da oferta global de marfim.

O país tem 34 fábricas de processamento de marfim e 143 centros de vendas designados, todos os quais devem ser encerrados até o final de 2017. Fonte: Dow Jones Newswires.

A matança de elefantes na África causa grande impacto econômico nos países do continente, reduzindo as receitas com o turismo em US$ 25 milhões por ano. A conclusão é de um novo estudo internacional publicado nesta terça-feira, 1º, na revista científica Nature Communications.

De acordo com o estudo, as populações de elefantes da África foram dizimadas nos últimos anos, sofrendo uma redução de 30% entre 2007 e 2014. Outras pesquisas apontam que, nesse cenário, as espécies africanas de elefantes se encaminham para a extinção.

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Segundo os autores do novo estudo, eliminar a caça ilegal de elefantes tem um custo alto, mas, com o fim da matança, os ganhos econômicos com o ecoturismo poderiam compensar esses investimentos, convertendo a proteção dos animais em uma estratégia economicamente viável.

No novo estudo, a equipe de cientistas liderada por Robin Naidoo, pesquisador da organização WWF Estados Unidos e da Universidade British Columbia (Canadá), usou modelos computacionais para demonstrar, em escala continental, os efeitos colaterais econômicos da caça ilegal de elefantes.

O modelo estimou a quantidade de receita turística gerada por cada elefante existente em 216 áreas protegidas espalhadas pela África. Os cientistas descobriram que os turistas tendem a visitar áreas protegidas quando os parques têm grande número de elefantes africanos. A conclusão foi que, nos parques africanos, cada elefante a mais aumenta o número de visitas turísticas em 371%.

A perda de receita relacionada ao declínio do turismo nas áreas protegidas onde houve redução do número de elefantes foi estimada em US$ 25 milhões por ano. Segundo os autores do estudo, esse valor é substancialmente maior que os custos médios - calculados por outros cientistas - de implementação de iniciativas contra a caça ilegal.

Houve diferenças, no entanto, no cálculo para as diversas regiões da África. Os benefícios do turismo relacionado aos elefantes só ultrapassam os custos das medidas contra a caça ilegal nas regiões de savanas do leste e do sul do continente. Nas florestas da África central, onde é mais difícil observar os elefantes, a renda com o turismo está menos ligada à abundância dos paquidermes.

Escalas de valores

Enquanto a proteção dos elefantes poderia gerar uma receita suplementar de US$ 25 milhões por ano com o turismo, a matança desenfreada dos animais rende US$ 597 milhões anuais à indústria ilegal do marfim.

Ainda assim, os autores do estudo afirmam que a conservação dos elefantes - e o consequente aprimoramento do ecoturismo - ainda é uma alternativa economicamente viável, que só traria prejuízo aos caçadores ilegais e que traria renda e outros benefícios às comunidades locais.

Príncipe Harry vem demonstrando, ao longo da vida, sua paixão por projetos tanto sociais, quanto ambientais. E agora, foram divulgadas, pelo Instagram da família real britânica e por veículos como a agência The Grosby Group, fotos de um projeto de que Harry participou em 2015.

O príncipe passou três semanas, no verão passado, trabalhando ao lado de voluntários, veterinários e especialistas, em uma das maiores translocações de elefantes já feitas. Segundo a agência, Harry afirmou que gostaria de se afastar de seus deveres reais para viver no continente africano, trabalhando permanentemente com projetos.

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A translocação aconteceu no Malawi, mesmo país que Madonna adotou seus filhos. Por motivos de preservação da espécie, precisou ser feita a translocação de 500 elefantes de uma área para outra.

Uma das imagens foi capturadas mostra o príncipe de 32 anos de idade, ao lado de um voluntário, tentando fazer um elefante se deitar. Harry explicou que uma das melhores formas para identificar os animais depois de soltos na naturez, é fazendo marcas do sexo e número de cada um, com um spray específico que desaparece da pele após alguns dias.

Três elefantes que caíram em um reservatório de água no sudoeste da China foram resgatados com uma escavadeira, informou a agência Xinhua. Os três elefantes, dois adultos e um filhote, caíram por razões desconhecidas neste depósito situado nas montanhas de Xishuangbanna, região que abriga os únicos elefantes selvagens da China, na fronteira com Laos e Mianmar.

A administração local das florestas acredita, no entanto, que os dois adultos tentavam recuperar o pequeno, que teria ficado preso no depósito retangular de cinco metros de profundidade.

Vários habitantes da aldeia vizinha encontraram na segunda-feira (10) os três animais, incapazes de sair. Uma dezena de outros elefantes, muito agitados, tentavam ajudá-los balançando a tromba, segundo a Xinhua. As fotos tiradas no local mostram o pequeno elefante praticamente submerso, com apenas a tromba fora d'água.

"Temíamos que morresse de cansaço", afirma Xiong Chaoyong, responsável do centro de proteção de elefantes da província de Yunnan. Primeiro, a administração florestal pensou em jogar sacos de areia a partir de um helicóptero para criar uma espécie de escada artificial. Mas as fortes chuvas impediram o helicóptero de decolar.

Para ganhar tempo, os socorristas conseguiram esvaziar parte do depósito e jogaram bananas aos animais presos. Finalmente, as autoridades precisaram deixar para o dia seguinte o resgate, que consistiu em enviar ao local uma escavadeira que cavou uma saída de emergência na parede do depósito.

Para permitir que os operários trabalhassem em segurança, os moradores locais detonaram fogos de artifício para afastar os outros elefantes presentes no local. Os três animais acabaram saindo do depósito na tarde de terça-feira, antes de voltar à floresta.

Segundo a Xinhua, a China conta com 300 elefantes que vivem na natureza na província de Yunnan.

Uma briga entre dois elefantes provocou uma debandada na noite de sexta-feira em um templo hindu do sudeste do Sri Lanka, na qual uma mulher morreu e 12 pessoas ficaram feridas.

O dono de um dos elefantes, considerados sagrados no Sri Lanka, tentou deter os dois animais atingindo um deles com um gancho afiado.

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Devido à dor, "o elefante fugiu sem ferir ninguém, tentou escapar de seu dono, mas as pessoas entraram em pânico e começaram a correr em todas as direções", informou por telefone um policial contactado pela AFP.

Na noite de sexta-feira, havia grande afluência no templo de Ratnapura, situado 100 km ao sul da capital, Colombo, devido a um desfile religioso anual.

Uma mulher de 60 anos faleceu por um ataque de coração e 12 pessoas tiveram que ser hospitalizadas por ferimentos leves, informou o agente da polícia.

A população de elefantes selvagens do país passou de 7.379 animais, há cinco anos, a 6.000 atualmente, devido ao desmatamento.

O número de elefantes domésticos, que frequentemente desfilam nas festas hindus, também diminuiu, pois as autoridades do Sri Lanka deixaram de entregar permissões de caça de animais selvagens.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, ateou fogo neste sábado a 105 toneladas de marfim de elefantes e mais de uma tonelada de chifres de rinocerontes, em uma cerimônia realizada no Parque Nacional de Nairóbi. A estimativa é de que este tenha sido o maior volume de marfim já destruído.

A iniciativa é mais um esforço do Quênia para coibir o comércio internacional de marfim e produtos obtidos por meio da caça de animais ameaçados. No total, 11 pilhas de presas de marfim e uma de chifre de rinoceronte foram queimadas. "Chegou a hora de assumirmos uma posição e a posição é clara. O Quênia está declarando que o marfim não tem valor para nós, a não ser se estiver em nossos elefantes", declarou Kenyatta.

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As pilhas correspondem a mais de 8 mil elefantes e 343 rinocerontes abatidos, de acordo com o Serviço de Vida Selvagem do país. O valor estimado do material era de US$ 150 milhões.

Alguns críticos sugeriram que o marfim e os chifres deveriam ter sido vendidos e o dinheiro arrecadado poderia ter sido usado em projetos de desenvolvimento e de proteção ambiental no país. Mas Kenyatta rebateu dizendo que o Quênia quer mostrar que o marfim não deve ter nenhum valor comercial. Alguns especialistas que acompanham o tema alertaram ainda que queimar as pilhas não será suficiente para impedir o abate de elefantes, pois grupos internacionais se aproveitam das fronteiras pouco vigiadas do país e da corrupção.

O Quênia pretende pressionar pelo banimento total do comércio de marfim no 17º encontro da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, que será realizado na África do Sul ainda este ano.

Em 1970, a população de elefantes na África chegava a 1,3 milhão de animais. Hoje, são apenas 500 mil. Tanzânia, Gabão, Camarões, República Centro-Africana, Moçambique e República do Congo foram os países mais prejudicados pela caça de elefantes. Fonte: Associated Press.

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