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Câmeras de segurança flagraram um pastor evangélico, de 36 anos, furtando cerca de R$ 2,9 mil do dízimo entregue por fiéis para a Igreja Universal do Reino de Deus, localizada em São José do Rio Preto, no Interior de São Paulo. Outro pastor da unidade sentiu falta da quantia e recorreu às gravações para identificar o criminoso.

Após ser identificado, o religioso confessou o crime para os colegas. "Ele assumiu que realmente pegou a quantia de R$ 2,9 mil e que também teria cometido outros furtos anteriormente", aponta o boletim de ocorrência, registrado na Central de Flagrante só dez horas após o delito.

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O pastor foi liberado após ser interrogado. Para o delegado, apesar do delito ser passível de prisão em flagrante, não foi possível prendê-lo já que o registro não foi feito logo após o crime. "A vítima [a igreja] não teve prejuízo, bem como o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça e por esta razão, por ora, deixa de se lavrar o Auto de Prisão em Flagrantes", explicou no boletim.

Por meio de nota, a igreja fundada por Edir Macedo desligou o pastor do quadro. "A Universal considera o delito gravíssimo, e está cooperando com as autoridades para que o infrator responda e seja punido pelo crime que cometeu, Medidas já foram tomadas para que fatos como esse não se repitam", apontou.

Uma nova polêmica deve acalourar o debate entre parlamentares ligados às igrejas e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta semana. Isto porque, em entrevista divulgada nesta segunda-feira (29) pelo jornal Folha de São Paulo, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que o governo vai criar a Contribuição Previdenciária (CP), um novo imposto que poderá incidir até sobre pagamento do dízimo.

“Essa é uma questão polêmica. Vou propor que esteja aqui [na CP], ainda vamos discutir posteriormente. A CP vai tributar todas as transações, a base será universal, pega até a economia informal e as ações criminosas de contrabando. Todo o mundo vai pagar esse imposto”, disse o secretário.

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A declaração já repercute negativamente e o presidente precisou gravar um vídeo negando que o governo criaria um novo imposto.

“Fui surpreendido por uma declaração do nosso secretário de receita que seria criado um novo imposto para as igrejas. Essa informação não procede. Em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial para as igrejas que, além de terem um excelente trabalho social prestado a toda sociedade, reclamam eles, em parte com razão, que há uma bitributação nessa área. Então, bem claro, não haverá novo imposto para as igrejas”, amenizou o presidente.

A afirmativa de Jair Bolsonaro foi divulgada pelo próprio Marcos Cintra, que criticou a manchete dada à entrevista que concedeu ao jornal. A chamada Contribuição Previdenciária deverá ser tributo que vai incidir sobre todas as transações financeiras, bancárias ou não, com alíquota de 0,9%.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou, nesta segunda-feira (19), a Operação Caifás, contra líderes religiosos acusados de desviarem valores da Diocese da Igreja Católica de Formosa e de paróquias a ela ligadas. Segundo o MP, foram desviados o dinheiro reunido com dízimos, doações, taxas de batismo e casamento, além de arrecadações festivas com apoio financeiro de fiés. 

Entre os presos estão o bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor, conforme informações do G1. As investigações começaram em 2015, quando fiéis denunciaram os desvios, segundo o Correio Braziliense. 

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Estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão em residências, na cúria da Diocese de Formosa, em paróquias de Planaltina de Goiás, Posse-GO e um mosteiro. O prejuízo estimado é de R$ 2 milhões.

A vereadora do Recife, Ana Lúcia (PRB), se diz orgulhosa por fazer parte da Igreja Universal do Reino de Deus. Ela é voluntária na evangelização e no ensino sobre filosofia e sociologia para jovens. A Universal completou 40 anos de existência e a vereadora garante que o trabalho realizado dá resultados positivos.

Em entrevista concedida ao LeiaJá, Ana Lúcia destaca que é preciso desvincular um pouco a questão da religiosidade para o importante trabalho social realizado pela Universal. “Prestamos um serviço à sociedade que, muitas vezes, o Estado não consegue, que o Estado não alcança”. 

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“Então, a gente tem um trabalho de rua, em presídios, escolas, junto à criança e estudantes. Enfim, essa gama de trabalho social amplia o servir e rompe as paredes da instituição quanto estrutura física e alcança, de fato, o ser humano na dimensão que ele é no que diz respeito às suas necessidades. Exatamente isso que a Igreja Universal representa nesses 40 anos: muito trabalho voltado para esta sociedade, em sua maioria, voltada para os mais necessitados, desfavorecidos, aqueles que a gente sabe que o olhar de todos não alcançam”, contou.

Sobre as muitas críticas por uma parte do segmento, principalmente, quando se trata do dízimo, ela é categórica: “Os dízimos e as ofertas são totalmente voluntários. Ninguém é obrigado a nada. Os que dizem que é obrigado, que paga isso e aquilo, isso não existe, mas há uma propagação desta cultura. Eu nunca fui obrigada a nada e continuo sendo voluntária porque quero, porque gosto e porque concordo com o trabalho que é feito porque há resultados”.

 

Ela também lamentou os que criticam sem saber. “Eu era uma crítica sem conhecimento de causa. Então, quando você critica e não conhece, eu nem discuto. Quando você conhece o trabalho, de fato, você pode se apropriar de um discurso”. 

 

Igreja Universal do Reino de Deus completou 40 anos de existência em meio a polêmicas como a entrega de dízimos. Já houve casos em que a igreja teve que devolver, por determinação da Justiça, as ofertas entregues por fiéis.  Em entrevista concedida ao LeiaJáo bispo William Brigido, que faz parte da Universal há 32 anos, questionado sobre as críticas e entrega de dízimos, é categórico: “É bíblico, nós estamos obedecendo o que está escrito”, declarou. 

“Nós podemos até fazer um desafio a qualquer pessoa que esteja ouvindo esse recado sobre as doações: pense quantas vezes, nesses 40 anos, já teve alguma vez que chamamos alguém que está bem, que está feliz, uma pessoa que está prosperando, uma vida digna para vir à igreja? Nós trabalhamos com que está sofrendo. Se você entrar na internet e buscar todos os vídeos da Universal, nós só trabalhamos com quem está sofrendo, com quem está separando, quem quer morrer, que está doente, que está desenganado, no presídio, dormindo na rua, aí nós vamos ajudar. Esse é o trabalho da Universal”, justificou o bispo. 

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Brigido declarou que as críticas são feitas por quem não entende e que é com o dízimo que a Universal sobrevive. “E quando as pessoas falam, elas falam daquilo que não entendem. A bíblia, nós temos que obedecer. É a ordem de Deus, não é nossa: ensinar o dízimo, ensinar a ofertas e dar a contribuição. Todas as religiões têm e a Universal faz parte disso e é com essas contribuições que nós sobrevivemos nesses 40 anos e estamos seguindo em frente”. 

Ele que recebeu, na noite de ontem, uma placa comemorativa da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em homenagem à data afirmando que foi uma honra. “Um dia presenciamos no passado, inclusive foi passado aqui no telão, a imagem da igreja sendo fechada. Eu estive aqui nessa época, há 27 anos, mais ou menos, e teve a época em que ela foi fechada e hoje voltamos na casa da autoridade onde aqui são tomadas decisões do estado todo e receber uma homenagem é uma prova de que, um dia, foi um plano e hoje a Universal é um fato. Ela existe, ela é real”. 

 

William Brigido ainda falou que é um trabalho árduo e de muita dedicação. “São 40 anos de existência e lutas nós temos, vivemos e estamos vivendo e sabemos que vamos viver, mas sabemos com quem estamos e temos certeza da nossa vitória. É realmente um trabalho árduo, é um trabalho de muita dedicação feita por um exército de pessoas. São mais de 15 mil jovens de Pernambuco ajudando e mais de sete mil obreiros ajudando as pessoas que chegam necessitadas. Quando juntamos esse exército, é a Igreja Universal. Um trabalho real, verdadeiro e autêntico”, reforçou. Ao todo, Pernambuco possui cerca de 300 igrejas e quase mil pastores aqui no estado.

 

 

 

 

 

 

Uma startup desenvolveu a DízimoFiel, máquina para recolhimento do dízimo via cartão de débito ou crédito nas igrejas católicas. Um dos grandes benefícios da tecnologia é que a paróquia poderá acompanhar toda a movimentação dos fieis, sabendo quem doou e quanto foi o valor doado.

Cada dizimista poderá ter um cartão ou chaveiro personalizado pela igreja. O recurso permite que o fiel faça o pagamento ou devolução - como a máquina está programada a dizer, bastando apenas aproximar o chaveiro da maquineta. Já o gestor terá um aplicativo para smartphone com acesso a relatórios apresentando dados como: dízimo por período, por dizimista, por meio de pagamento, entre outros.

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O site oficial da startup não detalha os custos das paróquias com o serviço. Uma matéria da Folha de São Paulo afirmou que as paróquias compram o aparelho por R$ 1,5 mil mais taxa mensal de R$ 180. Os chaveiros eletrônicos a serem entregues aos fieis não são obrigatórios e são cobrados por fora. Para permitir transações em cartão de crédito e débito, de bandeiras Visa e Mastercard, a igreja ainda cobra uma taxa. 

Na seção de depoimentos do site, diversos segmentos das igrejas se mostram satisfeitos com o produto. "Além de deixar o processo mais simples e fácil, os relatórios nos permitem acompanhar de forma muito completa os numerários diários da paróquia, sem falar na praticidade no atendimento, a rapidez na acolhida do fiel e a transparência econômica", escreve o pároco Deoclézio Wigineski. "Os fiéis também têm se mostrado muito satisfeitos pois agora podem usar seus cartões de débito", diz Ana Paula de Oliveira, secretária de paróquia. 

Além do modo dízimo, o sistema também possui o modo ticket, voltado para o acompanhamento das transações em em outros tipos de eventos, como festas e quermesses. Rômulo Duarte, sócio da DízimoFiel, destaca em vídeos publicados na página oficial do facebook que a máquina permite mais transparência e "o avivamento da consciência do dízimo e das ofertas para os fieis". Segundo Duarte, já havia sido fechado negócios com igrejas de Pernambuco, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte e Brasília. 

A Justiça de São Paulo determinou que parte do dízimo da Igreja Renascer em Cristo seja penhorado para pagar a indenização de uma das vítimas do desabamento da sede da igreja localizada no Cambuci, na zona sul da capital, em 2009. A decisão, da 21ª Vara Cível, define que 20% do valor arrecadado durante os cultos deve ser recolhido diariamente por uma perita a ser nomeada. A defesa da igreja informou que fez um acordo com a vítima e vai realizar o pagamento.

No acidente, nove pessoas morreram e 107 ficaram feridas. A igreja tinha sido condenada a pagar uma indenização no valor de R$ 10 mil em 2012, mas o pagamento não foi realizado e, no dia 23 do mês passado, a Justiça determinou a penhora de 20% do caixa até atingir o valor corrigido de R$ 27.546. A Justiça explicou que iria confiscar o dízimo pelo fato de a igreja não ter contas bancárias nem bens em seu nome.

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"Não tem dinheiro em nome da igreja e não achamos bens, então, pedimos à juíza o confisco do dinheiro do dízimo. Isso é uma decisão que vale para uma vítima, mas abre precedente para as demais", diz Ademar Gomes, advogado da vítima.

Acordo

Advogado da Renascer, Roberto Ribeiro Júnior diz que a igreja já tinha feito um acordo extrajudicial com a vítima, que ainda não tinha sido assinado. "Não vai haver a penhora dos bens. A igreja vai acertar o valor. Assinando o acordo, a primeira parcela já deve ser paga até segunda-feira."

Sobre o fato de a igreja não ter bens em seu nome, o advogado explicou que ela prefere alugar os templos onde os cultos são realizados. "A igreja sempre preferiu usar os seus recursos em obras sociais, divulgação." Ribeiro Júnior afirma que a Renascer está fazendo acordos para indenizar as demais vítimas. "Estamos fazendo acordos nos momentos processuais adequados."

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