Tópicos | Diogo Lagedo

Um dia após reunir 8 mil pessoas no Recife para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o movimento Estado de Direito já agendou uma nova mobilização para o dia 12 de abril.  A manifestação será às 14h, com concentração na Pracinha de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. E deve acontecer em consoância com outros Estados do país. De acordo com um dos organizadores do ato, o estudante de história Diogo Lagedo, a intenção é de que aconteça ao menos um protesto por mês.

"Se for uma manifestação só, ela não cai. Se for constante, o povo vence", argumentou Lagedo, que avaliou positivamente os atos desse domingo (15). "Nos sentimos muito satisfeitos. O pessoal veio à rua mostrar que está insatisfeito com esse governo. O povo está mobilizado. E a gente só vai parar quando o Congresso colocar Dilma para fora", acrescentou em conversa com o Portal LeiaJá

##RECOMENDA##

No Facebook, o evento criado ontem já conta com a confirmação de 593 internautas (até a manhã desta segunda - 16). Com pouco menos de um mês para o novo ato, os organizadores também estoão usando a ferramenta na rede social para angariar doações financeiras para a confecção de novos cartazes e o pagamento dos trios.

Milhares de pernambucanos foram a Orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (15), pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Vestidos de verde e amarelo, os rostos pintados e com apitos, os manifestantes iniciaram a passeata por volta das 10h. De acordo com a Polícia Militar, a estimativa é de que entre 8 mil pessoas participaram do ato. 

Entre as principais ações dos que protestavam, a entonação do Hino Nacional foi o que marcou a participação popular. Além disso, os coros de “fora Dilma” e “fora PT” eram os mais ouvidos. Bem como vaias à petista. Conhecido como hino de oposição a Ditadura Militar, a música “Para não dizer que não te falei de flores”, de Geraldo Vandré, também esteve entre as mais cantadas.  

##RECOMENDA##

Um dos movimentos que integravam a manifestação foi o Vem Pra Rua, iniciado em junho de 2013. Como forma de protesto pelos casos de corrupção na Petrobras, investigados pela Polícia Federal, eles levaram à rua um boneco gigante do juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso. "Nosso protesto hoje é contra a corrupção e pela apuração dos crimes da Lava Jato, com punição dos culpados, independente de partido", afirmou um dos integrantes do movimento que preferiu não se identificar. 

Para captar recursos para os movimentos, os grupos vendiam camisas e adereços para os que participavam do ato. Uma delas dizia “Basta” e tinha uma mão com quatro dedos, em alusão o ex-presidente Lula (PT). 

Para o organizador da manifestação, o estudante de história Diego Lagedo, a adesão foi mais do que esperada. "Nos sentimos muito satisfeitos. O pessoal veio à rua mostrar que está insatisfeito com esse governo. O povo está mobilizado. E a gente só vai parar quando o Congresso colocar Dilma para fora", disparou. Questionado se eles também pregavam o retorno da intervenção militar, Lagedo negou. "Nós não concordamos, pois somos um movimento legalista e que acredita no Estado de Direito", alertou o organizador. 

[@#galeria#@]

Apesar do apartidarismo, alguns parlamentares se fizeram presente no ato. O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) foi um deles. Para o peemedebista, a mobilização é o início do processo de impeachment da presidente Dilma que deve “vir de fora para dentro do Congresso”. “O impeachment dentro do Congresso vai ser um ato político. Collor saiu porque o impeachment veio da rua, a voz da rua, e eu vim apoiar, eu vim dar a minha manifestação de solidariedade”, alegou.  

O presidente do PSDB no Recife, André Régis; o deputado federal Raul Jungmann (PPS) e a presidente da Junta Comercial de Pernambuco, Terezinha Nunes (PSDB), também integraram a manifestação. 

Engajamento da juventude

Entre os que participavam da passeata podiam-se ver muitos jovens, alguns deles, inclusive, também foram às ruas em junho de 2013 pedir pela reforma política. “Naquele ano muitas pessoas não sabiam o que pedir. Hoje não, estamos aqui por uma única voz: corrupção está fora do normal. É só o começo, vamos seguir pedindo a saída da presidente e o fim da corrupção”, destrinchou o advogado Marconi Parci. 

Corroborando Parci, a estudante de engenharia Romina Rafaela, de 21 anos, destacou que os brasileiros não aguentam mais ser explorados. “Eu vim pedir um basta, de uma forma mais profunda do que em 2013. A gente não aguenta mais os brasileiros sendo tão explorados, tanta corrupção e todo o dinheiro dos impostos indo para os políticos”, observou a jovem. 

Muitos dos que manifestavam se diziam apartidários e inspirados em Olavo de Carvalho, considerado um dos articulistas de direita do Brasil em atividade. Para eles o “tempo do PT passou” e “Dilma precisa ser investigada”.

Novas manifestações

Além do ato deste domingo (15), outras mobilizações pró-impeachment de Dilma já estão sendo organizadas. A expectativa inicial é de que aconteçam nos dias 15 de maio e 15 de junho

De acordo com o organizador do evento no Recife, Diogo Lagedo, as datas serão definidas pela Mobilização Nacional. “Vamos voltar às ruas sim. Este foi só o primeiro ato. Vamos ver as datas que a Mobilização vai convocar. Quantas vezes eles convocarem, iremos às ruas", prometeu.

Eleitores insatisfeitos com a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) vão às ruas do Recife, neste domingo (15), para protestar contra o segundo mandato da petista e pedir o impeachment dela. Três manifestações estão agendadas, todas com organização a partir de um evento criado no Facebook. A maior delas, com a confirmação de 23 mil presenças, inicia a concentração às 9h, na avenida Boa Viagem, em frente a uma padaria homônima. As outras duas, com menor proporção, estão marcadas para às 9h30 e às 15h. Ambas com concentração no mesmo local da primeira.

Intitulado “Impeachment de Dilma – Recife”, o primeiro ato deverá ter “uma caminhada simbólica” de acordo com um dos organizadores, Diogo Lagedo. Segundo ele, a reunião dos pernambucanos será principalmente para “debater o governo de Dilma”. “A gente pede o impeachment baseado nessas denúncias contra a Petrobras. O nome dela não foi citado, mas Alberto Youssef disse a Polícia Federal que tanto ela quanto Lula estavam envolvidos e sabiam da corrupção. Ela está sendo omissa diante de um crime”, frisou em conversa com o Portal LeiaJá.

##RECOMENDA##

Na avaliação dele, o governo da petista foi perdendo o trilho ao passar dos anos. “Inicialmente ela quis passar uma imagem de que combatia a corrupção tirando do seu governo algumas pessoas que eram corruptas, como ministros, mas na realidade o que Dilma fez foi tirar o grupo ‘lulista’ e colocar o ‘dilmista’”, observou. 

O movimento garante que a manifestação é apartidária e não conta com o apoio de nenhuma legenda, mesmo de oposição. “O nosso pedido não tem nada a ver com uma questão eleitoral. Queremos que a presidente envolvida no escândalo de corrupção seja punida. Eles dizem que somos golpistas, mas o nosso pedido é totalmente justo e pacifico”, garantiu Diogo Lagedo. 

O segundo protesto, que deve se acoplar ao primeiro, também pede a manutenção da democracia, o fim da corrupção, a ética na política e um "estado eficiente e desinchado". Já a terceira mobilização, além da pauta comum entre os três – o impeachment de Dilma –, também defende uma intervenção militar no governo, como aconteceu entre 1964 e 1985. Denominada de "Nação Indignada, Vem pra Rua Pernambuco", o ato é organizado pelo grupo Direita Pernambuco e tem a adesão, de acordo com as confirmações no Facebook, de 2,1 mil pessoas. 

Participação de políticos

Apesar de pregar o apartidarismo, legendas de oposição já garantiram que vão participar das mobilizações deste domingo, em Boa Viagem. O presidente do PSDB do Recife e vereador André Régis, defendeu a mobilização popular contra a petista. 

“Esses movimentos mostram que o Brasil ainda tem esperança de combater toda essa situação de degradação moral. Houve uma eleição e a presidente Dilma, então candidata, mentiu para a população brasileira e procurou fazer de tudo para ganhar a eleição. É por isso que a população está reagindo. Estaremos lá como cidadãos. Isso não é um terceiro turno”, frisou.

O presidente estadual do partido da Solidariedade (SD), deputado federal Augusto Coutinho, também confirmou presença na manifestação. “Vamos apoiar e participar. O impeachment tem que ser motivado e não deixa de ser uma questão política também, mas precisa-se ouvir a população. O ato deste domingo é um termômetro para ver se de fato o sentimento negativo que sentimos é real”, pontuou. 

O SD está coletando assinaturas dos brasileiros para levar ao Congresso e embasar o pedido de impeachment. Também são esperadas as participações de líderes do Democratas e do PPS. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando