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Após uma espera de 10 anos, o público recifense poderá voltar a frequentar o Cine Teatro do Parque. Localizado na Rua do Hospício, bairro da Boa Vista - coração da capital pernambucana -, o equipamento cultural é um dos mais importantes e queridos do Recife e deixou, tanto a plateia, quanto a classe artistística, um tanto órfã durante a última década em que esteve fechado para reformas. 

Seis anos após o início das obras de requalificação do teatro, o lugar finalmente ficou pronto e já tem data para retomar suas atividades. No dia 11 de dezembro, o Parque será reaberto com um concerto da Banda Sinfônica do Recife. Já nos dias 12 e 13 de dezembro, a programação segue com exibição de filme e espetáculo teatral. Os detalhes serão divulgados em breve. Com a volta do espaço, além do alívio e alegria por tê-lo reintegrado ao circuito cultural da cidade, surgem também as dúvidas e anseios. 

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Segundo o Presidente da Fundação de Cultura do Recife, Diego Rocha, o cine teatro retoma as atividades levando em conta um antigo conceito: o de ser um equipamento cultural democrático, com eventos a preços acessíveis à toda a população. Além disso, a produção artística local terá prioridade na pauta do equipamento. “A gente vai lançar um edital de ocupação de pauta, esse edital vai dar chance para produtores e artistas acessarem essa pauta. A gente vai dar privilégio para a pauta local, os preços para as pautas de pernambuco e Recife vai ser menores do que para as  de fora, mas também vai ter espaço para todo mundo”, disse o gestor durante coletiva realizada na última terça (24). 

Além disso, o Parque voltará a funcionar como sede da Banda Sinfônica do Recife, com sala para os ensaios do grupo e concertos regulares. O que garante “casa cheia” como observou Diego Rocha.  Lá também ficará a sede da Cinemateca Alberto Cavalcanti, que conta com um acervo de mais de 80 rolos de filmes em película, que eventualmente serão exibidos em projetor específico, que funcionará tanto quanto a maquinaria moderna que o cine teatro recebeu. 

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A delicada e longa reforma pela qual passou o Teatro do Parque custou seis anos, de fato, de espera para público - fora os quatro que se somaram ao processo -; e um pouco mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos. De acordo com o presidente da Fundação, esse aporte veio, em sua maioria, da Prefeitura do Recife e de algumas emendas parlamentares. 

Agora, alguns projetos serão implementados para que o espaço tenha sua devida manutenção garantida e não corra o risco de fechar as portas novamente. “A gente tem que manter. Vai ser produzido um Plano de Conservação e Utilização do Teatro, com regras, cada tipo de intervenção vai ter que seguir esse plano e quem for utilizar vai assinar um termo se comprometendo a entregá-lo da mesma forma que o recebeu. A gente não pode deixar ele se deteriorar, como aconteceu anteriormente, e sim conservá-lo para que ele dure aí mais de 100 anos”. 

Teatro para o povo

Apesar do conceito de “teatro democrático”, o anúncio da reabertura do Teatro do Parque deixou uma parcela da população recifense um tanto decepcionada. Representantes da classe artística e integrantes de movimentos que lutaram pela volta do espaço durante os últimos anos - tendo formado, inclusive uma comissão que acompanhava as obras - se mostraram surpresos por não terem sido informados sobre o anúncio da data de reabertura do Parque.

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A historiadora e produtora cultural, Karuna de Paula, representante do CineRuaPE - movimento que chegou a promover sessões de cinema em frente ao teatro chamando atenção para seu desuso -, disse, em entrevista ao LeiaJá, ter ficado a par do anúncio pela imprensa, o que gerou desconforto entre a classe. “Muito nos impactou negativamente a falta de diálogo conosco, evidenciando interesses eleitoreiros e a deslegitimação da atuação da classe artística em prol da Cultura local. Não fomos avisadas sequer, menos ainda convidadas. Isso representa uma falta dr compromisso com a sociedade civil, já que, compondo a Comissão de acompanhamento das obras do Teatro do Parque, somos representantes da sociedade na fiscalização e construção de um programa para a entrega dessa obra à população”. 

O diretor do movimento Guerrilha Cultural e do grupo de teatro João Teimoso, Oséas Borba, também se disse decepcionado com a falta de aviso. “Agora, na reta final, os movimentos que tanto lutaram pela reabertura do Teatro do Parque, foram totalmente ignorados. Algumas entidades também não foram convidadas. É um desrespeito mostra que tipo de tratamento essa gestão dá a classe artística. É lamentável”.

Tal descontentamento, no entanto, divide espaço com a boa expectativa pela retomada do equipamento cultural e a esperança de que esse seja gerido de forma clara, como coloca Oséas. “Me emociona profundamente ver que não foi em vão toda a luta, todo o trabalho. Pena termos tido que ter lutado tanto. Foram 10 anos de luta, discussões, embates, mas é muito gratificante. Me sinto de alma lavada. A gente espera que seja uma gestão transparente e democrática desse equipamento, coisa que a gente já não está vendo”.

A produtora cultural Karuna complementa. “A sensação é de grande expectativa, animação com todas as possibilidades de usos pela sociedade de um equipamento tão múltiplo quanto o Cine Teatro do Parque. Contudo, é preciso que esse equipamento seja bem gestionado, servindo ao usufruto da população de todas as classes sociais da cidade do Recife”.

O que diz a Prefeitura do Recife

Procurada pelo Leiajá, a Prefeitura do Recife esclareceu, através de sua assessoria de imprnsa, que “durante as obras, foram promovidas várias visitas para artistas e representantes da classe artística. Essas visitas seguirão sendo promovidas nas próximas semanas, até que o teatro reabra as portas para todos os públicos”. Além disso, pontuou que a coletiva realizada na última terça (24) era “destinada a profissionais de imprensa, que também foram mobilizados para outras visitas ao longo das obras, para acompanhar e prestar informações à população sobre o andamento dos serviços”.

*Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Na tarde desta quarta-feira (6), o ex-funcionário da Rede Globo, Diego Rocha, responsável por vazar o vídeo racista de William Waak, foi até a sede da emissora. Alegando pendências no Departamento de Recursos Humanos, ele conseguiu entrar no estúdio do Jornal da Globo, atração que era apresentada por Waack, e aproveitou para fazer uma foto sentado na cadeira, que era ocupada pelo jornalista.

Diego não perdeu a chance e publicou a imagem no Instagram com a seguinte legenda: “O que acham?” Após o fato, a Rede Globo fez uma vistoria para saber se alguma imagem foi furtada. Além disso, a emissora vai analisar as imagens das câmeras de segurança para saber se algum funcionário facilitou a entrada de Diego. 

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A Rádio Frei Caneca, emissora pública de Rádio do Recife que espera há cerca de cinco décadas para entrar em funcionamento, iniciou suas transmissões em cárater de teste no início deste mês de julho. Segundo publicação em coluna de um jornal local, nesta quarta-feira (20), o presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Diego Rocha, estaria se reunindo com alguns setores da sociedade para fechar a grade definitiva e apresentá-la oficialmente em agosto. Porém, segundo o diretor de programação da Caneca, Patrick Torquato, tal informação não procede. 

Patrick Torquato afirmou ao Portal LeiaJá, por meio de telefone, que a informação veiculada não é verdadeira: "Completamente equivocado, isso aconteceu em 2012 quando ele (Diego Rocha) nem era presidente da Fundação de Cultura", disse em referência às supostas reuniões. Quando perguntando sobre um prazo para o início oficial das atividades da rádio, Torquato explicou que não tinha como informar tais detalhes e que a Fundação de Cultura do Recife enviaria na quinta-feira (21) um comunicado à imprensa informando em que situação está o funcionmento da Frei Caneca: "Eles vão mandar amanhã um release pra toda imprensa informando todos estes detalhes", disse. 

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Procurada pelo LeiaJá, a assessoria da Secretaria de Cultura do Recife informou não estar a par destes fatos, uma vez que a Rádio Frei Caneca está na responsabilidade da Secretaria de Imprensa cujo responsável também não foi encontrado, até o fechamento desta matéria, para esclarecer tais informações. 

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Na última terça-feira (25), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015 teve aprovação na Câmara de Vereadores, e as perspectivas da pasta para o ano de 2015 tornaram-se mais negativas. O orçamento recebeu um corte de 16% nos recursos, equivalente a R$ 17 milhões, da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR). O orçamento da pasta de Cultura caiu de R$ 78,9 milhões para R$ 59,7 milhões.

Nada de Festival Recife do Teatro Nacional em 2014

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O cancelamento de dois eventos tradicionais na cidade, o Festival Recife de Teatro Nacional (que passa a ser bienal) em 2014 e o SPA das Artes, acendeu o sinal vermelho para a classe artística recifense, que já tinha ressalvas com a gestão cultural do município nos últimos anos. A Secretaria de Cultura do Recife, atualmente gerida pela atriz Leda Alves, vem tendo um orçamento cada vez menor em relação ao orçamento total da prefeitura ano após ano , chegando a representar apenas 1,71% em 2013.

Secretaria de Cultura do Recife anula edital do SIC 2011

Problemas no patrimônio histórico e na administração dos equipamentos culturais da cidade são notórios. O exemplo mais forte disto é a situação do Teatro do Parque, fechado desde 2010. O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) e o Pátio de São Pedro (que abriga do Centro de Design do Recife e do Memorial Shico Science) também são espaços que sofrem uma espécie de paralisia, perdendo a força nos últimos anos.

Desde a última segunda-feira (19) que Roberto Lessa não é mais presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR). Quem preside agora o órgão público é o administrador de empresas Diego Rocha, que era vice-presidente da FCCR. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Recife no último sábado (17).

Segundo duas portarias divulgadas no Diário Oficial da cidade, o pedido de exoneração partiu do próprio Roberto Lessa, que assume agora o cargo de Secretário Executivo de Inovação Urbana, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife. Lessa estava à frente da Fundação desde o início da gestão Geraldo Julio.

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Novo presidente da FCCR

Formado também em Ciências da Computação, Diego é funcionário concursado do Governo do Estado, desde 2008, e é ligado à Agência de Tecnologia da Informação (ATI). Antes de integrar a gestão municipal, o dirigente atuou como secretário executivo da Secretaria de Administração do Estado, e como gerente Geral de Compras, Contratos e Licitações na mesma pasta. 

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