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A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela que a indústria de transformação, com 39 mil desligamentos, foi o setor que mais demitiu nas sete regiões metropolitanas analisadas em julho. Na comparação com julho do ano passado, o nível de emprego na indústria de transformação acumula queda de 1,6%. Em relação a junho, a queda foi de 1,3%.

O setor de comércio, que inclui a reparação de veículos automotores e motocicletas, reduziu seu quadro de funcionários em 0,5% na passagem de junho para julho, com o fechamento de 17 mil postos de trabalho.

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Em contrapartida, o nível ocupacional no setor de serviços aumentou 1,5% em julho em relação ao mês anterior, com a contratação de 172 mil trabalhadores. Numa proporção bem menor, o setor de construção elevou em 0,2% o quadro de empregados, com a incorporação de 3 mil funcionários em julho.

A ligeira desaceleração da taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo, de 11,2% em junho para 11,1% em julho, levou o indicador de volta ao mesmo nível apurado em março deste ano. De acordo com o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Alexandre Loloian, esta não é uma taxa para comemorar, uma vez que ela supera a marca de 10%, mas mostra que desde 2009 a economia vem gerando e mantendo empregos. Tanto que a taxa de desemprego, de 11,1% registrada em julho, é idêntica à taxa do mesmo mês de 2011.

De acordo com Loloian, o crescimento de 0,9% no nível de ocupação na região e o aumento de 0,8% da população economicamente ativa (PEA) são resultados da resposta do mercado de trabalho ao bom momento econômico.

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Para ele, se a economia não estivesse bem, o contingente de trabalhadores que chegaram ao mercado de trabalho não seria absorvido. "Apesar das incertezas da economia, o crescimento do nível de ocupação neste ano, na comparação mês a mês com o ano passado, tem se mantido entre 1,5% e 2%", afirma Loloian, acrescentando que este, sim, é um fato que deve ser comemorado, especialmente diante de um cenário de fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que neste ano deverá ficar abaixo de 2%.

O número de empregados sem registro em carteira cresceu 3,8% no mês de julho em comparação a junho na média das sete regiões metropolitanas do País onde é realizada a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com esse aumento, o número estimado de pessoas sem carteira assinada saltou de 1,729 milhão para 1,794 milhão. A alta, segundo a técnica do Dieese Ana Maria Belavenuto, é resultado das incertezas em relação à retomada da economia doméstica e à crise internacional.

O total de empregados com carteira assinada, por sua vez, caiu 0,3% em julho na comparação com junho, de 9,988 milhões para 9,959 milhões de trabalhadores. Na passagem de junho para julho, o contingente de trabalhadores autônomos cresceu 1,2%. Já o contingente de empregados domésticos se manteve relativamente estável, com uma ligeira queda de 0,3%, saindo de 1,437 milhão de trabalhadores em junho para 1,433 milhão em julho.

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Para Ana Maria, o comportamento de julho, com destaque para o aumento dos empregados sem carteira assinada, foi atípico, tanto que na comparação de julho deste ano com igual mês de 2011 o total de trabalhadores com carteira sem registro mostra uma queda de 0,9%, enquanto os com carteira assinada apresenta crescimento de 4,5%. Os autônomos, na comparação anual, cresceram 1,4%, e os empregados domésticos tiveram queda de 0,7%.

A inflação para os paulistanos de menor renda voltou a ser mais significativa do que a da média e também foi superior à verificada para a população da capital paulista de maior renda em julho. Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) por meio do Índice do Custo de Vida (ICV) do mês passado mostra que a variação média do ICV foi de 0,42%, contra 0,23% em junho, em São Paulo. Já o índice específico para os mais pobres ficou em 0,56% no sétimo mês de 2012, enquanto o indicador que mede o custo de vida dos mais ricos avançou e ficou em 0,36%.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias da cidade. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

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Todos os estratos tiveram aceleração na passagem de junho para julho, de acordo com o instituto, assim como no dado geral (0,42%). O índice que apura a inflação dos paulistanos com salários intermediários, contudo, foi o que mostrou a maior diferença, de 0,21 ponto porcentual, em relação aos demais.

Os preços elevados dos alimentos, que deixaram o ICV geral maior em julho frente ao mês anterior, também pressionaram os gastos das famílias com menor poder aquisitivo. O grupo Alimentação registrou inflação de 1,11% no sétimo mês de 2012 e teve impacto de 0,44 ponto porcentual no estrato dos menos abonados. Para as famílias paulistanas com renda média na casa de R$ 900,00, os alimentos contribuíram com 0,38 ponto, enquanto para os mais endinheirados o efeito foi de 0,26 ponto.

Já as despesas com Saúde (0,28%) foram mais visíveis no bolso dos consumidores mais ricos. Segundo o Dieese, como houve acentuado aumento nos preços de assistência médica, as contribuições no cálculo dos índices por estrato foram maiores para os paulistanos com mais recursos (0,04 ponto) e iguais para os demais consumidores (0,03 ponto). Dentro do grupo Saúde, os preços de assistência médica subiram 0,30% em julho em relação a junho.

O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.519,97 em julho, a fim de suprir as necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, como constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 299,96, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,05 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622,00.

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O valor estimado pelo Dieese em julho é suavemente menor do que o apurado para junho, quando o mínimo necessário fora calculado em R$ 2.416,38, ou 3,88 vezes o mínimo atual. Há um ano, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades dos brasileiros fora calculado em R$ 2.212,66, ou 4,06 vezes o mínimo em vigor naquele período, de R$ 545,00.

A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o consumidor que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em julho deste ano, o conjunto de bens essenciais aumentou na comparação com o mês anterior, mas diminuiu frente a julho de 2011. De acordo com o Dieese, para comprar a cesta básica no sétimo mês de 2012, o brasileiro precisou trabalhar em média 92 horas e 48 minutos, contra 89 horas e 1 minuto em junho. Em julho do ano passado, a jornada média de trabalho exigida para a compra de itens alimentícios básicos foi de 93 horas e 52 minutos.

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu para 11,2% em junho de 10,9% em maio, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) que a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram nesta quarta-feira. Com a elevação registrada em junho, a taxa de desemprego na região volta ao mesmo patamar de abril.

O contingente estimado de desempregados da RMSP no mês passado subiu para 1,222 milhão de pessoas, 39 mil a mais que no mês anterior. Segundo os técnicos da Seade e do Dieese, tal comportamento decorreu do pequeno número de postos de trabalho criados, 24 mil. Estas aberturas de novos postos foram insuficientes para absorver as pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região, que chegou a 63 mil.

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Ainda de acordo com a PED, a renda média real dos ocupados na RMSP em maio ficou praticamente estável, com uma ligeira queda de 0,1% em relação a abril, passando a equivaler R$ 1.613,00. Já a renda média real dos assalariados cresceu 0,6% na passagem de abril para maio, para R$ 1.656,00.

O conjunto de itens essenciais da cesta básica ficou mais caro em 14 de 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês de junho. São Paulo continua tendo a cesta básica mais cara do País, no valor de R$ 287,63, após aumento de 1,39% perante maio. No acumulado do primeiro semestre, o aumento corresponde a 3,74% e, em comparação com junho de 2011, a cesta paulistana ficou 5,17% mais cara. Dos 13 itens pesquisados, apenas dois, feijão carioquinha (-2,61%) e farinha de trigo (-0,95%), registraram redução nos preços em junho. A cesta mais barata das localidades analisadas no período foi a de Aracaju (R$ 199,70).

Entre janeiro e junho deste ano, apenas duas capitais apresentaram variação acumulada negativa nos preços, Goiânia (-1,08 %) e Florianópolis (-0,88%). Os maiores aumentos, entre janeiro e junho, foram verificados em João Pessoa (12,41%) e Natal (10,34%).

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Considerando a cesta mais cara, a de São Paulo, o Dieese conclui que para suprir todas as necessidades básicas o salário do trabalhador no País deveria ser de R$ 2.416,38 em junho, ou seja, 3,88 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00. Em maio, o valor estimado era de R$ 2.383,28 (3,83 vezes o piso).

Itens

Entre os destaques do mês, o Dieese cita o aumento de preço da batata em nove localidades do Centro-Sul do País, o óleo de soja, que ficou mais caro em 15 capitais, e o tomate, que apresentou alta em 13 localidades no último mês, com destaque para Rio de Janeiro (25%) e Porto Alegre (21,48%).

O arroz também teve alta de preços em 12 cidades na comparação com maio, e a maior delas foi apurada em Natal (8,65%). No caso do feijão, o comportamento dos preços foi bastante diferenciado, com alta em oito localidades - a maior delas no Rio de Janeiro (7,81%)

A carne, produto com maior peso na cesta básica, teve alta em 16 capitais na comparação com junho de 2011. Perante maio, no entanto, o comportamento foi heterogêneo, com nove cidades com aumento, o mais significativo encontrado em Florianópolis (4,05%) e o menor, em São Paulo (0,44%).

A taxa de inflação na capital paulista mostrou desaceleração importante entre maio e junho, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o Índice do Custo de Vida (ICV) medido pela instituição apresentou alta de 0,23%, o que representou um número 0,20 ponto porcentual inferior ao de maio, quando taxa de inflação foi de 0,43% na cidade de São Paulo.

No primeiro semestre de 2012, o indicador do Dieese acumulou uma variação positiva de 3,42%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, a taxa acumulada atingiu o nível de 6,39%.

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Segundo o Dieese, os grupos que ajudaram a aliviar a inflação em junho foram os de Transporte, cuja baixa foi de 0,51%, e o de Equipamento Doméstico, que mostrou recuo de 0,75%. Juntos, eles representaram uma contribuição negativa de 0,10 ponto porcentual para o resultado geral do ICV.

Em contrapartida, o grupo Alimentação impediu uma desaceleração ainda maior da inflação. Apresentou alta de 0,46% em junho e respondeu sozinho por 0,14 ponto porcentual da taxa geral encontrada, com avanços nos subgrupos In Natura e Semielaborados (0,52%); Produtos da Indústria Alimentícia (0,46%); e Alimentação Fora do Domicílio (0,36%).

Outros dois grupos que impediram um cenário melhor do ICV foram os de Despesas Pessoais e Habitação. O primeiro, cuja alta foi de 2,20% e a contribuição foi de 0,09 ponto porcentual, ainda mostrou pressão no subgrupo Fumo e Acessórios (4,74%). O segundo, que mostrou avanço de 0,36% e contribuição de 0,08 ponto porcentual, contou com impacto importante da parte de Conservação e Domicílio, que apresentou elevação de 2,31% em função do aumento (de 4,28%) no custo de mão de obra da construção civil.

Entre os demais grupos pesquisados pelo Dieese em junho, ficaram também no terreno de altas os de Educação e Leitura (0,24%), Vestuário (0,21%) e Saúde (0,03%). Na área das quedas estão os grupos Despesas Diversas (-1,52%) e Recreação (-0,16%).

O comércio e a construção foram os dois segmentos que asseguraram a estabilidade da taxa de desemprego em 10,8% no conjunto das sete regiões metropolitanas em que a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizaram em abril a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED).

No total das regiões (Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal), a abertura de novas vagas pelo comércio no mês passado cresceu 6,3% na comparação com março e as contratações pela construção civil aumentaram 6,8% na mesma base. O setor de serviços cresceu menos, a uma taxa de 1,8% sobre março.

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A taxa de desemprego no total das sete regiões metropolitanas consultadas só não foi menor, a despeito das contratações do comércio e da construção, porque a indústria reduziu em 1,2% o seu quadro de trabalhadores. A maior queda nominal de desemprego industrial em abril em relação a março, de 12,5%, foi no Distrito Federal, seguido por Fortaleza (6,7%) e Recife (6,4%).

Salvador foi onde se verificou o maior desemprego em abril, com a taxa de 17,3%, mas estável ante março. Em São Paulo, a taxa de desemprego vem se mantendo estável em torno de 11% há três meses. Em abril, o desemprego em São Paulo ficou em 11,2%.

Em Pernambuco existem 149.753 empreendimentos, onde desses, 98% são micro e pequenas empresas (MPE). No Brasil, ao todo, há mais de 6 milhões de empreendimentos, incluindo grandes empresas e MPE. Esses números são do estudo Anuário do Trabalho 2010/2011, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconêmicos (Dieese). Todos esses dados confirmam a força e o crescente desenvolvimento do setor empreendedor brasileiro. O empreendedorismo não pode mais ser considerado uma promessa, mas sim, já é caracterizado como uma solução de mercado de trabalho.

Contudo, o estudo também revelou como o empreendedorismo pernambucano está dividido, de acordo com os setores e a abrangência de empreendimentos. Segundo o Sebrae em Pernambuco, o setor de comércio ocupa a primeira colação com 58% dos empreendimentos. Na segunda colação está o segmento de serviços, com 27%. Em seguida, quem aparece é a indústria, detentora de 11% dos empreendimentos, e por último está a construção civil com 4%.

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O porquê dos resultados

A analista do Observatório Empresarial do Sebrae em Pernambuco, Ana Cláudia Arruda (foto à esquerda), têm as justificativas dos resultados. De acordo com ela, o comércio ainda ocupa o topo do empreendedorismo no estado por conta da tradição da economia pernambucana. “A tradição da economia do estado tem uma estrutura produtiva atrelada ao comércio. Isso começou desde a época em que os mascates agiam”. Para ela, esse cenário não deve mudar brevemente. “Dificilmente esse quadro será modificado. É a lógica da economia pernambucana que foca no setor de comércio e serviços”, acredita a analista. O comércio é caracterizado pelo varejo, principalmente em relação às vendas.

O setor de serviço é outro que deve se manter por um bom tempo entre os principais empreendimentos. “É uma área bem ampla, e está muito ligada a lanchonetes, alojamentos, alimentação, serviços prestados a empresas, entre outros. Hoje a gente percebe uma segmentação para o público C, D e E e as políticas sociais têm impulsionado a demanda dessas classes. A economia ocasionou um fortalecimento no poder de consumo das pessoas”, explica Ana Cláudia.





A indústria ainda não têm tanta força em Pernambuco e na Região Nordeste como um todo. Para Ana Cláudia, o desenvolvimento econômico levou as atividades industriais para outras regiões brasileiras. “O próprio processo de desenvolvimento concentrou as grandes indústrias no sul e no sudeste. O nordeste consome os produtos industrializados vindos desses polos”, diz. Porém, este contexto está mudando. “Atualmente, em Pernambuco, está acontecendo uma retomada industrial e o estado é o destaque do Nordeste. Isso se deve muito aos empreendimentos de Suape e suas adjacências”, frisa Ana Cláudia.

O curioso disso tudo é que o segmento da construção civil ainda não têm tantos empreendimentos, entretanto, Pernambuco vive uma grande expansão do setor. “Algumas empresas da construção civil está ganhando posição na economia do estado, por causa dos investimentos para a Copa do Mundo de 2014 e até em Suape. Mas ainda vai demorar para que os empreendimentos em construção civil aumentem, porque é um setor muito especializado”, esclarece a analista.

Na página eletrônica do Sebrae existem mais pesquisas que ilustram a realidade do empreendedorismo em todo o Brasil. 























A taxa de desemprego no conjunto das sete regiões metropolitanas verificada pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) subiu para 10,8% em março ante 10,1% registrada em fevereiro. Em março do ano passado, esse índice estava em 11,2%. O total de desempregados nessas regiões em março deste ano foi estimado em 2,423 milhões de pessoas, 175 mil a mais do que o registrado no mês anterior.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A pesquisa é feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.

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O rendimento médio real dos ocupados subiu 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro e chegou a R$ 1.459,00. Em relação a fevereiro do ano passado, o rendimento ficou estável. Já a massa de rendimento dos ocupados nas sete regiões metropolitanas subiu 0,2% em fevereiro ante janeiro deste ano. Sobre o mesmo mês de 2011, a massa de rendimento teve alta de 2,4%.

São Paulo

De acordo com a pesquisa, o índice de desemprego na região metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu para 11,1% em março ante 10,4% registrado em fevereiro. O contingente de desempregados no mês passado foi estimado em 1,208 milhão de pessoas, 85 mil a mais que o verificado no mês anterior. Em março de 2011, o desemprego estava em 11,3% na região metropolitana de São Paulo.

O rendimento médio real dos ocupados na região metropolitana de São Paulo avançou 2,2% em fevereiro ante janeiro, atingindo R$ 1.582,00. Em relação a fevereiro de 2011, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,2%. Já massa de rendimento dos ocupados subiu 1% em fevereiro ante janeiro e avançou 1,2% na comparação com fevereiro de 2011.

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgado hoje mostra que, entre 2010 e 2011, na Região Metropolitana de São Paulo, houve uma queda na diferença entre as remunerações pagas a mulheres e homens. Enquanto o aumento médio real por hora no sexo feminino passou de R$ 7,14 para R$ 7,32 no período, entre os homens os salários subiram de R$ 9,49 para R$ 9,54. Em termos porcentuais, as altas foram, respectivamente, de 2,4% e 0,4%.

De acordo com a pesquisa "Mulheres no Mercado de Trabalho da Região Metropolitana de São Paulo", enquanto em 2010 os valores médios dos rendimentos das mulheres correspondiam a 75,2% dos obtidos pelos homens, em 2011 essa proporção passou para 76,7%.

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Para a analista de mercado de trabalho do Dieese Ana Maria Belavenuto, apesar de o crescimento "bom e significativo" do rendimento médio das mulheres, equiparar as remunerações entre os gêneros ainda é o grande desafio. "As mulheres já estão indo para um mercado de trabalho mais estruturado, com carteira assinada e ocupações mais bem remuneradas", afirma. "Elas, porém, ainda têm muito a percorrer."

Ana Maria diz que, se a remuneração média das mulheres seguir no mesmo ritmo de crescimento e os salários dos homens continuarem sendo reajustados na mesma proporção de 2011, os vencimentos médios entre os gêneros, com inflação estável, podem se equiparar em uma década. "Mas para essa previsão se concretizar temos de levar em conta muitas outras condições", ressalva.

Sobre o avanço mais acentuado da remuneração média, o estudo explica que as mulheres têm migrado de funções de baixo salário para outras que pagam mais. "Com o mercado de trabalho brasileiro aquecido, as mulheres vêm ocupando atividades de melhor remuneração no comércio e no setor de serviços, deixando para trás atividades domésticas de baixos salários", explica a analista. "O mercado de trabalho vem crescendo e favorecendo os dois gêneros, mas os dados mostram que são as mulheres que estão se beneficiando mais do crescimento do setor de serviços no País."

O preço médio da cesta básica caiu em janeiro, na comparação com dezembro, em apenas duas das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Conforme a Pesquisa Nacional de Cesta Básica, divulgada hoje pela instituição, recuos de preços da cesta foram apurados apenas em Porto Alegre (-0,81%) e Vitória (-1,54%).

Nas outras 15 cidades, houve avanço de preços, sendo que em sete delas, aumento superior a 3%: Brasília (4,72%), João Pessoa (3,90%), Florianópolis (3,51%), Rio de Janeiro (3,35%), Recife (3,32%), Curitiba (3,17%) e Aracaju (3,11%). Na sequência, aparecem São Paulo (2,98%), Salvador (2,58%), Belém (2,06%), Goiânia (1,67%), Belo Horizonte (1,54%), Fortaleza (1,32%) e Manaus (1,07%). Natal foi a capital a registrar a menor alta de preço da cesta básica em janeiro: 0,60%.

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No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, somente em Natal (-4,88%) houve queda. Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (10,16%), Belo Horizonte (9,81%) e São Paulo (9,30%). Em nenhuma das capitais pesquisadas a alta anual dos preços dos gêneros essenciais foi maior do que o reajuste aplicado para o salário mínimo, de 14,13%.

O Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) anunciou hoje (6) a projeção econômica para os empreendedores de micro e pequenas empresas, a partir do aumento de 14% do salário mínimo.De acordo com o departamento, o salário mínimo deve injetar R$ 47 milhões na economia brasileira, fator que faz com que os negócios dos micro e pequenos empresários sejam diretamente beneficiados com o aumento do dinheiro em circulação.

O economista do Dieese, Ilmar Ferreira, relata que há previsão de que esse dinheiro seja gasto, principalmente em comércios próximos as áreas de moradias das pessoas que recebem o salário. Sendo assim, a possibilidade de compras dos micro e pequenos negócios devem aumentar consideravelmente. “A propensão destes R$ 47 bilhões irem para o consumo é de quase 100%. Para quem ganha um, dois ou três salários mínimos, há muito pouco espaço para investimentos. Essas pessoas vão comprar perto de suas casas, para não terem de gastar com transportes”, explica o economista.

Segundo o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (SEBRAE), Luiz Barreto, os comerciantes devem se preparar para acompanharem este bom momento da economia comercial. “O aumento da renda é um incentivo natural aos negócios, mas faz crescer também a concorrência. Então aqueles empreendedores que buscam a inovação e uma gestão mais profissionalizada ampliam suas oportunidades”.

O empreendedor Djalma França, há quase sete anos trabalha com a área comercial. Segundo ele, “os clientes com mais dinheiro no bolso representam um aumento no número de vendas”.

São Paulo encerrou 2011 sendo a capital brasileira com a cesta básica mais cara do País, com preço médio de R$ 277,27 e alta de 4,57% ante 2010, divulgou hoje o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em dezembro, o custo dos 13 alimentos essenciais para as famílias paulistanas aumentou 0,35% em relação ao mês anterior. No mês passado, Porto Alegre tinha a cesta básica mais cara, de R$ 279,64, mas apresentou deflação de 0,99% em dezembro e baixou o preço médio para R$ 276,86, caindo para o segundo lugar.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, na capital paulista nove produtos da cesta básica tiveram reajuste de preços para cima em 2011 na comparação com o ano anterior. O tomate (29,41%) e o café (22,66%) apresentaram as maiores altas acumuladas, seguidos por leite (9,40%), banana (8,15%), pão (6,53%), manteiga (5,41%), óleo (3,75%), farinha (1,27%) e carne (0,65%). A maior queda de preços ficou por conta do feijão, com variação negativa de 10,12%. Depois vieram a batata (-5,68%), o arroz (-5,50%) e o açúcar (-0,86%).

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Na variação mensal, cinco produtos registraram recuo de preços em dezembro ante novembro: tomate (-11,75%), batata (-9,29%), leite (-1,18%), manteiga (-1,07%) e açúcar (-0,43%), enquanto o preço do óleo de soja se manteve estável. Os aumentos foram verificados em carne (4,70%); feijão (4,10%); café (3,43%); banana (1,23%); arroz (1,07%); farinha de trigo (0,95%) e pão francês (0,56%).

O Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. (Wladimir D'Andrade)

Apenas uma de 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentou queda do preço médio da cesta básica em 2011 - Natal, com variação negativa de 3,38% no acumulado do ano. De acordo com levantamento divulgado hoje, três capitais tiveram elevação de preços acima de 10% em 2011: Vitória (13,80%), Belo Horizonte (11,76%) e Florianópolis (10,20%). Em 2010, 14 capitais haviam registrado altas acima de 10%.

Em São Paulo o custo da cesta básica apresentou avanço de 4,57% em 2011. Também registraram aumento Porto Alegre (9,80%), Rio de Janeiro (8,34%), Belém (7,81%), Brasília (6,08%), Goiânia (5,15%), João Pessoa (5,13%), Recife (5,10%), Fortaleza (4,65%), Aracaju (3,60%), Salvador (3,53%), Curitiba (1,91%) e Manaus (1,48%).

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Em dezembro, a maior variação mensal foi verificada em Goiânia, com alta de 5,58% ante novembro. Depois vieram Vitória (4,35%), Fortaleza (4,25%), Natal (3,09%), João Pessoa (3,00%), Belo Horizonte (2,85%), Recife (2,60%), Salvador (1,81%), Rio de Janeiro (0,46%), Belém (0,38%), São Paulo (0,35%) e Aracaju (0,24%). Cinco capitais apresentaram deflação em dezembro: Florianópolis (-2,28%), Curitiba (-1,80%), Porto Alegre (-0,99%), Manaus (-0,98%) e Brasília (-0,50%).

O Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

O novo salário mínimo de R$ 622,0 já está em vigor. De acordo com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) desde 2002 o salário mínimo teve crescimento nominal de 211%, saltando de R$ 200 para os R$ 622,00. Descontada a inflação do período, o ganho real foi 65,96%.

O percentual de aumento real de 2012 (9,2%) é o segundo maior na última década, graças a Lei nº 12.382/2011 que prevê a restituição da perda da inflação no ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apurado no penúltimo ano pelo IBGE. Nota técnica do Dieese estima que o novo mínimo é “o maior valor real da série das médias anuais desde 1984”. O departamento também calcula que com o novo mínimo será possível comprar 2,25 cestas básicas, a maior proporção desde 1979.

Segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado pelo salário mínimo. O maior grupo está entre os beneficiários da Previdência Social (19,7 milhões de segurados); seguidos de empregados (12,8 milhões de trabalhadores); trabalhadores por conta própria (8,7 milhões de pessoas) e mais de cinco milhões de empregados domésticos. O reajuste deverá irrigar a economia com R$ 47 bilhões mensais e gerar R$ 22,9 bilhões de incremento na arrecadação tributária.

Cada real acrescido no salário mínimo tem impacto de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. O peso na massa de benefícios é 46% das contas da Previdência. Cerca de 68% do total de seus beneficiários terão o reajuste.

A legislação do salário mínimo estabelece que além do valor mensal, o governo estabeleça valores correspondentes ao pagamento diário e por hora relativos ao mínimo. Assim, o trabalhador receberá R$ 20,73 por dia trabalhado ou R$ 2,83 por hora.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que desde 2002 o salário mínimo teve crescimento nominal de 211%, saltando de R$ 200 para os R$ 622 a partir de hoje. Descontada a inflação do período, o ganho real foi 65,96%.

O percentual de aumento real de 2012 (9,2%) é o segundo maior na última década, graças a Lei nº 12.382/2011 que prevê a restituição da perda da inflação no ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apurado no penúltimo ano pelo IBGE. Nota técnica do Dieese estima que o novo mínimo é “o maior valor real da série das médias anuais desde 1984”. O departamento também calcula que com o novo mínimo será possível comprar 2,25 cestas básicas, a maior proporção desde 1979.

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Segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado pelo salário mínimo. O maior grupo está entre os beneficiários da Previdência Social (19,7 milhões de segurados); seguidos de empregados (12,8 milhões de trabalhadores); trabalhadores por conta própria (8,7 milhões de pessoas) e mais de cinco milhões de empregados domésticos. O reajuste deverá irrigar a economia com R$ 47 bilhões mensais e gerar R$ 22,9 bilhões de incremento na arrecadação tributária.

Cada real acrescido no salário mínimo tem impacto de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. O peso na massa de benefícios é 46% das contas da Previdência. Cerca de 68% do total de seus beneficiários terão o reajuste.

A legislação do salário mínimo estabelece que além do valor mensal, o governo estabeleça valores correspondentes ao pagamento diário e por hora relativos ao mínimo. Assim, o trabalhador receberá R$ 20,73 por dia trabalhado ou R$ 2,83 por hora.

O novo salário mínimo terá o poder de compra equivalente a 2,25 cestas básicas calculadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com um aumento de 14,13% em janeiro, o salário mínimo passará de R$ 545 para R$ 622. A cesta definida pelo Dieese custa hoje R$ 276,31. De acordo com nota divulgada hoje (27) pela entidade, a relação entre o salário mínimo e o preço médio da cesta básica será a maior desde 1979 - a série histórica da comparação começou em 1959.

O estudo do Dieese mostra ainda que o salário mínimo atingirá em janeiro seu maior nível histórico, se os valores forem deflacionados por projeção do estrato inferior do Índice do Custo de Vida (ICV). Em 1983, o valor real do salário mínimo era de R$ 645. No ano passado, caiu para R$ 556,68. No intervalo de 1983 até 2012, o salário mínimo atingiu o menor valor real em 1995, quando chegou a R$ 284,20.

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O aumento de 14,13% no salário mínimo no ano que vem vai colocar cerca de R$ 47 bilhões em circulação no País, aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em nota divulgada hoje (27). Serão beneficiados 47,6 milhões de pessoas que têm seus rendimentos referenciados no salário mínimo. De acordo com o Dieese, o impacto do aumento será sentido principalmente por servidores públicos municipais das regiões Norte e Nordeste.

Do lado do governo, o reajuste vai provocar um aumento de R$ 19,8 bilhões na folha da Previdência Social, ou seja, para cada R$ 1 acrescido no salário mínimo o custo dos benefícios cresce em R$ 257 milhões. O peso relativo da massa de benefícios equivalentes a 1 salário mínimo é de 46% da folha da Previdência e isso corresponde a 68,2% do total de beneficiários, afirma o Dieese. A contrapartida para o governo é um aumento estimado em R$ 22,9 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo.

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O aumento de R$ 77 no salário mínimo a partir de 1º de janeiro (de R$ 545 para R$ 622) vai resultar em impactos menos expressivos na folha salarial do serviço público federal e estadual do que nos gastos dos municípios com seus funcionários. Apenas 0,97% dos servidores da União recebem hoje até R$ 545, valor atual do salário mínimo. No caso do quadro estadual, esse montante passa para 4,40%. Na administração municipal, porém, 12,33% dos servidores recebem até esse valor. A fatia de servidores nesta faixa salarial é maior nas regiões Nordeste (22,65%) e Norte (17,90%).

Na distribuição geral dos postos de trabalho do País, 50,6% do total de 87.923.586 brasileiros empregados recebem até um salário mínimo. No Nordeste esse contingente chega a 73,8% dos trabalhadores, no Norte a 63,2%, no Centro-Oeste a 45,5%, no Sudeste a 39,5% e no Sul a 37,8%.

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