Poderia ter sido uma brincadeira de 1º de abril, mas foi apenas um bug no site de e-commerce do Carrefour. Na madrugada desta quinta (1º), um erro na página da rede de compras fez o preço de alguns produtos despencar. Itens como geladeiras e celulares que costumam passar dos R$ 1 mil estavam sendo vendidos a pouco mais de R$ 400. Alguns consumidores aproveitaram para encher o carrinho e colocaram o nome da rede nos assuntos mais comentados da internet.
Por conta do erro, todo o site do Carrefour apareceu com preços ainda menores do que os ofertados em promoções como as da Black Friday. Uma geladeira Brastemp Duplex de R$ 2.449, por exemplo, estava saindo por R$ 419,90. Bem como um smartphone Samsung Galaxy S20 que custa, na verdade, R$ 4,443,33. O problema já foi resolvido, porém, várias pessoas conseguiram detectar a falha e fazer compras.
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No Twitter, tanto alguns compradores quanto aqueles que não ‘aproveitaram’ o bug comentaram bastante sobre o fato, nesta quinta (1º), e colocaram o nome da rede entre os assuntos mais comentados do dia. “Comprei geladeira, tv, guarda-roupa, notebook, máquina de lavar roupa e louça por R$ 2.000,00 no site do Carrefour, não quero nem saber se foi erro no site, pode ir entregando a mercadoria burguês safado”; “Tô brava pq ninguém me acordou pra participar do Bug do Carrefour”. Alguns clientes, no entanto, postaram que suas compras já haviam sido canceladas pela empresa.
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Direito do Consumidor
A alegria dos que conseguiram efetuar alguma compra durante o bug pode mesmo durar pouco. Em entrevista à CNN, o chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid, disse que em casos de “erros grosseiros” como este, a empresa pode ficar desobrigada de finalizar as vendas. "Erros acontecem. O ponto principal para analisarmos a situação é o bom senso. É a norma de direito: não está escrito em nenhum lugar, mas está presente em todos", explicou.
Sendo assim, cada caso teria que ser analisado de forma particular. Em produtos que tenham apresentado descontos considerados convencionais, até 50%, por exemplo, é possível que a rede de compras tenha que cumprir a venda. “A Justiça já teve a oportunidade de analisar esse tipo de problema e pode estabelecer o cumprimento forçado. Porém, o juiz equaliza a leitura do caso com a questão da razoabilidade e do bom senso", disse Farid.