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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira que irá se reunir com a indústria automobilística e lideranças sindicais para discutir o financiamento e produção de automóveis do Brasil. De acordo com o chefe do Executivo, a discussão com o setor não é para reduzir IPI; "é mais profunda".

Lula afirmou que planeja se reunir com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e sindicalistas para a discussão de uma programação "que pode envolver alguma política de isenção fiscal".

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"Eu já disse ao Geraldo Alckmin, que convidasse a indústria automobilística e sindicatos para ter uma conversa", afirmou Lula, em referência ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. "Precisamos ter uma discussão mais profunda do que queremos da indústria automobilística brasileira porque também precisamos assumir a responsabilidade de facilitar o financiamento de carro", pontuou.

Segundo o presidente, não adianta aumentar a produção automobilística no Brasil se não houver mercado interno. "Não está fácil comprar um carro hoje", disse. "Não vamos ficar produzindo carro para um povo que não pode comprar."

O presidente disse que a indústria automobilística também será tema de debate de sua viagem à China, prevista para acontecer na próxima semana.

Segundo o chefe do Executivo, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), está no país asiático e sinaliza um acordo com a China de acordo com a potência para a produção de carro elétrico no Estado, na fábrica da Ford. "Me interessa ter carro elétrico no Brasil", afirmou.

Medidas tomadas pelo governo Bolsonaro de desoneração tributária, em pleno ano eleitoral, têm potencial de retirar R$ 57,4 bilhões do caixa de Estados e municípios entre 2022 e 2023, segundo cálculos do Estadão/Broadcast a partir de dados obtidos com exclusividade com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz).

As medidas frustrariam a continuidade da capacidade de governadores e prefeitos de financiar investimentos públicos. Para os governadores, o problema seria maior porque o ano é eleitoral, e muitos tentam a reeleição ou a vitória dos seus aliados. Um dos problemas é que o governo tem cortado tributos que têm arrecadação compartilhada com os Estados e os municípios. Uma "reforma tributária" particular, segundo os críticos, aproveitando a arrecadação recorde que, segundo o presidente Jair Bolsonaro, ficará R$ 300 bilhões acima do previsto.

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Somente com a redução do imposto estadual sobre gasolina, diesel, álcool e gás, haverá uma frustração de receita dos Estados de R$ 30,9 bilhões caso a medida seja mantida pelos governadores até o fim de 2022. Essa medida, aprovada pelo Congresso, teve como "padrinho" o governo Bolsonaro para reduzir o impacto da alta de preços do petróleo na bomba.

A área técnica do Comsefaz estima que o impacto pode ser maior, já que ainda não calculou, por exemplo, eventuais impactos do congelamento do ICMS sobre os combustíveis em 2023.

Em relação à redução da alíquota do IPI, novos cálculos indicam um impacto de R$ 15,5 bilhões em 2023 referente aos efeitos das perdas dos fundos de participação dos entes com os fundos constitucionais. A transferência para os fundos é vinculada a uma parcela do IPI. O corte da alíquota do IPI em 35% até dezembro vai gerar uma perda de R$ 11 bilhões.

IMPOSTO DE RENDA

Além das medidas, ainda há a pressão no Congresso para a correção da tabela do Imposto de Renda e da tabela do Simples, o que poderia frustrar ainda mais as receitas dos entes subnacionais. São tributos também com arrecadação compartilhada.

Na avaliação do diretor institucional do Comsefaz, André Horta, a situação das finanças públicas dos governos regionais seria cada vez mais crítica, e vai ser agravada pelas medidas de governo federal. "Ou os entes vão colapsar, ou vão precisar abrir mão de serviços essenciais à população por falta de receita", disse o diretor. O governo federal, por outro lado, argumenta que o caixa dos governadores está cheio com os repasses a mais feitos durante a pandemia da covid-19.

A perda estimada fará o órgão redigir, no segundo semestre, uma nota na intenção de alertar os próximos governadores sobre perdas no primeiro ano de mandato. O alerta também pretende apontar possíveis medidas fiscais a serem tomadas para retomar a solidez ou mitigar os impactos nas contas públicas.

Horta afirma que a situação fiscal de Estados e municípios vinha melhorando até o fim de 2021 com a abertura do comércio e com a retomada econômica, após a queda sofrida com a pandemia do coronavírus. A receita ganhava fôlego também, principalmente, por causa da alta da inflação e o seu impacto no ICMS.

DESEQUILÍBRIO

Os críticos dessa política federal afirmam que o governo faz essa desoneração sem levar em consideração os Estados e OS municípios. Na avaliação do economista Leonardo Ribeiro, o impacto demonstra ser necessário resgatar a ideia de estabelecer o Conselho de Gestão Fiscal no País para promover uma gestão fiscal coordenada e transparente. "O governo federal vem apostando em medidas que comprometem o equilíbrio das contas públicas dos governos subnacionais sem avaliar impactos e consequências no financiamento das políticas públicas locais", afirmou Ribeiro.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe econômica está passando um pente-fino nas desonerações tributárias para tentar cobrir os R$ 55 bilhões que faltam para o cumprimento da meta fiscal de 2017. Com um universo de desonerações superior a R$ 271 bilhões em 2016, o governo pretende começar a análise pelos regimes especiais de tributação. Estão na mira os programas de incentivos que geraram pouco resultado. Mas o trabalho não será fácil, já que a maioria das mudanças depende de aprovação pelo Congresso.

Entre os atingidos devem estar os regimes que ajudam no controle de preços, mas que acabaram aumentando margem de lucro de pequenos grupos de empresas. O governo entende que esse é um tipo de desoneração que, no longo prazo, distorce o valor dos produtos. "Benefícios com o objetivo de conter os preços dão uma ideia falsa de justiça, porque impactam da mesma maneira o consumo de ricos e pobres. Muitas vezes, distribuir um produto para uma classe da população dá mais resultado do que abrir mão da arrecadação do tributo para todos", afirmou uma fonte.

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Na área econômica, a avaliação é que a recuperação das receitas tributárias e as receitas a serem obtidas com privatizações, concessões e securitização não serão suficientes para garantir que as contas de 2017 fechem dentro da meta, fixada em um déficit de R$ 139 bilhões. Por isso, será necessário acionar o chamado "plano C", do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: aumento de impostos e contribuições. É nessa linha que está a revisão dos programas que envolvem desonerações.

O próprio ministro voltou a admitir, nesta quarta-feira, 3, no seminário Pensamentos Olímpicos sobre a Economia Brasileira, no Rio, que poderá elevar alguns tributos, a depender da evolução da arrecadação. Os aumentos, se vierem a ocorrer, serão feitos da forma "mais pontual possível", prometeu. Ele acrescentou que a decisão será tomada até o dia 31 deste mês, quando se encerra o prazo para envio, ao Congresso Nacional, da proposta do Orçamento federal para o ano que vem.

Caça às bruxas

Para o coordenador do Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor do Centro de Cidadania Fiscal, Eurico Marcos Diniz de Santi, o governo precisa atacar a questão, mas não pode fazer uma "caça às bruxas" nos benefícios tributários. O economista defende que essas desonerações sejam revertidas completamente, mas com uma regra de transição, de cinco a dez anos, que dê segurança aos agentes econômicos que firmaram contratos de longo prazo baseados na atual realidade tributária. Uma mudança mais suave, no entanto, não teria resultado imediato.

"É importante que essas renúncias, hoje protegidas pelo sigilo fiscal dos beneficiários, passem para o Orçamento da União, de uma forma que ganhem transparência e possam ter sua alocação discutida pela sociedade", diz De Santi.

O especialista aponta ainda que o atual sistema tributário, cheio de exceções e judicializado, ajuda a fomentar a atividade de lobby setorial que muitas vezes acaba se transformando em corrupção. O último relatório do governo central já deu um primeiro sinal. Em uma tabela atípica, o Tesouro afirmou que "a carga tributária associada às receitas administradas pela Receita Federal caiu de 14,5% em novembro de 2011 para 12,8% em junho de 2016".

Muitas das desonerações vigentes foram instituídas ainda no governo da presidente afastada Dilma Rousseff e, mesmo com prazo para acabar, demorarão para se dissolver. Para reduzir esses gastos, a equipe econômica precisará contar com a ajuda do Congresso, o que já se mostrou difícil após a tentativa de aprovação do Projeto de Lei que auxilia as contas dos Estados. (Colaboraram Antonio Pita, Daniela Amorim, Fernanda Nunes e Vinicius Neder)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também está sendo avaliado. Fontes do governo afirmam que é necessário rever a efetividade do programa como, por exemplo, quantos alunos saem do ensino superior para trabalhar na carreira que estudou.

Há ainda uma discussão sobre a checagem dos dados fornecidos pelos usuários, já que o programa necessita de uma renda máxima específica, que não é checada.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rechaçou duramente nesta quinta (20) as discussões que ocorrem dentro do governo Dilma Rousseff para o aumento de impostos, diante da queda de arrecadação. Nessa quarta (19), a Junta Orçamentária, composta pelos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu para discutir a elevação de tributos.

"Eu não concordo com a lógica de aumento de imposto sempre, o Brasil já tem uma carga muito grande, taxas de juros altíssimas, não dá para cada vez mais pensar em aumentar impostos, aumentar impostos, aumentar impostos, a sociedade não aguenta mais essa carga", afirmou Renan, na chegada a seu gabinete, no Senado.

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Para o peemedebista, Dilma demonstraria à sociedade que está fazendo a parte dela caso corte despesas, ministérios e cargos em comissão, conforme o Congresso tem defendido.

Renan disse que, com a aprovação pelo Senado do projeto de lei que reonera 56 setores da economia, a fase do ajuste fiscal passou efetivamente. Segundo ele, é preciso agora cuidar de um pacote para sair da crise. Ele disse ter criado uma comissão especial para discutir a Agenda Brasil, conjunto de sugestões e propostas legislativas para melhorar o ambiente econômico.

O presidente do Senado disse que a agenda já começou e que vai "caminhar muito" a partir da próxima semana. Ele defendeu a aprovação das reformas do PIS/Cofins e do ICMS, que constam da agenda, para fazer o Brasil andar.

O plenário do Senado aprovou na tarde desta quarta-feira, 19, um requerimento para encerrar a discussão do projeto que volta a onerar a folha de pagamentos para 56 setores da economia. Até o momento, mais de dez senadores, pela base e pela oposição, vinham se revezando em discursos no plenário, discutindo a proposta.

O relator do projeto e líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE), apresentou um parecer em que manteve o texto da Câmara. Os deputados haviam conferido vantagens fiscais para cinco deles - comunicação social, transportes, call center, calçados e confecções -, assim como os itens da cesta básica, que continuaram com as alíquotas mais baixas.

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Para abreviar a discussão e ir diretamente à votação do mérito da proposta, os senadores governistas tentam barrar a aprovação de requerimentos da oposição que podem "fatiar" a apreciação da matéria. Os oposicionistas querem destacar a votação das emendas apresentadas por eles, uma a uma.

O projeto de "reoneração" da folha de pagamentos, caso seja aprovado nesta noite pelo Senado, vai produzir uma economia de recursos para o governo de R$ 9,374 bilhões ao longo de um ano, segundo cálculos da Receita Federal obtidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O projeto de lei original do governo Dilma Rousseff produziria uma economia de R$ 12,841 bilhões. Ou seja, as mudanças feitas pela Câmara e que foram mantidas pelo relator no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), diminuirão em mais de R$ 3,4 bilhões a economia inicialmente desejada pelo governo e pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O objetivo do projeto do governo era reduzir o rombo fiscal produzido pelo benefício da desoneração da folha de pagamentos. De acordo com a Receita, a desoneração da folha de pagamentos para os 56 setores, como existe até o momento, reduz a arrecadação do governo em R$ 25,2 bilhões. Com o projeto original do governo, o rombo cairia a R$ 12,3 bilhões por ano. Com as modificações dos parlamentares, que suavizaram a proposta de Levy, o rombo anual será de R$ 15,8 bilhões.

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Hoje, 56 setores contam com a folha de pagamentos desonerada e, em troca, recolhem um imposto de 1% ou 2% que incide sobre o faturamento bruto. A proposta original de Levy aumenta essas alíquotas para 2,5% e 4,5%, respectivamente. A Câmara manteve boa parte do projeto, mas tirou cinco setores da medida - call center, calçados, confecções, transportes e comunicação social - que terão uma elevação menor das alíquotas. Além disso, os deputados isentaram os fabricantes de itens da cesta básica de qualquer elevação: para eles, a medida continua a mesma.

O governo federal fez nesta terça-feira, 18, gestos de boa vontade para setores empresariais no momento em que busca um pacto de estabilidade político e econômico que evite o agravamento da crise no País. No mesmo dia em que o vice-presidente Michel Temer comandou a recepção a uma frente de empresários que foi negociar o projeto que acaba com a política de desoneração da folha de pagamentos em vigor entre 2011 e 2015, o Planalto orientou os bancos públicos a liberar crédito mais barato para empresas da cadeia produtiva de diversos setores da economia.

Liderados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, filiado ao PMDB, os empresários apresentaram uma proposta mais branda e linear de reoneração da folha para todos os setores. A votação, que estava prevista para a tarde de ontem no plenário do Senado, foi adiada e volta hoje à mesa de negociações.

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Enquanto os empresários apresentaram uma proposta de reoneração linear para todas os setores com um aumento menor, de 50% - com exceção para os produtos da cesta básica -, durante outra cerimônia em Brasília, a presidente Dilma Rousseff fez apelos pelo enfrentamento da crise. Na inauguração da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), a presidente pediu ajuda para a "travessia" da turbulência econômica.

Acossado pelas crises política e econômica, o governo federal tenta envolver empresários num arranjo que evite um processo mais traumático. "Hoje enfrentamos algumas dificuldades e todos nessa sala sabem disso. O Brasil, até então, tinha tido desempenho fantástico, mas hoje não temos mais como dar suporte a tudo que fizemos", afirmou a presidente.

"Desoneramos folha, cesta básica e uma série de investimentos produtivos", disse. "Vamos continuar mantendo as desonerações, como a cesta básica. Temos de fazer isso (tirar as desonerações) porque estamos em travessia e não podemos permitir retrocessos."

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que retomou a aliança com o Palácio do Planalto, chamou o projeto de desoneração de "cadáver insepulto" e disse que, após esse texto, o Senado poderá discutir um cenário de "pós-ajuste fiscal". "Há um esforço muito grande do Senado para tirar esse cadáver insepulto da nossa pauta para, enfim, cuidar do pós-ajuste porque o Brasil precisa demais disso", disse Renan.

O governo previa economizar R$ 12,5 bilhões com o fim das desonerações. O texto aprovado na Câmara eleva em mais de 100% a taxação para a maioria dos setores beneficiados, mas abre exceções para transportes, call centers, comunicações e têxteis e calçados. Esses segmentos foram preservados e deverão ter um tratamento diferenciado.

O PMDB quer ampliar os setores preservados dos efeitos do projeto considerado fundamental para o ajuste fiscal conduzido pelo governo federal. "Não estamos atrás de facilidades, estamos atrás do interesse do Brasil. O difícil é enfrentar o desemprego e desestimular as empresas", afirmou Paulo Skaf.

Adiamento

O relator da proposta, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que quer discutir com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a eventual ampliação das desonerações para mais setores. Para evitar a aprovação do texto sugerido pela Fiesp, Levy teve de entrar em campo e pedir a Eunício o adiamento da votação. "Estou fazendo uma discussão para tentar ampliar, mas nunca para restringir o número de setores", afirmou Eunício. "Pode não mudar nada." A decisão de adiar a votação para hoje foi tomada após rodadas de reuniões entre lideranças do PMDB e empresários de diferentes segmentos que desembarcaram no início da manhã em Brasília.

Manifesto

A conclusão da discussão da última proposta do ajuste fiscal do governo pode ocorrer hoje, quando está prevista a divulgação de um manifesto promovido por entidades de vários setores a favor de um pacto pela governabilidade. Segundo uma fonte que participa da elaboração do documento, a carta não deve dizer claramente que é contra o impeachment, mas pedirá que se cumpra a Constituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rechaçou nesta quinta-feira (13), a proposta do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), de buscar um acordo para aprovar, sem uma segunda votação na Câmara, alterações no projeto que a acaba com a política de desonerações na folha de pagamento. Segundo Cunha, qualquer alteração no mérito do projeto será apreciada novamente pelo plenário da Câmara.

"Se houver uma emenda, qualquer que seja ela, tem que ser trazida para votação. O Senado tem todo o direito de modificar o que quiser, mesmo que a Câmara não concorde. E a Câmara vai ter que votar aquilo que o Senado alterar", disse.

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Relator do projeto no Senado, Eunício afirmou no início da tarde que iria procurar o líder da bancada de deputados do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), relator do texto na Câmara, para tentar retirar do projeto o tratamento diferenciado a quatro setores - comunicação social, transportes, call center e calçados -, assim como os itens da cesta básica.

A proposta de alterar o texto no Senado e aprová-lo por acordo na Câmara, agrada o governo de duas formas: visa manter a economia de R$ 10 bilhões por ano, com o fim do tratamento diferenciado, e antecipa o encerramento da discussão sobre o ajuste fiscal. O projeto das desonerações é o último do ajuste fiscal proposto pelo governo, que está interessado em "mudar de agenda".

Em momento de relações estremecidas com o Senado, Eduardo Cunha, entretanto, disse que se os senadores alterarem o texto no seu mérito, seguirá a tramitação normal. Ou seja, a Câmara fará uma nova votação se houver alteração do texto no Senado.

Segundo Cunha, a Casa "dificilmente aprovará" do fim do tratamento diferenciado proposto por Eunício. "A Câmara fez seu consenso quando votou e esse consenso provavelmente vai se repetir, provavelmente, na votação, se (o projeto) voltar à casa".

Cunha lembrou que por se tratar de um projeto de urgência constitucional, a tramitação começa e termina pela Câmara, tendo o Senado como revisor, com poder limitado à produção de emendas. "Não podemos permitir que uma casa seja subjugada pelo desvirtuamento de outra", disse.

O presidente da Câmara minimizou a intenção de Eunício de dar celeridade à tramitação do projeto lembrando que ele está sendo avaliado pelos senadores há dois meses. "Prometo que serei mais rápido do que o Senado foi nessa votação", ironizou.

Mais cedo, Eunício Oliveira disse que, se não for possível um acordo, apresentará um parecer na terça mantendo o texto da Câmara. Desde terça-feira passada, 11, o projeto tranca a pauta de votações do plenário.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou nesta quinta-feira (13), que vai procurar o líder da bancada de deputados do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), para tentar fechar um acordo com a Câmara sobre o projeto que acaba com a política de desonerações na folha de pagamentos. Relator da proposta no plenário do Senado, ele quer rediscutir com os deputados as exceções criadas a alguns setores.

A Câmara instituiu um tratamento diferenciado a quatro setores - comunicação social, transportes, call center e calçados -, assim como os itens da cesta básica. Por sua vez, Eunício - e o PMDB do Senado - resistem desde antes do recesso parlamentar a esse critério e defendem uma proposta que conceda uma desoneração linear a todos os setores, em patamares diferentes ao atualmente em vigor.

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A intenção de Eunício é defender a manutenção da economia do governo de R$ 10 bilhões por ano com a mudança da política de desoneração da folha de pagamentos, mas com tratamento igual para todos os setores.

Contudo, se houver mudanças no Senado, o texto voltará para a Câmara. Por isso, Eunício defende um acordo com Picciani, relator do projeto na Câmara, e com os demais deputados para, caso faça modificações, ela venha a ser aceita por eles. Se houver acordo, a ideia seria votar o texto no plenário do Senado na terça-feira, 18, e na Câmara, no dia seguinte.

O relator do projeto no Senado disse que, se não for possível um acordo, apresentará um parecer na terça mantendo o texto da Câmara. Desde terça-feira passada, 11, o projeto tranca a pauta de votações do plenário.

"Como não queremos mais que essa discussão de ajuste fiscal permaneça na agenda do dia, são pequenas as margens que nós temos para qualquer negociação aqui na Casa", disse Eunício. "Vamos buscar o máximo entendimento e, em não havendo, vamos para a votação (do jeito que está) para retirar essa agenda de ajuste do Congresso", completou.

Veto

Eunício disse não estar "convencido" da solução proposta pela equipe econômica de se apresentar um texto que permitiria um "veto direcionado" ao projeto. A intenção, conforme antecipou na terça-feira, 11, o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, é reescrever o texto aprovado pela Câmara, por meio de uma emenda de redação em plenário, a fim de isolar as alterações propostas pelos deputados.

Essa saída foi apresentada pelo líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), em reunião de líderes na ocasião. Isso facilitaria a presidente Dilma Rousseff vetar as exceções instituídas pela Câmara, preservando a essência do texto.

"Normalmente, legalmente, pode ser um caminho, mas eu não estou convencido", disse. Mesmo não descartando a solução proposta pelo governo, Eunício disse que está "muito mais" para encontrar uma posição do Congresso.

O plenário da Câmara dos Deputados acaba de concluir a votação do projeto de lei que revê a política de desonerações da folha de pagamento. O último item do pacote de ajuste fiscal segue agora para o Senado. Apenas dois pontos do texto principal foram alterados.

Um artigo que reduzia créditos tributários concedidos a produtores de insumos de bebidas frias foi retirado do projeto. Outra mudança foi a inclusão do setor de confecções e acessórios de vestuário entre as áreas contempladas pelo relatório. Agora o texto prevê que o setor passará a ter a mesma alíquota do calçadista (1,5%).

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o saldo da votação foi positivo, mas destacou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deveria ter encaminhado um texto com "mais gordura" para queimar. "Qualquer um que conhece essa Casa saberia que uma medida dessa natureza jamais sairia como veio. Então, provavelmente ele (Levy) deveria ter mandado (o projeto) com mais gordura do que necessitava", afirmou o peemedebista, após os deputados terem concluído a análise do relatório do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). "Se não fez desse jeito, na próxima ele vai aprender e vai vir desse jeito."

Cunha comentou ainda as deliberações da tarde desta quinta, 25, que retiraram mais recursos do governo, como a supressão de um trecho do parecer de Picciani que queria mudar as regras de tributação de bebidas frias. Ele pontuou que essa não era uma pauta do governo e que o projeto original não tratava do tema. "Eu era contrário pessoalmente. Aquilo de uma certa forma afrontava o pacto federativo na relação com a Zona Franca (de Manaus)", declarou.

Previdência

O deputado reafirmou que considera "um erro" a aprovação, na quarta, de uma emenda que vinculou os benefícios da Previdência à política de valorização do salário mínimo. Segundo ele, a redação dada pelos parlamentares impossibilita um veto parcial da presidente Dilma Rousseff, o que "atrapalha o próprio trabalhador."

Para o peemedebista, o melhor que o Planalto pode fazer é revogar a MP que trata do cálculo de reajuste do mínimo, uma vez que houve "desvirtuamento" do objetivo da medida. Segundo ele, o Executivo pode em seguida enviar um projeto de lei prorrogando as normas de correção do salário mínimo com urgência constitucional.

Deputados de oposição fizeram nesta quinta, 25, um protesto, com "apitaço" e uma faixa, durante a votação do projeto de lei que revê a política das desonerações que está em andamento no plenário da Câmara. Com os dizeres: "Dilma mentiu, PT traiu, + impostos e + desemprego", os parlamentares interromperam por alguns minutos as discussões.

Após a aprovação de uma emenda que beneficiou o setor de vestuário e acessórios, que deve ter impacto inicial de R$ 1,2 bilhão a menos na arrecadação do governo, os deputados derrubaram item que reduziria crédito presumido para bebidas frias, que poderia afetar ainda mais a intenção do governo de aumentar a arrecadação.

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Há pouco, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) tentou minimizar a derrota do governo na aprovação da emenda sobre vestuário e disse que o mais importante é que o ajuste fiscal proposto pelo governo da presidente Dilma Rousseff já havia conseguido "mais uma vitória". A Câmara vota neste momento o último destaque.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quinta-feira (25) uma emenda aglutinativa ao projeto de lei que revê a política de desonerações da folha de pagamento. O texto prevê que o setor de confecções e acessórios passem a ter a mesma alíquota do setor calçadista (1,5%), uma das áreas poupadas pelo relatório.

Esse é o primeiro revés da base governista na votação dos destaques ao projeto hoje. Os partidos aliados fecharam um acordo pela manhã para impedir a aprovação de emendas que alterassem o texto-base aprovado ontem.

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O setor de confecções e acessórios vinha pagando 1% e, com o texto original teria uma alíquota de 2,5%.

O argumento defendido no plenário era que o setor emprega 1,2 milhão, sendo 62% de mulheres. Uma das deputadas que saíram em defesa da emenda foi a peemedebista Soraya Santos (RJ), que disse ter sido liberada pelo líder da bancada e relator do projeto, Leonardo Picciani (RJ) para apresentar a proposta.

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou há pouco, por 226 votos a 127, destaque da bancada do DEM que pretendia manter as atuais alíquotas de 1% e 2% incidentes sobre a receita bruta de empresas de 56 setores da economia beneficiados pelo mecanismo da desoneração da folha de pagamentos. Com a rejeição, foi mantido o texto do substitutivo do relator, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), para o Projeto de Lei 863/15, do Executivo. A proposta do relator mantém a intenção do governo de elevar as atuais alíquotas de 1% e 2% para 2,5% e 4,5%, respectivamente.

Picciani, no entanto, optou por criar alíquotas diferenciadas para alguns setores, como call center, transporte de cargas e de passageiros, empresas jornalísticas, setores de carnes, etc. Mais cedo, o Plenário rejeitou, em conjunto, a admissibilidade de todos os destaques simples apresentados pelos parlamentares. No entanto, ainda deverão ser analisados 20 destaques de bancada.

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A análise dos destaques iniciou após quase duas horas do início da sessão desta quinta. Os líderes da base aliada estão confiantes de que conseguirão derrubar todas as emendas apresentadas ao PL da desoneração. “Preservar a espinha dorsal do PL é o que é fundamental para o governo. Já negociamos à exaustão e precisamos encerrar essa discussão e a votação dessa matéria”, afirmou José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.

O texto-base da desoneração foi aprovado nesta madrugada por 253 votos a favor, 144 contrários e uma abstenção. A proposta original é defendida pelo governo como uma das estratégias para o ajuste fiscal.

*Com informações da Agência Câmara

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que a base aliada tentará votar ainda nesta quarta-feira, 24, o projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamentos. A expectativa é que a análise comece nesta noite e seja concluída em sessão na quinta-feira, 25. Antes de entrar no debate da proposta que reonera as empresas que hoje recolhem no regime especial de tributação, os deputados precisarão votar a Medida Provisória 672, que estende até 2019 a política de reajuste do salário mínimo.

"É importante para o ajuste que essa medida (reoneração) seja definida o mais rapidamente possível", declarou o peemedebista, após participar de reunião com deputados e ministros no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer.

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De acordo com Picciani, existe unidade entre os aliados para apoiar seu relatório, que prevê alíquotas diferenciadas para quatro setores econômicos - comunicação social, transportes, call centers e alimentos da cesta básica. Ele reconheceu, no entanto, que ainda existem "ruídos" na articulação política, mas isso, argumentou, não representará "empecilho" para a aprovação da matéria.

"A base defenderá a aprovação do texto integral. Encaminhamos um acordo para que a base não altere nenhum ponto do parecer apresentado", disse o peemedebista.

O acordo costurado terá como base uma parceria do PMDB com o PT. O líder da bancada petista, Sibá Machado (AC), disse que vai defender em reunião com seus correligionários que o partido apoie o texto de Picciani. "Foi pedido que as bancadas não apresentassem novos destaques para que a gente se encerre no proposto pelo relator", disse.

Apesar das declarações de Picciani e de Sibá, ainda há forte pressão entre os partidos políticos para promover modificações no parecer elaborado pelo peemedebista, o que pode gerar disputas em Plenário. "Percebi que vários parlamentares, vários partidos, têm as suas características e entendem que nas suas bases há setores importantes, que estão se manifestando legitimamente para que também entrem no rol das excepcionalizações", exemplificou o líder do PSD, Rogério Rosso (DF).

Apesar dos festejos juninos que afastam boa parte da bancada nordestina de Brasília, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que votará o projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento de setores da economia na próxima semana. Cunha disse que liberará a presença de parlamentares apenas na terça-feira, 23, e espera votar o último ponto do ajuste fiscal nas próximas quarta e quinta, 24 e 25 de junho.

O projeto de lei seria votado na tarde desta quinta-feira, mas o ataque a senadores brasileiros na Venezuela dominou os debates no plenário da Câmara e Cunha encerrou a sessão sem que o relator do texto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), tivesse lido o parecer.

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A sessão terminou com a aprovação de uma moção de repúdio ao ocorrido na Venezuela, onde uma van com senadores brasileiros foi cercada e apedrejada por manifestantes. "Independentemente de qualquer divergência política que possa existir, não podemos admitir que senadores brasileiros que chegaram em avião da Força Aérea Brasileira e que tinham uma suposta escolta policial sejam submetidos a agressões desta natureza. Então, nosso repúdio ao fato que ocorreu", disse Cunha.

O presidente da Câmara disse que ainda é cedo para que se convoque o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e afirmou que cabe à presidente Dilma Rousseff convocar o embaixador brasileiro na Venezuela para prestar esclarecimentos. "Não acho que ela deva convocar o embaixador. Esta é uma decisão dela. Mas que o governo tem que manifestar sua repulsa à agressão, isso não há dúvida nenhuma", afirmou.

Líderes dos partidos de oposição estão reunidos na tarde desta quinta-feira, 18, na mesa da presidência da Câmara, no plenário, com o Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e vão sugerir que hoje seja realizada apenas uma sessão de discussão do projeto que revê a política de desonerações e que a votação fique outro dia.

Há pouco, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, suspendeu por cinco minutos a sessão que foi aberta para apreciar o projeto. Assim que abriu a reunião no plenário, os partidos de oposição disseram que queriam ver primeiro o texto final do relator Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que foi então chamado para apresentar o parecer.

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Cunha interpretou a intervenção da oposição como uma tentativa de obstrução e cobrou dos parlamentares o cumprimento do acordo. Mais cedo, Cunha havia dito aos jornalistas que nenhum partido faria obstrução na sessão desta tarde. A sessão deve ser reaberta nos próximos minutos.

Apesar do acordo celebrado na terça-feira (16) entre o governo e o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), o Planalto não conseguiu votar ontem o projeto que revê a política de desoneração da folha salarial.

Com o impasse, a articulação política do governo e deputados se reuniram emergencialmente para buscar uma saída e tentar colocar o projeto em votação o quanto antes. No fim da noite, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que a desoneração será votada nesta quinta-feira, 18, na Casa.

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A equipe comandada pelo titular da Fazenda, Joaquim Levy, considera a reoneração da folha salarial um dos principais pilares do ajuste fiscal. Em busca de novas receitas, o ministro conta com a aprovação e sanção do texto o quanto antes - por isso, Levy havia aceitado as alterações feitas por Picciani, relator da proposta.

O problema é que os partidos da base não aceitaram a forma como o peemedebista elaborou o parecer sobre o projeto, que foi editado pelo Executivo em março e eleva o recolhimento das empresas sobre o faturamento de 1% para 2,5%, principalmente para a indústria, e de 2% para 4,5%, nos serviços. Picciani contemplou com alíquotas menores os setores de comunicação social, transportes e call centers, além de alimentos da cesta básica.

Esses segmentos seriam reonerados em um terço do valor aplicado aos demais. Pressionados por empresas de outros setores da economia, deputados de partidos aliados e do próprio PMDB reagiram e reclamaram que exceções não poderiam ser feitas de forma "seletiva".

"Defendemos que não haja nenhuma excepcionalidade. Daqui a pouco não tem ajuste nenhum", disse o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE). "Tem muito mais resistência na bancada neste projeto do que nas MPs (medidas provisórias) anteriores. Não estamos convencidos em relação (à exceção) de comunicação social e dos call centers", emendou o líder do PR, Maurício Quintella Lessa (PR-AL).

Os deputados avisaram ao Planalto que, se fossem mantidas as exceções, haveria uma enxurrada de emendas pedindo que os setores moveleiro, calçadista, têxtil e de construção civil fossem incluídos nas exceções da reoneração.

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), disse que uma nova reunião hoje tentará "calibrar" o projeto. "Para o governo, é central (a aprovação). Não podemos virar a semana sem votar o projeto da desoneração." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid visitaram o gabinete do líder do Partido Progressista (PP) na Câmara, deputado federal Eduardo da Fonte. No encontro realizado na tarde desta quarta-feira (17), os políticos trataram de desonerações na folha de pagamento e logo após, o representante de o Governo Federal reconheceu a necessidade de o Brasil voltar a se equilibrar.

Também entrou na pauta da conversa questões a respeito de Pernambuco, estado de origem do deputado Eduardo da Fonte. Após o encontro, o ministro Joaquim Levy afirmou a jornalistas sobre a importância da aprovação da matéria. “O Brasil precisa se reequilibrar. A gente tem uma pauta estrutural para encontrar o nosso caminho de crescimento”, reconheceu. 

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Em meio a negociações para a votação do Projeto de Lei das desonerações no Congresso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou após reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que "não tem conhecimento de nenhum setor que vai ficar de fora do PL".

Segundo Levy, ele não tem conhecimento de um escalonamento das alíquotas do projeto nem das exceções que o relator Leonardo Picciani (PMDB/RJ) afirma ter combinado com o governo que são: call centers, comunicação social, transportes e alimentos da cesta básica. "não tenho conhecimento de que setores vão ficar de fora", disse diversas vezes ao deixar o gabinete do presidente da Casa.

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O ministro afirmou que o projeto "deve começar a ser votado hoje". Ao sair da reunião e falar com a imprensa, o ministro se mostrou confiante e disse que o presidente da Câmara tem mostrado interesse em votar a proposta com celeridade e ressaltou a importância de uma rápida aprovação da medida que faz parte do ajuste fiscal. "O presidente tem mostrado prioridade. É importante que esta lei seja sancionada até o fim de junho e tem sido feito esforço do governo e do presidente da Câmara".

Levy falou por diversas vezes da importância do projeto para o controle do gasto público. "Dentro do esforço do governo de diminuir o gasto público queremos diminuir desoneração da folha", disse Levy. Por diversas vezes o ministro disse que o governo "tem que diminuir o gasto".

Sobre as reuniões que aconteceram nesta quarta-feira, 17, com as bancadas do PR e do PP, o dirigente da Fazenda afirmou que os parlamentares acreditam que não se pode excluir alguns setores do projeto. "Muitos parlamentares mostraram entendimento de que é melhor não ter exceção, a minoria pediu (exclusão) de setores", ponderou.

Depois de passar quase três horas na Câmara negociando, Levy reafirmou que o gasto com a desoneração da folha atinge 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e custa R$ 25 bilhões ao governo por ano ao e que "o governo não tem condição de continuar mantendo e pagando este gasto". O ministro disse mais uma vez que a alteração na desoneração proposta pelo governo reduz esse gasto pela metade.

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