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Quem for viajar de avião na segunda-feira (22) deve se preparar para eventuais surpresas. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da Central Única dos Trabalhadores (FENTAC) não revela locais e horários, mas promete fazer manifestações em alguns aeroportos do País contra o que chama de "intransigência" do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA).

O SNEA manteve a proposta de reajuste salarial de 6,33%, que inclui a reposição integral da inflação acumulada até 1º de dezembro - data-base da categoria -, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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Os trabalhadores reivindicam 11% de aumento salarial e aplicação do INPC nos demais itens econômicos. Segundo o sindicato dos aeroviários, nem nas cláusulas sociais houve avanços. A última rodada de negociação ocorreu na última quinta-feira (18).

Diante da falta de avanços nas conversas, os trabalhadores decidiram em assembleia que vão fazer manifestações "surpresas" em alguns aeroportos a três dias do Natal, quando os saguões deverão estar lotados de pessoas em busca de passar as festas com amigos e familiares.

"Toda a base está mobilizada para esta data. Faremos uma atividade que mostrará o poder de organização dos trabalhadores. O formato será uma surpresa, aguardem", informa o diretor financeiro da FENTAC e presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Orisson Melo.

Na quinta-feira passada (18) foi cogitado pelas empresas aéreas um reajuste acima da inflação nos benefícios, como vale-refeição e cesta básica. No entanto, as empresas não apresentaram um índice aos trabalhadores. "Eles querem avançar apenas nos benefícios, mas não apresentam um valor, fica difícil negociar", pontuou o presidente da FENTAC/CUT, Sérgio Dias. Para ele, esse pequeno avanço se deu por conta da paralisação relâmpago das categorias realizada no dia 15 de dezembro, no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. "As empresas perceberam que os trabalhadores não vão deixar de lutar por uma proposta digna", ressaltou.

Após ser levantada a possibilidade de haver paralisação dos rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) nesta segunda-feira (30), o Sindicato dos Rodoviários negou a mobilização. Segundo o atual presidente do sindicato, Diógenes José de Souza, o protesto não passou de boato e não é possível fazer este tipo de ato sem haver antes um debate.

A especulação da greve foi forte o suficiente, entretanto, para mobilizar a chapa vencedora da eleição para presidência do sindicato. O eleito Benílson Custódio está desde o último sábado (28) visitando as garagens das empresas de ônibus, distribuindo panfletos e pedindo para a categoria não aderir ao movimento. “Fazer uma greve agora só prejudicaria as negociações, e isto é tudo que a diretoria quer”, diz Benílson. 

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A data-base 2013/2014 dos rodoviários está marcada para o dia 1° de julho. “Por lei, só podemos fazer uma paralisação 14 dias após a definição da data-base”, destaca ainda Benílson. Uma comissão formada por três rodoviários, Benílson e Diógenes foi montada com Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir as decisões da diretoria. 

A CSP Conlutas, chapa vencedora da eleição ocorrida no dia 13 de março, assume a liderança do sindicato no dia 23 de dezembro, mas a advogada do grupo já está negociando junto ao MPT a antecipação da posse.

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