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O presidente Jair Bolsonaro (PL) contratou o coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo para responder pela função de tesoureiro de sua campanha à reeleição. Por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou o caixa da candidatura ao deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergipe. A busca de dinheiro nas duas principais campanhas ao Palácio do Planalto, porém, envolve figuras mais influentes que os tesoureiros oficiais.

No comitê de Bolsonaro, a tarefa de obter recursos foi delegada especialmente ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Entre os arrecadadores atuam também ex-ministros, como o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa. Na campanha petista, a função de conseguir recursos envolve uma equipe maior, formada por advogados próximos de Lula.

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Até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 10 milhões em doações individuais, principalmente do setor do agronegócio. Lula amealhou somente R$ 385 mil. Antes de a campanha começar, porém, o PT havia angariado R$ 10,8 milhões em contribuições de ruralistas, advogados, investidores e do setor de saúde. O PL também arrecadou, mas optou por ocultar temporariamente as contribuições destinadas ao partido na pré-campanha.

DOBRADINHA

No assédio a potenciais doadores para a campanha à reeleição, Flávio e Costa Neto atuam em dobradinha. A divisão do dinheiro e a contratação de despesas passam por ambos. Do outro lado, o tesoureiro Márcio Macêdo tem experiência em controlar as finanças do PT. Em 2015, com a confiança de Lula, ele assumiu a tesouraria nacional do partido, no auge da Lava Jato, que atingiu outros titulares da função como Delúbio Soares, José de Filippi Jr., João Vaccari Neto e Edinho Silva.

Na atual disputa presidencial, Macêdo participa de reuniões, mas o trânsito é facilitado por empresários e advogados ligados a Lula. Os advogados Walfrido Warde e Marco Aurélio de Carvalho, do Grupo Prerrogativas, já organizaram jantares para levantar doações e aproximar o candidato de empresários. Um deles levantou cerca de R$ 4 milhões, segundo um dos promotores. Os encontros vão se repetir, de acordo com conselheiros de Lula.

HISTÓRICO

Desde a década de 1990, tesoureiros de campanha figuram no noticiário político e policial. O caso mais emblemático foi a morte de Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha vitoriosa do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1989. Ele emprestaria nome a um esquema de corrupção que culminou no impeachment e seria encontrado morto em Maceió (AL), em 1996. Mais recentemente, tesoureiros se envolveram em episódios de corrupção, como o mensalão, a Lava Jato e o caso JBS.

Quem desempenhou a função de tesoureiro sempre evitou holofotes. As doações oficiais, declaradas e legais, conviveram por anos com uma realidade obscura de caixa 2 e contribuições irregulares, como revelou a Lava Jato, por exemplo. Para minimizar a influência da prática, desde 2015 as doações de empresas privadas foram proibidas, e o financiamento eleitoral passou a ser feito, majoritariamente, com verbas públicas dos fundos eleitoral e Partidário, repartidas entre os candidatos. Pessoas físicas ainda podem contribuir, até o limite de 10% de sua renda individual.

Se antes administravam recursos milionários, sem limites preestabelecidos, hoje os tesoureiros das campanhas convivem com um teto de gastos, financiamentos coletivos pela internet e manejam menos dinheiro. Nem sempre são eles os encarregados de procurar diretamente os empresários com maior poder de fogo, tarefa desempenhada agora por caciques partidários, arrecadadores "informais" e aos próprios candidatos.

O comitê de Bolsonaro contratou ainda a tenente da ativa Cristiane de Souza Pontes, que auxilia o coronel Marcelo Lopes de Azevedo. O coronel recebeu R$ 50 mil pelo serviço de administrador financeiro da campanha, enquanto a auxiliar, R$ 22 mil. Os dados constam em declarações informadas à Justiça Eleitoral. Conforme dados do Portal da Transparência, o coronel está aposentado, mas a tenente, não.

NOMES

O candidato do PDT, Ciro Gomes, apresentou Laudênio Antonio de Oliveira Bastos como administrador financeiro de sua campanha. Laudênio faz parte da equipe do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), aliado de Ciro. O próprio tesoureiro fez a única doação direta à campanha de Ciro, de R$ 1 mil.

Simone Tebet (MDB) não arrecadou nada até agora. Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral, a candidata declarou que o advogado Gustavo Loyola é o administrador financeiro da campanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, reuniu-se hoje (18) com integrantes da sociedade civil do país que estão dispostos a organizar comitês denominados de Ajuda e Liberdade em favor de seu eventual governo e crítico da gestão de Nicolás Maduro.

“Hoje seguimos dando passos importantes para ativar a organização dos comitês de Ajuda e Liberdade, que estarão na vanguarda para levar adiante a grande Operação Liberdade”, disse Guaidó na sua conta no Twitter.

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Guaidó se reuniu com trabalhadores de Corpoelec, uma corporação estatal que engloba dez empresas do setor elétrico. O encontro ocorre após um prolongado período de apagão que atingiu 22 dos 23 estados venezuelanos.

Segundo o autodeclarado presidente, durante o encontro, na Assembleia Nacional da Venezuela, os trabalhadores expressaram que “apesar da perseguição e ameaças” estão dispostos a seguir adiante “nossa luta”.

Exteriores

O interino comemorou o fato de três militares e diplomatas, designados por ele, terem assumido hoje seus cargos nos Estados Unidos: dois estão em sedes militares em Washington e um no consulado em Nova York.

Guaidó destacou ainda o fato da embaixadora Fabiola Zavarce assumir a representação diplomática venezuelana no Panamá. A embaixadora María Teresa Belandría foi designada para o Brasil no começo do ano e manteve várias reuniões com autoridades brasileiras.

O interino é reconhecido como presidente legítimo por cerca de 50 nações, incluindo Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, Paraguai e outros.  Maduro conta com apoio de Rússia, Cuba e China entre outros.  

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou neste domingo, 13, que é "absolutamente normal" que existam em São Paulo os comitês "Edualdo" - chapa Eduardo Campos presidente e Geraldo Alckmin governador. O PSB, partido de Campos, está coligado à chapa de Alckmin no Estado e dirigentes da sigla afirmam que a legenda vai explorar a dobradinha em cidades do interior.

"Isso é absolutamente normal. Nós ficamos muito honrados com a participação do PSB e do Marcio França (na chapa). Quem for do PSB, o seu candidato à Presidência da República é o Eduardo Campos. Nós do PSDB, é o Aécio Neves", disse o governador após vistoriar obras da CPTM em Suzano, na região metropolitana.

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O PSB planeja montar 40 comitês "Edualdo". Candidato a vice na chapa de Alckmin, o deputado Márcio França (PSB) é o principal articulador da dobradinha, considerada "estratégica" para buscar eleitores tradicionais do PSDB. Por isso, o PSB coordenará e bancará o custo das estruturas "Edualdo" - pelo menos 23 comitês já estão com imóvel alugado -, bem como do material de campanha. Adesivos , faixas e camisetas começam a ser produzidos essa semana.

Alckmin realizou neste domingo mais uma vistoria, estratégia adotada pelo tucano para compensar as proibições impostas por lei a agentes públicos que, como ele, disputam a reeleição.

O líder da oposição venezuelana Henrique Capriles pediu nesta segunda-feira aos cidadãos que comecem a organizar comitês, denominados de "comandos de defesa da população", para multiplicar as mensagens que exigem mudanças no país e demandam soluções do governo do presidente Nicolás Maduro.

Capriles, ex-candidato à Presidência e governador do Estado de Miranda, afirmou, em mensagem difundida por meio de sua conta no Twitter e de seu blog, que a proposta busca "deixar de lado a agenda política e de violência na qual o governo quer nos envolver para focar nos problemas sociais". O governador propõe que a população civil se organize, se reúna e analise os seus problemas para apresentar propostas e reivindicações ao governo e pedir mudanças.

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A proposta de Capriles prevê que os comitês sejam compostos por três membros, que por sua vez ficariam encarregados de conversar com outras 10 pessoas cada um, a fim de coordenar discussões e ações.

O líder opositor, que pertence ao partido Primero Justicia, se recusou na semana passada a participar da chamada "conferência de paz", organizada por Maduro para buscar soluções para as demandas dos manifestantes. Para ele, o governo não mostrava um claro desejo de promover a paz.

Nas últimas quatro semanas, milhares de pessoas, em sua maioria estudantes, moradores de bairros de classe média e membros da oposição, protestaram nas ruas e nas redes sociais para reclamar da inflação, que fechou 2013 em mais de 56%, da criminalidade e da escassez de produtos básicos. Em alguns Estados, como Carabobo, os protestos se espalharam para bairros mais pobres. Confrontos entre manifestantes e membros da Guarda Nacional deixaram 18 mortos e mais de 260 feridos.

Neste domingo, milhares de pessoas protestaram contra o governo em uma praça de um bairro de classe média no município de Chacao, governado pela oposição. Fonte: Associated Press.

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