Tópicos | Código Aberto

A Nasa desenvolveu o colar “Pulse”, que tem como objetivo lembrar as pessoas de não tocar o rosto, atitude que é uma das formas de contágio do Covid-19.

O acessório é impresso em 3D e a empresa disponibilizou as instruções de código para que ele possa ser produzido de forma gratuita.

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O colar tem um sensor de proximidade com alcance de 12 polegadas e um aparelho de vibração que será ativado sempre que o usuário mover as mãos em direção ao rosto.

A ideia está sendo desenvolvida por três engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).

Por ter um código aberto, o Pulse pode ser produzido por qualquer empresa e as instruções para produção do colar estão disponíveis aqui: https://github.com/nasa-jpl/Pulse.

De acordo com a Nasa, o colar deve ser algo simples e acessível para todos. A empresa também destaca que o Pulse é um complemento das medidas de segurança contra o coronavírus, mas não substitui o uso de máscaras e a higienização das mãos.

O sistema que ajuda a Stephen Hawking se comunicar com o mundo exterior será disponibilizado na internet a partir de janeiro, em um movimento que poderá ajudar milhões de pessoas que sofrem de doenças neuromotoras, anunciaram cientistas nesta terça-feira.

O físico teórico de 72 anos, que fez fama internacional na década de 1980 com o livro "Uma Breve História do Tempo", saudou a decisão da gigante da tecnologia americana Intel, em uma coletiva de imprensa em Londres.

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"Tornando essa tecnologia livremente disponível, existe o potencial de melhorar significativamente a vida de pessoas incapacitadas por todo o mundo", disse Hawking, em declarações transmitidas pela voz robótica do seu computador.

"Sem isso, eu não poderia falar com vocês hoje", disse ele, que aos 21 anos foi diagnosticado com uma doença neuromotora relacionada com a esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O sistema de comunicação será disponibilizado para pesquisadores na internet em código aberto, embora ainda tenha que ser adaptado para usuários individuais.

Hawking, que leciona na Universidade de Cambrigde, consegue digitar em seu computador usando um sensor na bochecha que é detectado por um interruptor infravermelho instalado em seus óculos, que o ajuda a selecionar os caracteres.

Seu sistema atual, desenvolvido pela Intel nos últimos três anos, reduz o número de movimentos necessários para soletrar palavras, além de lhe oferecer novas funções inéditas, como o envio de anexos por e-mail.

"A velocidade de digitação de Hawking é duas vezes mais rápida e há uma melhora dez vezes maior em tarefas comuns", informou a Intel em um comunicado.

A empresa britânica SwiftKey também digitalizou todos os trabalhos do físico teórico de modo a ajudar o computador a deduzir mais rápido o que ele está tentando dizer.

Hawking, que tem o corpo paralisado quase por completo, apresentou o novo sistema ao público pela primeira vez nesta terça-feira.

"A medicina não foi capaz de me curar, então eu conto com a tecnologia para ajudar a me comunicar e a viver", disse em comunicado à imprensa.

Tetraplegia e doenças neuromotoras afetam mais de três milhões de pessoas em todo o mundo.

"A tecnologia para pessoas com deficiência é, muitas vezes, um campo de testes para a tecnologia do futuro", afirmou Lama Nachman, pesquisadora sênior do Intel Labs.

O software Redu, criado no Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE), agora é uma plataforma aberta e passa a se chamar Openredu. O projeto se trata de um ambiente de colaboração para professores e alunos que permite criar situações de aprendizagem social por meio da internet e de dispositivos móveis.

O objetivo da plataforma é ordenar e resignificar a comunicação e a prática educativa entre pais, alunos, professores e instituição, promovendo a criação de uma comunidade integrada para promover o crescimento dos jovens. 

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O software já foi testado com 3​2 mil pessoas, incluindo  usuários de escolas do ensino médio e superior.

De acordo com o CIn/UFPE, o intuito agora é convidar mais pessoas a utilizarem o software para que uma comunidade seja criada. Atualmente o software é distribuído sob licença livre do tipo GPL 2 em openredu.cin.ufpe.br

O sucesso do Linux e do Apache é bastante conhecido, mas outras tecnologias de código aberto estão em ascensão e deverão ganhar mais espaço no mercado. Entre as quais cinco prometem se destacar em 2012 são: Nginx, Openstack, Stig, Linux Mint e Gluster. 

Em 2012, se tudo correr conforme o planejado, a Red Hat deverá tornar-se a primeira empresa de software open source a gerar mais de 1 bilhão de dólares em receitas. Será um marco para a comunidade de código aberto, que há muito tempo vê a sua abordagem de desenvolvimento baseada em comunidades como uma alternativa viável.

”Estamos percebendo uma mudança fundamental sobre onde a inovação começa a acontecer, deixando os enormes laboratórios das empresas de software, e emergindo das enormes comunidades de código aberto”, defende Jim Whitehurst, presidente e CEO da Red Hat.

O open source tem deixado o mundo do software proprietário em tumulto durante os últimos anos. O Linux, Apache Web Server, Perl, Apache, Hadoop, OpenOffice e GIMP têm disputado mercado com programas comerciais concorrentes. 

Mas quais serão os pesos pesados do open source no futuro? Há cinco projetos para acompanhar de perto em 2012 e que podem formar a base para novos negócios e indústrias. Ou podem apenas seduzir as mentes dos programadores e administradores com formas de fazer alguma coisa mais facilmente, ou pelo menos, menos cara.

Veja a seguir quais são essas tecnologias que prometem dar um novo gás em 2012 ao ambiente de código aberto, segundo os especialistas:

1) Nginx Durante a maior parte da última década, a oferta de software para servidores Web têm sido bastante estável. O Apache tem sido utilizado na maioria dos servidores Web, enquanto o Microsoft IIS (Internet Information Services) é usado no resto.

Entretanto, a utilização de um terceiro software, o Nginx (pronuncia-se em inglês “engine-x”), passou a ser considerada graças a sua capacidade de lidar facilmente com elevados volumes de tráfego.

O Nginx está sendo executado em 50 milhões domínios de internet, com participação de 10% do ambiente web, estimam os vários programadores de software.

Essa tecnologia é particularmente utilizada em sites de alto tráfego, tais como Facebook, Zappos, Groupon, Hulu, Dropbox, e WordPress.com. O Nginx foi criado por Igor Sysoev em 2004, especificamente para lidar com um grande número de usuários simultâneos, com capacidade para gerenciar até dez mil acessos por servidor. 

“É uma arquitetura bastante enxuta”, disse Andrew Alexeev, co-fundador de uma empresa fornecedora de uma versão comercial do software. Ele diz que 2012 promete ser de grande adoção do Nginx. Em 2010,  ano passado, o projeto recebeu três milhões de dólares de apoio de uma série de empresas de capital de risco, incluindo capital do CEO da Dell, Michael Dell.

A empresa de Alexeev formou uma parceria com a Jet-Stream para fornecer o Nginx para uma plataforma de Content Delivery Network. O fornecedor de software também está trabalhando com a Amazon para atuar como integradora do serviço de cloud AWS (Amazon Web Service).

Além de uso em operações de grande porte na web, Alexeev acredita que o Nginx será utilizado mais ampla pela nuvem e serviços compartilhados. “Este é o universo onde poderemos adicionar mais benefícios”, considera o executivo.

O grande lançamento do software está previsto para este ano, com uma versão mais flexível para ambientes compartilhados. O produto promete melhorias também para lidar com ataques de Distributed Denial of Service (DDoS) e recursos adicionais de segurança.

2) OpenStack O projeto OpenStack chegou relativamente tarde para participar da festa de cloud computing, mas traz uma característica particularmente indispensável: capacidade de expansão.

“É importante destacar a possibilidade do OpenStack ser processado em 100 ou até mesmo mil servidores. Outras opções não têm escala para esse volume de processamento”, diz Jonathan Bryce, presidente do OpenStack Board Policy Project.

Desde o seu lançamento em julho de 2010, o OpenStack ganhou rapidamente apoio de grandes fornecedores de TI interessados que estão disputando cloud computing, como HP, Intel e Dell. 

Os “devotos” do OpenStack afirmam que o projeto já conta com a adesão de mais de 144 empresas e 2,1 mil participantes. A Dell lançou um pacote, chamado Dell OpenStack Cloud Solution, o qual combina o OpenStack com software e servidores da própria empresa. A HP anunciou um serviço de cloud ainda em beta com a tecnologia.

Os componentes do núcleo computacional do OpenStack foram desenvolvidos no centro de investigação Nasa Ames, para suportar uma cloud interna de armazenamento de grandes quantidades de imagens espaciais. Originalmente, os administradores da Nasa tentaram usar o software Eucalyptus como plataforma de projetos de software.

Entretanto, a agência espacial americana enfrenta desafios para expandir o uso desse software, de acordo com Chris Kemp, que supervisionou o desenvolvimento do controlador de cloud OpenStack, quando era CIO do Nasa Ames.

Para promover uma adoção mais vasta, o OpenStack está sendo equipado com uma série de novos recursos para torná-lo mais atrativo para as empresas, disse John Engates, CTO da Rackspace fornecedor da solução.

Um projeto, chamado Keystone, permitirá que as organizações integrem o OpenStack com os seus sistemas de gestão de identidade, baseados em Microsoft Active Directory ou outras implantações de LDAP (Lightweight Directory Access Protocol). 

Além disso, os programadores estão trabalhando num portal de interface para o software. A Rackspace fez uma primeira parceria com a Nasa para “empacotar” o OpenStack para uso generalizado. Mas está também apresentando o projeto como uma entidade totalmente independente, na esperança de ser uma opção atrativa para os fornecedores de cloud computing.

“2011 foi o ano de desenvolvimento para a base do produto, mas acho que em 2012 esse projeto deslancha e será base para uma série de nuvens públicas e privadas”, acredita Engates.

3) Stig Em 2010, houve um enorme crescimento no uso das bases de dados não relacionais, como a Cassandra, a MongoDB, a CouchDB e inúmeros outros. Mas na conferência NoSQL Now, realizada em setembro deste ano, muitas das conversas centraram-se numa base dados que será lançada chamada Stig. Sua chegada está prevista para 2012.

O software Stig foi concebido para processar grandes volumes de dados característicos de sites de mídias sociais, dizem os seus gestores. Ele nasceu no ambiente da rede social Tagged, criada pelo engenheiro de software Jason Lucas, o qual classifica a tecnologia com base de dados gráfica distribuída.

O Stig foi projetado para suportar aplicações web interativas e sociais. Sua arquitetura de armazenamento de dados permite busca diferenciada, possibilitando que os usuários e as aplicações encontrem conexões entre informações distintas.

Essa capacidade é em razão de a tecnologia ter sido desenvolvida, em parte, na linguagem de programação funcional Haskell. Assim consegue dividir o seu volume de trabalho por vários servidores. 

O Stig é um pouco misterioso, pois ainda não foi lançado oficialmente. Mas analistas preveem que a tecnologia chegará para se destacar no nicho de redes sociais e outras aplicações que processam grandes volumes de variedade de dados. 

As necessidades das redes sociais são diferentes de outros serviços e a tecnologia pode ser uma aliada, espera Lucas.

“Não é possível ter um serviço relevante neste espaço, sem capacidade de expansão para um ‘tamanho planetário’”, diz o engenheiro de software. A tecnologia Stig funciona atualmente num servidor do Tagged, embora a empresa espere expandir o seu uso para ser a única base de dados da empresa.

Originalmente, os programadores estavam planejamento a liberação código em dezembro, mas adiou o lançamento para 2012. “O que eu vi parecia muito interessante”, disse Dan McCreary, um arquiteto de soluções semânticas da Kelly-McCreary & Associates, empresa de consultoria. 

4) Linux Mint Apesar de anos de apologia por parte dos adeptos do código aberto, o Linux nunca teve uma forte presença em ambientes pessoais de trabalho. Mas normalmente há sempre uma distribuição Linux mais fácil de usar, como alternativa ao Microsoft Windows.

Nos últimos anos, o Ubuntu, da Canonical, tem cumprido esse papel, embora o Linux Mint está se tornando mais popular. Ele poderá ultrapassar o Ubuntu por ser mais fácil de usar.

O engenheiro de software, Clement Lefebvre, concebeu o Linux Mint depois de rever outras distribuições Linux, para diversos fóruns online. A partir deste trabalho, ele desenvolveu vários recursos imprescindíveis para distribuição ideal para os consumidores finais.

Assim como a Canonical se apropriou da distribuição Linux Debian para tornar o Ubuntu popular, Lefebvre usou o Ubuntu como base para o Linux Mint. 

Hoje, o projeto Linux Mint é financiado por doações, receitas de publicidade do seu site, e os rendimentos obtidos a partir das buscas dos seus usuários por meio de uma parceria polêmica com a DuckDuckGo.

O Linux Mint foi projetado para atrair os usuários que querem um sistema operacional de código aberto sem seu PC, sem se preocupar e saber como funciona o Linux. Esta abordagem torna a instalação, a execução do software e a manutenção mais fáceis.

Ainda mais do que o Ubuntu, o Mint centra-se na facilidade de uso em razão de não adotar novos recursos. O Mint evita, por exemplo, a interface de desktop Unity, um tanto controversa, escolhida pela Canonical para portar o Ubuntu para plataformas móveis. Em vez disso, a tecnologia adota a interface Gnome, que é mais madura.

Segundo os desenvolvedores do Linux Mint, o projeto já é o quarto mais usado em desktops no mundo inteiro, depois do Windows, Mac OS X (Apple) e Ubuntu.

Em 2010, o Mint assumiu o lugar do Ubuntu como líder, segundo o site de notícias DistroWatch Linux, que adota métricas para perceber a popularidade de distribuições Linux. Sem dúvida, 2012 deve trazer maior crescimento para essa tecnologia.

5) Gluster A Red Hat poderá revolucionar o mundo do software de armazenamento como o fez com o mercado de sistemas operacionais baseados em Unix? A empresa adquiriu a Gluster, fornecedora do sistema de arquivos GlusterFS, que organiza em clusters drives SATA (Serial Advanced Technology Attachment), unidades NAS (Network Attached Storage) e sistemas em repositórios de armazenamento, com elevada capacidade de expansão.

De acordo com o CEO Red Hat, Jim Whitehurst, o mercado de software de armazenamento gera quatro bilhões de dólares em receita anual, mas não é por isso que a empresa está interessada na tecnologia de código aberto.

A companhia quer é encontrar uma tecnologia de armazenamento capaz de fazer migrações para cloud computing com mais velocidade. “Não há outras soluções como esta no mercado”. Em 2010, os downloads do GlusterFS aumentaram 300%. Em novembro de 2011, o software foi baixado mais de 37 mil vezes.

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