Tópicos | CNTE

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) fez uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (13), buscando informar os próximos passos das reivindicações organizadas com professores e outros profissionais da educação no Estado, que estão em greve contra o retorno presencial das aulas. Na próxima segunda-feira (17), haverá uma reunião com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para negociar os próximos passos legais das manifestações. Também foi feita a divulgação do novo vídeo para promover a Greve Pela Vida.

A coletiva teve a presença de Valéria Silva e Ivete de Oliveira, presidente e vice-presidente do Sintepe, Paulo Rocha, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), e Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

##RECOMENDA##

A presidente Valéria Silva relembrou o mote da “Greve pela Vida” que, segundo ela, difere de todas as lutas anteriores, devido à pandemia do novo coronavírus. "Nós estamos em greve para proteger os trabalhadores da educação, assim como nossos estudantes e seus familiares”, explica.

"Há uma miopia política de observância da realidade. Estamos em greve, mas comprometidos com a comunidade escolar”, emendou Valéria. A presidente ainda reforçou que o governo deve se articular para fornecer vacina a todos os profissionais da educação antes do retorno presencial.

Ivete de Oliveira, em sua fala, responsabiliza o governo estadual por não dar o apoio devido aos profissionais da educação e às instituições trabalhistas. Sendo a greve considerada judicialmente irregular, o Sintepe deve pagar uma multa diária de R$ 200 mil, e a vice-presidente informa que a multa chegará, amanhã, a uma soma de R$5 milhões. Ela afirma que é uma forma de desestabilizar as instituições sindicais.

Ivete continua anunciando que “a assembleia deliberou por uma campanha contra o governo, que rouba o direito à saúde e rouba a vida de trabalhadores, e faz um retorno das atividades. Apenas a rede estadual retornou às atividades presenciais”.

Paulo Rocha comentou sobre os esforços dos educadores, que aumentaram durante a pandemia, para garantir que todos os alunos sejam devidamente atendidos. “Os trabalhadores em educação, em particular os professores, estão trabalhando mais do que o normal, dando aula presencial e suporte aos que estão na modalidade remota, além de ser uma maioria feminina, elas ainda têm uma sobrecarga do trabalho doméstico”, declarou o presidente da CUT-PE.

Perguntada sobre o aproveitamento dos estudantes que estão submetidos às aulas virtuais, a presidente do Sintepe afirmou que é a preocupação principal de todos os profissionais da educação, em como melhorar as condições dos estudantes. Valéria propõe que é preciso repensar as práticas pedagógicas para adaptar a forma de ensinar. De acordo com a mesma, desde o início da pandemia, diversos professores começaram a montar estrutura dentro de casa, para tornar o processo de ensino-aprendizado mais proveitoso. “A defasagem educacional pode ser revertida”, defendeu a representante sindicalista. Ela ainda elencou que, na lista de prioridades do governo, a saúde deveria estar em primeiro lugar, com um calendário de vacinação incluindo os profissionais de educação, pois, segundo ela, “não pode continuar nessa quebra de braço”.

Heleno Araújo complementou trazendo uma reflexão sobre o aproveitamento propriamente dito. Antes da pandemia do novo coronavírus, a educação no Brasil já enfrentava problemas. Segundo Araújo, a crise sanitária escancarou os problemas que as salas de aula. Citando Paulo Freire, o presidente do CNTE levantou a questão sobre qual tipo de aproveitamento deve ser pensado aos estudantes.

Reunidas em Brasília, entidades elaboram manifesto e pedem que a educação seja compromisso prioritário dos candidatos à Presidência da República. Esta é a primeira vez que entidades ligadas à educação se unem em uma pauta conjunta para as eleições. Entre as bandeiras está a ampliação das fontes financeiras para o cumprimento da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação, percentual que já está previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado este ano.

Assinam o manifesto 12 entidades, entre elas a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). Juntas, representam mais de 4 milhões de trabalhadores em educação dos setores público e privado, quase 70 milhões de estudantes secundaristas e universitários e movimentos sociais e educacionais.

##RECOMENDA##

"Neste momento eleitoral, era quase uma obrigação nossa ter esse tipo de comportamento porque fortalece as nossas reivindicações. Uma coisa é demanda específica que pode ser apresentada por cada entidade,  outra coisa é essa demanda mais ampla, de que a educação seja tratada como assunto prioritário pelos candidatos", explica a coordenadora da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Cristina de Castro.

O PNE, que prevê metas para a educação a serem cumpridas em dez anos, está entre as demandas do manifesto. Segundo as entidades, a destinação dos recursos do petróleo para o setor, assegurada pela Lei dos Royalties (12.858/2013), é "um avanço importante, embora tímido frente às possibilidades existentes".

De acordo com o manifesto, a destinação será insuficiente para assegurar o investimento previsto no PNE e "exigirá um duro debate que discuta novas fontes financeiras". Algumas sugestões são a aprovação de projeto de lei que dê formato à cobrança de impostos sobre grandes fortunas ou de impostos sobre a movimentação financeira, em especial a de natureza especulativa.

As entidades pedem a expansão da oferta de ensino público, universal e de qualidade, a implantação de diretrizes nacionais de carreira e de planos de cargos e salários que permitam tornar atrativa a profissão de professor, salários dignos, investimentos em formação inicial e continuada, políticas de saúde e condições de trabalho adequadas para todos os trabalhadores da educação, entre outras demandas.

O manifesto completo pode ser acessado na página da Contee. As entidades entregarão o documento aos candidatos à Presidência. A intenção é que seja entregue também aos demais candidatos a governadores, deputados e senadores.

[@#galeria#@]

Professores de vários estados realizaram uma manifestação em Brasília nesta quarta-feira (19). Entre as reivindicações está a votação imediata do Plano nacional de Educação (PNE), com a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, além do cumprimento da lei do piso em todo o país. 

##RECOMENDA##

“Nossa luta é em defesa da escola pública, de uma escola digna para a população brasileira. A escola pública precisa ser tratada com respeito e investimento porque é uma escola aberta a todos”, disse o presidente do CNTE, Roberto Leão. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), mais de 2,5 mil pessoas participaram do protesto. Já a Polícia Militar informou que foram pouco mais de mil.

No início da manhã, o grupo se concentrou em frente ao Congresso Nacional. Com faixas e cartazes e vestidos de vermelho, os professores saíram em direção à Praça dos Três Poderes. Lá, ficaram voltados para o Palácio do Planalto, cercado pelos soldados do Batalhão da Polícia do Exército e pelos policiais militares do Distrito Federal.

Segundo a CNTE, o objetivo é incentivar a presidente Dilma Rousseff a pressionar os estados e municípios para pagar, no mínimo, o piso previsto em lei para os professores. Atualmente, apenas o Acre, o Ceará, o Distrito Federal e o Tocantins cumprem a norma.

Durante a semana passada, profissionais de educação e entidades da sociedade civil que atuam no setor em todo o país promoveram atos, marchas, paralisações, seminários, além de audiências com parlamentares e governo. Hoje (28), no Dia da Educação, as atividades terminam, mas o debate da valorização do setor continua.

Os eixos das reivindicações são três: o piso, a remuneração e carreira dos docentes, a formação inicial e continuada dos profissionais em educação e boas condições de trabalho. Sobre o último tema, na cartilha distribuída pela Campanha Nacional pelo Direto a Educação – articulação de mais de 200 movimentos e organizações da sociedade civil –, das escolas públicas que responderam o Censo Escolar 2011 (99,8% das instituições), 46,8% têm sala dos professores, 27,4% biblioteca e 14,8%, salas para leitura. Além disso, 14,3% não oferecem água filtrada e 17,5% não têm sanitário dentro do prédio da escola.

##RECOMENDA##

Segundo levantamento feito pela entidade, o salário dos professores é 38% menor do que o dos demais profissionais com nível superior completo ou incompleto. Entre 47 profissões, a de professor de ensino fundamental das séries iniciais figura na 31ª posição, com média salarial de R$ 1.454, menos do que ganhavam, em média, os corretores de imóveis (R$ 2.291), caixas de bancos (R$ 1.709) e cabos e soldados da polícia militar (R$ 1.744).

O salário é protegido pela Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso salarial nacional do magistério da educação básica é R$ 1.567 e deve ser pago em forma de vencimento. No entanto, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), apenas o Distrito Federal e quatro estados (Acre, Ceará, Pernambuco e Tocantins) cumprem integralmente a lei.

O cumprimento da lei, entre outros pedidos, levou 22 estados a aderirem a paralisação proposta pela CNTE. Do dia 23 ao dia 25 de abril, professores da rede pública estadual e municipal de ensino em todo o país cruzaram os braços por melhores condições de trabalho. Dois estados: São Paulo e Maranhão continuam em greve.

Toda a movimentação teve resultado, um deles, a instalação de uma Comissão Mista de Fiscalização e Acompanhamento de Políticas Públicas, que terá a educação como primeiro item da pauta. Assumiram o compromisso os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Renan Calheiros declarou também que vai cuidar pessoalmente do calendário de discussão e votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está no Senado.

"Os professores e os demais profissionais de educação são elementos fundamentais para o cumprimento do direito constitucional da educação de qualidade no país. Com a desvalorização que vem se efetivando, a desvalorização social e salarial, aqueles que se formam em pedagogia terminam não querendo seguir a carreira de docente", diz a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento.

Já o presidente da CNTE, Roberto Leão diz que a carreira de docente não é atrativa à juventude. “Os professores trabalham muito e não têm uma jornada respeitada para poder viver com razoável dignidade". Em nota divulgada à imprensa, a CNTE informa que mais greves vão ocorrer em todo o país em função do descumprimento da Lei do Piso.

[@#galeria#@]

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) apresentaram, na manhã desta segunda-feira (22), as atividades que a categoria realizará, dentro das ações da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que ocorre desta terça (23) até a quinta-feira (25). A principal ação é a Greve Nacional dos Professores, durante esses três dias. O Sintepe apenas divulgará quantos educadores aderiram a paralisação amanhã (23). A apresentação ocorreu durante uma coletiva de imprensa, na sede do Sindicato, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

##RECOMENDA##

As atividades que integram a Semana Nacional serão realizadas em todo o Brasil, sob a coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Outras reivindicações do ato são a cobrança pelo cumprimento do piso salarial nacional, 100% dos royalties para educação, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em prol do desenvolvimento educacional, profissionalização dos funcionários da educação, e execução do Plano Nacional de Educação (PNE).

Também nesta manhã (22), o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, divulgou dados de um levantamento realizado recentemente sobre a situação de escolas estaduais. A ideia da pesquisa foi mostrar as deficiências que prejudicam alunos e professores. “A Região Metropolitana do Recife tem 384 escolas. Conseguimos buscar informações em 206 unidades, tentando identificar problemas de estrutura, de falta de professores, e situação da merenda escolar”, explicou Araújo.

De acordo com o levantamento, 48% das escolas pesquisadas têm falta de professores. Além disso, há 25 unidades sem professor de matemática, 16 de português, e 10 de idiomas. “Para atender as demandas administrativas, precisamos de 309 funcionários e ainda temos a carência de 63 técnicos educacionais”, completou o presidente do Sintepe. Ele também alertou sobre os problemas de infraestrutura. “Nosso estudo ainda revelou que as escolas necessitam de 13.431 bancas. Tem aluno sentando no chão e, para um bom aprendizado, é necessário o mínimo de conforto. Também identificamos que mais da metade das escolas tem problemas estruturais em suas quadras poliesportivas”, denunciou Araújo.

O estudo ainda mostrou que, das 206 escolas, 114 não possuem laboratórios de ciências, e, aquelas que têm, apresentam problemas de estrutura nesses espaços. Um dos participantes da coletiva, Adolfo Barbosa, que trabalha no setor administrativo da Escola Clotilde de Oliveira, localizada na Avenida Norte, no bairro de Casa Amarela, no Recife, denunciou problemas em relação à merenda escolar na unidade. “As condições são precárias. Os alunos têm que comer no chão”, disse Barbosa, destacando que das escolas pesquisadas, 95 apresentam problemas em relação a merenda.

Programação da Greve Nacional em Pernambuco

Nesta terça-feira (23), serão realizados atos públicos em frente às Gerências Regionais de Educação e na Secretaria Estadual de Educação (SEE), no bairro do Várzea, Zona Oeste do Recife. Os atos iniciarão às 9h.

Na quarta-feira (24), haverá uma ocupação nas Câmaras dos Vereadores e na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), às 14h. A Alepe fica na Rua da Aurora, área central da capital pernambucana.

Já na quinta-feira (26), será realizado do Seminário Ação Mundial pela Valorização dos Profissionais de Educação, na sede do Sintepe, das 9h às 17h. Na oportunidade, haverá apresentação do resultado parcial do estudo “O trabalho na educação básica em Pernambuco”.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando