Tópicos | Cláudio Lamachia

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, está na Câmara dos Deputados, na tarde desta quinta-feira (25), para protocolar o 13º pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB). Com 31 páginas, o documento afirma que o Temer cometeu crime de responsabilidade ao não negar, em pronunciamentos e entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o teor da conversa com o dono da JBS, Joesley Batista. 

Segundo Lamachia, o pedido leva em consideração “as manifestações do senhor presidente da República onde em dois momentos [entrevista e pronunciamento] ele declara conhecimento com relação a todos os fatos. Ele declara que escutou o empresário, que chama de fanfarrão, dizer que tinha um juiz de direito e um promotor comprados e nada fez”. 

##RECOMENDA##

Em entrevista à imprensa antes de entregar o pedido na Secretaria da Mesa Diretora da Casa, o presidente disse que o áudio da conversa “pode até ter sofrido interferência”, mas a postura de Temer “torna este fato absolutamente controversos”. “Temos aqui presente o crime de responsabilidade do presidente da República”, declarou, ponderando que Temer também agiu com “falta de decoro”. 

“O pedido da OAB avalia os fatos e as situações jurídicas. A decisão da OAB é absolutamente técnica, tomada numa sessão que durou oito horas. Estou absolutamente tranquilo e lamentando, mais uma vez, o momento que estamos vivendo no Brasil e novamente pedindo o impeachment de mais um presidente, de forma independente”, pontuou, lembrando que há 1 ano e quatro meses também assinaram um pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

Sobre a postura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de não colocar em pauta um assunto que segundo ele “desestabiliza” o país, Lamachia disse que o democrata  “tem as suas prerrogativas e ele deve observar a responsabilidade do cargo que tem”.  

“O país não sofre nenhuma desestabilização pela abertura de um impeachment. Em menos de 1 anos e 4 meses a OAB apresenta dois impeachments de dois presidentes da República, absolutamente opostos no que diz respeito às ideologias partidárias.  A OAB não age de acordo com as paixões partidárias, age de maneira absolutamente técnica e a partir de uma decisão do Supremo”, declarou.  

O presidente da OAB disse ainda que a “renúncia de Temer é um ato pessoal” e pontuou que era obrigação da Ordem já indicar testemunhas de acusação para o eventual processo. 

 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, se manifestou nesta quinta-feira (18) sobre a declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que nesta quarta-feira (17) disse que a Lei da Ficha Limpa parece ter sido “feita por bêbados”.

"A Lei da Ficha Limpa é amplamente reconhecida pela sociedade como um avanço da democracia e do sistema eleitoral, impedindo a candidatura de quem tem ficha suja. Tanto é assim que foi apresentada como projeto de lei de iniciativa popular”, disse em nota divulgada pela assessoria de imprensa da OAB, lembrando que "o presidente do TSE deveria reconhecer e apoiar todas as iniciativas que aperfeiçoam o sistema eleitoral".

##RECOMENDA##

Lamachia também criticou a linguagem usada por Mendes: "A linguagem usada por ele, inclusive, não se coaduna com a postura de um magistrado, notadamente um ministro do STF, na hora de exercer seu direito de crítica, seja ela direcionada à sociedade, proponente da lei, seja aos parlamentares que aprovaram a matéria, seja ao chefe do Executivo que a sancionou”.

A declaração de Gilmar Mendes foi feita durante uma sessão no Plenário do STF que analisava decisão sobre contas rejeitadas de prefeitos que são candidatos às eleições.

Críticas

Nesta quinta-feira, ao ser questionado por jornalistas, Mendes voltou a falar sobre a Lei da Ficha Limpa durante evento no TSE. Ele disse que sua fala de ontem foi feita no contexto de um debate. Ele reafirmou que legislação tem vícios e que precisa ser aprimorada.

“A lei na verdade tem alguns vícios e necessita realmente de aprimoramento. O que eu disse é que a lei foi mal feita, realmente ela tem carências e precisa ser aperfeiçoada. Portanto, ela não pode ser canonizada”, disse ao lembrar que o Tribunal Superior Eleitoral vem interpretando a lei em questão. 

“Nós mesmos aqui no TSE temos feito uma interpretação construtiva da lei. Porque aquela lei, nós sabemos todos, foi feita de afogadilho. Ela tinha na verdade como mote ser aplicada já nas eleições de 2010, criava portanto inelegibilidade”, disse o ministro.

O ministro citou falhas específicas da Lei da Ficha Limpa como, por exemplo, o fato de que profissionais excluídos de conselhos possam se tornar inelegíveis. “Quer dizer, brincou-se um pouco de Deus nesse tipo de matéria. E é preciso respeitar um pouco a inteligência alheia, é preciso que a própria legislação não aproveite momentos emocionais para trazer coisas absolutamente irracionais”, disse.

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse que "o Brasil passa por uma grave crise ética". Para ele, "o momento é complexo porque, junto com os graves problemas que afligem o País, surge oportunidade única de colocar o Brasil em rumos certos".

Lamachia demonstrou perplexidade ante os áudios de diálogos do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ex-presidente José Sarney (1985/1990) e o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) - divulgados com exclusividade pela repórter Camila Bonfim, da TV Globo.

##RECOMENDA##

Os áudios revelam preocupação de Renan, Sarney e Machado com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Em um diálogo, o presidente do Senado ataca o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem chama de "mau caráter".

"Nos últimos anos, a sociedade começou a ver pessoas poderosas começarem a pagar pelos crimes que cometeram", disse Lamachia. "Agora, com a Lava Jato, nota-se um processo de investigação de desvios que ainda comprometem o sucesso do País."

O presidente da OAB considera que "a noção de impunidade parece estar ameaçada e, por isso, algumas pessoas podem estar incomodadas". "Mas a lei deve valer para todos, seja quem for, não importa o cargo ou função que exerça nem a classe social. Temos que caminhar rumo a aplicação dessa regra: todos são iguais perante a lei."

Lamachia disse, ainda, que a Ordem "cobra que as investigações sejam conduzidas dentro do que a lei permite, sem que as autoridades cometam abusos ou violem os direitos das pessoas que são investigadas".

"É preciso garantir o acesso à ampla defesa e ao devido processo legal. Grampos em conversas entre advogados e seus clientes são inadmissíveis em um Estado Democrático de Direito. É preciso combater o crime com meios lícitos. Combater o crime praticando outros crimes só vai resultar no desperdício da chance que o Brasil tem de mudar para melhor", finalizou.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, disse nesta segunda-feira (28) que não há um “racha” entre os advogados em relação à decisão da entidade de entregar, na Câmara dos Deputados, um novo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Neste momento, o documento está sendo protocolado na Casa.

Antes, no início da tarde, um grupo de advogados entregou ao presidente da OAB um manifesto, assinado por 140 profissionais, contra a decisão da ordem de pedir o impeachment da presidenta. Lamachia informou ter recebido outros dois manifestos individuais contrários à posição da OAB.

##RECOMENDA##

No último dia 18, o Conselho Federal da OAB decidiu acompanhar o voto do relator e aderir ao pedido de impeachment de Dilma. A maior parte das bancadas regionais da OAB votou com o relator por unanimidade.

“Não há racha nenhum. Imputo isso a uma leviandade, afirmar que há racha na OAB. A instituição tem hoje quase um milhão de advogados inscritos. Basta que se faça uma contagem para vermos onde temos e qual o número de advogados que estão se manifestando contra a instituição. Temos estados com mais de 100 mil advogados, onde tem 30 advogados indo para a frente da OAB fazer um protesto. Isso não pode ser encarado como um racha na instituição, mas como uma divergência”, disse, em entrevista, a jornalistas.

Lamachia diz que houve amplo debate nas OABs dos estados, sobre apoiar ou não o pedido de impeachment, e no Conselho houve aprovação de 26 das 27 seccionais.

“A OAB tomou uma decisão absolutamente técnica e ouviu todas as OABs dos 27 estados da federação. Tivemos uma votação do plenário do Conselho Federal apreciando um voto que tem mais de 40 folhas e tivemos, ao fim, uma decisão de 26 bancadas contra uma que votou contrária ao ajuizamento do pedido de impeachment da presidente da República. Foi uma decisão democrática, e tomada após mais de 10 horas de debate”, disse Cláudio Lamachia.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando