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Os combates no leste da Ucrânia se intensificaram nesta sexta-feira (13) durante uma ofensiva organizada pelos rebeldes, que pretendem dominar um entroncamento ferroviário estratégico antes do início do cessar-fogo, marcado para ter início neste final de semana. Ao menos 25 pessoas morreram na região.

Apesar do acordo de paz assinado pelos líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França nesta quinta-feira (12) em Minsk, os confrontos têm aumentado. A chanceler alemã, Angela Merkel, descreveu o cessar-fogo, que entra em vigor no domingo, como uma "luz de esperança". Entretanto, o acordo parece ter desencadeado uma guerra de última hora por território. A data marcada para os dois lados deterem as hostilidades é domingo, um minuto após a meia-noite.

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De acordo com militares da Ucrânia, a cidade ferroviária de Debaltseve, em poder do governo, recebeu dezenas de armas e foguetes em um período de 24 horas após a reunião em Minsk.

Andriy Lysenko, porta-voz da força militar da Ucrânia, afirmou que 11 soldados foram mortos e 40 feridos na quinta-feira, no leste do país. Autoridades regionais leais a Kiev confirmaram ao menos sete mortes de civis, enquanto os rebeldes disseram que outras sete pessoas foram mortas em ataques de artilharia nas cidades de Luhansk e Horlivka, sob domínio separatista.

Segundo repórteres da Associated Press, havia bombardeio intenso ao longo da estrada ao norte de Debaltseve. A cidade é a última ainda conectada ao resto do território controlado pelo governo.

De acordo com a agência de notícias ucraniana Interfax, o vice-ministro da defesa, Petro Mekhed, afirmou que as forças rebeldes irão hastear suas bandeiras em Debaltseve e Mariupol no domingo. Recentemente, os separatistas cercaram as forças ucranianas em quase todo o entorno de Debaltseve. A maioria dos cidadãos da cidade já fugiram por conta dos confrontos.

Para a Ucrânia, Debaltseve deve permanecer sob controle do governo, segundo os termos de um acordo assinado em setembro do ano passado. Uma cópia do acordo vazou para a imprensa ucraniana e mostra a cidade do lado de dentro da linha de divisão assinada por rebeldes e membros do governo. Entretanto, Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, discordaram sobre o futuro de Debaltseve no encontro em Minsk de quinta-feira.

O acesso ucraniano à única rodovia que ainda liga a cidade ao resto do território controlado pelo governo parece ter sido comprometido com a conquista de Lohvynove, território ao norte de Debaltseve. Repórteres da Associated Press avistaram caminhões militares ucranianos em chamas na cidade de Luhanske, a dez quilômetros de distância.

O batalhão de Donbass, unidade do exército ucraniano envolvida nos confrontos ao redor de Lohvynove, declarou que rebeldes capturados confirmaram o envolvimento de tropas russas na ação.

Nesta sexta-feira, bombas atingiram cidades como Artemivsk, que fica 40 quilômetros dentro da linha sob comando do governo. Repórteres da Associated Press viram o corpo de uma criança morta após uma bomba ter atingido um jardim de infância, mas não se sabe quem foi o responsável pelo ataque.

Moscou nega veementemente que fornece armas e soldados para as forças rebeldes, mas a enorme quantidade de artilharia pesada do lado rebelde deixa dúvidas. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Rússia vai ajudar no processo de paz sem interferir diretamente nas questões locais. "Nós simplesmente não podemos interferir fisicamente, porque a Rússia não participa desse conflito", disse.

O cessar-fogo será monitorado pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Lamberto Zannier, secretário-geral da organização, espera que com o acordo, os confrontos sejam interrompidos. Para ele, os combatentes terão de se esforçar para permitir que a missão de paz, que usa câmeras instaladas em drones, seja bem-sucedida. "Nossos materiais foram alvo de ataques diversas vezes, funcionários foram capturados. Precisamos de uma mudança de atitude", comentou.

Após o cessar-fogo, o próximo passo é a formação de uma zona de segurança entre as forças ucranianas e os rebeldes. Cada lado deve retirar sua artilharia pesada da linha do front, criando uma área de 50 a 140 quilômetros de distância. A ação tem início marcado para a próxima segunda-feira e deve ser finalizada em duas semanas. Fonte: Associated Press.

A Casa Branca disse, por meio de comunicado, que o novo acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia pode ser um passo significante para resolução do conflito na região.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o cessar-fogo deve ser honrado e que as armas pesadas têm de ser retiradas da região em conflito. Ele também pediu que a Rússia pare de apoiar os separatistas e retire suas tropas do leste da Ucrânia.

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Earnest afirmou que a fronteira da Ucrânia com a Rússia deve ser restabelecida e que os Estados Unidos estão especialmente preocupados com os conflitos, que se acentuaram nesta quinta-feira, apesar do acordo. Fonte: Associated Press.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje que as partes envolvidas no conflito da Ucrânia chegaram a um acordo de cessar-fogo, que entra em vigor a partir de domingo (15), e para a criação de de uma linha de divisão para a retirada de armas pesadas.

Após 15 horas de negociações em Minsk, capital da Bielorrússia, Putin disse que foram assinados acordos para a declaração do cessar-fogo e para colocá-lo em prática. As negociações envolveram Putin, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

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Apesar dos pactos, há relatos de novos casos de violência entre forças ucranianas e rebeldes separatistas no leste da Ucrânia. Fonte: Associated Press.

Um cessar-fogo interrompeu intensos confrontos nas proximidades do palácio presidencial na capital do Iêmen, Sanaa, nesta segunda-feira (19), depois de os rebeldes xiitas terem tomado o controle da agência de notícias e da televisão estatal.

Os combates, concentrados na região do palácio e na área ao sul da residência presidencial, representa o maior desafio enfrentado pelo presidente Abed Rabbo Mansour Hadi em relação aos rebeldes, conhecidos como houthis, que deixaram seus redutos no ano passado para tomar a capital em setembro.

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A violência levou o mais pobre país árabe da África a um caos ainda maior e pode complicar os esforços dos Estados Unidos no combate ao braço iemenita da Al-Qaeda, que assumiu a responsabilidade pelos ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo e é considerado por Washington o ramo mais perigoso da rede terrorista.

Os houthis são vistos por seus críticos como representantes do Irã xiita, acusação negada pelo grupo. Acredita-se também que tenham ligação com o ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, derrubado em 2012 após protestos da Primavera Árabe. Eles prometeram erradicar a Al-Qaeda, mas também são hostis aos Estados Unidos. Seu slogan é "morte a Israel. Morte à América".

Os houthis e forças leais a Hadi estão num impasse há meses na capital. Cada lado culpava o outro pela explosão de violência na manhã desta segunda-feira. Testemunhas disseram que tiros de metralhadora podiam ser ouvidos, enquanto disparos de artilharia atingiram áreas próximas ao palácio presidencial.

Hadi não vive no palácio, mas uma quantidade extra de soldados e tanques foram enviados para proteger sua residência privada, que fica próxima da área dos ataques. Um cessar-fogo foi negociado por um comitê presidencial que incluiu os ministros do Interior e da Defesa, um auxiliar presidencial e um xeque de uma tribo que é próximo aos houthis.

A mais recente explosão de violência parece ter ligação com a rejeição dos houthis ao esboço na nova Constituição, que divide o país em seis regiões federais. No sábado, os houthis sequestraram um dos principais auxiliares do presidente para prejudicar uma reunião sobre o assunto.

Hadi e os houthis acusam-se mutuamente pela não implementação de um acordo de paz, negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que pede a Hadi que forme um novo governo de unidade nacional e reforme as agências do governo. O acordo prevê também que os houthis retirem seus combatentes das cidades. Os rebeldes exigem a integração de seus homens às forças de segurança, algo que Hadi se opõe.

A longa luta pelo poder prejudicou a capacidade do Iêmen de combater a Al-Qaeda na Península Arábica e o avanço houthi em áreas predominantemente sunitas elevou o apoio local ao grupo terrorista. Fonte: Associated Press.

O Exército da Colômbia afirmou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) atacou seus soldados na véspera de um cessar-fogo unilateral anunciado pelo grupo guerrilheiro na quarta-feira.

Em um comunicado, o Exército afirmou que as Farc mataram cinco soldados e feriram outros sete em Santander de Quilichao, no sudoeste da Colômbia.

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As Farc anunciaram que iriam depor indefinidamente as armas a partir de sábado para reforçar as negociações de paz que foram realizadas em Cuba durante os últimos dois anos. Fonte: Associated Press

Autoridades do Exército ucraniano disseram que suspenderam nesta terça-feira (9) ataques contra os separatistas apoiados pelos russos no leste do país, em linha com uma trégua estabelecida na semana passada. Líderes rebeldes separatistas também declararam seu apoio ao anúncio.

O presidente Petro Poroshenko declarou um "dia de silêncio" na quinta-feira, na esperança de reavivar o acordo de cessar-fogo estipulado em setembro e violado quase diariamente. O conflito de sete meses já deixou mais de 4.300 mortos, desalojou centenas de milhares de pessoas e exauriu uma nação que luta para afastar um colapso econômico.

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Bombardeios intensos continuaram até a véspera do prazo-limite para encerrar as hostilidades, causando várias vítimas. Autoridades ucranianas disseram nesta terça-feira que áreas residenciais controladas pelo governo e posições armadas foram atacadas mais de 60 vezes em um período de 24 horas. Dois civis morreram e outros dez ficaram feridos.

Autoridades locais no principal reduto separatista da cidade de Donetsk disseram que dois civis foram mortos. De acordo com a prefeitura, mais de 20 edifícios residenciais foram danificados nos ataques.

O escritório de Poroshenko havia anunciado que uma nova rodada de negociações de paz envolvendo a Rússia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) seria realizada nesta terça-feira na capital da Bielorrússia, Minsk. Mas essas conversas não aconteceram.

Os rebeldes acusam Kiev de má-fé na busca por um acordo de paz a longo prazo. Eles citam uma decisão do governo da Ucrânia no mês passado de cortar serviços públicos básicos e pagamentos de previdência social e de pensões em territórios rebeldes como uma tentativa de subjugar a população local.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, divulgou uma nota conciliatória nesta terça-feira, um sinal de que Moscou pode apoiar que a Ucrânia retome o controle de áreas separatistas. Lavrov disse à agência de notícias estatal russa que os rebeldes estavam prontos "para restaurar a economia comum e o espaço político e humanitário" com a Ucrânia. Fonte: Associated Press.

O presidente norte-americano Barack Obama fez críticas ao líder russo Vladimir Putin neste domingo, insinuando que ele não está cumprindo o acordo de cessar-fogo assinado entre rebeldes separatistas e a Ucrânia em setembro. Apesar da afirmação, Obama não apresentou novos planos a respeito de um possível endurecimento das sanções contra a Rússia.

O presidente dos Estados Unidos fez os comentários rapidamente, após um encontro com líderes europeus para discutir o conflito e a deterioração das condições de segurança no leste da Ucrânia. "Estamos firmes de que precisamos manter os princípios internacionais", disse. "Um deles é o de que você não pode invadir outros países ou entidades financeiras e nem atuar para fragmentar um país que tem mecanismos para realizar eleições democráticas".

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Obama descreveu suas interações com Putin, realizadas nos bastidores de eventos na Ásia-Pacífico esta semana, como metódicas e disse que Moscou continuará a enfrentar o isolamento no cenário internacional se não mudar de rumo. "Não é nossa preferência ver a Rússia isolada como está agora".

Putin deixou a Austrália, onde participou do encontro dos líderes do G-20, pouco após Obama e líderes europeus começarem sua reunião. Estiveram presentes o presidente da França, François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro inglês David Cameron, além de líderes da Itália, Espanha e representantes da União Europeia.

Apesar do cessar-fogo firmado entre Ucrânia e rebeldes pró-Rússia, os combates continuam no leste do território do país. Os russos são acusados pelos países ocidentais de auxiliarem os separatistas no combate, com o envio constante de soldados e armamentos. As acusações são veementemente negadas por Moscou. Fonte: Associated Press.

Passadas 48 horas do último acordo de cessar-fogo no Sudão do Sul, tropas do governo e rebeldes voltaram a entrar em conflito nesta segunda-feira (10). Segundo o porta-voz militar do governo, coronel Philip Aguer, 24 rebeldes e cinco oficiais foram mortos.

Governo e rebeldes trocaram acusações sobre de qual lado teriam partido os primeiros ataques. "O governo é o único responsável por estes ataques desnecessários, motivados por seus desejos de recapturar os campos de petróleo sob o nosso controle antes que um acordo de cessar-fogo permanente seja assinado", declarou o porta-voz dos rebeldes, Lul Ruai Koang. Já Aguer culpou os rebeldes, afirmando que posições do governo foram atacadas no norte do estado do Alto Nilo.

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No último sábado, líderes políticos implementaram o terceiro cessar-fogo desde o início do conflito em dezembro do ano passado. Assim como este último, os acordos anteriores foram rapidamente descumpridos, mostrando que tais negociações têm pouco efeito no campo de batalha.

Países da África Oriental ameaçaram impor sanções políticas e econômicas contra o governo do presidente Salva Kiir, caso a guerra não seja interrompida. Com a diminuição das chuvas sazonais, é esperado que a disputa no Sudão do Sul se intensifique, avaliam analistas.

Apesar deste último confronto, Aguer insistiu que o governo está comprometido com o fim da violência. "Esta guerra deve ser interrompida o mais rápido possível, pois está consumindo nossos recursos e matando pessoas inocentes." Fonte: Associated Press.

O presidente da Síria Bashar Assad afirmou nesta segunda-feira que está considerando a proposta do emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para implementar um cessar-fogo na cidade de Aleppo, que foi tomada por rebeldes.

O enviado da ONU, Staffan de Mistura, reuniu-se com o presidente Assad para discutir a possibilidade de uma trégua na cidade, que é um antigo centro comercial da Síria e a última grande cidade sob controle dos rebeldes.

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Após o encontro, a rede de TV estadual SANA divulgou uma declaração em que o chefe de Estado "considera que vale a pena estudar a iniciativa de De Mistura e trabalha para alcançar o objetivo de trazer segurança novamente a Aleppo".

O plano inclui parar os combates em certas áreas para permitir a entrada de esforços de ajuda humanitária, que serviria para tentar levar a guerra civil a um cessar-fogo mais amplo. A iniciativa causou a revolta de opositores do governo Assad, que acusaram o diplomata de estar sendo muito "apressado" e de exceder sua autoridade.

Apesar da declaração oficial, ainda não está claro se os comentários de Assad refletem uma mudança na posição do governo ou representam apenas uma tentativa de aparentar ser aberto às ideias sem estar necessariamente comprometido com elas. Fonte: Associated Press.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, expressou "séria preocupação" com relatos de uma nova incursão da Rússia em território ucraniano durante um telefonema para o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, segundo informações de um porta-voz do governo alemão.

Os dois líderes pediram que todas as partes envolvidas no conflito no leste da Ucrânia implementem todos os termos do acordo de cessar-fogo assinado em setembro na capital da Bielo-Rússia entre Kiev e separatistas pró-Moscou.

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Merkel e Poroshenko discutiram "atuais acontecimentos no leste da Ucrânia, especialmente a piora da situação humanitária em áreas controladas pelos separatistas em razão dos combates persistentes", afirmou o porta-voz alemão.

Embora o acordo de cessar-fogo tenha gerado uma redução dos conflitos entre tropas ucranianas e separatistas, as tensões se ampliaram novamente depois de os rebeldes realizarem no último domingo eleições nos territórios que eles controlam. Para o governo ucraniano, os EUA e a União Europeia as eleições foram o rompimento do acordo de cessar-fogo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pelo menos 331 pessoas morreram no leste da Ucrânia desde o acordo de cessar-fogo entre separatistas pró-Rússia e tropas do governo, informou a Organização das Nações Unidas nesta quarta-feira.

As hostilidades persistem no principal reduto rebelde, a cidade de Donetsk, assim como nas proximidades das cidades de Debaltseve e Schastye.

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O aeroporto de Donetsk, foco da maior parte dos combates, não tem significado tático imediato para as forças separatistas, que não tem poder aéreo. Porém, o fato de o governo manter o controle da instalação dá às suas forças uma posição estratégica de ataque contra as posições rebeldes na cidade.

Pelo menos 3.660 pessoas morreram nos seis meses de combates, segundo estimativas da ONU. A organização diz que algumas das mortes relatadas desde a trégua de 5 de setembro podem incluir pessoas que morreram antes desta data.

A Câmara Municipal de Donetsk informou nesta quarta-feira que três civis morreram após ataques realizados durante a noite. Durante a manhã não havia sinais de tumulto na cidade.

O Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, disse em comunicado que a crise de segurança precisa ser enfrentada para que os moradores do leste da Ucrânia possam recuperar seus direitos à educação, saúde, moradia e emprego.

A ONU estima que cerca de 5 milhões de pessoas foram privadas de seus direitos básicos no leste ucraniano.

"Embora o cessar-fogo seja uma medida muito bem-vinda na direção do encerramento do conflito no leste da Ucrânia, eu peço a todos os envolvidos que genuinamente respeitem e defendam a trégua e interrompam os ataques contra civis e contra a infraestrutura civil", disse Zeid.

Rebeldes e autoridades do governo culpam-se mutuamente pela morte de civis.

O relatório da ONU cita o governo ucraniano dizendo que mais de 4.500 prédios residenciais foram danificados ou destruídos nos combates. Pelo menos 22 bairros continuam sem água corrente e outros 93 não recebem eletricidade, diz o documento.

A falta de habitação apropriada está se tornando particularmente preocupante com a aproximação do inverno, quando as temperaturas na região podem cair abaixo de zero durante várias semanas.

Segundo informações do governo, desde meados de setembro há cerca de 25.500 pessoas vivendo em abrigos inadequados para as condições do inverno, relatou a ONU. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, afirmou que dois drones serão enviados ao país para que os observadores internacionais possam monitorar o duvidoso cessar-fogo entre forças governamentais e separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

Yatsenyuk afirmou nesta segunda-feira que os drones serão enviados à Organização para Segurança e Cooperação na Europa depois de serem liberados pela alfândega. O cessar-fogo instituído em 5 de setembro foi violando sucessivamente. O aeroporto controlado pelo governo na maior cidade ocupada por rebeldes, Donetsk, é cenário recorrente de conflitos. Bairros residenciais próximos à área são frequentemente atingidos por tiroteios.

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De acordo com Yatsenyuk, a Rússia não está tomando nenhuma ação para diminuir as hostilidades. Ele acusa Moscou de permanecer com as tropas na Ucrânia, acusação que a Rússia nega. O ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, pediu a todos para apoiarem o cessar-fogo e negou todas acusações de violações feitas por rebeldes. Fonte: Associated Press.

O principal general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Philip Breedlove, disse neste sábado que o cessar-fogo entre a Ucrânia e os rebeldes pró-Rússia no leste do país "é apenas no papel". Segundo ele, o fluxo livre de armas e combatentes pela fronteira com a Rússia torna quase impossível determinar o números de soldados russos atuando no país.

Em uma coletiva de imprensa após se encontrar com os líderes militares da Otan, Breedlove afirmou estar esperançoso em relação ao acordo para o estabelecimento de uma zona neutra, feito neste sábado. A medida é uma tentativa de fortalecer o cessar-fogo iniciado em 5 de setembro, que tem sido frequentemente quebrado. O general põe a culpa por essas violações principalmente na Rússia. "A situação na Ucrânia agora não é boa. Basicamente, nós temos um cessar-fogo só no papel", comentou.

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Segundo o representante da Otan, o nível de violência no leste da Ucrânia, incluindo o número de salvas de artilharia disparadas, é tão alto quanto antes do cessar-fogo. Ele diz que soldados russos ainda atuam dentro da Ucrânia, mas é impossível determinar quantos eles são. "A fronteira tem sido mantida aberta pelas forças russas e os simpatizantes. O fluxo de soldados torna quase impossível imaginar os números".

Nem a Rússia nem a Ucrânia são membros da Otan, mas ambas têm fronteiras com países que fazem parte do pacto militar. Fonte: Associated Press.

O cessar-fogo na Ucrânia parece estar sendo cumprido, com apenas uma morte reportada nos últimos dois dias na cidade de Donetsk, uma das regiões mais afetadas pelo conflito. A Câmara da cidade disse que não houve registro de vítimas fatais na noite de quarta para quinta-feira, uma das mais silenciosas dos últimos meses. Ainda segundo o órgão oficial, a situação era calma na maior parte da cidade, embora algumas explosões ainda pudessem ser ouvidas na região norte, próxima ao aeroporto.

O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Andriy Lysenko, confirmou a morte de uma pessoa em combate perto do aeroporto de Donetsk nesta quinta-feira. Os conflitos continuaram nos arredores da cidade, apesar da declaração formal de cessar-fogo.

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O acordo de trégua assinado no dia 5 de setembro sofreu repetidas violações, e ambos dos lados da guerra - o governo ucraniano e os rebeldes pró-Rússia - afirmaram que podem se reagrupar e continuar lutando, se necessário. Num pronunciamento ao Congresso dos EUA nesta quinta-feira, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que 17 soldados foram mortos desde o início do cessar-fogo.

Mas a última semana registrou algum progresso para a solução política definitiva da crise. Na terça-feira o Parlamento da Ucrânia aprovou uma lei concedendo maior autonomia às regiões rebeldes do país e anistia para alguns dos militantes. Nesta sexta-feira, as conversas sobre um acordo de paz envolvendo Rússia e Ucrânia vão continuar em Minsk, capital da Bielorrússia, sob supervisão da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, prometeu apresentar um projeto de lei ao Parlamento, já na semana que vem, que prevê a concessão de maior autonomia para regiões rebeldes no leste pró-Rússia, onde separatistas combatem tropas do governo há quase cinco meses.

Mas Poroshenko disse que as regiões permanecerão parte da Ucrânia e rejeitou a ideia de federalização, algo que tanto Rússia quanto os rebeldes continuam a defender, mesmo depois do acordo de cessar-fogo ter entrado em vigor, na sexta-feira. Ele afirmou que a concessão de território ou a federalização não fazem parte do texto do cessar-fogo. "Não há menção - e não pode haver menção - à federalização ou secessão no protocolo", declarou.

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O acordo, que foi assinado na Bielorrúsia, "prevê a restauração e a preservação da soberania ucraniana sobre todo o território de Donbas (bacia do rio Donets, a segunda região mais densamente povoada do país), incluindo a parte que está atualmente sob controle dos rebeldes", disse Poroshenko durante reunião de gabinete transmitida pela televisão. "A Ucrânia não fez concessões no que diz respeito a sua integridade territorial."

Poroshenko disse que 70% das tropas ucranianas no território foram retiradas desde o início do cessar-fogo, na sexta-feira. Ele também afirmou que 700 prisioneiros ucranianos, que haviam sido capturados pelos rebeldes, foram libertados e expressou esperança de que outros 500 serão liberados até o final da semana.

A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de enviar armas e até mesmo combatentes para os separatistas, algo que a Rússia nega.

O presidente ucraniano admitiu que "implementar um cessar-fogo é muito difícil" e acusou os separatistas de "provocar" as tropas ucranianas. Tem havido diversas violações à trégua. A Ucrânia afirmou que cinco soldados foram mortos de 33 feridos desde sexta-feira. Uma série de disparos de foguetes foi ouvida em Donetsk na noite de terça-feira, embora a Câmara Municipal local não tenha relatado a existência de pessoas atingidas durante a noite.

Poroshenko foi vago a respeito dos detalhes do projeto de lei em seu discurso. Mas um plano de paz anterior, apresentado em junho, previa a proteção a língua russa, patrulhas conjuntas das polícias federal e local, e a permissão para que representantes locais deem sua aprovação aos governadores, que são indicados por Kiev.

Todas essas concessões são menores na comparação com o que os separatistas querem. Muitos exigiram a independência total de Kiev, mas até mesmo uma suposta federalização da Ucrânia exigiria o controle local das forças de segurança e eleições para governador.

Poroshenko pode ter dificuldades na formulação de uma projeto de lei que seja palatável tanto aos separatistas quanto ao seu Parlamento, que se prepara para eleições em outubro num clima político no qual a população demonstra grande apoio à guerra no leste. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko está visitando a cidade de Mariupol para inspecionar as fábricas e a infraestrutura da cidade, segundo o informe publicado no site da região administrativa de Donetsk. O ato é um sinal de apoio aos moradores em uma das poucas áreas controladas pelo governo na região, ainda sob controle dos rebeldes.

O cessar-fogo entre o governo da Ucrânia e separatistas pró-Rússia parece estar se mantendo nesta segunda-feira, depois de bombardeios violentos em duas cidades durante o fim de semana.

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Os confrontos ocorridos no final de semana, próximos ao destruído aeroporto de Donetsk e de Mariupol, onde uma mulher foi morta e três outras foram feridas, provocou dúvidas se o cessar-fogo firmado na sexta-feira iria durar. A Câmara Municipal da cidade de Donetsk disse que moradores ouviram barulho de tiros, mas que não houve registro de ocorrências durante a noite. Autoridades informaram que o transporte público voltará a funcionar na terça-feira.

Os termos de um cessar-fogo incluem a libertação de prisioneiros, mas outros detalhes, como quanta autonomia as áreas controladas por rebeldes nas áreas de Donetsk e Luhansk vão ganhar, continuam indefinidos.

O poder de negociação de Poroshenko foi enfraquecido nas últimas semanas, depois que autoridades ocidentais informaram que uma incursão russa invadiu a fronteira para apoiar rebeldes, ajudando a reverter meses de vitória das forças de Kiev no campo de batalha e deixando-os à beira da derrota.

O primeiro ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, um economista pró-Ocidente que fez críticas à Rússia recentemente, continua fortemente cético quanto à trégua, dizendo não ser possível continuar se a Rússia não se retirar. O país nega ter enviado tropas e ajuda militar para a Ucrânia. "Para a verdadeira trégua ter efeito, há três condições essenciais: a primeira é não atirar. A segunda, que Putin retire seus mercenários, suas armas, seu equipamento. A terceira, que a Ucrânia restaure o controle total de suas fronteiras", afirmou ele em um canal ucraniano de televisão.

O líder separatista Andrei Purgin da autoproclamada República Popular de Donestsk disse à agência de notícias Interfax que espera que as trocas de prisioneiros comecem na quarta-feira. Líderes rebeldes, muitos dos quais querem total independência, disseram que o problema do status legal final de suas regiões seria uma questão para conversas futuras.

Enquanto isso, a Rússia pode enviar um segundo comboio do que chama de ajuda humanitária para o leste da Ucrânia, pela mesma rota que o primeiro comboio entrou em agosto, informou o chefe do serviço fiscal da Ucrânia, Ihor Bilous, à Interfax nesta segunda-feira.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse no último mês que o país estaria pronto para enviar um segundo comboio de ajuda humanitária no fim de agosto. O primeiro comboio foi alvo de protestos de Kiev, o que indica que os caminhões entraram na Ucrânia sem permissão. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um civil foi morto em bombardeio na cidade portuária ucraniana de Mariupol e explosões foram ouvidas perto do aeroporto de Donetsk na manhã de domingo, intensificando temores de que um cessar-fogo assinado há dois dias por Ucrânia, Rússia e separatistas pró-russos está à beira de um colapso.

As explosões na área perto do aeroporto foram fortes o suficiente para serem ouvidas no centro de Donetsk, a principal cidade controlada pelos rebeldes no leste da Ucrânia.

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Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Volodymyr Polyovyi, disse em Kiev que os rebeldes aparentemente tentaram atacar o aeroporto, que está sob o controle das tropas do governo desde maio e tem sido alvo de ataques incessantes de separatistas pró-Rússia desde então.

O cessar-fogo parecia firme durante grande parte do dia no sábado, mas os bombardeios começaram tarde da noite. Um comunicado dos rebeldes disse que as forças ucranianas violaram o cessar-fogo ao disparar contra seis locais controlados pelos combatentes pró-russos no sábado, incluindo um ponto perto do aeroporto de Donetsk. Conforme o comunicado, vários rebeldes foram mortos.

Bombas também foram lançadas durante a madrugada nos arredores da cidade portuária de Mariupol, onde tropas ucranianas mantêm linhas de defesa contra os rebeldes. O órgão legislativo da cidade informou que um civil foi morto e um soldado ficou ferido. Um explosivo também destruiu um posto de gasolina nas proximidades, e o grupo paramilitar voluntário Batalhão Azov disse no Facebook que suas posições foram atingidas por foguetes Grad, mas não deu detalhes. Fonte: Associated Press.

Após mais de quatro meses de violentos confrontos, o cessar-fogo na região leste da Ucrânia era respeitado neste sábado, mas mostrava sua fragilidade, na medida em que os dois lados do conflito acusavam-se mutuamente de violação do acordo.

O coronel Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança ucraniano, disse aos jornalistas que rebeldes dispararam contra forças ucranianas em dez ocasiões após o cessar-fogo entrar em vigor, mas todos os incidentes aconteceram na noite de sexta-feira.

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Em Donetsk, a maior cidade controlada pelos separatistas pró-Rússia, a noite transcorreu calmamente, uma raridade após meses de bombardeios diários contra áreas residenciais. Mas Alexander Zakharchenko, o principal líder separatista da cidade, disse à agência de notícias russa RIA Novosti que o cessar-fogo foi violado com duas rodadas de bombardeios na cidade de Amvrosiivka, cerca de 50

Quilômetros a sudeste de Donetsk.

"Neste momento, o acordo de cessar-fogo não está sendo totalmente respeitado", disse ele.

Na manhã deste sábado, o escritório do prefeito de Donetsk disse que não havia relatos de disparos ou bombardeios na cidade, embora bombardeios tenham sido ouvidos na noite de sexta-feira.

Ucrânia, Rússia e separatistas pró-Kremlin assinaram na sexta-feira um acordo de cessar-fogo em Minsk, capital da Bielorrúsia, num esforço para encerrar os quase cinco meses de sangrentos conflitos na região.

Se o cessar-fogo se mantiver, será um marco para os dois lados. Os confrontos entre rebeldes pró-Rússia e tropas do governo ucraniano têm devastado a já problemática economia ucraniana, deixaram pelo menos 2.600 civis mortos e centenas de milhares sem casa, segundo estimativas da Organização da Nações Unidas.

Estados Unidos e União Europeia (UE) prepararam sanções ainda mais duras contra Moscou e Obama destacou que o meio mais eficiente de garantir o cessar-fogo é seguir adiante com essas medidas e manter a pressão sobre a Rússia.

Segundo um diplomata da UE, essas novas medidas prejudicariam o acesso da Rússia aos mercados de capitais e o comércio de armas e tecnologia de defesa, bens de dupla utilização e tecnologias sensíveis. As novas sanções receberam aprovação na noite de sexta-feira e podem ser implementadas já na próxima terça-feira.

"Se determinados processos entrarem em curso, estamos preparados para suspender as sanções" contra a Rússia, declarou a chanceler alemã Angela Merkel.

Em declaração publicada online neste sábado, o Ministério de Relações Exteriores da Rússia condenou a intensificação nas sanções pela UE e prometeu que "haverá, sem dúvida, uma reação do nosso lado" a qualquer nova medida. Em agosto, a Rússia aprovou a proibição de importação de carne, frutas, vegetais e derivados de leite da UE, dos Estados Unidos e de uma série de países que impuseram sanções a Moscou. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse estar cético de que os separatistas pró-Rússia e o governo russo vão seguir o cessar-fogo alcançado nesta sexta-feira (5). Obama afirmou que está esperançoso em relação ao acordo entre o governo ucraniano e os rebeldes pró-Rússia. Contudo ele diz que, baseado em experiências passadas, não tem certeza de que os separatistas vão manter o cessar-fogo e de que a Rússia vai parar de violar a soberania da Ucrânia.

O presidente dos EUA também acredita que as sanções econômicas impostas pelos EUA e pela União Europeia são responsáveis por fazer a Rússia negociar. Obama fez essas declarações no encerramento da cúpula de dois dias da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no País de Gales. Mais cedo nesta sexta-feira, líderes da Otan concordaram em formar uma força de resposta rápida para conter a ameaça de agressão russa. Fonte: Associated Press.

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Representantes da Rússia, Ucrânia e dos rebeldes pró-Moscou chegaram nesta sexta-feira à capital da Bielorrússia, Minsk, para negociações que podem levar a um cessar-fogo.

As autoridades dos dois lados já disseram que estão dispostas a baixar as armas assim que um acordo for alcançado. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, concordou com os planos de um pacto com líder russo, Vladimir Putin, na quarta-feira, mas poucos detalhes do que está sendo discutido foram liberados.

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A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que está mediando as negociações, deverá monitorar a implementação do acordo.

Segundo a agência de notícias Interfax, ao citar uma fonte não identificada no grupo de negociação, o esboço do acordo pede um cessar-fogo e uma troca em larga escala de prisioneiros, mas as negociações podem levar a mais disposições relativas à retirada de tropas ucranianas de território controlado pelos separatistas e um maior papel de fiscalização da OSCE. A publicação não dizia para que lado a fonte estava negociando. Questões de longo prazo do status final dos territórios separatistas devem ser discutidas em negociações futuras, disse a agência.

Moscou pediu a Kiev que retire seus soldados de cidades controladas pelo separatistas, enquanto a Ucrânia tem procurado criar uma área "tampão" ao longo da fronteira com a Rússia, principal rota de abastecimento dos rebeldes.

Confrontos

Horas antes de os negociadores se reunirem em Minsk, os confrontos no leste da Ucrânia continuavam. Um porta-voz militar ucraniano disse nesta sexta-feira que sete soldados foram mortos nas últimas 24 horas. Autoridades de ambos os lados relataram bombardeios perto da cidade de Mariupol, onde as forças ucranianas construíram posições defensivas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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