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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pretende divulgar o edital de concurso público para contratar profissionais que irão trabalhar no Censo 2020 na próxima terça-feira (3). A assessoria de comunicação do instituto informou ao LeiaJá que apesar da previsão de divulgação, há possibilidade de atraso mas o edital será publicado ainda nesta semana. 

Questionado sobre o número de vagas disponíveis, cargos, faixa salarial, banca organizadora e nível de escolaridade exigido, o IBGE declarou que essas informações só serão divulgadas no próprio edital. Porém, a perspectiva - baseada em censos anteriores - é de abertura de milhares de vagas, com salário base R$ 1.700 + benefícios.

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O corte de 25% no orçamento para a realização do Censo 2020 e a simplificação do seu questionário serão debatidos em audiência pública, nesta segunda-feira (19), na Comissão de Direitos Humanos (CDH), solicitada pelo presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS).

“Tal corte é nocivo ao desenvolvimento do país, tendo em vista que o censo é crucial para obter informações acerca das principais características das pessoas e domicílios e da distribuição territorial. Assim, a pesquisa norteia o planejamento das políticas públicas e tomadas de decisões de investimentos tanto pela iniciativa privada quanto pelos governos”, argumenta Paim.

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O senador destaca que os dados do Censo contribuem para que sejam decididas as áreas que requerem investimento com mais urgência, como saneamento básico. Paim lembra também a importância do Censo para o levantamento de informações para a repartição dos recursos financeiros do governo federal.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo Demográfico, realizado a cada 10 anos, é a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todo o país.

Para participar da audiência, foram convidados a vice-presidente do Conselho Curador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Wânia Sant’Anna; a coordenadora do núcleo sindical do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (Assibge) e da Campanha Todos pelo Censo, Luanda Chaves Botelho; o ex-diretor de pesquisa e servidor do IBGE, Claudio Crespo; a coordenadora operacional dos censos, Maria Vilma Salles Garcia; e o diretor-adjunto da Diretoria de Pesquisas, Cimar Azeredo Pereira.

A reunião será realizada às 9h na sala 6 da Ala Nilo Coelho.

*Da Agência Senado

Os cortes anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos recursos destinados ao Censo Demográfico 2020 foram criticados pela deputada Teresa Leitão (PT), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa terça-feira (7).

Por conta da redução no orçamento, o órgão estuda a possibilidade de reduzir o número de perguntas da pesquisa. Para a parlamentar, a medida pode prejudicar políticas públicas que dependem de dados detalhados.

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“O Censo traz informações de cada bairro de cada cidade do Brasil. Como calcular o número necessário de vacinas ou de vagas na escola pública sem esses dados?”, questionou. A petista registrou que o diretor responsável pela iniciativa, Cláudio Crespo, foi exonerado após criticar a medida.

“Os técnicos do IBGE lançaram uma campanha contra a suspensão de verba, que teve a adesão de geógrafos, estatísticos e personalidades como o médico Drauzio Varella. Essa iniciativa tem todo o meu apoio”, declarou Teresa Leitão.

“Apenas as áreas de segurança e de armamento não têm reduções neste governo. Não sei onde vamos parar”, considerou a deputada. Ela também criticou declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a metodologia de cálculo de desemprego do IBGE.

“Os servidores do órgão, através de sua representação sindical, mostraram que a metodologia utilizada segue exatamente as orientações internacionais”, concluiu.

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizará entre os dias 20 de agosto e 6 de setembro a primeira prova piloto do questionário temático do "Censo 2020", com perguntas específicas para indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais.

A aplicação do questionário ocorrerá em 12 estados: Acre, Amapá, Rondônia, Maranhão, Ceará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

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Segundo nota divulgada pelo instituto, a iniciativa dá prosseguimento ao compromisso de fornecer informações cada vez mais completas sobre povos e comunidades tradicionais, em conformidade com o Decreto nº 8.750 de 2016, que institui o "Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais".

“Esse bloco de perguntas é espacialmente controlado, e sua aplicação é restrita às áreas indígenas e quilombolas”, esclarece o órgão. O teste vai contar com orientação do "Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Tradicionais", integrado por servidores do próprio IBGE loteados no Rio de Janeiro, Roraima e Maranhão.

O IBGE informou que os preparativos do teste piloto vêm sendo feitos há alguns meses e envolveram várias visitas a aldeias indígenas e comunidades quilombolas.

Durante o teste, também serão observados aspectos do entorno dos agrupamentos indígenas e as características geográficas das áreas visitadas. Essas informações serão consolidadas na base territorial do "Censo 2020", que serve de orientação aos recenseadores.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou hoje (21) o primeiro teste de coleta de dados pela internet para o Censo Demográfico 2020. O ensaio ocorrerá em 52 municípios das cinco grandes regiões, incluindo domicílios de todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes.

O recurso já havia sido utilizado em 2010 em poucos casos, mas apenas como alternativa à entrevista presencial em ocasiões em que ela não foi possível. O coordenador técnico do Censo Demográfico 2020, Luciano Duarte, explicou que o objetivo principal do teste é avaliar o que o IBGE conseguirá com o autopreenchimento do questionário, em comparação ao presencial.

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“Faremos isso em alguns municípios, e depois, o preenchimento presencial. E, então, faremos a comparação”, informou. Segundo Duarte, “é uma mudança muito grande em termos de abordagem”, disse.

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